Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

27 de Agosto é dia de Santa Mônica - Por: Socorro Moreira




Santa Mônica nasceu em Tagaste, África, por volta do ano 331. Foi a mãe do célebre doutor da Igreja, Santo Agostinho. Jovem, ainda, ela casou com Patrício e teve filhos, um dos quais foi Agostinho de Hipona, convertido ao cristianismo, graças às suas orações e lágrimas.

Foi uma mulher de intensa oração e de virtudes comprovadas. Em seu livro, Confissões, Santo Agostinho fala de sua mãe com grande estima e veneração: Superou infidelidades conjugais, sem jamais hostilizar, demonstrar ressentimento contra o marido, por isso. Esperava que tua misericórdia descesse sobre ele, para que tivesse fé em ti e se tornasse casto.

Embora de coração afetuoso, ele se encolerizava facilmente. Minha mãe havia aprendido a não o contrariar com atos ou palavras, quando o via irado. Depois que ele se refazia e acalmava, ela procurava o momento oportuno para mostrar-lhe como se tinha irritado sem refletir ...

Sempre que havia discórdia entre pessoas, ela procurava, quando possível, mostrar-se conciliadora, a ponto de nada referir de uma à outra, senão o que podia levá-las a se reconciliarem ...
Educara os filhos, gerando-os de novo tantas vezes quantas os visse afastarem-se de ti. Enfim, ainda antes de adormecer para sempre no Senhor, quando já vivíamos em comunidades depois de ter recebido a graça do batismo (...), ela cuidou de todos, como se nos tivesse gerado a todos, servindo a todos nós, como se fosse filha de cada um (Confissões, Ed. Paulinas, p. 234).



* Embora nascida e criada Católica Apóstolica Romana , há muitos anos deixei de ser praticante.Não perdi o respeito por nenhuma religião.Não escolhi uma segunda religião.

A minha mãe , espelhada em Sta. Mônica, aspira a minha conversão. Eu respondo sempre : eu sou convertida ! Ela, compreensivamente muda de assunto, e não insiste. Ela também respeita os livres pensadores .

Tenho algumas devoções : almas e santos. Uma delas é Santa Mônica . Descobri ainda pequena que ela existiu , e de quem foi mãe, com aqueles almanaques que existiam ( ... do pensamento ) e marcavam as fases da lua, o dia do Santo. Fui em cima : 27 de Agosto - Santa Mônica. Corri e cobrei da minha mãe : por que nasci no dia de Santa Mônica e a senhora não batizou-me com esse nome ? Um nome tão bonito ! Socorro ? Por que Socorro ? Socorro é nome de gente ? Tadinha da Dona Valda ... Olhou-me paciente , e disse: seu nome é Maria do Socorro, em homenagem à Nossa Sra. do Perpétuo do Socorro. Foi pior, muito pior ...
Admiti que Maria era um nome simples, comum e doce,mas todo mundo já me chamava por Socorro. Com o tempo cresci e percebi, que havia superado esse desconforto de não gostar do meu próprio nome . Hoje, Deus me livre que o meu nome não fosse Maria, e que não tivesse Socorro Moreira pelo meio.

Em resumo : todo dia 27 de Agosto, eu penso que meu nome é Mônica. Tenho uma crise saudável de identidade , e peço que esta Santa cuide dos meus pensamentos , e seja um pouco mãe dos meus rebentos , porque às vezes não dou conta de ser mãe sozinha.

Socorro Moreira

Dedico esse texto ao amigo Armando Rafael , pelo seu testemunho cristão.

Antonio Almeida e Alberto Ribeiro - Por : Norma Hauer


Em 26 de agosto de 1911, nasceu, aqui em Vila Isabel, o compositor ANTONIO ALMEIDA e no dia 27 de agosto de 1902, no bairro Cidade Nova (perto do Estácio) o compositor ALBERTO RIBEIRO.

ANTÔNIO ALMEIDA antes de se dedicar às composições, tentou a vida como cantor, apresentando-se no programa "Horas do Outro Mundo", que Renato Murce conduzia na Rádio Philips.
Na mesma época passou a freqüentar a boite "Kananga do Japão", que funcionava na Praça Onze, onde eram freqüentes as presenças dos compositores ligados à Tia Ciata, como Sinhô, João da Baiana, Pixinguinha...
Ali ele começou a compor e logo fez dupla com ALBERTO RIBEIRO.

De ambos podemos citar a bonita canção "Conversando com a Saudade", gravada em 1940 por Carlos Galhardo.

"Saudade é no teu seio que eu me abrigo,
Buscando a minha mágoa amenizar.
Saudade, tu dia e noite estás comigo,
Pois vivo, constantemente e recordar
minha amada..."

Ainda da dupla, tivemos "Tindo lê,lê", gravação dos "Anjos do Inferno", "Acabou-se o que era Doce"; uma letra para uma das Polonaises de Chopin; Boca Negra, gravada por Emilinha Borba"; "O Circo Chegou", gravação de Sílvio Caldas...

ANTÔNIO ALMEIDA lutou muito pelos "direitos autorais" e vivia preocupado com a falta de honestidade quando se tratava desse assunto.

Um dia (10 de dezembro de 1985) , desgostoso, foi mais um artista da fase de ouro de nosso rádio, que resolveu dar fim à vida, seguindo a trilha de Ernesto Nazareth, Assis Valente, João Petra de Barros e Evaldo Rui.

ALBERTO RIBEIRO, foi par, quase constante, de João de Barro (o Braguinha) nas mais famosas das composições que Braguinha assinou. Entretanto, tal como Alcides Gonçalves(em relação a Lupicínio) e Vadico, ( em relação a algumas famosas composições de Noel) era o grande esquecido.

Braguinha estava sempre presente quando suas músicas eram executadas , mas ALBERTO RIBEIRO, tendo outras ocupações (era médico homeopata) raramente aparecia e o resultado era seu nome não ser citado.
Eis uma composição da dupla João de Barro (Braguinha) e ALBERTO RIBEIRO:

MARES DA CHINA

Nos mares da China, um dia a encontrei,
Num junco que vinha, talvez, de Shangai.
P'ra onde ela iria, confesso, não sei,
Talvez fosse filha de algum samurai.

E dizem que contam, histórias sombrias.
Seus olhos parados, seus lábios fatais...
Histórias que falam de pérolas frias,
Histórias que falam de frios punhais.

E passam-se os dias, e passam-se os meses
E aquela mulher dos meus olhos não sai.
E eu vivo buscando nos mares chineses,
Um junco que vinha, talvez, de Shangai."

Quando se fala em Braguinha, só são lembrados seus sucessos carnavalescos, como "Yes, Nós Temos Banana"; "Deixa a Lua Sossegada";"Touradas em Madri"; "Sonho de Papel";."Adolfito Mata Moros"(uma zombaria, no tempo da 2ª Guerra, a Hitler) ;"Cachorro Vira-Lata";"Chiquita Bacana"; "Balancê";"Tem Gato na Tuba";"O Circo Chegou" (aqui também entra ANTÕNIO ALMEIDA); "Falua"...e para as festas de São João, "Capelinha de Melão"....

Gostaria de destacar a marchinha "Cadê Mimi", gravada por Mário Reis e que, como em outras músicas, os compositores confundiam China com Japão. Aqui, falam em Shangai e "bibelô japonês".

Em todas essas composições, o nome de Braguinha é lembrado e o de ALBERTO RIBEIRO esquecido.

A dupla também compôs lindas canções românticas, como "Amar Até Morrer"; "Eu Sei de Alguém"; "Sonhos Azuis", gravadas por Carlos Galhardo;Fim de Semana em Paquetá", gravação de Jorge Goulart; "Copacabana" ( o primeiro sucesso de Dick Farney);"Onde o Céu Azul é mais Azul", gravação de Francisco Alves...

ALBERTO RIBEIRO e Braguinha fizeram a trilha sonora dos filmes "Alô Brasil";"Alô, Alô Carnaval" e "Estudantes".

Em "Alô-Alô Carnaval" aparece o único registro de Luiz Barbosa interpretando "Seu Libório", uma das primeiras composições da dupla e que Luiz cantava sempre na Mayrink Veiga, onde chegou a ficar conhecido como "Seu Libório". Mas não gravou essa composição.

Em 1967, ALBERTO RIBEIRO prestou depoimento no Museu da Imagem e do Som narrando sua vida artística.

No mesmo local, as "Cantoras do Rádio" (Carmélia Alves, Carminha Mascarenhas, Violeta Cavalcanti e Ellen de Lima fizeram uma homenagem ao Centenário de ALBERTO RIBEIRO.

