Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Os sinais políticos da crise do Neoliberalismo - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Todos sabemos os componentes econômicos, sociais e políticos da grande crise do capitalismo nos anos 30. Aliás, a tendência é se considerar que a crise foi do principal arcabouço mundial do liberalismo econômico, do mundo ocidental, após ter acumulado milhões em capitais com a colonização das Américas, da África e até da Ásia. Por isso quando estourou a guerra de 14, ela foi mundial e terminou provocando a Revolução Russa, que significou uma enorme barreira ao modelo expansionista do Ocidente.

As lutas do século XX, entre guerras formais, rebeliões, razias de fome, migrações e fugas, além de tantos efeitos conhecidos, resultaram em efeitos políticos como o Fascismo, ou seja, a emergência de uma extrema direita. O que não se tinha em conta é o que a atual crise promoveria.

No primeiro momento tentaram salvar as instituições do capitalismo financeiro, à custa dos recursos e em detrimento do programas sociais. Desde a emergência do Neoliberalismo que os campos em luta estavam definidos: não é possível o crescimento do lucro com a aplicação das riquezas no bem estar social. Bem estar social traduzido como previdência e assistência social, direitos sociais, emprego, renda, habitação, transporte, segurança, saúde e educação.

Finalmente o próprio Neoliberalismo assumiu as teses de Karl Marx, este “bem estar” é incompatível com o capitalismo. E como um partido em perfeito domínio do campo de ação, partiram para a prática global, especulando com as moedas nacionais, emprestando capitais a juros estratosféricos, levando os países à bancarrota e, por último, aplicando “remédios” que salvam o resgate dos seus capitais e destroem os regimes em que existiam algum bem estar social.

Esta é a essência do que está acontecendo na Grécia. Por isso a revolta popular e muito mais acontecerá. Todo europeu bem informado já se deu conta que o Euro está sob as mesmas contradições das grandes moedas do capitalismo ocidental – dólar e libra. A moeda não é mero papel, ela representa os compromissos históricos de suas sociedades. Por isso esta grande briga sobre a liberação ou não dos recursos para a Grécia.

A Chanceler Alemã quer apertar a garganta dos gregos, que já estão na rua da amargura. Qual a motivação maior de Angela Merkel? Se os gregos não pagarem as prestações que devem aos bancos na metade do mês de maio, os bancos Alemães e Franceses, grandes especuladores em Hedge com a moeda Grega, entram em crise. Então que paguem o que deve com o sangue do povo grego.

Mas por outro lado o povo grego e, de resto, todo o povo europeu sabe o quanto foi dos recursos públicos para salvar ditos bancos. Mesmo assim, o lucro deles não cessou, pois, como piranhas num rio amazônico, partiram para especular com o próprio euro e com as reservas de moedas em cada país. Resultado, agora se exige sacrifício com o povo e não se regulam os bancos?

Esta é a grande discussão na Europa, esfolam o povo e não regulam os bancos. Até por que nesta altura o problema atinge o coração das instituições políticas da Europa. Por isso é que a Chanceler acrescentou ao seu pedido de sacrifícios sobre os gregos, a idéia de regulação do sistema financeiro.

Enfim, o Neoliberalismo não iria morrer naturalmente. Ele lutará e com vigor. Tentará navegar nas águas turvas da crise econômica e social. Crises, que já sabemos, ao atingir as pessoas e suas famílias, criam o ambiente a todo tido de experiência, muitas delas irracionais e, que embute muita violência. Por isso, Noam Chomsky já alerta para a emergência de uma ultra direita no EUA.

Leiam o que diz o pensador segundo o Diário La Jornada: “Nunca vi algo parecido em minha vida”, declarou Noam Chomsky. Entrevistado por Chris Hedges para o site de Internet Truthdig, acrescentou que “o humor do país é assustador. O nível da ira, frustração e ódio a instituições não está organizado de maneira construtiva. Está desviado para fantasias autodestrutivas” em referências a manifestações populistas da ultra direita.

Um ódio ao governo, aos políticos e às instituições, que abre espaço para todo tipo de aventureiro. O mesmo elemento de racismo vigente nos anos 30, então contra os judeus e, agora, contra Latinos e Negros. Mais uma vez as bandeiras desfraldadas da supremacia branca justificam todo tido de perseguição e constrangimento possíveis. Agora mesmo, a governadora do Colorado, aprovou uma lei de cunho fascista que permite deter qualquer pessoa sem os papéis e que tenham semelhança com migrantes ilegais.

“É muito similar à Alemanha de Weimar. Os paralelos são notáveis. Também havia uma desilusão com o sistema parlamentarista”, apontou Chomky na entrevista. “Os Estados Unidos têm muita sorte que não tenha surgido uma figura honesta e carismática” já que se isso acontecesse “este país estaria em verdadeiros apuros pela frustração, a desilusão e a ira justificada e a ausência de uma resposta coerente”.

Seguremos a onda que a crise continua em curso. O mesmo curso que já vinha das teses do Neoliberalismo, a de que deixe o espírito selvagem do capitalismo funcionar que tudo o mais se resolverá. Ou seja, a função de capitalização e acúmulo.

Herbert Vianna



Herbert Lemos de Sousa Vianna (João Pessoa, 4 de maio de 1961) é o vocalista, guitarrista e principal compositor do grupo Os Paralamas do Sucesso, um dos grupos-base do rock brasileiro.

