Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 2 de abril de 2010






"Pedaços de Canções" - IV


“Ai quem me dera ser poeta
Pra cantar em seu louvor
Belas canções, lindos poemas,
Doces frases de amor
Infelizmente, como eu
Não aprendi o A-B-C
Eu faço sambas de ouvido pra você ...”

“Ai Quem Me Dera” - Tom Jobim e Marino Pinto
*

"...
Ó vento não faz barulho
Meu amor está dormindo
E o mar não bata com força
Porque ele está dormindo
Dorme, menino grande

Que eu estou perto de ti
Sonha o que bem quiseres

Que eu não sairei daqui ...”

“Menino Grande” – Antonio Maria
*

"...
Começaria tudo outra vez
Se preciso fosse, meu amor
A chama em meu peito
Ainda queima, saiba!
Nada foi em vão...”

“Começaria outra vez”- Gonzaguinha
*
"Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!...”

“Esquadros” - Adriana Calcanhoto
*
"As coisas vulgares que há na vida

Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história

da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir ...”

“ Chuva “ – Jorge Fernando
*
“...Ah, pena eu não saber
Como te contar
Que o amor foi tanto
E no entanto eu queria dizer
Vem
Eu só sei dizer
Vem
Nem que seja só
Pra dizer adeus.”

“Pra Dizer Adeus” – Edu Lobo e Torquato Neto
*
"
...Às vezes quero crer mas não consigo
É tudo uma total insensatez
Aí pergunto a Deus, escute amigo,
Se foi pra desfazer porque é que fez ...”

“Cotidiano Nº 2” – Toquinho e Vinícius de Moraes
*

"
Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...
Eu lhe prometo o sol

Se hoje o sol sair
Ou a chuva
Se a chuva cair ...”


“ Dia Branco” – Geraldo Azevedo e Renato Rocha
***

Pã e o céu estrelado

Enquanto da varanda do apartamento
tu pensas em comprar um carro

as estrelas acima da tua cabeça
suplicam-te uma olhadela

nunca mais admiraste as estrelas
só porque, Pã, ganhaste de presente
outra flauta mágica

olha pra elas,
olha pra elas

Pã, falta de atenção
para com as meninas do alto
que brilham, brilham, apesar de mortas.

Ninguém precisa saber da ausência longínqua.
Se o brilho encanta,
larga então da tua nova flauta

olha pra elas,
olha pra elas

Pã, não sejas boçal, incrédulo, indiferente
às mocinhas do céu que brilham, brilham, apesar de loucas.

Ninguém (nem deuses nem semideuses) precisam conhecer
a verdadeira fábula das estrelas acima da tua cabeça.

Se o encanto cintila,
esquece dos teus sonhos materiais.

Olha, Pã, só uma olhadela para cima
e vê como brilham, brilham
as maçãs da tua vida.

Sobretudo as mais distantes
que te causam miopia.

meu crepúsculo de cada dia

Mais uma lua sozinho.
Meu cupido é caolho.

Sua flecha nunca acerta
o coração da amada no alvo.

Sempre lhe arranha o ombro,
corta-lhe a orelha,
arranca-lhe o brinco.

A amada nem sente
já passou o transe.

Mais uma noite aprisionado
às paredes e ao teto.

O coração apenas um detalhe
diante da graça do silêncio.

Na próxima aventura,
roubo a flecha do cupido

aprumo o olho na haste
em linha reta.

Atiro sem piedade.

Verei sangue,
muito sangue,
do coração da mulher.

Quero todo o sangue do mês.
Todo o sangue da eternidade.

Dançaremos enlouquecidos,
abençoados

eu, a musa (terrena)
até o cupido (pelo que vejo)
caolho também manco.

uma palavra puxa
a outra empurra

num judô
sem fim...

ai de mim...

A Ceia , na Sexta-feira Santa , na casa dos Esmeraldo


A família de Pedrinho Esmeraldo(nosso futuro representante político) : esposa, filha e neto...
Uma amizade antiga , um sempre reencontro !
Debaixo do pé de cajarana, a paz de todos os dias.

Eu e Bianca . Pois não é que o meu colo é de avó?
Carlos e Magali , acompanhados de filhos e noras . Família unida , amorosa, feliz !

"Nem só de pão vive o homem", mas Socorrinha , esposa de Tales ( filho de Carlos e Magali) é uma bruxinha, na Arte Culinária.Comi que pequei, justo num dia de jejum. Maravilhosos quitutes ! Cada prato mais apetitoso que o outro ... Que Deus abençõe tanta generosidade!