Norma Hauer

"AS PREZEPADAS DOS ZIZINHOS DE MONSENHOR" - PARTE I




Certo dia Monsenhor anunciou que implantaria nas salas do Colégio Diocesano uma inovação que já estava sendo usada em Colégios do sul do país. Os quadros de gesso pintados de verde em substituição aos arcaícos quadros negros de madeira. Um sucesso! Como as salas de aula eram amplas os quadros tomavam quase toda a largura da parede com uma suave curvatura que os tornava côncavo e visível a todos de qualquer carteira. Nossa turma era composta por 52 alunos cujos nomes já declinei em texto anterior. Pois bem, Monsenhor estava muito contente e a turma da mesma forma, pois melhorou muito a visão para copiar a matéria. Chegou o mês de agosto e com ele a frenética preparação para o desfile de “7 de Setembro”, uma das efemérides mais esperadas pela rivalidade entre os Colégios e a oportunidade de desfilar garbosamente para o “povo”, leia-se, as internas do Santa Teresa e da ala feminina da cidade. Aliado a isso, o enorme prazer de derrotar o Estadual cujos alunos olhávamos de soslaio com cara de “metidos”. Mas vamos a história de hoje. Havia um Professor de matemática (se não me falha a memória) pelo qual nutríamos uma total antipatia certamente recíproca. Logo o apelidamos de “JIPÃO”. O sujeito usava uns óculos com armação quadrada, acompanhando a anatomia de seu crânio também quadrado arrematado por um corte de cabelo que lembrava o de Hitler. Esse “conjunto” era a cópia fiel da frente de um jipe 54. Quando ele entrava na sala eu morria de rir me lembrando que ele se parecia com o famoso Jipe de Marú (pai de Sérgio Cardoso). Um nosso colega, “Barrinho” ia desfilar naquele ano como guarda bandeira, e nesse caso como era praxe usando ama brilhante espada. Certo dia, meio que aborrecido com o dito cujo, resolveu com o apoio tácito da maioria, a indiferença de alguns e a advertência solitária e tímida de Ronaldo Correia (que foi sempre um cara quieto) fazer uma caricatura de JIPÃO com a ponta da espada no QUADRO VERDE DE MONSENHOR! Ficou uma obra prima! Caímos na gargalhada e ficamos esperando a entrada do Professor! Mas meus amigos, para nossa surpresa e falta de sorte, quem entra no lugar do dito? Monsenhor Montenegro! Gente, até hoje ainda sinto o frio na espinha. Um parêntese: não sei se era por causa de nossa pequena estatura de “minino véi”, mas Monsenhor sempre me pareceu um GIGANTE LILIPUTIANO naquela batina preta e rosto quase sempre severo. Mas nesse dia entrou sorridente dando alguns informes sobre os ensaios da banda, etc, etc. Nós não tirávamos os olhos do quadro e em dado momento Monsenhor vira-se e vê “aquela obra prima”. Sinceramente, eu não sei o que José do Vale, Peixoto, José Sévio, Barrinho e os outros 42 sentiram naquela hora. Mas eu tive uma vontade incontrolável de me desbandeirar por aquela porta e só parar na Batateira! Meus amigos pensem um Monsenhor bravo, pensaram? Bote mais cem! Colocou as mãos na cintura e disse: QUEM FOI O AUTOR DESSA ARTE? Silêncio mortal! Ninguém se mexia e muito menos entregaria um companheiro! Era nosso código de honra! Depois de muito insistir Monsenhor disse: Todos para a quadra! Vocês sabem o que é uma quadra de cimento no calor de agosto no nosso Cratim? Experimentem! Ficamos em pé e Monsenhor proferiu a sentença: “só saem daí quando me disserem o nome ou ELE se apresentar espontaneamente em meu gabinete”. E tem mais: “Vou mandar um bilhete para cada um dos pais de vocês”. Que situação naquele calorão! Como não íamos abrir o bico mesmo, assim que Monsenhor deu as costas Vicente Feitosa e Izavan começarem a dizer: “ta vendo Barrinho seu cabeça de pau, a enrascada que você nos meteu”? Com a consciência sob “leve pressão”, o nosso “Michelangelo Barrinho” resolveu se apresentar. Levou uma semana de suspensão e os pais dele pagaram o restauro do quadro verde. Mas JIPÃO não se livrou de nossa antipatia e o nosso código de honra foi preservado!
Uma homenagem a turma da IVa. Série do Colégio Diocesano - Turma 1965

Escola Veneziana : Tiziano Vecellio

Auto-retrato
Nascimento: entre 1488 e 1490, Pieve di Cadore (Itália)
Morte: 27 de agosto de 1576, Veneza (Itália)

Maior pintor da escola veneziana do Renascimento, Ticiano antecipou, em sua vasta e variada obra, muitos dos traços não apenas da estética barroca, mas de toda a pintura moderna.

Tiziano Vecellio nasceu em Pieve di Cadore por volta de 1490. Aos nove anos de idade foi enviado a Veneza para viver com um tio e tornou-se aprendiz de Sebastiano Zuccato, mestre de mosaico. Pouco depois ingressou no ateliê de Gentile Bellini.

Seus maiores mestres, no entanto, foram Giovanni Bellini, irmão de Gentile, e Giorgione Castelfranco, renovador da pintura veneziana. Em 1508 colaborou com Giorgione na decoração do Fondaco dei Tedeschi, trabalho preservado em forma fragmentária.

Após a morte prematura de Giorgione em 1510, Ticiano encarregou-se de terminar vários dos quadros do mestre, como a "Vênus adormecida" e o "Concerto campestre", o que gerou polêmicas posteriores sobre a autoria principal dessas obras. Depois passou a trabalhar sozinho e provocou escândalo ao pintar nus em cenas bíblicas e em paisagens venezianas conhecidas.

Os trabalhos de Ticiano nessa fase, entre eles os afrescos da Scuola del Santo em Pádua, a "Fuga para o Egito" e a alegoria "Amor sacro e amor profano", ainda revelam a influência do estilo paisagístico e idealista, assim como a preocupação com a luz, características do estilo de Giorgione, mas também possuem vitalidade naturalista original.

Ticiano consagrou-se em plena maturidade com a monumental tela "Assunção da Virgem". Durante os anos seguintes deu mostras de seu gênio versátil ao alternar a criação de cenas mitológicas de marcante sensualidade e luminosidade quente -- "Bacanal", "Baco e Ariana" -- com quadros religiosos caracterizados pela intensa dramaticidade, firme modelagem das figuras e tendência aos contrastes de luz e sombras, como a "Madona Pesaro" e "Descida ao túmulo".

Nessa época, Ticiano passou a dedicar-se ao retrato, gênero em que alcançou profundidade psicológica ao procurar transmitir a personalidade de seus retratados pela escolha da atitude e intensidade do olhar, além da valorização das mãos.

Em 1530, Ticiano assistiu à coroação, em Bolonha, do imperador Carlos V, que se converteu em seu principal patrono. O rei nomeou-o pintor da corte três anos depois e lhe concedeu um título de nobreza, fato inusitado que revela o prestígio conquistado pelo artista.

Nas décadas seguintes, o trabalho de Ticiano como retratista levou-o a várias cidades italianas e à sede imperial de Augsburgo.

Uma série de obras excepcionais contribuiu para estabelecer um arquétipo de retrato oficial, como em "O duque de Urbino" e a monumental composição eqüestre "Retrato de Carlos V depois da batalha de Mühlberg".

A singular capacidade do autor para revelar a personalidade de seus modelos mostrou-se especialmente em "Retrato do papa Paulo III com seus sobrinhos" e "Filipe II". Caminhos diferentes seguiram suas telas religiosas e mitológicas: o apogeu naturalista da "Vênus de Urbino" cedeu lugar a uma violência formal, fruto de passageira atração pela estética maneirista.

Em 1551 Ticiano fixou-se em Veneza. O cromatismo exuberante das cenas mitológicas que pintou entre 1554 e 1562 para Filipe II da Espanha -- "Danae recebendo a chuva de ouro", "O rapto de Europa" -- prenunciou o estilo revolucionário de seus últimos anos, em que se desligou gradualmente das linhas para compor as formas mediante espessas pinceladas, que ele freqüentemente retocava com os dedos. Exemplos significativos dessa técnica quase impressionista foram a nova versão de "Descida ao túmulo", a "Coroação de espinhos" e a "Pietà", obra concluída por Palma o Jovem. Ticiano morreu em Veneza, em 27 de agosto de 1576.

Madalena penitente (1530-1535)

As primeiras obras realizadas por Ticiano para Guidobaldo II della Rovere, o 5º duque de Urbino (1514-1574) foram de temática religiosa, como a Adoração dos pastores ou Madalena penitente quadros que, por se destinarem à devoção, eram de pequeno formato, permitindo mantê-los em mãos e não nas paredes.