Herbert nasceu em João Pessoa, mas devido à vida militar de seu pai, o brigadeiro Hermano Viana, mudou-se ainda criança para Brasília, onde conheceu Bi Ribeiro. Ao se mudarem para o Rio de Janeiro fundaram os Paralamas (mas alguns consideram os Paralamas parte da "turma de Brasília", como Capital Inicial e Legião Urbana) com o amigo Vital Dias na bateria.

Após substituírem Vital por João Barone, Herbert compôs a música "Vital e Sua Moto", em homenagem ao amigo, a qual se tornou o primeiro sucesso dos Paralamas e que renderia o contrato com a EMI.

Depois de 10 anos de sucesso da banda, Herbert gravou o disco-solo Ê Batumarê (1992). Mais dois seriam gravados, Santorini Blues (1997) e O Som do Sim (2000), cheio de participações como Cássia Eller, Fernanda Abreu, Nana Caymmi, Sandra de Sá e Marcos Valle.

Herbert namorou por anos Paula Toller, do Kid Abelha, e posteriormente casou com a inglesa Lucy Needham, com quem teve os filhos Luca, Hope e Phoebe.

Herbert desde cedo gostou de pilotar helicópteros e ultraleves. Em 2001, Herbert passou pelo momento mais crítico de sua vida. No dia 4 de fevereiro, sofreu um acidente aéreo em Mangaratiba, RJ, quando o ultraleve que pilotava caiu no mar, na baía de Angra dos Reis. No acidente, Lucy morreu e Herbert ficou internado durante 44 dias, parte deles em estado de coma. O músico ficou paraplégico e perdeu parte da memória depois do acidente, porém, em um processo de recuperação gradual, retomou sua carreira, voltando aos palcos, e já tendo gravado quatro álbuns após o acidente: Longo Caminho (2002, preparado antes do acidente), Uns Dias ao Vivo (2004, ao vivo), Hoje (2005) e Brasil Afora (2009).

Noel Rosa



Noel de Medeiros Rosa (Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1910 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 1937) foi um sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil. Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro no "asfalto", ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época - fato de grande importância, não só o samba, mas a história da música popular brasileira.


Audrey Hepburn



Audrey Hepburn (Bruxelas, 4 de maio de 1929 — Tolochenaz, 20 de janeiro de 1993) foi uma atriz, modelo e humanista belgo-britânica radicada entre Inglaterra e Países Baixos.

Nascida Audrey Kathleen Ruston na capital belga, era a única filha de Joseph Anthony Ruston (um banqueiro britânico-irlandês) e Ella van Heemstra (uma baronesa neerlandesa descendente de reis ingleses e franceses). Seu pai anexou o sobrenome Hepburn, e Audrey se tornou Audrey Hepburn-Ruston. Tinha dois meio-irmãos, Alexander e Ian Quarles van Ufford, do primeiro casamento da sua mãe com um nobre neerlandês.

Audrey foi considerada, a príncípio, uma garota "alta, ossuda, de pés excessivamente grandes para se tornar uma estrela". Mas Audrey, mesmo vivendo na época em que as baixinhas, de curvas generosas, pés miúdos e olhos claros imperavam, soube usar os seus "defeitos" como seus dons e conquistar o mundo com seu lindo rosto, sua elegância e seus profundos olhos castanhos. Segundo o estilista Givenchy, que era incumbido de vesti-la, Audrey era um ideal de elegância e uma inspiração para o trabalho dele.

Audrey sempre será lembrada pelos filmes My Fair Lady (1963 - Minha Bela Dama) e Breakfast at Tiffany's (1961 - Bonequinha de luxo no Brasil, Boneca de luxo em Portugal) como "Holly Golightly", uma prostituta de luxo que sonhava em se casar com um milionário, papel totalmente oposto ao pelo qual ela foi premiada com o Oscar de 1954, em que vivia "Ann", uma princesa que fugindo de seus deveres reais, se apaixona por um jornalista interpretado por Gregory Peck, em A princesa e o plebeu (Roman Holiday, 1953).

O ator Gregory Peck, par romântico de Audrey no filme A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday, 1953), foi quem a apresentou ao ator Mel Ferrer, que, depois de participar de uma peça com Hepburn, pediu-a em casamento. A atriz contracenou no filme Guerra e Paz (War and Peace, 1956). Os dois fizeram um casal, em que Audrey interpretava uma aristrocrata russa, que se apaixona pelo princípe da Rússia André (Ferrer).
Audrey em Charada

Hepburn casou-se duas vezes, primeiro com o ator americano Mel Ferrer, e depois com o psicólogo italiano Andrea Dotti. Ela teve um filho com cada um – Sean em 1960 por Ferrer, e Luca em 1970 por Dotti. O padrinho de seu filho mais velho é o autor britânico A.J. Cronin, quem residiu perto de Hepburn na Lucerna.

Em 1967 declarou que iria abandonar o cinema, porém voltou a atuar 9 depois. Ao final de sua vida, nomeada embaixadora da UNICEF, trabalhou incansavelmente como voluntária para causas infantis. Hepburn falava francês, italiano, inglês, neerlandês e espanhol. Havia dúvidas se ela falava espanhol ou não, mas recém descobertas imagens da UNICEF mostram-na falando a língua fluentemente no México. No filme Bonequinha de Luxo, ela é mostrada tentando aprender português, e reclama do grande número de verbos irregulares. Ela diz: "A very complicated language, four thousand of irregular verbs", depois disso, tenta dizer "Eu acho que você está gostando do açougueiro".

De acordo com seu filho Sean, os filmes favoritos dos quais estrelou foram Uma cruz à beira do abismo (por sua mensagem social) e Cinderela em Paris (por ter se divertido muito nas filmagens deste). No entanto, ela havia declarado numa entrevista à Barbara Walters que A princesa e o plebeu era o filme mais querido dela.

