Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pérola nos bastidores...



Armando Rafael disse...

Sou avô, e meus três netos constituem a parte mais gratificante da minha existência.


Outro dia li uma poesia de Valci Maria Mattos, poetisa de Cascavel (PR) que peço licença para transcrever abaixo:

Canção para meu Neto


Já chegando o entardecer,
Eis que grata surpresa.
Uma vida pequenina
Pedaços de um viver.
Parece que foi tirado o molde
De um velho retrato.
Contornos iguais,
Diferenças sutis.
Da infância, volta a festa,
Folguedos, felicidade!
Se finita é a existência,
Não importa.
De agora será medida,
Por sorrisos e abraços,
Palavras a balbuciar.
Instantes furtados àqueles que um dia,
Já distante, foram nossos.
Se pais agora, não liguem.
Deixem que este afeto,
Por tempo adormecido, renasça
Em sentimento maior.
Assim somos nós: os avós.

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Fotos: Dihelson Mendonça e Pachelly J.
Proibido replicação.

Raízes da violência - Emerson Monteiro

Vive-se período extremo de criminalidade violenta, isso em todo o mundo, com ênfase nos países mais atrasados, dentre eles o Brasil e toda a América Latina. Antes, o motivo alegado se voltava para as revoluções, na época da chamada Guerra Fria.
Hoje, qualquer motivo preenche as justificativas das convulsões sociais, desde a delinquência juvenil ao tráfico de drogas, passando pelos bolsões de pobreza e guerras tribais, lutas raciais, onde o padrão da cultura indica descompasso, perversidade e miséria.
Houve tempo quando era mais fácil encontrar as razões da insegurança. O atraso das mentalidades, as conquistas coloniais, disputas imperialistas, domínio das terras, fanatismo religioso. Tudo servia de pretexto, no decantado anseio do homem lobo do próprio homem. Ou de querer a paz e se preparar para a guerra.
Acham as autoridades que o problema se revolverá mediante a ampliação dos órgãos de segurança, aquisição de armamentos, modernização e ampliação das penitenciárias, maior remuneração dos efetivos policiais, etc., etc.
Contudo a questão possui raízes mais profundas. Suas causas merecem detalhamento, porquanto procedem das origens, que acumulam estudos e pouquíssimo tratamento.
Conceitos de que falta educação ao povo e que a tradição nacional dos degredados, escravos e índios, sem amadurecimento suficiente, formaram país aleijado, por si não justificam a violência das ruas, o clima tenso em que se transformou o sonho urbano.
De suas causas mais evidentes cabe citar o desemprego, sem esperança de redução para a juventude, que, todo dia, chega ao mercado de trabalho. A excessiva concentração da riqueza nas mãos de poucos, há séculos donos de bens. E a pobreza infinita das massas alienadas pela educação burguesa.
Enquanto sofre a nacionalidade esse atraso crônico na moralidade e competência dos dirigentes responsáveis pela administração pública, em todos os segmentos eles jamais se comprometem com mudanças substanciais e inadiáveis.
Como se não bastassem ditas origens, persiste, na estrutura mundial, um conceito voltado aos interesses das nações ricas, que investem pesado na manutenção do poder através dos sistemas de exploração financeira. Gastam fortunas para técnicas de preservação dos territórios da ordem injusta.
Portanto, para neutralizar o clima superlativo desse drama, cabem atitudes aos que precisam se livrar das nuvens escuras dessa história reacionária, com criatividade, maior comprometimento e participação coletiva dos grupos prejudicados, união das classes exploradas e conscientização política.
Abrir o olho e enxergar que só a educação trará mudanças significativas, após os esforços da sociedade, que será instrumento da democracia através do voto consciente que fala alto neste assunto, desde que assim pretendam os eleitores, bola da vez na decisão de cada eleição.

Curtas IV - Por Aloísio

Partindo...
Saudades
Chegando

Por Roberto Jamacaru...

A Rede Social no contexto da política


Desde que foram criados, os meios de comunicação via internete (as redes sociais dos tipos e-mail, Orkut, MSN, Twitter, Mensseger, Face book e similares) têm sido objetos de melhorias nos relacionamentos humanos, encurtando distâncias e definindo, em tempo recorde, as trocas de idéias e demais informações entre seus usuários parceiros.

Nos cinco continentes os acessos já somam mais de 1,5 bilhões de pessoas dividindo, junto com a telefonia, a responsabilidade de interagir a massa humana com mais presteza e competência.

