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Definitivamente silêncio.
Vem uma forte virose e como que isso me esvazia.
Tenho imagens que são apenas acalanto,
nuvens, nebulosas, onde me deito e repouso, sem qualquer realidade.
Atravessa o dia essa tristeza.
Pontilhão ilógico, estrutura às avessas,
Cor de chumbo, pesada, ou etérea, como saber?
Irreal, inexistente.
Estilhaços de algum meteorito sem destino ou razão.
Lançados do nada, ou do mais essencial.
E caem sobre mim, e me estilhaçam, e nada sou,
e desmorono,
súbito deserta dos eus em que me expresso e sou.
Por vezes não há qualquer circunstância que explique essa dor.
Este não haver onde estar, onde me instalar.
Este não haver
ar que respirar,
palavras que dizer.
Morro do Cristo, Salvador, Bahia. Foto de MVítor.
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