Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A invernada

Chuva, chuvada, chuvarada.
Chuva do caju, chuva da manga, chuva de Santa Luzia, chuva de São José. Todas alegrando a natureza. Porém, as mais poderosas e esperadas eram as chuvas de inverno. Quem já presenciou no passado esse cenário, não esquece o ritual que se prestava nas primeiras chuvas que davam início à invernada.
Era a natureza em festa. Nuvens escuras e densas no céu, já eram motivos de inquietude, de ansiedade e de esperança de uma boa invernada, proporcionando a todos, ricos e pobres, um período de fartura. Os moradores do campo, movidos pelas suas sabedorias, não deixavam de interpretar as mudanças atmosféricas, sinalizando que, em breve, muita água correria. Naquele cenário, cada um se fazia presente, confirmando as crenças que reinavam sobre a natureza. Em um toque de mágica, surgiam as borboletas que, com as suas asas abertas, saudavam cerimoniosamente, toda a beleza da chuva. As tanajuras marcavam presença entre imensas nuvens, enquanto a passarada saltitava de galho em galho. O seu regorjeio nada mais era que uma forma de expressar o seu contentamento. Sentir, livremente, o orvalho das folhas ensopar as suas penas, de águas cristalinas como uma benção divina. Os campos logo se revestiam de novas folhagens onde o verde se confundia com o colorido das pequenas borboletas que bailavam entre a vegetação nativa. O gado, espalhado pelos pastos, dominavam as suas áreas procurando, como forma de sobrevivência, maior proveito em sua pastagem. Saciado, nada melhor que uma pausa para o descanso, ruminando à sombra de um juazeiro.

Os moradores da região, logo ao amanhecer, fortalecidos pela esperança de um vindouro tempo de fartura, procuravam, com enxadas nas costas, os seus roçados. Dias antes, cada um já havia recebido o seu punhado de sementes - feijão, milho, arroz...

A meninada, entre algazarras e brincadeiras, aguardava as fortes chuvas para, também, deleitar-se aos prazeres da invernada. Cada um, ao redor da casa, procurava a melhor biqueira. Ali, com a própria roupa, expunha o seu corpo à correnteza da água cristalina e fria que, livremente, descia pelas telhas. Para isso, a chuva precisava ser forte, grossa. Então, na doce inocência para apressar o banho, em volta do alpendre, como se fosse um pedido, a meninada, entre o barulho da chuva e de seus trovões, puxava a sua ladainha –“engrossa chuva, engrossa chuva, engrossa chuva”. E a sua chuva aumentava. Vários percursos eram feitos pelas águas em correnteza. Passando por córregos, levadas, rios e estradas, arrastando pedras, pedrinhas e folhas, a água deixava o seu rastro, fazendo em seu trajeto, os contornos direcionados pela sua força. Entre esses percursos, durante a noite, acalentadas pelo barulho da chuva e os respingos de água que caiam das telhas sobre os rostos, a meninada era dominada pelo sono. E, quantas vezes, nas altas madrugadas, com os trovões e relâmpagos que iluminavam o telhado, um “anjo”, com uma lamparina na mão, velava as suas crias.
Hoje, de todo esse cenário, restam apenas recordações. A natureza, agredida pelo homem, tomou novos rumos. Já não temos mais aquelas fortes invernadas e, consequentemente, as extensas lavouras nem a época festiva de plantio nos campos. A meninada cresceu e cada um seguiu o seu caminho. Os camponeses, que davam vida àquele cenário, não mais pertencem a este mundo terrestre. E, até mesmo aquele “anjo” que, nos vigiava o sono nas noites de trovoada, recentemente, deixou-nos em busca de um novo lugar, onde a invernada é o reino do Criador.
Maria Teresa Barreto de Melo Peretti

Meu boa noite musical

Clarice Lispector



Clarice Lispector, nascida Haia Pinkhasovna Lispector (Chechelnyk, 10 de dezembro de 1920 — Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977) foi uma escritora e jornalista brasileira, nascida na Ucrânia.