Nesta obra, Madalena aparece em primeiro plano, cobrindo sua nudez com a larga cabeleira e com suas mãos, apesar de deixar os seios a descoberto. Os olhos se voltam para o céu, em sinal de devoção.

Ao seu lado encontra-se o jarro de azeites com que ela ungiu os pés de Cristo. Um fundo obscuro com a luz crepuscular completa o ambiente, formando contraste ao corpo iluminado.

A sensualidade das formas e a beleza do rosto se convertem em um símbolo de seu passado libertino. Os olhos lacrimosos se convertem em um elemento fundamental da composição, identificando-se com a piedade e a devoção de quem encomendou o quadro.

Ainda que o desenho admirável configure a expansão da figura, as pinceladas são cada vez mais rápidas e empastadas, como podemos apreciar em algumas zonas do cabelo, pondo as bases do estilo, que se identificaria como um "impressionismo mágico" na última fase do pintor. A dependência da luz e da cor também serão constantes nos trabalhos de Ticiano, convertendo-se afinal nas bases da pintura veneziana..
Baco e Ariadne

Sylvia Telles -(Dindi)" ...de alguém para alguém com amor e carinho "

O FIM DO "ESTOQUE" MARÍTIMO


(http://www.planeta-inteligente.com/page/article/id/51/O-fim-do-estoque-martimo)

Estatísticas da pesca predatória apontam para insegurança alimentar e a extinção do modo de sustento de algumas comunidades

Agosto 26, 2009 07:48 PM
Da Revista Sustenta

A humanidade começa a ver o final da linha para o modo de produção atual por conta da exploração excessiva dos recursos naturais. A atividade pesqueira dá o exemplo: de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), 80% dos bancos de pesca mundiais estão completamente explorados e em declínio. Mas a situação é ainda mais grave: se continuarmos no mesmo ritmo, todos os peixes do planeta serão extintos em 2050, segundo concluiu pesquisa da Universidade Dalhousie, do Canadá.

As estatísticas da tendência tão insustentável não escondem consequências graves. Pesquisadores preveem a extinção de espécies marinhas, o empobrecimento das comunidades pesqueiras e a falta de alimento para a população mundial. “Além das questões da alimentação e dos meios de sustento, em janeiro descobriu-se que os oceanos precisam do excremento dos peixes, porque de outro modo são muito ácidos para processar o dióxido de carbono e limitar o aquecimento do planeta”, explicou à agência de notícias IPS Rupert Murray o diretor do filme The end of the line, documentário estreado recentemente na Inglaterra que mostra o impacto da pesca industrial.

Na costa oeste da África, o valor total da pesca ilegal é, de acordo com a ONG britânica Fundação para a Justiça Ambiental, estimado em US$ 1 bilhão por ano. Um dos maiores problemas desse tipo de atividade é a área de atuação das embarcações, nas Zonas de Exclusão Costeira. Isso significa que o local onde a pesca predatória é feita é mantido como um tipo de “reserva marinha”. Além disso, os pescadores ultrapassam as cotas autorizadas para a retirada de peixes do mar, e sua impunidade é garantida por fiscalizações ineficazes.

Do outro lado do Atlântico, o Brasil possui 3,6 milhões de quilômetros quadrados de águas protegidas, mas ainda assim 80% das espécies mais procuradas correm risco de serem extintas por conta da pesca abusiva ou realizada com redes, método menos seletivo e mais agressivo. Em entrevista à Fundação O Boticário, o biólogo Maurício Hostim afirmou que “várias espécies estão criticamente sobreexplotadas e os estoques baixando consideravelmente”. Entre as populações de peixes da costa brasileira de valor comercial que mais diminuem estão a de garoupas, badejos e meros. Para o Hostim, algumas medidas do governo, como o incentivo de aumento da frota de barcos, estimulam a atividade pesqueira e não levam em conta o esgotamento do mar que banha o País. “Estudos mostram que, cada vez mais, há um esforço maior na pesca, mas com um rendimento cada vez menor”, acrescentou.

Ameaça ao sushi

No Japão, a maior preocupação relacionada à pesca, principal atividade econômica do país, está relacionada ao atum-azul, muito apreciado e usado para sushis e sashimis em todo o mundo. Segundo reportagem da revista Veja, nos oceanos Pacífico e Índico o peixe está quase extinto. No Atlântico e no Mar Mediterrâneo, principais locais de pesca da espécie, o estoque diminuiu 10% em relação a meados do século passado. Na costa escandinava, ela já sumiu. E nas fazendas de cultivo da Europa, onde os peixes são colocados em gaiolas para processo de engorda, o estoque foi reduzido em 25% em um ano. Seis delas, na Espanha, encerraram operações por falta de abastecimento.

A preocupação dos japoneses vem de um motivo simples: ao mesmo tempo em que consomem um quarto da quantidade de atum-azul pescada mundialmente, observam seu preço crescer. A diferença do preço do quilo de um ano para o outro pode ser de 30%. No aumento do preço, percebe-se que o produto está menos abundante. Enquanto isso, em restaurantes fast-food o aumento de consumo foi de 33% em relação à década passada. Em supermercados e lojas de conveniência o crescimento foi de 70%. “Sushi sem atum não é sushi”, disse à revista Tadashi Yamagata o vice-presidente do sindicato dos sushiman do Japão. “É como se os Estados Unidos ficassem sem hambúrguer”, compara.

27 de Agosto - dia do Psicólogo.

Oração do Psicólogo.

Senhor,
Só você conhece em profundidade a criatura humana
Só você é verdadeiro Psicólogo.
Contudo,Senhor,aceite-me como seu ajudante.
Ensine-me as técnicas,oriente-me para não errar
E quando eu falhar-sei que isso acontecerá,
Venha depressa,Senhor,sanar o mal que fiz.

Dê-me um entranhado amor e respeito
Pela criatura humana.

Não permita que a rotina e o cansaço
torne-me frio e indiferente ao outro.

Dê-me bastante humildade para aceitar meus erros,
perdoar as ofensas e ajuda-me a
atribuir os êxitos a Você.

Que no fim de cada dia , ao fazer minha revisão,
eu possa dizer em verdade:
Hoje fiz tudo quanto dependeu de mim para ajudar meu irmão.

Obrigada ,Senhor! (autor descconhecido).

Hoje, dia do Psicólogo ,quero parabenizar e homenagear todos
os colegas psicólogos e psicólogas,não só da minha cidade de Crato,
mas todos que estão no Nordeste,no Brasil e no mundo.
Principalmente aqueles que exercem a profissão em lugares
adversos,tipo:Oriente Médio e outros similares.
Que nosso Criador nos torne cada dia mais capazes de:
compreender,empatizar e conduzir bem nossos clientes.

Liduina Vilar.

10 anos sem D.Hélder - Por : Joaquim Pinheiro


Amanhã fará 10 anos da morte de D. Hélder Câmara. Personagem pequena, franzina, mas de energia gigantesca. Afastado da Chefia da arquidiocese 15 anos antes do falecimento, apresentava, nos últimos anos, sinais de perda de memória e dificuldades de raciocínio. No entanto, a senilidade não o afastou dos princípios consagrados em vida. Seu sepultamento foi apoteótico, uma multidão conduziu o caixão da igrejinha das fronteiras, onde vivia, até a Sé de Olinda, a pé.
Um dos grandes amigos de D. Hélder foi o Sr. Lauro Oliveira, Delegado do Banco Central em Recife e seu assessor informal para assuntos financeiros e econômicos. Era a ele que o Arcebispo confiava a conferência da declaração do IR, pedia que revisasse a contabilidade da arquidiocese, solicitava orientação sobre aplicações financeiras (tempos de inflação alta) e, por fim, nomeou-o Testamenteiro. Por Dr. Lauro, soube muitas histórias desconhecidas da maioria envolvendo o Dom da paz. Conto algumas:
D. Hélder estava na Rua Rui Barbosa aguardando um táxi (não tinha carro) quando foi abordado por uma Senhora com uma criança nos braços, olhos cheios de lágrimas, cara de sofrimento, dizendo que tinha vindo trazer o filho para o médico, gastou o dinheiro com os remédios e estava faminta e sem dinheiro para a passagem para Surubim. Prontamente, o Bispo deu-lhe quantia equivalente a R$ 50,00. A mulher saiu pulando de alegria. D. Zeza, sua secretária particular, repreendeu o gesto do seu Chefe. Essa mulher é uma vigarista, o Sr. Não se lembrou que ela já aplicou este mesmo golpe dois anos atrás? A resposta de D. Hélder: “Lembro sim, Zeza, foi na Praça Maciel Pinheiro e naquela vez ela disse que morar em Caruaru. Mas, Zeza, isto é uma pobre coitada, não tem nada. Deixa ela sentir a alegria de pensar que me enganou...
O jornalista Adirson de Barros (vendeu a alma ao diabo) iniciou uma caluniosa campanha contra D. Hélder e outros Bispos tidos como progressistas. Os amigos se revoltaram, prepararam documento para processar os jornais e o autor das falsas denúncias. Foram mostrar os documentos e pedir autorização para a reação na justiça. D. Hélder acalmou a todos argumentando que tinha era pena do “pobre rapaz”, que pregava mentiras. “Ele não tem futuro, está se autodestruindo, perdendo credibilidade. Daqui a dez anos vocês nem ouvirão falar dele”.

