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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Mãe e Filha - Musas da Bossa Nova - Sylvia e Claúdia Telles


(Filha e mãe aniversariam nos dias 26 e 27 de Agosto)


"Sylvia Telles nasceu em 27 de agosto de 1934. Morreu aos 32 anos, em 17 de dezembro de 1966.

João Máximo a descreve como "uma cantora que representa como nenhuma outra a passagem do samba-canção romântico dos anos 50 para a bossa nova dos 60, sem que isso lhe mudasse o timbre suave, morno, ou estilo sincero, envolvente, nem um pouco cool.

Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música romântica brasileira, entendo-se como tal a que vai de 'Ponto final', com Dick Farney, e 'Amargura', com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de 'Orfeu da Conceição'. Mas poucos se lembram disso.

Nascida em 1934, entrou em cena depois de Dick e Lúcio, para sair dela aos 32 anos, numa morte trágica que coincide com a época do anti-romantismo proposto pelos festivais da canção. Em seus curtos dez anos de carreira, foi sempre ela mesma, pessoal, meiga, apaixonada, sem se entregar aos arroubos vocais das divas que a antecederam, nem ao canto miúdo, econômico, de vozinha frágil, das joão-gilbertianas cantoras de depois."

"Composições jobinianas de várias épocas são entoadas pela cantora Cláudia Telles .
Com a mesma suavidade na voz que tinha sua mãe, Sylvia Telles, há 30 anos ,Cláudia interpreta obras dedicadas a grandes nomes da Música Popular Brasileira. Ela já gravou CDs dedicados a Cartola e Nelson Cavaquinho, à sua mãe e a Vinicius de Moraes.
A extensa carreira da cantora teve início em coros de discos. Em 1977, ela quando lançou seu primeiro compacto, “Cláudia Telles”, com a música “Fim de Tarde”, de Robson Jorge e Mauro Motta, sucesso das baladas da época, só que com uma pitada de soul.
A partir daí, foi concebido um disco atrás do outro.
No ano seguinte, Cláudia grava “Miragem”, que precede o disco “Cláudia Telles” -respectivamente de 1979 e 1988, ambos coletâneas de músicas da MPB.
O disco em que a cantora interpreta Nelson Cavaquinho e Cartola foi lançado em 1995. Dois anos depois, nasceu “Por Causa de Você”, dedicado a Sylvinha Telles. “Um Tributo a Vinicius de Moraes” foi lançado em 2000 e, recentemente, saiu o “Tributo a Tom Jobim”.
Filha de uma das precursoras da bossa nova, Sylvia Telles, Cláudia aprendeu com sua mãe a arte de cantar e encantar, inclusive de tocar violão. A artista revela que o fato de ter uma estrela da música nacional em casa não impediu que ela tivesse outros ídolos, muitos internacionais, como Barbra Streisand, Ray Charles, Johnny Mathis, Carole King e James Taylor. Talvez até por isso, Cláudia leve para o soul tudo o que canta. "

( Escutem as duas, no mesmo vídeo).




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