Obrigada , família , pela doce e alegre acolhida !

Socorro Moreira


Confissão

Peço-te perdão
Amor, ente generoso
que me tens oferecido
sonhos, quimeras
desleixos da alma.

Peço-te misericórdia
por tantas mentiras
embustes, incoerências
faltas e crueldade
lançadas por meus dedos
ao veludo dos versos
desde o princípio e sempre.

Que me tenhas compaixão
dadas as desventuras, os infortúnios
o sangue das lágrimas com requinte do sal.

Somente a mim
toda a penúria humana
toda a desgraça e artimanhas
de quem, se solitário, enlouquece
por outra alma e outro corpo
mas, se acompanhado, planeja
eternidade na própria ausência.

Perdão e súplicas
por minha languidez
por minhas dores ocultas
por meus enlaces no mergulho
ao abismo de quem nunca merece
a quem não passa de sonho
ingenuidade, armadilha, visgo.

Cá está um poeta tonto de lucidez
a curvar-se diante da tua guilhotina.

Cá está teu poeta, dissimulado, cínico, estúpido
não tremem os calcanhares mas com frio na barriga.

Sangra-me de vez este coração tão cúmplice
da mente quanto medonho e irmão dos pensamentos.

Amor, ente imaginário
não me poupes da tua justiça

por minhas sandices,
loucuras e pestes
ofereço-te meu último dia
amplo, confortável, insignificante.

Então que o alpiste envenenado
faça espumar dos bicos
das fantasiosas andorinhas
toda inútil angústia
pantomima da aurora
e do crepúsculo.

Eis-me, teu poeta insano
senhor de tantas mulheres
cujos cílios nunca beijados
cujos espíritos nunca amados
menti, menti tanto, decerto
com intragável volúpia

desde o primeiro frêmito nos testículos
até o calor e cãibra nos ombros agora.

RE-RESPOSTA À SOCORRO MOREIRA

Poeta,

Linda a letra de Francisco Malfitano e Pandia Pires.

Entre os dois poetas, Socorro Moreira e Chico Buarque - em se falando de amores e mentiras – sou mais o Chico. Você me cutucou quando postou a música “O grande amor”.
Aqui pra nós, o problema da mentira no amor nunca é criado por nós, é pelo outro, é pela outra. Sem querer dizer que o inferno é sempre o outro, mas você é poeta, e você sabe como somos...”Eu sou poeta e aprendi a amar”, e nosso coração “é um pote assim de mágoa, e qualquer desatenção,faça não, pode ser a gota d`água” e que a gente anda “à flor da pele, até um beijo de novela faz a gente chorar”.

Essas coisas, poeta. Às vezes a gente, coisas de poeta, se entrega demais, se gruda demais, se apaixona demais. Aí a outra, o outro, não está nem aí. Então, a minha verdade nesse grande amor finda sendo uma mentira no pouco que a outra, o outro lhe devota.

Bem, mas não estou falando de nenhuma situação concreta, são palavra de poeta, e o professor está por aqui morrendo de rir com tantas coisas que poderiam ser mais não são.

Fiquemos com mais uma do poeta Noel. Essa é de rachar.

Mentir

(Noel Rosa)

Mentir, mentir
Somente para esconder
A mágoa que ninguém deve saber
Mentir, mentir
Em vez de demonstrar
A nossa dor num gesto ou num olhar
Saber mentir é prova de nobreza
Pra não ferir alguém com a franqueza
Mentira não é crime
É bem sublime o que se diz
Mentindo para fazer alguém feliz
É com a mentira que a gente se sente mais contente
Por não pensar na verdade
O próprio mundo nos mente, ensina a mentir
Chorando ou rindo, sem ter vontade
E se não fosse a mentira, ninguém mais viveria
Por não poder ser feliz
E os homens contra as mulheres na terra
Então viveriam em guerra
Pois no campo do amor
A mulher que não mente não tem valor
Saber mentir é prova de nobreza
Pra não ferir alguém com a franqueza
Mentira não é crime
É bem sublime o que se diz
Mentindo para fazer alguém feliz.

SONETO PARA A SEXTA FEIRA SANTA

Morte de Jesus
José Augusto Siebra

Está parado o ramo de oliveira
E muito triste o céu da Palestina
Três horas. Lá no céu o sol declina
Queda silente a natureza inteira.