Poema inédito, escrito 6 dias após assumir a arquidiocese de Recife, cedido por outro amigo de D. Hélder, Dr. José Andrade Nunes:

UM POEMA,

Estou Felicissimo

Teus pobres descobriram
nosso Palacio.
Entram sem medo.
Pisam firme
como quem entra
na própria casa.
Espalham-se
pelas salas numerosas,
sentem-se a vontade.
Ri,a mais não poder,
encontrando um velhinho
sentado, tranquilo,
no trono
que eu não quis ocupar.
Nunca entendi tanto
O Cristo Rei.

Recife, 18/19-03-1964

ALGUNS PENSAMENTOS

-" Eu não quero nenhuma gota de amargura no coração."
-" Eu não acredito em desenvolvimento que não seja conduzido pelo povo. "
-"Não me venham falar que minha arquidiocese tem dois milhões de almas. Eu não tenho almas; eu tenho homens."
-" A educação estará falhando enquanto houver ditaduras, de esquerda ou de direita."
-" Quando a gente trabalha com o povo, e não para o povo, a gente vê que o povo, mesmo quando não sabe ler e escrever, sabe pensar."
-“ Quando dou comida aos pobres, me chamam de Santo. Quando pergunto-lhes porque são pobres, me chamam de comunista.”
- Quanto mais escura a madrugada, mais brilhante é o amanhecer”.

Joaquim Pinheiro

Albert Sabin - (26 de agosto de 1906)


Sabin, Albert


O desenvolvimento da vacina oral contra a poliomielite tornou mundialmente famoso o médico e microbiologista americano Albert Sabin, que realizou também relevantes estudos sobre viroses humanas em geral, toxoplasmose e câncer.

Albert Bruce Sabin nasceu na localidade polonesa de Bialystok, então pertencente à Rússia, em 26 de agosto de 1906. Emigrou para os Estados Unidos em 1921 e mais tarde naturalizou-se americano. Em 1931 concluiu o doutorado em medicina na Universidade de Nova York, onde começara a pesquisar a poliomielite. Fez residência no hospital Bellevue de Nova York e trabalhou no Instituto Lister de Medicina Preventiva, em Londres. A serviço do Instituto Rockefeller de Pesquisas Médicas, foi o primeiro pesquisador a demonstrar o crescimento do vírus da poliomielite em amostras de tecido nervoso humano.

Em 1939, Sabin ocupou a cátedra de pediatria da Universidade de Cincinnati e tornou-se chefe da divisão de doenças infecciosas de uma de suas unidades de pesquisa. Desmentiu a teoria de que o contágio da poliomielite se dava pelo nariz e apontou como via primária de infecção o trato alimentar. Durante a segunda guerra mundial, enquanto servia como médico no Exército americano, isolou o vírus de uma febre provocada pelo mosquito birigui, epidêmica entre as tropas baseadas na África. Posteriormente, desenvolveu vacinas contra o dengue e a encefalite japonesa.

Sabin defendeu a tese de que a administração por via oral de vírus vivos atenuados proporcionaria, sem aumento dos riscos de contaminação, imunidade mais duradoura contra a poliomielite do que a injeção de vírus mortos, desenvolvida um ano antes por Jonas Salk. Em colaboração com cientistas soviéticos, mexicanos e holandeses, fabricou uma vacina que foi aceita oficialmente nos Estados Unidos em 1960. Em 1965 tornou-se membro do Instituto Weizmann de Ciência, em Rehovot, Israel. Esteve várias vezes no Brasil e, em 1967, foi agraciado pelo governo brasileiro com a Grã-Cruz do Mérito Nacional. Albert Sabin encerrou suas atividades científicas em 1988 e morreu em Washington, capital dos Estados Unidos, em 3 de março de 1993.

©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
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Antoine Laurent Lavoisier ( 26 de agosto de 1743)



Em 26 de agosto de 1743 nasceu o químico francês Antoine Laurent de Lavoisier. Filho de uma família que pertencia à nobreza francesa, teve uma excelente educação, estudando nas melhores escolas francesas. Em 1764 graduou-se em direito, mas nunca exerceu a profissão.

Lavoisier tinha um grande interesse pelas ciências, o que o estimulou durante o seu curso universitário a assistir aos cursos de professores conceituados ligados à área de ciências; talvez o direito tenha perdido um bom advogado, mas a química ganhou um de seus mais célebres cientistas.

Lavoisier dedicou-se a uma variedade de serviços sociais e científicos.Em 1768 associou-se à Ferme Générale, uma organização de financistas que,através de um convênio com o governo, o direito de coletar exercia impostos relativos a um grande número de produtos comerciais. A cobrança de impostos era altamente repressiva, pois a nobreza e o clero estavam isentos de impostos. Estes eram pagos por aqueles que não eram nem da nobreza nem do clero, ou seja, os que pertenciam às classes sociais inferiores. Esse sistema não era só opressivo, era também corrupto. A ligação de Lavoisier com a Ferme Générale e seu envolvimento com o governo monárquico eram muito malvistos pela população e não passaram despercebidos no clima conturbado da França pré-revolucionária. Essa associação acabaria por custar-lhe a vida. Lavoisier foi preso e acusado de peculato (desvio de dinheiro público). Julgado culpado, foi conduzido à guilhotina e executado em 8 de maio de 1794. Comenta-se que, no dia seguinte, o famoso matemático Joseph-Louis Lagrange teria dito: "Não necessitaram senão de um momento para fazer cair essa cabeça e cem anos não serão suficientes para reproduzir outra semelhante".

Lavoisier é conhecido como o introdutor da Química Moderna. Em 1789 lançou uma publicação que é considerada o marco da Química Moderna, "Tratado Elementar da Química", que logo foi traduzido para várias línguas.

A freqüente utilização da balança pode ser considerada uma das principais características do trabalho de pesquisa de Lavoisier. Isso o levou à descoberta da importância fundamental da massa da matéria em estudos químicos, o que fez concluir que a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos de uma reação, ou seja, a famosa "Lei da conservação das massas". Lavoisier criou uma nomenclatura das substâncias químicas semelhante à que ainda está em uso; surgiram, assim, os compostos do oxigênio, enxofre e fósforo, respectivamente. Deve-se a ele também a conclusão de que a água é uma substância composta, formada por hidrogênio e oxigênio. Isso, na época, foi surpreendente, pois a água era tida como substância simples, ou seja, impossível de se decompor.

A partir da publicação do "Tratado Elementar da Química" até o dia de sua morte, ele se dedicou ao estudo da fisiologia, realizando, entre outras, pesquisas relativas à respiração e à transpiração.

Texto: Dra.Renata M.S.Celeghini

http://www.cdcc.usp.br/quimica/galeria/lavoisier.html
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A minha turma de Ginásio do Colégio São João Bosco - 1965- Por: Socorro Moreira

( 44 anos depois , a amizade permance intacta : Socorro , Rosineide, Joaquim, Maria Luiza, Stela e Regina )




Ontem, Nilo Sérgio entrou no blogue , com a promessa de contar as peripécias da sua turma de Ginásio.

Na mesma hora , pensei na minha turma do São João Bosco , e pelos signos dos anos , essa turma também marcou história e tonou-se inesquecível.

Quando conhecíamos um garoto ou nos informávamos sobre algum , a primeira pergunta era : " que série você está cursando " ?

Os afins , na nossa concepção , faziam a mesma série, tinham mais ou menos a mesma idade , os mesmos referenciais. A diferença, hoje eu sei , é que não temos um registro de danações, mas temos um registro importante de bom convívio.

Por falar em *convívio era de praxe arranjá-los , na forma de encontro e entretenimento.Provavelmente aconteceu algum com a turma do Nilo. Provavelmente rolou , no mínimo , um caso de amor entre a minha e àquela turma.

Mas olhando a foto postada, a lembrança de cada um vai se animando num dado contável... afinal não existiam na época, fatos inconfessáveis.