Além de um rosto bonito, Audrey era uma mulher humilde, gentil e charmosa, que preferia cuidar dos outros a seu redor do que de si mesma. É considerada a eterna "bonequinha de luxo". Faleceu aos 63 anos, de câncer de cólon.
wikipédia

Alice Liddell


Alice Liddell como uma mendiga, em foto de Lewis Carroll

Alice Pleasance Liddell (4 de Maio de 1852 - 15 ou 16 de Novembro de 1934) era filha do deão da Christ Church (origem da futura Universidade de Oxford), onde Charles Lutwidge Dodson lecionava matemática. Ele ficou mais conhecido pelo seu pseudônimo, Lewis Carroll, com o qual publicou dois livros infantis, "Alice no país das maravilhas" (1865) e "Através do espelho" (1872), ambos escritos sob inspiração de Alice Liddell.

Alice Liddell nasceu em 4 de maio de 1852 e foi a segunda filha (terceiro filho) de Henry George Liddell, deão da Christ Church College, em Oxford, na Inglaterra. Em fevereiro de 1856, Henry Liddell assumiu o cargo de deão, e Charles Dodgson, na época bibliotecário da Christ Church, conheceu Alice e apaixonou-se. Ela tinha apenas 3 anos de idade. Ele a encontrou em 25 de abril, quando ela participava de uma sessão de fotos com seu amigo Reginals Southey. Ele pode fotografá-la, junto com suas duas irmãs em 3 de junho.

O envolvimento platônico de Dodgson com crianças é bem conhecido, embora a palavra "pedofilia" soe forte hoje em dia. Alice tornou-se a maior paixão de Dodgson e fonte constante de inspiração para seus dois mais conhecidos livros, embora ao final da escrita de "Alice no país das maravilhas" a amizade estivesse diminuindo. Alice tinha 20 anos de idade quando o Príncipe Leopoldo (o filho mais novo da Rainha Victória) chegou na Christ Church, tendo sido aluno de 1872 até 1876. Houve rumores de um romance entre ambos.

Em 1880 Alice se casa com Reginald Hargreaves. Dodgson não estava presente no casamento, mas enviou a ela, por meio de um amigo, um presente. Ela teve três filhos, os quais viveram com ela até sua morte em Hampshire. Curioso que ela tenha chamado seu primeiro filho de Leopoldo, e o Príncipe tenha chamado sua filha de Alice. Durante sua vida ela dedicou-se, em parte, a divulgação dos contos infantis feitos sob sua inspiração.


Sandra Bréa Brito (Rio de Janeiro, 11 de maio de 1952 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 2000), conhecida profissionalmente como Sandra Bréa, foi uma atriz brasileira. Foi considerada símbolo sexual do país na década de 1970 e na década de 80.

Ela era famosa não apenas pelos seus muitos trabalhos, mas também por ter assumido publicamente, em agosto de 1993, que foi contaminada pelo vírus da AIDS, lutando contra a discriminação. Contudo, a atriz faleceu vítima de câncer de pulmão, sete anos mais tarde.

Correio Musical

O "adifício arto" da língua - Revista Língua Portuguesa


"Para escrever
uma boa letra,
a gente tem
que ser, em
primeiro lugar,
anarfabeto..."

Adoniran Barbosa


Marcílio Godoi

Não se sabe ao certo como definir João Rubinato: artista, sambista, humorista, cronista, paulista. Aqui, nesta revista, a pista: Adoniran Barbosa é também admirável linguista. Evidentemente, não o emérito em linguística, mas o linguagista, o cultor da fala das ruas, do bairro, da cidade, do estado, deste nosso país de imigrantes. Seu samba fez mágica. Uniu africanos, no ritmo, e italianos, no linguajar, para estabelecer de vez "din-din-donde" habita o imaginário vocabular brasileiro: na realidade de nossos portões, nossos bares, nossas praças.

Como a Iracema de seu samba, Adoniran "travessou contramão" e, então, o preconceito dos comandos paragramaticais, "tauba de tiro ao árvaro", teve nele sua redenção. Convenhamos, não é pouca coisa tratar com tanta graça e sem "réiva" nossa autoestima. Na procura por alguém que chegasse perto de sua originalidade sociolinguística, fiquemo dando vorta em vorta da lâmpida, ou seja, fumo e não encontremo ninguém.

Arquiteto e jornalista, autor do Pequeno Dicionário Ilustrado de Palavras Invenetas (Sagui, 2007) www.memoeditorial.com.br

Publicado em: http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12020

Circo Escola de Ecocidadania





Circo Escola de Ecocidadania realiza aula espetáculo Meio Ambiente Inteiro

Aula Espetáculo Meio Ambiente Inteiro

A noite de 1º de maio, sob a luz da lua cheia, aconteceu mais uma aula espetáculo do Circo Escola de Ecocidadania, onde foi apresentado os resultados das aprendizagens circenses de seus educandos e educandas.