Precisão

O que me tranquiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.


Para Zé Nilton





Lupicínica
Ednardo
Composição: Augusto Pontes / Petrúcio Maia

Vamos acabar com essa briga, amor
Que eu estou cansado
Fique aqui ao meu lado e não fale mais
Que eu estou calado
E não balance essa chave
Vai acordar meu remorso
A tua bolsa, guarda segredos de mim
E por mais que eu mexa e remexa
É voce que não deixa ver
Quantas vezes eu mudei de conversa
Pra não falar
Tantas vezes eu dobrei a esquina pra não ver
E hoje, sinto ciumes até da tua falta
Mas não vou mais
Matar ninguém por tua causa
Mate-me, que eu já te matei
Inutilmente bêbado
Triste como um peixe afogado
Na madrugada sonolenta
De bolero em bolero
Acuerdame da qui a poco
Voce está com a vida que pediu a Deus



Ausência
Ednardo

Tu lembras a rua estreita estrada tão antiga, e eu mostrava a ti uma cantiga
Uma cantiga antiga do lugar
Na rua, na paz da lua o som não se fazia, e sem querer então eu esquecia
Que já não temos tempo pra sonhar

Sorrias e a tua voz a cada instante amiga, a um só tempo em um abraço estreito
Fazia à vida, um violão, um jeito de se fazer amar

Sorrias e a tua voz estranha estrada antiga, perdeu-se ao longe na partida
E não ficou ninguém no seu lugar
La La Laia.....

Para Dona Almina

A música foi uma homenagem de João Nicodemos para Dona Almina


Rosa
Pixinguinha
Composição: Pixinguinha e Otávio de Souza

Tu és, divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito seu

Tu és a forma ideal
Estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza

Perdão, se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer

COMPOSITORES DO BRASIL

Amanhã se der o carneiro
O carneiro
Vou m'imbora daqui pro Rio de Janeiro
....................................
As coisas vem de lá
Eu mesmo vou buscar
E vou voltar em vídeo tapes
E revistas supercoloridas
Pra menina meio distraída
Repetir a minha voz
Que Deus salve todos nós
E Deus guarde todos vós
( Carneiro, 1974)

EDNARDO

Por Zé Nilton

O ilustre professor Marcondes Rosa, inteligência brilhante desse nosso Siará Grande, louco por música, conhecedor profundo do movimento renovador da Música Popular Brasileira made in lá de nós, o chamado “Pessoal do Ceará”, traduzia muito bem os versos de “Carneiro”, de Ednardo e Augusto Pontes. Dizia haver chegado novos tempos no Ceará, e doravante cessava ali o nosso secular destino de “ave de arribação”, não raro sob o humilhante rito de passagem: primeiro tentar a sorte no bicho pra garantir tentar a sorte no Sul.

Ainda não havia chegado os novos tempos cridos por Marcondes por isso, e foi só por isso ? fui “m´imbora daqui pro Rio de Janeiro”. Pra variar houve sorte pelo meio! Não joguei no bicho, mas o bicho homem fez a minha fezinha. E que homem! O inesquecível e educado empresário Waldir Silva, que administrava suas empresas com o coração, disse pro rapazinho:

- Já que o Sr. (tratava todo mundo por Sr.) quer ir, que vá. Mas taqui, duas passagens, uma de ida e outra de volta, caso não dê certo...

Fui. Deu certo seu Waldir, minha eterna gratidão.

O assunto aqui é música ou melhor, a música do conterrâneo Ednardo. Então eu tenho pra mim que musicalmente falando, foi preciso estar lá na cidade maravilhosa, precisamente naqueles ainda românticos anos 70, para encher-me de orgulho da música cearense embalando os dias e as noites do Rio. Nas ambiências em que circulei, descendo e subindo a velha Matacavalos (celebrizada por Machado de Assis) a rua Riachuelo, idem a Mem de Sá, rua de Ataúlfo Alves, depois a Bambina, a Dois de Dezembro, a Correia Dutra, eu pisava distraído ( ainda se podia) e me distraía ao som de Belchior, Fagner, Ednardo e o Pessoal do Ceará, no radinho de pilha que ainda hoje mora comigo.