Pela ordem numérica : Nesinha Batista , Márcia Barreto , Francíria Alencar , Ione Esmeraldo , Socorro Matos, ( ?) Ismênia Maia , (?),Rosineide Esmeraldo , Tarcisinho Leite , Magali Figueiredo, Edna Brito , Lisete, Socorro Moreira , Divani Cabral, Walda Arraes , Angélica Aires, Joaquim Pinheiro, Graça Aragão , Stela Siebra, Vera Batista, Regina Vilar e Hugo Linard.

A turma tinha vários hinos. Stela era mestra em parodiar os sucessos musicais da época. Mas, a que mais caracterizou a nossa alegria, juventude , e espírito de festa foi a música "Festa de Arromba " do Erasmo Carlos. Não me atreveria a escrever a tal paródia ,pois haveria falha de memória... E se nos valéssemos da memória coletiva ? A paródia da Stela, talvez fosse reconstituida. Essa proposta não é dever de casa, nem está valendo nota... Vamos tentar , aqui pra nós, resgatar pelo menos , esse tempo de felicidade?

* Reunião nas tardes de sábado, entre as mesmas classes de diversos Colégios , com música dançante e comes e bebes.








Criatividade

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Tem gente que inventa até

Um jeito de sofrer menos

No mal de amor dá pontapé:

expurga todo o veneno !

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O MEDO DE PERDER

Peço permissão a todos e aconselho ler.



Medo de Perder

Um dos maiores obstáculos para uma vida harmônica, plena,mais expressiva e significativa é o medo de perder, sobretudo medo de perder alguém, o medo de perder quem dizemos amar: cônjuge, filhos amigos, patrão, empregado, cliente... Esta emoção é a principal responsável pelo nosso sofrimento vital.

O medo de perder é o medo de tornarmos dispensáveis para a pessoa com a qual estamos nos relacionando. Ele se reverte de mil e uma formas, aparece sobre mil disfarces, como o medo de sermos criticados, que falem mal de nós, medo de que nos humilhem, de sermos rejeitados, de não sermos importantes, de sermos menosprezados, de não sermos amados, medo da solidão, e tudo isso pode ser designado por uma palavra : C I Ú M E !

O ciúme é o medo de não ter alguém, de não possuir alguém, de não ser dono de alguém. Na relação ciumenta colocamos: nós e o outro como objetos, nesta relação pessoas e objetos são a mesma coisa. No ciúme temos medo de um dia sermos considerados inúteis, dispensáveis a outra pessoa. Esta é a emoção do apelo, confusa, misturada, dependente e o que agrava é que na nossa cultura aprendemos como se o ciúme sendo amor, e ele é justamente o oposto do amor, pois na relação amorosa existe identidade: eu sou independentemente de você. Na relação ciumenta, por outro lado, perde-se a identidade: eu sem você não valho nada, você é tudo para mim.

O amor é solto, é livre, vem de querência intima, está diretamente ligada ao sentimento de liberdade, de opção, de escolha. O ciúme prende, amarra, condiciona, determina, com essa emoção eu já não sou eu, sou o que o outro quer que eu seja. E eu sou assim para que ele seja aquilo que eu quero que ele seja.

No ciúme há um pacto de destruição mútua, cada qual, usa o outro como garantia de que não estará sozinho. Eu me abandono para que o outro não me abandone, eu me desprezo para que o outro não me despreze. Eu me desrespeito para que o outro não me desrespeite, eu acabo me destruindo para que o outro não me destrua.

O ciúme é o medo de ser dispensável a alguém. E o mais grave talvez esteja aqui, nós passamos a vida inteira com medo de tornarmos algo que nós já somos: TOTALMENTE DISPENSÁVEIS!
O homem por definição é dispensável, transitório, efêmero, aquilo que passa, e isso é bastante real. Em todas as relações que temos hoje, somos substituíveis! O mundo sempre existiu antes de nós, está existindo conosco e continuará existindo sem nós. Somos necessários aqui e agora, mas seremos dispensáveis além e depois.

O medo de ser dispensáveis a alguém é o mesmo medo que temos da morte, que é real, pois o medo da morte é o ciúme da vida, é a vontade irreal de sermos eternos e imutáveis. O medo de perder nos dá a entender que as coisas só valem se forem eternas, se forem permanentes e duráveis. Uma relação só tem valor se tivermos garantia de que a vida sempre será assim como é. E, como tudo é transitório, como tudo é passível de transformação, o medo de perder nos leva a um estado contínuo de sofrimento.

As conseqüências do ciúme são muito claras. Se eu tenho medo de que me abandonem, de que não me amem, de me tornar dispensável, ao invés de fazer cada vez mais para que cada vez mais eu seja melhor, acabo gastando toda a minha energia para provar ao outro que eu já sou o mais, que eu já sou o melhor, que eu já sou o primeiro!

Ao invés de empenhar esforços para ser um cônjuge, um filho, um amigo, um pai ou uma mãe cada vez melhor, eu gasto toda a minha energia tentando provar a eles: que eu sou o melhor cônjuge do mundo, o que é uma mentira; o melhor filho do mundo, o que é uma mentira; o melhor pai ou mãe do mundo, o que é uma mentira; o melhor amigo do mundo, o que é uma mentira; e assim por diante...

O ciúme no conduz ao delírio da onipotência, os nossos atos, nossas iniciativas, a nossa conversa, o nosso comportamento, as nossas considerações, tudo isso é para mostrar ao outro que já somos bons, capazes e perfeitos. Aqui está a diferença básica e fundamental entre o medo de perder e a vontade de ganhar.

O medo de perder é assim... Ganhamos. Ninguém vai nos tomar o que já possuímos, para conservarmos o que já ganhamos... E com isso nós já chegamos ao ponto máximo, só temos que perder.

À vontade de ganhar por outro lado, é assim... Estaremos sempre ativos, descobrindo oportunidades do ganho. Procuraremos ganhar cada vez mais em vez de nos preocupar com possíveis perdas.

O que temos de mais sagrado é a nossa própria vida, e esta, nós já vamos perder, todas as outras perdas são secundárias.

O medo de perder é reativo, defensivo, justificativo! As pessoas ciumentas estão sempre se prevenindo para não perder, sempre se preparando, sempre se conservando.

As pessoas, com vontade de ganhar estão sempre optando, arriscando. O medo de perder é a vivência do futuro, é a vivência antecipada do futuro, é preocupação. À vontade de ganhar, por outro lado, é a vivência do presente, é a vivencia da beleza do presente.

Em tudo, a cada momento existem riscos e existem oportunidades. No medo da perda a pessoa só vê os riscos. Na vontade de ganhar a pessoa também vê os riscos, mas, sobretudo, vê as oportunidades. Cada momento da vida é um desafio para o crescimento. A vontade de ganhar, a qual nos referimos, não significa ganhar de outra pessoa, e sim ganharmos de nós mesmos, ser cada vez mais, estar disposto a dar um passo à frente, estar sempre disposto a crescer um pouco mais. É importante termos para nós, que hoje podemos crescer um pouco mais do que éramos ontem, que ninguém chegou ao seu limite máximo, que a idade adulta não significa que chegamos ao máximo de nossas potencialidades. Não existe pessoa madura, existe sim, pessoas em amadurecimento.

Todo nosso crescimento se dá por uma paralisação de nosso crescimento pessoal, e cada um de nós sabe muito bem onde paralisou. Onde nossa energia está bloqueada, Onde não está tendo expansão de nossa própria energia.

Ainda, não vimos até hoje, um relacionamento se deteriorar sem a presença marcante do ciúme, do desejo de sermos donos da outra pessoa, de ter poder e controle sobre as ações e até dos pensamentos da pessoa que dizemos amar!

O ciúme é a doença do amor, é um profundo desamor a si mesmo e conseqüentemente um desamor ao outro. Pelo ciúme se estabelece uma relação entre dominador x dominado. O ciúme é a dor da incerteza com relação ao sentimento de alguém no futuro. É a raiva de não possuir a segurança absoluta do relacionamento no futuro, é a tristeza de não saber o que vai acontecer amanhã. Aliás, o que dói no ciúme é a insegurança do futuro. É a insegurança do desconhecido. A loucura está aí, passamos a vida inteira tentando conseguir o que jamais conseguiremos: segurança... Pois ela não existe! Ser seguro não acaba com a insegurança, mas aceitá-la como inerente à natureza humana. Ninguém pode acabar com o risco do amor, por isso só é possível estar em estado de amor quando sabemos estar em um estado de risco!