A aula Espetáculo Meio Ambiente inteiro foi dedicada a Senhora Almina Arraes que prestigiou o espetáculo e se encantou com as proezas circenses de nossas crianças e adolescentes.
Na platéia muitos amigos do Instituto de Ecocidadania Juriti que ao longo destes 13 anos faz inclusão social através da arte, entre eles o Arquiteto Urbanista Augusto Capibaribe, a fotógrafa Nívia Uchôa e a nossa amiga Socorro Moreira.
A comunidade do Conjunto Almino Loyola compareceu lotou a arquibancada do Circo Escola de Ecocidadania, aplaudindo e vibrando com as belíssimas apresentações da criançada que brilha no picadeiro e aprende cotidianamente a brilhar na vida.
Momento de descontração após o espetáculo, onde os educandos e educandas não escondem a alegria de participar do circo, ainda o maior espetáculo da terra.


por Cristina Diogo
texto e fotos

Melosa Melodia - por Masé Albuquerque (Sempresoll)





Que linda voz você tem

Quando me diz, meu bem.

Que lindo som de ouvir

Quando me chama e vem,

Vem me propor e compor

A mais melosa melodia

E nesse dia, penso que vou

Na fonte beber desse amor.



Quando a fonte exaurir

Toda gotinha que tem

Quando não puder mais ouvir

A voz chamando meu bem,

Se um pouco do sonho sobrou

Espero lembrar esse dia

E a melodia que você cantou

Nem o tempo do tempo apagou.

Fi-lo porque qui-lo


Aqui a língua se mostra criativa em seus "erros". A preposição em é formada por um ditongo nasal. Quando ela é seguida de vogal, trocamos a forma em por no, na, num, numa (consoante nasal n + artigo), o que é uma complicação fonética. O que se tem feito é "fabricar" uma nova preposição, com a consoante nasal n seguida da vogal i, donde ni. É uma pena que a sociedade ainda não tenha aceito esse ni. Por enquanto, vá escrevendo "não repare em mim."


Esta frase, atribuida ao ex-presidente Jânio Quadros, provavelmente nunca foi dita por ele, afinal Jânio era um gramático normativista e sabia que, no padrão culto brasileiro da língua, a conjunção "porque" atrai o pronome obliquo para junto de si. Por isso, Jânio diria: "fi-lo porque o quis".

http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12000

Conversa com Everardo Norões

REVISTA CRISPIM
A necessária reprodução do esquecimento:
conversa com Everardo Norões


(Cristhiano Aguiar)

Uma das vozes de maior destaque na poesia brasileira contemporânea, o poeta cearense, radicado em Pernambuco, Everardo Norões, acaba de lançar um livro novo: Poeiras na réstia, publicado pela editora 7letras. Em conversa exclusiva para a Crispim, por e-mail, Everardo fala um pouco das relações entre poesia, política e contemporaneidade.

1) Everardo, algumas vezes conversamos sobre sua experiência como exilado político, durante a ditadura militar. Sem dar nomes, claro, como você via a atuação dos poetas, tanto em Pernambuco, quanto em outros estados, em relação ao regime?

O poeta deve enxergar o núcleo escuro do mundo, o lugar de onde vem a lava incandescente que nos queima e, contraditoriamente, nos alimenta. Outro dia, lendo um texto do filósofo italiano Giorgio Agamben, fui tocado pela maneira como ele observa o conceito de contemporaneidade. Ser contemporâneo, segundo ele, é aderir ao seu próprio tempo, enquanto, simultaneamente, nos distanciamos dele. É como se estivéssemos na claridade e olhássemos também o lado escuro das coisas. Como se tivéssemos sempre à mão um caco de vidro esfumaçado para observar o eclipse. A partir daí, é possível concluir que ser contemporâneo é diferente de ser ‘atual’. Ser atual remete a uma concepção linear do tempo. Mas nossa relação com o tempo é dialética: aderimos a ele; ao mesmo tempo dele fugimos, pois somente nessa fuga podemos senti-lo na sua plenitude.
Temos de ter uma noção dessa totalidade para não observarmos apenas um pedaço do caminho. É por isso que toda grande poesia é política, pois acaba por exprimir uma visão necessariamente crítica.
O exílio é uma espécie de troca de mundos. Você não precisa sair do Brasil para se sentir exilado. Quando você troca de mundo, você guarda um referencial que lhe permite fazer comparações, olhar com mais objetividade os retalhos de sua vida que ficaram para trás, comparar acontecimentos. Ou seja, você tem mais possibilidade de afiar sua visão crítica. Isso não significa, no entanto, que basta você ser exilado ou ter morado em outro lugar para adquirir essa percepção das coisas. Fábio Andrade escreveu uma matéria sobre meu penúltimo livro na qual faz uma observação interessante. Escreveu, salvo engano, que os caminhos da memória são reinventados continuamente, assim como a tradição também deve ser reinventada. No livro do escritor estadunidense Philip Roth (vamos adotar essa apelação, já que americanos somos todos nós...) ele entrevista outro escritor, que eu nunca li, chamado Aharon Appelfeld. E o entrevistado diz alguma coisa parecida: a memória é apenas um elemento menor no processo criativo, a criação é uma criatura independente. O exílio também pode ser social e talvez essa seja uma explicação pelo fato de Pernambuco ter tantos poetas...
Outra vantagem da circunstância de ser exilado é alcançar forças para colocar em questão os cânones ou para romper as peias da tradição. O último livro de Ronaldo Correia de Brito, Galiléia, a meu ver, deve ser lido sob esse prisma. O ‘sertão’ de Galiléia (coloco de propósito entre aspas) não é mais sertão. É como no Azulão, de Manuel Bandeira. Nosso sertão acabou. As relações mercantis (falo aqui das relações mercantis do capitalismo selvagem, não daquelas das gerações passadas) destruíram boa parte do que muita gente ainda continua a cultuar, como se a sociedade fosse imutável. Ora, a própria Igreja católica está em vias de desaparecimento, pelo menos naquela forma institucional em que a víamos, com padre, coroinha, sacristão...
Walter Benjamin escreveu uma espécie de parábola, que consegue resumir tudo isso. Está incluída no texto sobre seu conceito de história. Fala do angelus novus, um anjo que ele observou num quadro de Paul Klee. O anjo olha fixamente alguma coisa que ficou para trás, para um passado. Enquanto acompanhamos os acontecimentos, o anjo vê apenas a catástrofe e, conforme escreve Benjamin, quer acordar os mortos, juntar os pedaços dos escombros. Ao mesmo tempo, uma tempestade sopra do paraíso, abre as asas dele com força e o lança em direção ao futuro, amontoando ruínas que atingem o céu. Essa tempestade, segundo Benjamin, chama-se progresso. Ora, quem venera a tradição, teme a tempestade. Ficará imobilizado, a contemplar as ruínas...