Jesus, o bom Jesus a fronte inclina
Deita da face a lágrima primeira
Do peito exala a ânsia derradeira
Morre na cruz suspensa na colina.

Escuta calmo o glauco mar profundo
Há um silêncio tal em todo mundo
Que a própria hierarquia desconhece.

A mãe do Verbo a fronte ao céu erguia
E ao supremo soluço de Maria
A terra treme, o sol empalidece.


(Este soneto foi escrito há quase cem anos atrás por meu avô. Com profunda beleza poética, ele traduz a sacralidade da natureza reverenciando o Salvador, Jesus.
Stela Siebra Brito)

UMA CARTA ( MÚSICAS DE ROBERTO CARLOS) por Rosa Guerrera


COMO VAI VOCÊ ? A DISTANCIA não importa . Hoje debruçada a JANELA de lembranças , ALÉM DO HORIZONTE , esse julgado AMOR PERFEITO ainda é MEU ASSUNTO PREDILETO.
Faço uma PROPOSTA ! ARRASTA UMA CADEIRA, senta e me escuta.
Sabia que AS FLORES DO JARDIM DA NOSSA CASA , ainda estão lindas ?
São COISAS QUE NÃO SE ESQUECE , não é ?
Essa carta acredite , não é um DESABAFO , mas DETALHES que esporadicamente tenho em mente. Afinal , quem foge as EMOÇÕES ?
OLHA , eu QUERO APENAS dizer que lembro com ternura as nossas JOVENS TARDES DE DOMINGO, momentos tão bonitos , quando pensávamos que O NOSSO AMOR era TUDO nas nossas vidas.
Não sabíamos no entanto que éramos um PASSATEMPO do destino.
PERGUNTE PRO SEU CORAÇÃO se não estou certa .
A ROTINA cansou nossos planos, e qualquer TENTATIVA de uma OUTRA VEZ , não vale mais .
Fiquemos na TERNURA ANTIGA dessa CAVALGADA passada .
Guardarei com carinho AS CANÇÕES QUE VOCE FEZ PRA MIM, e DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO tenho a certeza que O TEMPO VAI APAGAR os COSTUMES desse AMOR ANTIGO.
Sem mais COMENTÁRIOS , ESQUEÇA essa HISTÓRIA DE AMOR que foi apenas um RESUMO de TUDO QUE SONHEI um dia .

Semana Santa - por José do Vale Pinheiro Feitosa

A Semana Santa não é a mesma no tempo e entre as pessoas.

Para os católicos fieis se passa como um ritual religioso especial, o principal, talvez, de sua religião, a religião do Cristo. Ou seja, daquele que foi crucificado. Este é o momento em que o sacrifício, como que uma imolação tão cara ao mundo oriental, de Jesus ao Pai traduz o centro da liturgia da Santa Missa.

Diria que apenas para as camadas populares mais pobres, para o clero e para aquelas pessoas muito ligadas ao dia-a-dia da igreja, esta é, efetivamente, uma semana tipicamente religiosa. Para as pessoas mais abastadas e apenas partícipes de algumas missas dominicais, a semana santa é mesmo um feriado e um dia especial na mesa do cotidiano.

Haveria um elo entre uma situação e outra, além do feriado? É muito difícil dizer, apesar dos noticiários e dos relatos de missas, procissões e autos teatrais repetindo o sacrifício. Este certamente funciona como um pano de fundo seja na TV, no Rádio ou nos jornais, sem contar as eventuais manifestações nas ruas. Nas ruas centrais, pois em grandes aglomerados nem isso se percebe.

Como dizia: apenas pano de fundo, pois o que rola mesmo é o feriado, a mesa especial à base de peixe, a praia no litoral, o açude nos sertões, os bares, as praças e os shoppings. Ao invés da lembrança do sacrifício, o que se vê é o alívio da danação do trabalho e dos deveres escolares para os jovens. Nada por fazer, a não ser os grilhões que ainda se fixam nas paredes sobre a escravidão da mulher em sua domesticidade cultural.

Quando interiorano, ao invés deste computador e sua tela escrita, íamos para os sertões. Mais para o interior ainda, então vivia num sítio nos arredores da cidade do Crato no Ceará. A lembrança que restou, aquela que selecionei é da umidade do terreno, o intenso verde a preencher os buracos da caatinga, as flores, a cantoria alegre dos pássaros em plena nidificação. As crianças de alçapão e do visgo já sabiam: na semana santa não se pode aprisionar os pássaros, eles morrem.