Desperdiçamos o único momento que temos, que é o A G O R A, em função de um momento inexistente: o F U T U RO ! Parece que as pessoas só valem para nós amanhã, no futuro. Nós não curtimos o relacionamento hoje com nosso cônjuge, com os filhos, com s amigos sofrendo pela possibilidade de um dia não sermos queridos por eles. O filho, por exemplo, parece que só nos é importante amanhã, quando crescer, quando se formar, quando casar, trabalhar, etc... Até hoje, não conhecemos um pai que estivesse preocupado com o futuro do filho que estivesse brincando com eles. Em geral, não tem tempo porque estão muito ocupados em assegurar aos filhos um futuro brilhante!

O ciúme é a incapacidade de vivermos a gratuidade da vida. Hoje é o primeiro dia do resto de nossa vida, querendo ou não! Hoje estamos começando, e viver é considerar cada segundo de novo, a cada dia o seu próprio cuidado, o medo daquilo que nos pode acontecer, tira nos a alegria de estar aqui e agora. O medo da morte tira a vontade de viver, o medo de perder alguém tira a beleza de estar com ela agora, alias quando se tem medo de perder alguém é porque pensamos que as pessoas são nossas, ninguém pode perder o que não tem.

Cada pessoa é única e exclusivamente dela mesma, podemos perder um livro, um isqueiro, uma bolsa, porém jamais podemos perder uma pessoa.

O sinônimo do medo de perder é a obsessão pelo primeiro lugar, colocamos nos ombros a tarefa impossível de sermos sempre os primeiros em todos os lugares e em todas as circunstâncias. Se for em casa, queremos ser o primeiro, se for no trabalho, também o primeiro, num assunto específico queremos ser o primeiro, em outro assunto qualquer sempre o primeiro. O 1o lugar é amarelante, deteriorante, ao passo que o 2o lugar é esperançoso, é enverdejante, pois quando alguém chega ao cume da montanha só lhe resta um caminho a seguir: COMEÇAR A DESCER!!
No 2o lugar, ainda temos para onde ir, para onde crescer, a postura do 2o lugar nos leva ao crescimento contínuo, porque você se decreta em 2o lugar mesmo que esteja eventualmente o 1o lugar perante a sociedade.

O 2o lugar não em relação ao outro, mas em relação a nós próprios, ou seja, ainda teremos por onde crescer e melhorar. Você sabe por que o mar é tão grande? É porque ele teve a humildade de se colocar alguns centímetros abaixo de todos os rios do mundo, sabendo receber tornou-se grande, se quisesse ser o 1o e se colocasse alguns centímetros de todos os rios da terra, não seria o mar, mas uma ilha, toda a sua água iria para os outros, e ele estaria isolado...

Além disso, a perda faz parte, a queda faz parte, a morte faz parte, é impossível viver satisfatoriamente se não aceitamos a queda, a perda, a morte o erro, precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer. Não é possível saber ganhar sem saber perder, não é possível saber andar sem saber cair, não é possível viver sem saber morrer!

Em outras palavras, se temos medo de cair, andar será muito doloroso; se temos medo de morrer, a vida será muito ruim; se temos medo de perder, o ganho nos enche de preocupação!!!
Esta é a figura do fracasso dentro do sucesso, pois quanto mais ganha, quanto mais melhora na vida, mais sofre. Para a pessoa que tem medo de ficar pobre, quanto mais dinheiro obtém mais preocupado fica. Para a pessoa que tem medo do fracasso, quanto mais sobe na escala social, mais desgraçada é a sua vida.

Agora, se você aprende a perder, a cair, a errar e a morrer, ninguém o controla mais, pois o máximo que pode acontecer a você é cair, é perder, é errar, é morrer e isso você já sabe!!

R+C - Desenvolvimento Comportamental
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DOZE CONSELHOS PARA TER UM INFARTO FELIZ !!!


Dr. Ernesto Artur - Cardiologista
Quando publiquei estes conselhos 'amigos-da-onça' em meu site, recebi uma enxurrada de e-mails, até mesmo do exterior, dizendo que isto lhes serviu de alerta, pois muitos estavam adotando esse tipo de vida inconscientemente.

1.Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.

2.Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.

3.Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.

4.Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.

5.Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.

6.Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes..

7.Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.

8.Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro. (e ferro , enferruja!!. .rs)

9.Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.

10.Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo.

11.Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.

12.E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para crédulos e tolos sensíveis.

Repita para si: Eu não perco tempo com bobagens.

OS ATAQUES DE CORAÇÃO

Uma nota importante sobre os ataques cardíacos.

Há outros sintomas de ataques cardíacos, além da dor no braço
esquerdo(direito). Há também, como sintomas vulgares, uma dor intensa no
queixo, assim como náuseas e suores abundantes.

Pode-se não sentir nunca uma primeira dor no peito, durante um ataque
cardíaco. 60% das pessoas que tiveram um ataque cardíaco enquanto
dormiam, não se levantaram. Mas a dor no peito, pode acordá-lo dum
sono profundo.

Se assim for, dissolva imediatamente duas Aspirinas na boca e
engula-as com um bocadinho de água. Ligue para Emergência (193 ou 190)
e diga ''ataque cardíaco'' e que tomou 2 Aspirinas. Sente-se numa
cadeira ou sofá e force uma tosse, sim forçar a tosse pois ela fará o
coração pegar no tranco; tussa de dois em dois segundos, até chegar o
socorro.. NÃO SE DEITE !!!!

Um cardiologista disse que, se cada pessoa que receber este mail, o
enviar a 10 pessoas, pode ter a certeza de que se salvará pelo menos uma vida!

TENHAM UMA ÓTIMA SEMANA.

Mãe e Filha - Musas da Bossa Nova - Sylvia e Claúdia Telles


(Filha e mãe aniversariam nos dias 26 e 27 de Agosto)


"Sylvia Telles nasceu em 27 de agosto de 1934. Morreu aos 32 anos, em 17 de dezembro de 1966.

João Máximo a descreve como "uma cantora que representa como nenhuma outra a passagem do samba-canção romântico dos anos 50 para a bossa nova dos 60, sem que isso lhe mudasse o timbre suave, morno, ou estilo sincero, envolvente, nem um pouco cool.

Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música romântica brasileira, entendo-se como tal a que vai de 'Ponto final', com Dick Farney, e 'Amargura', com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de 'Orfeu da Conceição'. Mas poucos se lembram disso.

Nascida em 1934, entrou em cena depois de Dick e Lúcio, para sair dela aos 32 anos, numa morte trágica que coincide com a época do anti-romantismo proposto pelos festivais da canção. Em seus curtos dez anos de carreira, foi sempre ela mesma, pessoal, meiga, apaixonada, sem se entregar aos arroubos vocais das divas que a antecederam, nem ao canto miúdo, econômico, de vozinha frágil, das joão-gilbertianas cantoras de depois."

"Composições jobinianas de várias épocas são entoadas pela cantora Cláudia Telles .
Com a mesma suavidade na voz que tinha sua mãe, Sylvia Telles, há 30 anos ,Cláudia interpreta obras dedicadas a grandes nomes da Música Popular Brasileira. Ela já gravou CDs dedicados a Cartola e Nelson Cavaquinho, à sua mãe e a Vinicius de Moraes.
A extensa carreira da cantora teve início em coros de discos. Em 1977, ela quando lançou seu primeiro compacto, “Cláudia Telles”, com a música “Fim de Tarde”, de Robson Jorge e Mauro Motta, sucesso das baladas da época, só que com uma pitada de soul.
A partir daí, foi concebido um disco atrás do outro.
No ano seguinte, Cláudia grava “Miragem”, que precede o disco “Cláudia Telles” -respectivamente de 1979 e 1988, ambos coletâneas de músicas da MPB.
O disco em que a cantora interpreta Nelson Cavaquinho e Cartola foi lançado em 1995. Dois anos depois, nasceu “Por Causa de Você”, dedicado a Sylvinha Telles. “Um Tributo a Vinicius de Moraes” foi lançado em 2000 e, recentemente, saiu o “Tributo a Tom Jobim”.
Filha de uma das precursoras da bossa nova, Sylvia Telles, Cláudia aprendeu com sua mãe a arte de cantar e encantar, inclusive de tocar violão. A artista revela que o fato de ter uma estrela da música nacional em casa não impediu que ela tivesse outros ídolos, muitos internacionais, como Barbra Streisand, Ray Charles, Johnny Mathis, Carole King e James Taylor. Talvez até por isso, Cláudia leve para o soul tudo o que canta. "

( Escutem as duas, no mesmo vídeo).




Datilografado - Socorro moreira


E se eu te pegar com os meus olhos

Trazer-te para dentro de mim ?

Mostro o luminoso e o assombroso

que a Pandora soltou em mim.


E se eu te tocar com todas as minhas letras

e com elas compor nova sinfonia ?

E, na hora "h", descobrir no "g" do meu "x",

que és o "z" da minha vida ?