2) Me parece, inclusive, que uma parte da nossa arte e literatura atuais parece estar imobilizada nestas ruínas. Muitos poetas e artistas criam tentando resgatar uma função “salvadora”, “revolucionária”, da arte. Por outro lado, vejo também, principalmente na poesia brasileira hoje, um certo fetiche pelo vanguardismo! Há uma cobrança de experimentalismo, a ponto de poetas de forma mais “contida” serem chamados de “caretas”. É reacionário escrever um soneto? Você acha que os beletristas do século XXI são aqueles que não conseguem sair das ruínas das histórias das vanguardas?

Hoje há muitos poetas ‘sociais’, ‘engajados’. Na conhecida época de chumbo, poucos poetas se manifestaram de forma clara. Um deles foi Alberto Cunha Melo. Para mim, Noticiário foi seu livro de grande impacto. Logo que voltei da África, recebi um exemplar desse livro, um presente do poeta Orley Mesquita. Há algum tempo atrás, Alberto e eu nos encontramos na Biblioteca Pública e eu lhe disse de minha preferência por Noticiário. Ele concordou. Seu poema sobre a seção de obras raras estava na sala onde trabalhava naquela Biblioteca. Deveria ser distribuído e afixado em todas as salas de leitura. Mas Alberto é um poeta importante não apenas porque sua poesia teve força de denúncia, mas pela maneira original como essa denúncia é posta.
Não procuro fazer poemas ‘políticos’. Quando escrevo que as ruas com nomes de coisas são mais humanas, como o poema “Estátuas”, de meu penúltimo livro, Retábulo de Jerônimo Bosch, penso que há uma ‘leitura’ a ser feita em torno dos significados. Um poema pode ter uma conotação política mais forte sem adotar um discurso marcadamente contestatório. Hoje em dia a poesia deve denunciar de forma original a ‘racionalidade’ que transformou o ser humano em mero homo oeconomicus, uma ‘mutação antropológica considerável’, para usar a expressão de Cornelius Castoriadis. A crise que está sendo apregoada [a entrevista foi realizada em janeiro de 2009] - será que não vivemos constantemente em crise? - vai colocar novamente em questão certos paradigmas. Antes de qualquer coisa, deveríamos nos perguntar: isso também não ocorreu em 29? E por que depois houve uma Segunda Grande Guerra? E por que logo tudo foi de novo ‘esquecido’? É que a lógica da racionalidade capitalista tanto funcionou em Auschwitz como funciona em Israel; tanto funciona para o kit eletrônico previsto para ser consumido em determinado tempo - um computador, por exemplo - como para os armamentos sofisticados usados na Guerra do Iraque. O esquecimento, o esquecimento histórico, é uma necessidade para a reprodução desse paradigma. Para quem escreve ficção ou poesia, o que nos cabe é inventar formas que desmascarem essa ‘racionalidade’ e inscrevam o ser humano em outra dimensão, na qual o sensível de sua natureza essencialmente criadora possa se manifestar.
Observo que muitos escritores da nova geração têm uma atitude de respeito profundo para com a literatura. O que significa isso? Que não se contentam com o brilho da novidade e estudam atentamente as transformações do mundo das letras com a rapidez e a leveza que o novo século passou a exigir. Acho que ao fazer assim, permanecem atentos ao símbolo com o qual Italo Calvino saudou o novo milênio: “o salto ágil e imprevisto do poeta-filósofo que sobreleva o peso do mundo, demonstrando que sua gravidade detém o segredo da leveza, enquanto aquela que muitos julgam ser a vitalidade dos tempos, estrepitante e agressiva, espezinhadora e estrondosa, pertence ao reino da morte, como um cemitério de automóveis enferrujados”.

3) Como o poeta deve se posicionar em relação às pautas do seu tempo?

Há poetas entre nós que sempre se posicionaram em relação ao seu tempo, sem nunca descuidarem da forma, da síntese forma/conteúdo. João Cabral de Melo Neto, embora nem fosse militante político, foi o mais contemporâneo. Ele e Joaquim Cardozo foram, a meu ver, os dois grandes poetas brasileiros do século que passou. Um grande problema para os poetas de nossa geração foi tentar se desvencilhar das influências deles, sobretudo a de João Cabral - porque Joaquim Cardozo foi muito pouco divulgado. A grande poesia de João Cabral não é a que tem conotação mais abertamente política, como Morte e Vida Severina, mas os poemas sobre alguns toureiros, os da educação pela pedra, aqueles que rompem, de certa forma, com os cânones da poesia tradicional. Ele assume o lado ‘feio’ do poema, sem a chatice do violão de rua ou do poema sujo.
João Cabral e Joaquim Cardozo não são poetas ‘brasileiros’ ou ‘pernambucanos’. São poetas universais. Costumamos insistir na ‘pernambucanidade’ de João Cabral. Deveríamos, isto sim, dar como exemplo sua ‘universalidade’. Atribuir essa ‘pernambucanidade’ a um poeta como ele é apenas uma tentativa conservadora de recuperar e, ao mesmo tempo, amesquinhar, sua grandeza. Lembro que ele viveu muito tempo na Espanha, onde ainda hoje é reverenciado. Em plena ditadura franquista, sua casa em Barcelona foi uma espécie de guarida para intelectuais do porte de Joan Miró, Joan Brossa ou Angel Crespo.