Em 1976, quando retornava, à noite, da universidade, desde o Maracanã, ouvia, de dentro do coletivo, ao longo de suas paradas, o “Pavão Mysteriozo”, cujo som saltava dalguma janela, a música de abertura da novela “Saramandaia”, da Rede Globo.

O Ceará ajudou a criar a via de mão dupla com o centro cultural do Brasil em termos musicais a partir daqueles idos. As coisas vinham mas também saiam daqui pra lá.

E a música cearense que sai hoje nas mídias ? Bom, que “Deus salve todos nós”!

Nesta quinta-feira, a voz penitente e a música denunciadora e cheia de encanto de nosso Ednardo, no programa Compositores do Brasil, de 14 as 15 horas, na Rádio Educadora do Cariri.

E para os infelizes que não crem na música de qualidade e não permitem que ela chegue também às massas deste país, rogo-lhes uma praga pegando carona no brado do excelente Belchior: “eu quero é que este canto torto feito faca corte a carne de vocês”!

E para a resistência dos crentes, com a palavra, Ednardo à sua moda: merci bocu, merci bocu não há de quê.

Uma sequencia da música de e com Ednardo:

01.TERRAL
02. AVIÃO DE PAPEL
03. ARTIGO 26
04. TREM DO INTERIOR, em parceria com Belchior
05. PASTORIL, participação de Amelinha e Belchior
06. A MANGA ROSA
07. SOMOS UNS COMPOSITORES BRASILEIROS
08. VAILA, em parceria com Brandão
09. CARNEIRO, em parceria com Augusto Pontes
10. BEIRA MAR
11. INGAZEIRAS
12. ENQUANTO ENGOMO A CALÇA, em parceria com Climério
13. PAVÃO MYSTERIOZO.

Quem ouvir verá.

Programa: Compositores do Brasil
Rádio Educadora do Cariri (www.radioeducaroradocariri.com)
Telefone: (88)3523-2705
Todas as quintas de 14 as 15 horas
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Operador high tech: Iderval Dias
Direção Geral: Dr. Geraldo Correia Braga

Convite de Cacá Araújo

Um filme de antigamente






Quando Trapézio foi exibido , no  Cine Cassino dos anos 60, o  filme foi proibido para menores de 14 anos, e eu estava na faixa da censura.
Como aperriei as amigas mais velhas para a contação da história !
Acho que valeu porque o filme ficou na minha memória.
Hoje essa pendência antiga foi  resolvida. Revi Tony Curtis, Burt Lancaster e Gina , num triângulo amoroso. 
O salto mortal  triplo ainda conseguiu  gerar-me  tensões.
A gente nunca vai mudar, embora  as feras dos nossos medos já não sejam as mesmas. 
Beleza de trilha sonora !.
Só precisei fechar os olhos , e  sentir a penumbra  anunciando o início do filme, e o murmurinho dos chicletes espocando suas bolas.
Nada de cadeira vazia...As esperas mudaram de mobília.

Chopin






Molde póstumo da mão de Chopin.

"À Noite Sonhamos  "

Flme que conta a biografia de um dos maiores gênios de todos os tempos : Frederic Chopin.
O Professor de Chopin , emocionou-me !


Você se Lembra?


Você se Lembra
Geraldo Azevedo
Composição: Geraldo de Azevedo / Pippo Serra / Fausto Nilo

Entre as estrelas do meu drama
Você já foi meu anjo azul
Chegamos num final feliz
Na tela prateada da ilusão

Na realidade onde está você
Em que cidade você mora
Em que paisagem em que país
Me diz em que lugar, cadê você

Você se lembra
Torrentes de paixão
Ouvir nossa canção
Sonhar em Casablanca
E se perder no labirinto
De outra história

A caravana do deserto
Atravessou meu coração
E eu fui chorando por você
Até os sete mares do sertão

Você se lembra...