Já não se concebe mais que o indivíduo tenha uma sobrevivência social desejada sem o uso desses instrumentos interativos que tanto facilitam nossas vidas, ora fazendo nascer, reatar ou finalizar um relacionamento sentimental, ora ampliando nossos conhecimentos cultural-mercantis e ora nos pondo, em tempo real, diante dos fatos recentes registrados na sociedade no contexto mundial.

A liberdade de expressão usada nesses meios, com vista ao bom entendimento entre as pessoas, é algo que tem levado alguns desses utilizadores do sistema a crescerem na suas condições humanas. Porém, há de se convir, que essa mesma navegação tem gerado discórdia e constrangimento entre as partes usuárias por, às vezes, empregar, inapropriadamente, os chamados bullyngs, o dolo, a inverdade, o aliciamento e a tentativa, por exemplo, das imposições ideológicas dos tipos política e religião.

Nos tempos atuais de eleição para Presidente da República, estamos em 2010, vez por outra somos agredidos nas nossas concepções quando alguns dos nossos correspondentes nos enviam mensagens agressivas, cheias de chacotas e tendências partidárias, desrespeitando, grosseiramente, nossos posicionamentos políticos. È aí que tudo muda deixando as redes sociais de serem instrumentos de interações úteis e educativas, portanto agradáveis de se ver e ouvir, tornando-se algo fomentador da discórdia.
É de direito de todos os cidadãos o exercício da prática política pelo boca a boca ou pelos meios de comunicações, como são os casos dos jornais, ondas do rádio e da TV. No entanto achamos estranho, para não dizer constrangedor, recebermos de um correspondente de uma rede social, a quem respeitamos e que goza da nossa inteira confiança, alguns com alto grau de intimidade, tentativas de imposição de suas preferências político/partidárias, muitas vezes cheias de chacotas e inverdades contra nossas lideranças. O desconforto gerado tem levado muita gente deletar seu parceiro de comunicação da rede.

Anunciar uma verdade comprovada, repito, comprovada, seja ela de cunho político ou religioso, é algo perfeitamente cabível num canal social, desde que não venha embutido, nas entrelinhas da comunicação, o desejo da manipulação que vise aliciar nossas concepções.

Existem gostos que não se discutem: autores, crença, religião, parceiros gordos ou magros; bicho de estimação, esportes, hobbes, carnaval, programas de rádio e de TV, cinema, música, bebidas, etc. A política, que muitas vezes é confundida com a paixão e cultuada por muitos como uma obsessão, essa, por excelência, é preciso ter muito cuidado ao discutirmos sobre ela. Devemos sempre manifestar nossas tendências e preferências por assuntos diversos, mas tendo o máximo cuidado de não subestimarmos, infringirmos e sobrepormos à regra do respeito pelo que pensam as outras pessoas.

Portanto, parceiros e parceiras, para evitarmos de cairmos no descrédito e no rol dos correspondentes chatos, preponderantes e indesejáveis, todo cuidado sobre este assunto é pouco... Aliás, muito pouco!


Roberto Jamacaru de Aquino
Circulando por aí...
- Claude Bloc -



Eu sempre gostei de perambular a pé pelo centro das cidades por onde circulo. Não sei bem se é um hábito que adquiri quando ainda pequena moradora do Crato, ou se é um gosto próprio meu, este de andar a pé explorando os lugares e descobrindo-lhes os segredos e a essência. Só sei que gosto. E faço-o com prazer infantil.

Hoje, por exemplo, dei aula de Francês de 7h às 8h. Depois, fui resolver algumas tarefas burocráticas (papéis) no centro da cidade de Sobral. Estacionei o carro na Praça da Igreja São Francisco e comecei a jornada. Apesar do que eu imaginava (morosidade) foi tudo muito rápido. Como estava no centro, a seguir, fui “bater perna” e “lamber” as vitrines.

Andar em Sobral desanima o “freguês”. O “solzão” na cabeça começa a queimar desde cedo e o calor intenso faz a gente procurar a calçada da sombra e evitar a exposição direta aos raios solares. Mas... é inevitável o suor e a busca refrescante por um copo d’água geladinho. Água, sim!

Pois é, descobri que gosto de Sobral e, apesar de seu comércio caro e limitado, é bom estar na cidade. O comércio de pequenas proporções fecha as portas a empresas de “outras terras” para não abafar o sucesso do pequeno comerciante. Mesmo assim, nesses passeios pelo centro, percebi que meu gosto de andar por ali é proporcionado por motivos bem pessoais: é no centro das cidades que a História do lugar parece estar preservada indefinidamente, sem muita mudança. Dá pra sentir a vibração antiga das casas, das fachadas rebuscadas, das igrejas, das ruas estreitas e mal desenhadas. Dá pra sentir a alma da cidade, do seu povo, a dinâmica da vida citadina.