(Cristhiano Aguiar)

http://www.revistacrispim.com.br/especiais/index.php?id_especial=11&id_texto=13

O Livro do Cariricaturas

Um livro escrito por muitas mãos: uma coletânea com nossos escritores.
Detalhes :

. Release com fotografia de cada escritor ( 01 página)
• 4 textos por escritor (máximo de 7 páginas - fonte : garamond - altura : 12) - Temática livre ( crônicas, contos e poemas).
• Os textos serão escolhidos pelos próprios escritores;
• um contingente de 200,00 por escritor
• O pagamento poderá ser feito em 4 x 50,00 ( fev-mar-abr-maio)
. O livro será dedicado aos mestres de todos os tempos, representados por Dr. José Newton Alves de Sousa.
- A capa será a foto de Pachelly- essa que já caracteriza o Cariricaturas.
- O título é: "Cariricaturas em prosa e verso"
- Edição: Emerson Monteiro ( Editora de Sonhos - Crato-Ce)
- Dedicatória ( Assis Lima )
- Prefácio/ Apresentação ( José do Vale e Zé Flávio)

-Já estão confirmadas as seguintes adesões:

01. Claude Bloc *
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03. Carlos Esmeraldo *
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10. João Marni *
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14. Edilma Rocha *
15. Emerson Monteiro *
16. José Flávio Vieira *
17. João Nicodemos *
18. José do Vale Feitosa *
19. Liduina Vilar *
20. Carlos Rafael
21. Armando Rafael *
22. Bernardo Melgaço *
2 3. Domingos Barroso *
24.. Roberto Jamacaru *
25.Dimas de Castro *
26.Joaquim Pinheiro *
27.Edmar Lima Cordeiro*
28.Olival Honor
29.José Nilton Mariano*
30.Marcos Barreto *
31.Isabela Pinheiro *
32.José Newton Alves de Sousa *
33.Vera Barbosa . *
34. Rogério Silva *
35.Heládio Teles*/Socorro Moreira
36.Roberto Carvalho
37.Dihelson Mendonça



Outras informações :
Tiragem : 1.000 exemplares
Distribuição entre autores : 20 para cada = 700 unidades
Saldo : será transformados em ingressos para cobrir as despesas da festa de lançamento : coquetel, convites, divulgação, banda,decoração, etc
300 x 20,00 = 6.000,00
Preço do livro por unidade : 20,00
A edição foi orçada em 6.o00,00 ( já considerados todos os descontos possíveis).
Número de páginas : 250 ( aproximadamente).
O valor da contribuição por escritor ( 200,00) será depositado numa cta do Editor (Emerson Monteiro) a ser informada por e-mail. Em contrapartida será enviado respectivo recibo.
Atentar para as datas limite de pagamento : 05.05.2010

OBS: A maioria já fez depósitos de contribuição !
Prazo final : 5 de Maio de 2010
Festa de lançamento : 23 de Julho de 2010

Poemas antigos, cor de hoje - por Ana Cecília S.Bastos




AZUL E DORES

É maio.
E faltam-me
pára-raios.

AZUL E AMORES

É maio.
Nada é mais importante que o puro azul de seus dias.

Quem lavou os dias
dos dias de maio?
Qual laboratório revelou a pura
cor do tempo?
.
Publicado em Uma Vaga Lembrança do Tempo.
Salvador. Foto de MVítor.

Nebulosas - por Ana Cecília S.Bastos




Definitivamente silêncio.
Vem uma forte virose e como que isso me esvazia.
Tenho imagens que são apenas acalanto,
nuvens, nebulosas, onde me deito e repouso, sem qualquer realidade.

Atravessa o dia essa tristeza.
Pontilhão ilógico, estrutura às avessas,
Cor de chumbo, pesada, ou etérea, como saber?

Irreal, inexistente.
Estilhaços de algum meteorito sem destino ou razão.
Lançados do nada, ou do mais essencial.
E caem sobre mim, e me estilhaçam, e nada sou,
e desmorono,
súbito deserta dos eus em que me expresso e sou.

Por vezes não há qualquer circunstância que explique essa dor.
Este não haver onde estar, onde me instalar.
Este não haver
ar que respirar,
palavras que dizer.


Morro do Cristo, Salvador, Bahia. Foto de MVítor.

Ataulfo Alves - por Norma Hauer


EU ERA FELIZ E NÃO SABIA

Ele nasceu em Mirai, pequena cidade no interior de Minas que se tornou grande quando ele veio ao mundo no dia 2 de maio de 1909.
Há 101 anos!
Seu nome Ataulfo Alves de Souza ou simplesmente ATAULFO ALVES.