"Vês" ? Meu "c" que é céu é teu

Eu te aprendi, nos "erres" da minha língua.
Socorro Moreira

( foto by Lupeu lacerda)



Projeto "Água pra que te quero ! "- NÍvia Uchôa


Começando o dia 26 ... - Por :Socorro Moreira






Quem nasce no dia 26 de Agosto tem inclinações musicais, jurídicas e científicas. È chute, mas obedece a certa lógica. Se o gabarito for sim e não, tem controvérsia a história.

O fato é que hoje aniversariam químicos, físicos e músicos, alem de um povo grande, que vive no anonimato. Aliás, o anonimato é uma capa invisível, que pode ser perdida, ou senão proteger pelo resto da vida. Tê-la em nosso poder é sempre bom. Não é que temamos em nos mostrar... Ter-se algo pra falar, mesmo que sejam coisas simples e aparentemente sem importância, servirá pra alguém. Porisso por aqui o papo é livre, sem estigmas.
Hoje quando acordei e vi a mesa arrumada por Claude, pensei em tirar um dia de folga, no Cariricaturas. Como a muito tempo não faço, vou pilotar o fogão pondo no fazer, tesão !Sexo e comida quem não tem tesão de fazer, fica horrível.E fui... Fiz o bife com cebola, tomate, pimentão, shoyo; um macarrão no alho e óleo com açafrão, queijo ralado e ovo cosido; um feijãozinho de caldo grosso; uma saladinha verde e arroz soltinho. Tem comida mais caseira? E se for feita na medida, fica uma delícia. (Cozinhar e fazer sexo com amor é subliminar)
Mal terminei, senti a fome de escrever e pensei: dizem que não existe poeta de barriga cheia... E antes que a minha fique saciada, vou pra lá olhar as novidades, e também dizer bom dia!
Em homenagem ao Dori Caymmi, que eu amo de paixão, vou colar uma musiquinha, e tirar o dia cantando!


Socorro Moreira

26 de agosto de 1789 - Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

A história da declaração dos direitos do homem e do cidadão de 1789


Os momentos que antecederam a redação dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovadas pela Assembléia Nacional da França em agosto de 1789 - ocasião em que se encontraram Thomas Jefferson, então embaixador da jovem república norte-americana em Paris, e o marquês de Lafayette, o nobre cavalheiro francês que fora lutar, anos antes, pela libertação das 13 colônias inglesas da América do Norte - , mostraram o inequívoco enlace entre as duas grandes revoluções liberais-democráticas do século XVIII: a Americana de 1776, e a Francesa de 1789.
O decálogo da liberdade moderna

Uma Declaração de Direitos é um privilégio do povo contra qualquer governo na terra, geral ou particular, e nenhum governo justo deve recusá-lo, ou basear-se em inferências

Thomas Jefferson

Inebriados por suas sucessivas vitórias perante o rei Luís XVI, os parlamentares franceses reunidos na Assembléia Nacional em Paris, então encarregados de redigirem uma Constituição, decidiram elaborar uma Declaração de
Direitos que servisse de preâmbulo à nova Magna Carta.
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão - Frontispício

Somaram-se, então, à mesa da Comissão Constituinte, presidida por Mirabeau e Mounier, mais de uma vintena de declarações. Após um intenso trabalho de burilagem, o texto definitivo foi apresentado, em forma de 17 artigos, à Assembléia Nacional e aprovado no dia 26 de agosto de 1789.
Como observou Jacques Godechot, a aparência de decálogo que a Declaração assumiu devia-se ao passado cristão dos parlamentares, que, apesar de se declararem seguidores de Voltaire, haviam quase todos passado sua vida escolar nos bancos dos colégios religiosos.
Tratava-se de dar ao povo francês um "catecismo cívico", tão apregoado por Jean-Jacques Rousseau, uma espécie de secularização dos Dez Mandamentos da lei mosaica.

Apesar de ter sido a Declaração de 1789 a que terminou por ficar na história como o verdadeiro decálogo da liberdade do homem moderno, é interessante registrar que ela foi uma entre tantas outras que viram à luz a partir do século XVII, fruto dos reclamos do liberalismo nascente. Os historiadores ingleses, naturalmente, apontam a Carta Magna de 1215, como a pedra filosofal inspiradora de todas as declarações que se seguiram desde então.

Os franceses, por sua vez, gostam de remontar às petições feitas pelos Estados Gerais reunidos em Paris, a primeira em 1355, e a outra em 1484, ambas em nome da liberdade das gentes. Dessa forma, se fossemos buscar as raízes últimas das modernas declarações de direitos terminaríamos no Sermão da Montanha de Jesus Cristo.


As primeiras declarações de direitos

Sob o ponto de vista na modernidade constitucional e para a liberdade contemporânea, o que mais importa são os documentos que começaram a surgir a partir do século XVII, sendo o primeiro entre eles a Petição de 1628, que o parlamento inglês enviou ao desastrado rei Carlos I (que seria mais tarde decapitado durante a revolução puritana, em 1649).


Nessa petição, os cidadãos reclamam dos impostos ilegais, do aboletamento dos soldados em casas de gente boa e nas prisões sem justa causa. Dado o comportamento incorrigível dos seus reis, os parlamentares ingleses tiveram que apresentar uma outra, a Bill of Rights, de 1689, que visava limitar ainda mais a autoridade real, bem como impedir que, dali em diante, o Parlamento fosse fechado a qualquer pretexto.


Tais liberdades conquistadas pelos britânicos encantaram não apenas seus vizinhos franceses, como bem atestam os testemunhos de Montesquieu, de Voltaire e de Rousseau, como terminaram por inspirar os colonos ingleses da América a lutar pela conquista da sua independência.


A partir de 1776, até 1784, seis colônias americanas rebeladas (Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Vermon, Massachusetts e New Hampshire) resolveram proclamar não só os seus direitos bem como encarregar o talentoso Thomas Jefferson a redigir uma desaforada carta de independência em que, entre outras coisas, afirmava que o governo de Sua Majestade britânica deveria promover a felicidade dos seus súditos e que, se ele não o fizesse, eles teriam todo o direito de pegar em armas e se libertar.

Direitos do homem e do cidadão: as primeiras dez emendas de 1791

Em 1789, os norte-americanos, iluminados pelos acontecimentos de Paris, deram-se conta que sua constituição, a constituição da união, aprovada pela Convenção em Filadélfia em 1787, não tinha uma Declaração de Direitos. Foi então que resolveram agregar a ela, em forma de emendas constitucionais consagradas por eles como de Bill of Rights, dez artigos que garantissem ao homem comum americano "claramente e sem ajuda de sofismas", como registrou o incansável Thomas Jefferson: "a liberdade de religião, liberdade de imprensa, a proteção contra o exército permanente, o habeas corpus e o julgamento pelo júri".

Ele estava vivamente impressionado pelos acontecimentos da França, onde se encontrava como embaixador, ocasião em que colocou a sua residência à disposição para que um grupo de deputados franceses tivessem um lugar tranqüilo para debater os artigos a serem redigidos e depois aprovados pelos seus colegas. Entre os vários parlamentares franceses que lhe solicitavam sugestões, estava o marquês de La Fayette.

Os historiadores franceses preferem, no entanto, minimizar a influência americana ou anglo-saxã na redação da sua famosa Declaração. Atribuem a ela preocupações "universais", querendo alcançar o mundo por inteiro, acusando as outras, as inglesas e as americanas, de serem mais limitadas, pontuais e exclusivistas, um queixume contra um rei insensível.

Os americanos, por sua vez, asseguram que as suas são mais "práticas" enquanto a francesa se revela excessivamente "abstrata", carregada de princípios metafísicos difíceis de serem aplicados.

A matriz do direito constitucional moderno

Mirabeau, o tribuno da revolução em ação (1789)
Deixando de lado essa polêmica cansativa e patrioteira, é inegável que a Declaração francesa de 1789 ganhou o mundo e foi a real inspiradora da atual política de Direitos Humanos. É bom lembrar que os franceses redigiram e aprovaram duas outras declarações: uma em 1793 e outra em 1795. Se a primeira mostrava a arrogância do burguês, sequioso de liberdade e desprezando o Estado (daí vedar-lhe o direito de prender sem processo formal e dividi-lo em três outros poderes), separando os direitos, em humanos (igual para todos) e do cidadão (apanágio de alguns), a de 1793 é considerada como aquela que se preocupou com os aspectos sociais. Fruto da ingerência jacobina, foi ampliada para 35 artigos, sendo o último uma peça subversiva de primeira grandeza, porque praticamente induz os cidadãos à rebelião contra o governo.