A lagoa e o açude eram de energia jamais encontrada na minha vida, nem nas mais alegres praias. Nadando com meu pai, os tios e amigos. O mergulho que me remetia para a profundidade da vida, para um mundo que existe abaixo e ao qual desconheço. Ir lá embaixo e beber a água mais fresca que refrigerador nenhum já me deu. Os insetos na superfície da água, o cágado que se morder o pé de alguém apenas solta com trovão de estalo. A galinha d´água e o tetéu no breu da noite anunciando a coleção de água em que se encontra.

Jerimum, maxixe, muito queijo, feijão verde, leite, coalhada, milho verde e cuscuz de milho novo uma coleção de sabores de semana santa. De sertão renascendo, pipocando vida em cada brecha, a cada loca de pedra, em minúsculos túneis, no arrasto do chão. A semana da vida. Experiência introspectiva extrema junto a mais exuberante que o sertão conseguia de extroversão. Por isso nunca me separo do extrorso pelo qual o pólen se volta para o externo a mim.

Recado para Zé Nilton- de Socorro Moreira

E o que é que tu achas dessa canção ?
MENTE AO MEU CORAÇÃO
Composição: Francisco Malfitano e Pandia Pires

Mente ao meu coração
Que cansado de sofrer
Só deseja adormecer
Na palma da tua mão
Conta ao meu coração
Estória das crianças
Para que ele reviva
As velhas esperanças
Mente ao meu coração
Que cansado de sofrer
Só deseja adormecer
Na palma da tua mão
Conta ao meu coração
Estória das crianças
Para que ele reviva
As velhas esperanças
Mente ao meu coração
Mentiras cor-de-rosa
Que as mentiras de amor
Não deixam cicatrizes
E tu és a mentira mais gostosa
De todas as mentiras que tu dizes
Conta ao meu coração
Estória das crianças
Para que ele reviva
As velhas esperanças
Mente ao meu coração
Mentiras cor-de-rosa
Que as mentiras de amor
Não deixam cicatrizes
E tu és a mentira mais gostosa
De todas as mentiras que tu dizes

Amigo Zé Nilton , as canções falam por nós!

E, quando estamos sem preguiça , no caso dos poetas e compositores, as falas escritas, mesmo dizendo pouco, vencem a timidez, e se declaram , mesmo escondidas .

Acho que guardamos no coração alguma paixão ou talvez um amor , que nunca será de mentira.

Eu amo, tu amas, e eles amam ? ( risos)

"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura"?

O amor é lança

O amor é luz

Como fugir

se queremos ser alvo,

e vivemos na sua mira?

Até dormindo,

nossa disponibilidade,

se oferece aos sonhos,

e o amor emplaca !

Abraços , e que Deus nos salve, mantendo a chama do amor, nos nossos casos.

Socorro Moreira

Amor de verdade ! - por Socorro Moreira


O amor é de verdade na mentira
o amor é de mentira ,
quando não pode ser de verdade.
O amor de verdade é
a construção de muitos dias,
em um único ou muitos amores.
Amor de verdade é o que restou em mim
por ti, e pela humanidade.
Amor de verdade é feliz
porque não conta com o desencanto ...
Não tem começo, nem fim...
Está pronto para ultrapassar o umbral da eternidade.
Mesmo quando o teu olhar se afasta,
eu fico com teu amor a me espiar !

Pérolas nos bastidores ...

Socorro, lá vem você falando de amores e mentiras. Como estas duas situações andam juntas, não é ?
Olha só que preciosidade da dupla Noel x Vadico:

Pra Quê Mentir?

Composição: Noel Rosa/Vadico

Pra que mentir se tu ainda não tens
Esse dom de saber iludir?
Pra quê?! Pra que mentir
Se não há necessidade de me trair?
Pra que mentir, se tu ainda não tens
A malícia de toda mulher?
Pra que mentir
se eu sei que gostas de outro
Que te diz que não te quer?
Pra que mentir
Tanto assim
Se tu sabes que eu já sei
Que tu não gostas de mim?!
Se tu sabes que eu te quero
Apesar de ser traído
Pelo teu ódio sincero
Ou por teu amor fingido?!