Desde cedo interessou-se pela música, acompanhando seu pai, sanfoneiro, violeiro e repentista, conhecido na região onde trabalhava em um fazenda.
Aos dez anos perdeu o pai, a família teve de deixar a fazenda e sua mãe passou a exercer algumas profissões modestas, até que o próprio Ataulfo teve de trabalhar, ao mesmo tempo em que estudava no colégio local e, dentre seus companheiros, sobressaía por gostar de música e cantar as modinhas mineira de sua época, cujas letras decorava ou inventava outras para as melodias conhecidas.
Por volta de 1927, já com 18 anos, veio para o Rio convidado por um médico local, que viria montar seu consultório aqui.
Já demonstrando uma elegância que o acompanharia por toda a vida, fez questão de vir para cá, ostentando um terno novo feito por sua mãe.
Mas não durou muito no emprego, uma vez que, além de trabalhar no consultório ainda fazia serviços domésticos e não nascera para isso.
Passou a morar sozinho, enquanto trabalhou como caixeiro no lugar certo: uma loja no Estácio. Não poderia parar em um lugar melhor para um futuro sambista.
Vendo os “bambas” do local, estudou bandolim e cavaquinho, ao mesmo tempo em que passara a trabalhar em uma farmácia na Rua São José, melhorou financeiramente, casou-se e continuou residindo nas redondezas.
Já existia a considerada primeira escola de samba, a “Deixa Falar”. Assim, Ataulfo e um grupo de amigos criou outra com o nome de “Fale quem Quiser”, que não conseguiu “emplacar”.,mas que lhe abriu as portas do samba.. Pronto, estava aberto o caminho para o compositor ATAULFO ALVES.

Compôs seus primeiros sambas e concorreu com um de nome “Tempo Perdido”a um concurso de carnaval promovido pelo Diário Carioca, ao qual vários compositores já conhecidos concorreram, como Lamartine Babo, mas foi ganho por Milton Amaral, que não era sambista.
A Ataulfo, o que interessava era entrar no meio, compor, e gravar.e isso ele conheceu quando foi apresentado ao então famoso Almirante (a maior patente do rádio) que o levou a Mr. Evans, responsável pela gravadora Victor. Assim Almirante, dentre outros sambas apresentados por Ataulfo, escolheu um de nome “Sexta-Feira”, que na realidade era uma macumba.
Abertas as portas das gravações, Ataulfo viu seu samba “Tempo Perdido”, ser gravado por Carmen Miranda, que já fizera sucesso com “Tai”, de Joubert de Carvalho.
O próprio Ataulfo, em uma entrevista declarou que o “samba não fez sucesso, mas lhe abiu as portas” e isso é o que ele desejava.
Pouco depois, teve três sambas gravados por Carlos Galhardo:”Sonho”, “Tenho Prazer”, (este recebera anteriormente o nome de “Já Fui Malandro”) e “Não Posso Crer”.Tudo em 1933, embora só fossem lançados em 1936.

Mas foi o samba “Saudade de Meu Barracão”, gravado por um cantor que pouco gravou: Floriano Belham, que de fato abriu a Ataulfo as portas do sucesso. Esse samba teve uma resposta, do próprio Ataulfo, que recebeu o nome de ” Morena Faceira”, gravado por Carlos Galhardo, na Odeon em 1936.
Nesse mesmo ano, Ataulfo compôs, com Aldo Cabral, uma valsa “A Você”, também gravada por Carlos Galhardo. Um sambista compondo valsas? Sim, para Carlos Galhardo ele compôs com Arlindo Marques Júnior, outra valsa:”Apartamento Indiscreto”, gravada na face B do disco de “Morena Faceira”.
Mas o nome de Ataulfo brilhou como cantor quando gravou o famoso samba “Ai, que Saudades da Amélia”, composto a partir de versos de Mário Lago que Ataulfo modificou sem autorização de Mário, este ficou aborrecido e passou todos os direitos a Ataulfo. “Amélia” como ficou conhecido através dos tempos, foi sucesso no carnaval de 1942.

A partir daí, Ataulfo gravou vários sambas com “ suas pastoras”, tornando-se cantor famoso, ao lado de ser um compositor de vários sucessos.
Vieram “Atire a Primeira Pedra”;”Leva meu Samba”; “Pois É”;”Mulata Assanhada”;.”Rei Vagabundo”!; “Meu Pranto Ninguém Vê”; “O Bonde de São Januário”;”Boêmio Sofre Mais”; “O Amor é Mais Amor depois da Separação”;”Reminiscência”; “Errei”;”Trovador Não tem Data” (este gravado em dupla por Carlos Galhardo e Aurora Miranda); “Oh, Seu Oscar”, “Cuidado com Essa Mulher” e centenas de outros, a maioria sucesso.

Quero aqui destacar “Meus Tempos de Criança”,dedicado a sua cidade Mirai, que termina com esta frase simples, que diz tudo:
“Eu era feliz e não sabia”

Em abril de 1969 Ataulfo Alves foi submetido a uma operação cirúrgica, não resistiu e faleceu no dia 20 desse mês, sem completar 60 anos, visto que faleceu em seu “inferno zodiacal” pois nascera no dia 2 de maio de 1909.

Norma






Por Cristina Diogo



sábado, 1 de maio de 2010
30 crianças e adolescentes participam da oficina de fosfografia.
O dia do trabalhador foi comemorado por uma gente miúda que não trabalha e não deve trabalhar, nestas fases das suas vidas a palavra de ordem é brincar e foi brincando de contruir uma máquina fosfográfica, utilizando palito de picolé, caixa de fósforo, fita isolante, agulha, rolos de filme e muita criatividade.

A fotógrafa Nívia Uchôa assessorada por Alan Lima trabalhou o olhar, mostrou o processo fotográfico numa máquina analógica e em seguida começou a grande brincadeira de confeccionar as máquinas fosfográfica.