Uma pérola da MPB

Política, Futebol e Religião.
Compaixão...Não discuta!
Forte brado
Político brando
Sem paixão ...Concílio manda!

Por Joaquim Pinheiro Bezerra de Menezes

Recife(PE), 26 de novembro de 2010


Exmo. Sr.
Dr. Samuel Alencar Araripe
MD Prefeito do Crato


Senhor Prefeito,

Levo ao conhecimento de V. Excia., ao tempo em que formulo protestos de indignação, a forma desrespeitosa, mal-educada e descabida com que minha mãe, Sra. Almina Arraes de Alencar Pinheiro, moradora na Rua Dr. João Pessoa, 98, nesta cidade, foi tratada por um seu auxiliar direto, de nome Procópio, nas dependências da SAEC.
Minha mãe foi à empresa reclamar a cobrança da tarifa de água, que passou de R$ 70,00 para mais de R$ 1.200,00, o que, no mínimo, caberia explicação.
O referido cidadão tratou uma Sra. de 86 (oitenta e seis) anos com ironia grosseira, fazendo alusão ao fato da mesma ser tia de Governador, e ainda com a insolência de sugerir mudança para o Estado Pernambuco, recomendando-a a arranjar emprego para pagar a conta.
O Dr. Procópio desrespeitou o código do consumidor, atropelou o Estatuto do Idoso e foi, no mínimo, mal-educado, postura incompatível com o cargo que ocupa.
Evidentemente, que tais atitudes não decorrem de orientação do Sr. Prefeito, que sabe dos laços de amizades que vinculam D. Almina a sua genitora, D. Maria do Céu, bem como a toda família Alencar. Um dos meus irmãos, inclusive, foi contemplado, ainda nos anos 60, com bolsa de estudo concedida pelo seu Pai, o saudoso Dr. Ossian Alencar Araripe.
Minha mãe, não só pela idade, mas também pelo fato de ter ocupado espaço na mídia nacional por ter, aos 83 anos, desenvolvido cartilha de informática para a 3ª idade, e com isto promovido o nome do Crato, merecia mais respeito.
Para o bem de sua administração, sugiro reflexão de sua parte, reavaliando o papel deste Senhor. A propósito, indago-lhe qual o empresário ou mesmo família pode pretender instalar-se no Crato, sabendo a forma como são tratadas as pessoas que buscam esclarecimentos nos órgãos públicos municipais?
Assim, esperando alguma atitude coerente de V. Exa. para evitar que episódios como este deixem de ser corriqueiros, aproveito para desejar maiores êxitos no próximo exercício.

Atenciosamente,


Joaquim Pinheiro B. de Menezes
Av. Beira Rio, 1059 – Madalena
50610-100 – Recife - PE

Arroz de Natal



Ingredientes

2 copos e meio de arroz
1 cebola media
2 dentes de alho grandes
3 colheres de sopa de manteiga com sal
1 copo de macarrão tipo cabelo de anjo amassados
1 copo de nozes picadas
1/2 copo de amêndoas picadas
1/2 copo de castanhas do pará picadas
1 copo de uva passa sem semente
1 copo e meio de vinho tinto
2 copos e meio de água
Sal a gosto

Modo de Preparo

1. Processe a cebola e o alho até ficarem bem picadinhos. 2. Leve uma panela de barro ou comum ao fogo. 3. Junte a manteiga e a cebola e alho batidos. 4. Mexa bem. 5. Junte os cabelos de anjo, previamente amassados com a mão, e as frutas secas inclusive a uva passa. 6. Mexa bem. 7. Deixe fritar um pouco na manteiga, sempre mexendo bem. 8. Junte o arroz. 9. Veja se o arroz necessita ser lavado. 10. Sempre mexendo para não grudar no fundo. 11. Junte o sal, o vinho e a água. 12. Misture bem e prove, até sentir o sabor ideal com o sal. 13. Cubra com uma tampa e deixe cozinhar. 14. Servir quente.