Postado por Zé NIlton

Bolo de Páscoa



* Massa:
* • 1 colher (sopa) de fermento em pó
* • 1 xícara (chá) de chocolate em pó solúvel
* • 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
* • 1½ xícara (chá) de leite quente
* • 1 xícara (chá) de açúcar
* • farinha de trigo para polvilhar
* • manteiga para untar
* • 4 ovos
* Recheio e Cobertura:
* • 1 lata de creme de leite
* • 10 mini ovinhos de chocolate para decorar
* • 1 tablete de classic chocolate meio amargo
Preparo da Receita

Massa: Bata as claras em neve, junte as gemas e o açúcar aos poucos, sempre batendo. Adicione o leite quente e bata mais um pouco. Quando a massa estiver bem fofa peneire por cima a farinha, o Chocolate em Pó e o fermento, misturando levemente, sem bater. Despeje em fôrma redonda (24cm de diâmetro) untada e enfarinhada e asse em forno médio (180°C), preaquecido, por cerca de 30 minutos. Corte o bolo ainda morno ao meio e reserve.
Recheio e cobertura: Aqueça em banho-maria o Creme de Leite. Junte o Chocolate e mexa até que fique completamente dissolvido. Reserve.

Montagem: Coloque metade do bolo em um prato e espalhe uma camada de recheio. Cubra com a outra metade do bolo e cuidadosamente, espalhe o creme de chocolate restante e decore com os mini ovinhos de Chocolate.
Dica para esta receita
Fonte: Cozinha Nestlé

Purgatório - por Domingos Barroso

Bom mesmo é não espremer
por toda a eternidade
a mesma droga de espinha.

Bom mesmo é fazer pipoca
para o filho de oito anos
(de olho na panela quente)

Bom mesmo é passar a língua
entre os dentes,
céu da boca,
limpando a pele do milho.

Bom mesmo é molhar a linha
com a própria saliva

segurar a agulha
atravessá-la com sentimento.

Costura tuas próprias meias,
seu moço:

teus dedos rachados
já não suportam tanto frio.


por Domingos Barroso

Frases de Chico Xavier


Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.

O sentimento de ódio é um processo de auto-obsessão.

Deixe algum sinal de alegria, onde passes.

A criança desprotegida que encontramos na rua não é motivo para revolta ou exasperação, e sim um apelo para que trabalhemos com mais amor pela edificação de um mundo melhor.


A desilusão de agora será benção depois.

A desilusão é a visita da verdade.

A repercussão da prática do bem é inimaginável... Para servir a Deus, ninguém necessita sair do seu próprio lugar ou reivindicar condições diferentes daquelas que possui.

A verdade que fere é pior do que a mentira que consola.

A vida, como a fizeres, estará, contigo em qualquer parte.

A árvore nascente aguarda-te a bondade e a tolerância para que te possa ofertar os próprios frutos em tempo certo.

Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxiliam muito.

Ah... Mas quem sou eu senão uma formiguinha, das menores, que anda pela Terra cumprindo sua obrigação!

Ambiente limpo não é o que mais se limpa e sim o que menos se suja.

Em qualquer dificuldade, não nos esqueçamos da oração... Elevamos o pensamento a Deus, procurando sintonia com os Espíritos bons.

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, Qualquer Um pode Começar agora e fazer um Novo Fim.

Estou convencido de que todos os políticos, sejam eles quais forem, merecem o nosso respeito e a nossa cooperação para serem para nós aquilo que nós esperamos deles.

Eu permito a todos serem como quiserem, e a mim como devo ser.

Eu vivo muito alegre, muito feliz, trabalho, tenho sempre muita gente em volta de mim, muita, muita gente na minha vida, é disso que eu gosto.

Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!

Gente há quem desencarna imaginando que as portas do Mundo Espiritual irão se lhes escancarar... Ledo engano! Ninguém quer saber o que fomos, o que possuíamos, que cargo ocupávamos no mundo; o que conta é a luz que cada um já tenha conseguido fazer brilhar em si mesmo...

Hoje auxiliamos, amanhã seremos os necessitados de auxilio

Justiça e misericórdia : Toda vez que a Justiça Divina nos procura para acerto de contas, se nos encontra trabalhando em benefício dos outros, manda a Misericórdia Divina que a cobrança seja suspensa por tempo indeterminado.

Lembra-te de que falando ou silenciando, sempre é possível fazer algum bem.

Lembra-te sempre: cada dia nasce de novo amanhecer.