No mais, o moderno, representa crescimento e progresso. Louvável, mas não romântico. É esta minha visão alienada a respeito das cidades. O centro ferve. O resto vive.

Sobral, porém, não é minha cidade. Assim como não são minhas cidades as outras por onde perambulo. Em Sobral convivo com muita gente – alunos - uns 300 por semestre. Encontro-os pelo centro, trabalhando no comércio ou vagueando com as famílias. Mas... em Sobral não há minha gente. Nem os sorrisos que recebo aqui e ali quando estou no Crato. Aqui nesta cidade, sou uma estrangeira que a ela se incorporou desde 2003. Nada mais. Por isso, tive que criar vínculos através do trabalho, fazendo meu melhor.

Mas, por favor, não me tirem a esperança de morar no Crato, pois circular pelo Crato é pura magia. Esteja como estiver.


Claude Bloc

A Família de Edilson Sobreira (Tenente), convida !

Missa de Sétimo Dia.
Local :Igreja da  Matriz de  Juazeiro do Norte
Horário : 17 h
Antecipadamente, agradecem carinhosas presenças.

“Não cometam esse erro” - José Nilton Mariano Saraiva

No debate da Bandeirante, ao ser fustigado por Dilma Rousseff sobre suas ligações com um certo Paulo Vieira de Souza, mais conhecido por Paulo Preto (ex-diretor da Dersa, estatal rodoviária de São Paulo) e suposto arrecadador de verbas para a sua campanha junto às grandes empreiteiras prestadoras de serviço ao governo paulista (“Você deveria responder sobre Paulo Vieira de Souza, seu assessor, que fugiu com R$ 4 milhões de sua campanha”), o candidato José Serra, visivelmente incomodado, embasbacou, e... deu o silencio sepulcral como resposta.
Dia seguinte, em Goiânia/GO, acossado por jornalistas sobre referido personagem, o tucano foi assertivo e peremptório em sua fala (abre aspas): “EU NÃO SEI quem é o Paulo Preto. NUNCA ouvi falar. Ele foi um factóide criado para que vocês (repórteres)
fiquem perguntando” (fecha aspas).
No mesmo dia, à repórter Andréa Michael, o senhor Paulo Preto afirmou ter se reunido com José Serra “pelo menos uma dezena de vezes”, que Serra o “conhece muito bem” e, mais importante, que “ninguém nesse governo (de São Paulo) deu condições das empresas
apoiarem mais recursos politicamente do que eu...” (aqui, claramente, ele sugere ser um dos grandes arrecadadores da campanha), concluindo, um tanto quanto ameaçador:
"Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. NÃO COMETAM ESSE ERRO".
Ao tomar conhecimento de tão forte e contundente declaração, José Serra tratou de mudar o discurso e, mais que apressadamente, saiu em defesa do Paulo Preto (demonstrando até uma certa intimidade), ao afirmar que “A acusação contra ele é injusta", que ele é "totalmente inocente", que "Ele é considerado uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio de Engenheiro do Ano, no ano passado” e que “Nunca recebi nenhuma acusação a respeito dele DURANTE SUA ATUAÇÃO NO GOVERNO".
Para quem se auto-proclama sério e coerente, a pergunta que se impõe (e respondível com um dos simplórios monossílabos, SIM ou NÃO) é: afinal, o candidato José Serra sabe ou não sabe quem é o Paulo Preto ??? Conhece ou não conhece o Paulo Preto ??? Paulo Preto é ou não um mero "factóide", criado pela Dilma Rousseff ???
Que tal aproveitar o próximo debate "global" e prestar tais esclarecimentos para milhões de telespectadores/eleitores ???

AFAC CONVIDA:LANÇAMENTO DO LIVRO DA CRATENSE RITA GUEDES

CONVITE

A Livraria Oboé convida para o lançamento do livro
"SOBRE AS ONDAS", de autoria da cratense Rita Maria Lopes Guedes Santos
Será no dia: 26 de outubro de 2010 (terça-feira) às 19:30 h.
Local: LIVRARIA OBOÈ
Shopping Center Um - Loja 207
Av. Santos Dumont -Fortaleza -Ce

Um forte abraço.

Rita Guedes

FEIJOADA COM PEQUI EM FORTALEZA

A ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DO CRATO CONVIDA:

É neste Sábado dia 16/10/2010

PARTICIPE!!!

Feijoada & Pequizada da AFAC com muito Samba de mesa!!!