"A insurreição é para o povo", diz o artigo, "o mais sagrado dos direitos e o mais indispensável dos deveres".
Derrubado Robespierre em junho de 1794, e formada a Convenção Termidoriana, votou-se uma outra declaração que continha, além dos tradicionais direitos, os deveres, aprovada em setembro de 1795 e que foi incluída na Constituição do ano III (foi aplicada na maioria dos territórios europeus conquistados por Napoleão).

A sedução que a grande Declaração de 1789 exerceu sobre o imaginário popular marcou o direito constitucional moderno. Praticamente todas as cartas contemporâneas fazem referência, diretamente ou não, a ela. Mesmo Lenin, envolvido nas tormentas da Revolução Russa de 1917, não resistiu aos seus encantos.

Apesar de desprezá-la por sua origem classista e preocupação elitista, inspirou-se nela para redigir, em plena confusão revolucionária, uma "Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado", com quatro artigos apenas, e que ele desejava colocar como preâmbulo na Carta Constitucional que estava em elaboração ainda em princípios de 1918.

Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão
França, 26 de agosto de 1789.

Os representantes do povo francês, reunidos em Assembléia Nacional, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos Governos, resolveram declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que os atos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, podendo ser a qualquer momento comparados com a finalidade de toda a instituição política, sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reivindicações dos cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral.

Em razão disto, a Assembléia Nacional reconhece e declara, na presença e sob a égide do Ser Supremo, os seguintes direitos do homem e do cidadão:

Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.

Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a prosperidade, a segurança e a resistência à opressão.

Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhuma operação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.

Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo. Assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.

Art. 5º. A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.

Art. 6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.

Art. 7º. Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.

Art. 8º. A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.

Art. 9º. Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.

Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.

Art. 11º. A livre comunicação das idéias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem. Todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.

Art. 12º. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública. Esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.

Art. 13º. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades.

Art. 14º. Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a coleta, a cobrança e a duração.

Art. 15º. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.

Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.

Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.

In Textos Básicos sobre Derechos Humanos.Madrid. Universidad Complutense, 1973, traduzido do espanhol por Marcus Cláudio Acqua Viva. APUD.FERREIRA Filho, Manoel G. et. alli. Liberdades PúblicasSão Paulo, Ed. Saraiva, 1978.

Fonte : http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-de-direitos-do-homem-e-do-cidadao-1789

A Liberdade Guiando o Povo - Delacroix

Pensamento para o Dia 26/08/2009


“A educação deve conduzir à iluminação; a escuridão da ignorância e o crepúsculo da dúvida fugirão diante de tal esplendor. Então fica fácil cultivar pensamentos e sentimentos bons no coração assim iluminado. A educação não se destina ao acúmulo de informação; ela deve resultar na transformação de hábitos, caráter e aspirações do indivíduo. O conhecimento precisa ser testado na vida diária. Atualmente o homem não tem a menor idéia da herança mais preciosa que existe dentro dele. Ele está interessado em todos exceto em seu próprio ser. Se ele se tornar consciente de seu próprio ser, ele pode ter imensa força, paz permanente e grande alegria adicionados em si.”
Sathya Sai Baba

Um gole, uma prosa... Bom dia!

O cheiro de café espalha-se pela sala e te chama.
Senta aqui conosco.
Toma um gole, uma prosa.
Um sorriso, um beijo amarfanhado.
Uma saudação sonolenta, nos minutos que se escorrem.

Senta aqui na velha cadeira.
Apóia tuas costas.
Apóia tuas mãos na mesa.
Abre o dia com alegria.
Esquece o tempo
Respira leve
Toma teu café
Come um biscoito
Que a noite já se foi
E o sol te espera num abraço.

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Joaninhas

1 xi de açúcar
200 gr de manteiga ou margarina
3 ovos
3 1/2 xi de farinha de trigo
2 c. chá de fermento em pó
½ c. chá de sal
½ c. sopa de essência de baunilha
200 gr. de amendoim salgado , sem pele e bem partido
3 c. sopa de açúcar

Modo de fazer

Bata em creme a manteiga e o açúcar. Junte as gemas sem a pele, uma de cada vez.. Bata bem a massa. Peneire juntos a farinha, o fermento e o sal. Junte tudo ao creme até misturar bem.
Faça bolinhas pequenas, passe-as pelas claras (sem bater) e pelo amendoim picado e misturado com açúcar.
Asse em uma assadeira em forno moderado por 10 a 15 minutos.

Gostou?
Repita a dose
Mas não esqueça:
Você é sempre bem vindo/a!!
............................................ Mais café?

Um abraço e um BOM DIA

OLHOS AZUIS...UM HOMEM, PLENO DE SENTIMENTOS !


Há dias venho tentando escrever um comentário nos textos do meu amigo João Marni. Quedava-me lendo e analisando os comentários dos amigos e deixava passar. Hoje me deparo com o texto sobre a inexorabilidade da morte que João escreveu. O médico e a dor humana no sentimento da perda. Tem muito a ver, como escreveu Foucault, com o “sentimento contraditório de se ver impotente, não ser um semideus”. A imensa maioria das pessoas nunca está preparada psicologicamente para perdas e danos. E muito menos para a morte. A leitura e a prática superficial de toda a explicação escatológica sobre a morte e o caminho que leva à sublimação dessa dor não é entendida porque não se mergulha na fé. Como diz Frei Beto: ”já nascemos morrendo para a vida”. Mas não é exatamente sobre isso que quero tratar neste texto. Esse tema é de imensa amplitude e a abordagem requer subsídios extensos.

Quero falar de João. Esse homem repleto de sentimentos. Fizemos amizade meninos, adolescentes, convivência no mesmo ciclo, vivendo as mesmas experiências, curtindo tudo o que a vida bela e boa de nossa terra oferecia à época. Plena de romantismo, brincadeiras eternas, festas, tertúlias e os namoros e paixões que a Praça Siqueira Campos brindava nas noites de domingo. João sempre foi um cara brincalhão, de riso solto, piadista e “gaiato”.

Um “bon vivant”, amigo de todos, educado e fino no trato com todos, indistintamente. Puxou muito ao pai, uma figura lendária. O que marca um homem de caráter, para distingui-lo de tantos, é a sua trajetória ao longo da vida, as fases, os momentos que atravessa, a sua relação com a vida e as pessoas. Um homem que muda seu caráter e sua personalidade ao sabor dos acontecimentos ou levado por eles não é digno de nota. Não estaria então plenamente formado.

João tem uma alma simples, generosa, profunda e sustentada pela fé que o anima e o manteve íntegro na adversidade com o mesmo sorriso estampado no rosto e nos seus belos e profundos olhos azuis. Eu sei do que falo, e por saber, falo e escrevo. Faço um corte no tempo e nos vejo na Rua Álvares de Azevedo em Recife onde moramos. Um prédio tipo caixão (que ainda hoje está lá, meio decadente pelo tempo e abandono, mas que toda vez que por lá passo as recordações afloram.

João e Fátima eu e Eliane. Casados, jovens, cheios de sonhos e sobrando dificuldades de toda ordem. Eu morava no térreo e João no superior. Nossos “móveis” eram iguais, pois foram desenhados por nós e feitos pelo mesmo carpinteiro que trabalhava na Faculdade de Ciências Médicas. Tudo simples, mas muito arrumado, uma TV, cama, guarda-roupa, uma “radiola” no segundo quarto, uma esteira no chão onde curtíamos uns seis “bolachões” (LP) e tomávamos as geladas nos fins de semana. Na cozinha, a tradicional geladeira Cônsul, o fogão e um armário. Casa de estudante! Mas sobrava amor e amizade por todos os lados. E tínhamos o requinte de uma “piscina” de plástico para Monalissa, e o meu Thiago se divertirem e nós um churrasquinho animado. Anos de ferro, pouco dinheiro, muito aperto. Instituímos a fraternidade da tribo para sobreviver, quando faltava numa casa tinha na outra. Até uma “cestinha elevador” criamos para o sobe desce de “mercadorias”. João nunca mudou um centímetro sua maneira de ser. Só ele sabe determinar a sua dor e a sua perplexidade interior frente à adversidade. Eu aprendi com a minha. Seria compreensível que tivesse se transformado em um homem revoltado, seco, incrédulo, sem alma. Mas não!

Tudo o que passou de bom e de ruim o transformou em um ser sensível, maduro, observador da natureza humana (que o estudo da psicologia consolidou pelo entendimento da natureza), um pai amoroso, fiel a seu amor e à sua própria trajetória humanística. Juntou o dom da psique a physis e dessa junção fez-se médico de homens e de almas.

Você meu caro amigo, é sentimento só. O melhor do sentir e do fazer sentir. Eu amo você porque sei quem você é.

Do seu AMIGO, com carinho.