MAISVOCÊ

Arroz com açafrão, damasco seco e passas

Receita de Natal: Arroz com açafrão, damasco seco e passas

Ingredientes
50 g de manteiga
1 cebola picada
1 pitada de açafrão em pó (ou em pistilos) dissolvido em 2 colheres (sopa) de água quente
1 pitada de cravo moído
4 xícaras de arroz
Sal a gosto
3 xícaras de caldo de galinha
1 xícara de damasco seco cortado em tiras (reserve algumas para decorar)
1/2 xícara de uva passa branca
Pistilos de açafrão para decorar


Modo de preparo
Em uma panela, derreta a manteiga e refogue a cebola até murchar. Junte o açafrão e o cravo moído e cozinhe, em fogo baixo, por mais cinco minutos. Adicione o arroz, tempere com sal e refogue rapidamente. Despeje o caldo de galinha fervente e cozinhe por cerca de 15 minutos. Quando o arroz estiver quase cozido, misture o damasco e a uva passa, tampe a panela, desligue o fogo e deixe descansar por cinco minutos. Mexa o arroz com um garfo para soltar os grãos e transfira para uma travessa. Decore com tiras
de damasco e pistilos de açafrão e sirva. Rende de 10 a 12 porções.

Cariricaturas em prosa e verso- Edição Especial



Título e capa, em estudo ( aceitamos sugestões)


Prefácio de José Flávio Vieira
Contracapa de José do Vale Feitosa


-Sem ônus para os escritores.
-Número de textos por autor : 2 + release + fotografia
-Reciprocidade : 5 livros para cada autor.

Autores convidados: todos os nossos colaboradores !

-Os textos deverão ser enviados para o e-mail de Stella ,até no máximo,
15 de Dezembro de 2010.

-Fase de revisão : o tempo necessário .

- stelasiebra@yahoo.com.br

Nossa Senhora da Conceição




O dia 8 de dezembro é o dia de Nossa Senhora da Conceição, neste dia O dogma da Imaculada Conceição foi definido pelo papa Pio IX em 1854. A instituição da ordem militar de Nossa Senhora da Conceição por D. João VI sintetiza o culto que em Portugal sempre teve essa crença antes de ser dogma.

Em 8 de dezembro de 1904, em Lisboa solenemente lançou-se a primeira pedra para um monumento comemorativo do cinqüentenário da definição do dogma. Ao ato, a que assistiram as pessoas reais, patriarca e autoridades, estiveram também representadas muitas irmandades de Nossa Senhora da Conceição, de Lisboa e do país, sendo a mais antiga a da atual freguesia dos Anjos, que foi instituída em 1589.

No Brasil é tradição montar a árvore de Natal e enfeitar a casa no dia 8 de dezembro, dia de N.Sra. da Conceição.


wikipédia

Festa de Rua

Curtas. Liduina Belchior.

No apego e no desapego
No pré apego e no pós apego
A experiência do inusitado.
Expectativa do transcendental
Crescimento paralelo ao essencial.

PÉROLAS DOS BASTIDORES - Por Claude Bloc


ESSE CHÃO QUE PISASTE

FOI MINHA VIDA

O SOL QUE PINTASTE

FOI PURA LUZ

AS CASAS QUE VISITASTE

ME ABRIGARAM

AS LADEIRAS POR ONDE ANDASTE

TAMBÉM SUBÍ

A CASA QUE TE ACOLHEU

FOI MEU BERÇO

PURA POESIA

MÃE DOS MEUS SONHOS

NATUREZA DIVINA


O PÉ DE CAJARANA - Por Edilma Rocha

- Quem de nós não guardou na memoria a sua árvore da infância ?
A de uma árvore enorme, tronco forte, folhas verdes e brilhantes nos proporcionando aos seus pés a sombra fresca da clorofila com uma sensação de bem estar. Lembranças de aventuras na escalada do seu tronco até chegar ao topo de onde nos sentíamos poderosas.