Será no SITIO MAPURA no bairro Lagoa Redonda em Fortaleza.

VEJA O CAMINHO
Segue pela Av. Maestro Lisboa(avenida do Beach Park), dobra à direita (antes da lagoa) na Av. Recreio Clube de Campo, dobra novamente à direita na primeira rua, pronto...chegou!!

Dia 16/10/2010 a partir de 12:00h Adesão: R$ 10,00
contamos com a sua presença.
leve a família.
convide os amigos.

contatos:
DEDÊ - (85) 9613-3936
LUIZ CARLOS - (85) 9621-7016
PEDRO JORGE - (085) 9988-9911

Os mineiros do Chile - José do Vale Pinheiro Feitosa

A semântica da distração planta sono nas nossas mentes,
Deturpa os fatos, engana, fantasia, desvia.
Os hipnotizadores da televisão chamam os mineiros de heróis.
Aqueles mesmo de pele acobreada, da cara de Índio.

A mídia que empulha, que tergiversa, que serpenteia,
Nas circunvoluções dos nossos cérebros,
Não ouve a canção de Victor Jara:

“Con él, con él, con él, con él.
Son cinco minutos.
La vida es eterna en cinco minutos.

Suena la sirena. De vuelta al trabajo
y tœ caminando lo iluminas todo,
los cinco minutos te hacen florecer.”


Os mineiros do Chile não são heróis,
São mártires da ganância das mineradoras.
São vítimas da exploração que destrói gente,
Torna o deserto de Atacama num solo lunar.

De outra forma como um “herói” de 63 anos,
Desempregado, que necessita renda para sobreviver,
Permaneceu um buraco insalubre mesmo dizendo:
Aquela mina não é segura vou procurar outro emprego.

E quase vai! para o desespero de nossas indignações,
Buscar junto às asas do condor, como um Aimara nos Andes,
Sobre o torpor das consciências bêbadas de tanta mídia,
Que mija e caga na alma e muitos se acalmam como manjar.

É preciso que rebeldes construam uma “fênix” da liberdade,
Que se erga desta poeira ideológica que no pisam os comunicadores,
E da altura em que consiga voar,
Sopre para bem longe a névoa que turva a alma de todos.
Manuel Bandeira

Teresa


A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna


Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)


Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.

Paisagem Noturna - Manuel Bandeira

A sombra imensa, a noite infinita enche o vale . . .
E lá do fundo vem a voz
Humilde e lamentosa
Dos pássaros da treva. Em nós,
— Em noss'alma criminosa,
O pavor se insinua . . .
Um carneiro bale.
Ouvem-se pios funerais.
Um como grande e doloroso arquejo
Corta a amplidão que a amplidão continua . . .
E cadentes, metálicos, pontuais,
Os tanoeiros do brejo,
— Os vigias da noite silenciosa,
Malham nos aguaçais.


Pouco a pouco, porém, a muralha de treva
Vai perdendo a espessura, e em breve se adelgaça
Como um diáfano crepe, atrás do qual se eleva
A sombria massa
Das serranias.


O plenilúnio via romper . . . Já da penumbra
Lentamente reslumbra
A paisagem de grandes árvores dormentes.
E cambiantes sutis, tonalidades fugidias,
Tintas deliqüescentes
Mancham para o levante as nuvens langorosas.


Enfim, cheia, serena, pura,
Como uma hóstia de luz erguida no horizonte,
Fazendo levantar a fronte
Dos poetas e das almas amorosas,
Dissipando o temor nas consciências medrosas
E frustrando a emboscada a espiar na noite escura,
— A Lua
Assoma à crista da montanha.
Em sua luz se banha
A solidão cheia de vozes que segredam . . .


Em voluptuoso espreguiçar de forma nua
As névoas enveredam
No vale. São como alvas, longas charpas
Suspensas no ar ao longe das escarpas.
Lembram os rebanhos de carneiros
Quando,
Fugindo ao sol a pino,
Buscam oitões, adros hospitaleiros
E lá quedam tranqüilos ruminando . . .
Assim a névoa azul paira sonhando . . .
As estrelas sorriem de escutar
As baladas atrozes
Dos sapos.


E o luar úmido . . . fino . . .
Amávico . . . tutelar . . .
Anima e transfigura a solidão cheia de vozes . . .

A Família de Edilson Sobreira (Tenente), convida !

Missa de Sétimo Dia.
Igreja da Sé, em Juazeiro do Norte
Horário : 16 h

Manuel Bandeira




Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886 — Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.

Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Nélson Rodrigues, Carlos Pena Filho e José Condé, representa a produção literária do estado de Pernambuco.

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