Munidos de maquininhas na mão cada participante teve a oportunidade de bater 36 poses dando asas aos seus olhares e as suas idéias. Eles levaram suas máquinas para as suas casas e em breve estaremos recebendo o material para ser revelado e transformado em exposição.

por Cristina Diogo

Bing Crosby



Bing Crosby (3 de maio de 1903, Tacoma, Washington, EUA - 14 de outubro de 1977, Madri, Espanha) foi um cantor e ator norte-americano, vítima de um ataque cardíaco quando jogava golfe. É considerado um dos maiores cantores populares do século XX.
Índice

Dalida

Dalida, nome artístico de Iolanda Christina Gigliotti (Cairo, 17 de janeiro de 1933 — Paris, 3 de maio de 1987) foi uma cantora e atriz egípcia de origem italiana, naturalizada fancesa, que fez carreira na França alcançando enorme sucesso no mundo todo. Dalida nasceu e cresceu no Egito, mas viveu grande parte de sua vida adulta em França.

Vendeu mais de 120 Milhões de cópias, recebeu 55 discos de ouro e foi a primeira cantora a receber um Disco de Diamante.

Feliz por nada - Eurípedes Reis





Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.

Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.

Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.

Feliz por nada, nada mesmo?

Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?

Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.

Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.

Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?

A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.

Ser feliz por nada talvez seja isso.

Super-homem - Por Gabriella Federico





Por que tu não fostes um Superman?
Um modelo de personalidade e de perfeição?
Um ator de filmes pornô, cheio de experiências,
na busca incessante de dar a cada uma, ao teu redor ,
o que elas mereciam e esperavam ?
Sigo a tua limitada dedução, antiquada educação,
medo do não, da imperfeição, da boba que eu sou,
perdendo tempo com os teus... "Depois eu dou"!
Esqueceste um detalhe técnico...
A espontaneidade do amor,
estrangulado entre dogmas e tabus !
Já ouvistes falar, que quem aprende a libertar,
o amor e os sentimentos vive mais?
Erra meu amor, erra comigo...
Vamos aprender a namorar escondido !
M.Gabriella Federico

PARA DIVULGAÇÃO - Manoel Severo


Atenção Atores e Atrizes do Cariri,

Na próxima semana; dias 5 e 6 de maio, quarta e quinta-feira, a equipe de produção da Mini-Série "Sedição de Juazeiro"; uma das mais ousadas iniciativas da televisão brasileira, estará reunindo o que de melhor o cariri tem em seu universo das artes cênicas.

O Teatro do Complexo Cultural do Araripe - Largo da RFFSA, em Crato, será palco dos testes para escolha de todo o elenco, apoio e figuração, dessa que já é considerada uma das mais festejadas produções da televisão nordestina dos últimos tempos. O horário dos testes serão de 8 da manhã às 6 da tarde com o intervalo do almoço, entre 12 e 14 horas, nos dois dias.
Dessa forma convidamos a todos os atores e atrizes do cariri para estarem participando deste momento único, de onde com certeza sairão os responsáveis por trazer à vida nas telas, os grandes personagens da história de nosso cariri.

Nos dias acima especificados, compareça ao Teatro da RFFSA em Crato, se identifique ao pessoal da Produção e Boa Sorte.

Manoel Severo.

NOTA CARIRI CANGAÇO: Sem dúvidas a realização dos testes para a escolha do elenco da mini-série "Sedição de Juazeiro" acontecendo também e principalmente, em nossa própria região, mostra o compromisso e convicção dos produtores do empreendimento; tendo à frente o amigo Jonasluis da Silva, de Icapuí; e toda a equipe do Diretor Daniel Abreu, em aproximar o máximo a película do verdadeiro sentimento raiz de nosso cariri. O Cariri Cangaço se sente honrado por ser parceiro da "Sedição de Juazeiro"

Nos dias acima especificados, compareça ao Teatro da RFFSA em Crato, se identifique com o pessoal da produção, e... Boa Sorte.

NOTA CARIRI CANGAÇO: O Cariri Cangaço é parceiro da "Sedição de Juazeiro".

Por: Manoel Severo

Pensamento para o Dia 03/05/2010



“Um agricultor limpa e nivela o terreno, remove as pedras e os espinhos, ara e prepara o terreno, aduba e nutre o solo, irriga-o e fertiliza-o. Então, ele espalha as sementes e transfere as mudas. Isso é seguido pelo processo de capinar e pulverizar pesticidas. Finalmente, depois de uma longa espera, ele faz a colheita. Uma vez que a safra é colhida, ele então a limpa, debulha e, finalmente, empilha o produto. Todos esses processos são feitos com o intuito de alimentar o estômago. Do mesmo modo, é preciso sentir que fome, sede, alegria e tristeza, dor e perda, sofrimento e raiva, alimento e apetite são somente impulsos que nos impelem à realização da Presença do Senhor. Se você tem essa atitude, nenhum pecado jamais manchará suas ações. Com o tempo, esses impulsos também fenecerão, não deixando sequer vestígios.”
Sathya Sai Baba

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“O conhecimento verdadeiro (Vidya) lhe instrui a reformar-se em primeiro lugar. Depois de transformar a si mesmo, tente reformar outros. Esse é o conselho oferecido por Vidya. O apego ilusório ao mundo objetivo pode ser extirpado por meio de serviço altruísta, realizado como adoração ao Senhor. Devoção genuína é caracterizada pelo amor por todos, a todo momento, em todo lugar.”
Sathya Sai Baba