Lá estava ela, imponente, frondosa no alto do Morro do Caboclo encobrindo parte da visão da Casa Grande a espera dos visitantes. Tinha se passado um semestre inteiro desde a última visita a Fazenda Serra Verde. Tempo suficiente para produzir novas folhas e frutos pequenos, porém deliciosos.

Já conhecia aqueles meninos que brincavam a sua sombra com carrinhos e conhecia especialmente as lindas meninas que todas as tardes subiam bem alto nos seus galhos e confidenciavam seus segredos de amor. A tudo escutava silencioso e se deliciava com as histórias inocentes do coração. Por algumas vezes precisou suportar marcas no seu tronco para registrar as iniciais dos namorados que sabia iria levar por anos a fio nos corações perfurados por flechas dos cupidos.

Quando chegava a noite todos subiam as escadas da varanda a procura de repouso lhe deixando a espera por um novo dia. Pela manhã a cozinheira da casa sacudia forte os seus galhos  colhendo os frutos que caíam ao chão. Enchia uma bacia de alumínio e retornava rapidamente para preparar o suco preferido dos visitantes. Suco de cajaranas e também mangústia, com frutos cozidos. Uma delícia !

A sua sombra também se abrigavam os animais que ficavam a espera das pequenas amazonas para as cavalgadas todas as manhãs.  Até o velho  Jippie 51 quando retornava das andanças pela fazenda ficava estacionado ali e  ele ouvia alto e claro o ronco do motorista na soneca do descanso.
Era o preferido de todos nas fotos que registravam as nossas férias.

Nos galhos mais altos se abrigavam passarinhos e faziam seus ninhos protegidos dos curiosos. Lá de cima do morro era testemunha de tudo que acontecia: moradores descendo e subindo a ladeira para o trabalho; no açude o barco que saía para mais uma pescaria; ouvia o barulho da forrageira no preparo do alimento dos animais; até o ruído do serrote do velho carpinteiro a assobiar.
Se chegasse alguma visita inesperada era o primeiro a saber de suas presenças.

Mas o dia da despedida  se aproximava, todos iriam embora deixando momentos inesquecíveis de mais umas férias na Fazenda Serra Verde. Do alto do morro tudo observava e o silencio aos poucos dominava o lugar, antes de euforia, agora  de silêncio.  A solidão dava lugar a alegria que se ia e ficava a espera de mais seis meses por outras férias que certamente demorariam a chegar... 

Edilma Rocha

POR ONDE ANDEI - Por Edilma Rocha


Por caminhos verdes,
pela barragem do açude...



Assistindo o mais belo por do sol
rodeado pelas flores...


Visitando as casas simples
em meio a natureza pura...


Descendo e subindo ladeiras com amigos
clicando e registrando...



Visitando a casa da infância
cheia de historias vividas e agora relembradas...
Casa Grande, um pedaço da minha historia...


Pela casa de Joaquim Carlos
linda feito poesia matuta
e embelezada pela mãe natureza...

Edilma Rocha


PÉROLA NOS BASTIDORES...


Hoje
Só por hoje,
abro as cortinas do coração
acendo as luzes da saudade
e me ponho a sorrir.


Hoje,
Só por hoje,
escuto as vozes da alegria
renovada em cada rosto
marcado pelas marcas do passado.


Hoje,
Só por hoje
fotografo as árvores
que ficaram do meu tempo de criança
e ainda guardo na lembrança o BALANÇO
pendurado a espera das crianças.


Hoje,
Só por hoje,
sinto o calor forte do sol
e o frescor da água do açude
molhando meu corpo nu.


E a noite
quando a lua foi embora
deito na rede da varanda
a contemplar as estrelas
me fazendo presente nesse mesmo lugar.


Edilma Rocha