Lembremo-nos de que o homem interior se renova sempre. A luta enriquece-o de experiência, a dor aprimora-lhe as emoções e o sacrifício tempera-lhe o caráter. O Espírito encarnado sofre constantes transformações por fora, a fim de acrisolar-se e engrandecer-se por dentro.

Muitas vezes em aula, quando criança, ouvia vozes dos espíritos ou sentia mãos sobre as minhas mãos que eu senti vivas, guiando meus movimentos de escrita, sem que os outros as vissem. Isso me criava muitos constrangimentos.

(Frases e Pensamentos de Chico Xavier)

Clara Nunes




Clara Nunes nasceu em Paraopeba, MG, em 12 de agosto de 1943. O pai, Mané Serrador, era violeiro e cantador de folias-de-reis. Órfã desde pequena, aos 16 anos foi para Belo Horizonte, onde conseguiu empregar-se como operária numa fábrica de tecidos.

Por essa época cantava no coral de uma igreja, ao mesmo tempo em que, ajudada pelos irmãos, concluía o curso normal. Em 1960 foi a vencedora da final do concurso A Voz de Ouro ABC, em sua fase mineira, com Serenata do Adeus (Vinícius de Moraes), e obteve o terceiro lugar, na finalíssima realizada em São Paulo, com Só Adeus (Jair Amorim e Evaldo Gouveia). Contratada pela Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, durante um ano e meio teve um programa exclusivo na TV Itacolomi. Nessa mesma época, cantava em boates e clubes, tendo sido escolhida, por três vezes, a melhor cantora do ano.

Em 1965 foi para o Rio de Janeiro e passou a apresentar-se na TV Continental, no programa de José Messias. Ainda nesse ano, após teste, foi contratada pela Odeon, que, em 1966, lançou seu primeiro LP, A voz adorável de Clara Nunes, em que interpreta boleros e sambas-canções. Em 1968, gravou Você passa e eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial), que foi seu primeiro sucesso e marcou sua definição pelo samba.

Em 1972, além de ter realizado seu primeiro show, Sabiá, sabiô (com texto de Hermínio Bello de Carvalho), no Teatro Glauce Rocha, no Rio de Janeiro, lançou o LP Clara, Clarice, Clara, com musicas de compositores de escolas de samba e outras de Caetano Veloso e Dorival Caymmi. Ainda nesse ano, gravou o samba Tristeza pé no chão (Armando Fernandes), apresentado no Festival de Juiz de Fora, que vendeu mais de 100 mil copias. Em fevereiro 1973, estreou no Teatro Castro Alves, em Salvador, com o show O poeta, a moça e o violão, ao lado de Vinícius de Moraes e Toquinho. Em 1973 gravou na Europa o LP Brasília e, no Brasil, o LP Alvorecer, que chegou ao primeiro lugar de todas as paradas brasileiras com Conto de areia (Romildo e Toninho). Em 1974, ao lado de Paulo Gracindo, atuou no Canecão, no Rio de Janeiro, na segunda montagem do espetáculo Brasileiro, profissão esperança, de Paulo Pontes (do qual foi lançado um LP), que contava as vidas de Dolores Duran e de Antônio Maria. Em 1975, ano do seu casamento com o compositor Paulo César Pinheiro lançou Claridade, seu disco de maior sucesso. Outro grande sucesso veio em 1976, com o disco Canto das três raças. Em 1977 lançou As forças da natureza, disco mais dedicado ao samba e ao partido-alto. Em 1978 lançou o disco Guerreira, interpretando outros ritmos brasileiros. Em 1979 lançou o disco Esperança. No ano seguinte veio Brasil mestiço, que incluiu o sucesso Morena de Angola, composto por Chico Buarque para ela. Em 1981 lançou Clara, com destaque para Portela na avenida. No auge como intérprete, lançou em 1982 Nação, que seria seu último disco.

Morreu em 02 de Abril 1983, depois de 28 dias de agonia, hospitalizada após um choque anafilático ocorrido durante uma cirurgia de varizes. Em dezembro de 1997, a gravadora EMI reeditou a obra completa da artista, em 16 CDs remasterizados no estúdio de Abbey Road, em Londres, e embalados em capas que reproduzem as originais.
Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira

Sexta-feira da Paixão

A Sexta-feira Santa, ou 'Sexta-feira da Paixão', é a Sexta-feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.

Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.

A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira de lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 22 de março e 25 de abril.

Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é o único dia em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.

Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.

No entanto, mesmo sem a celebração da missa, tem lugar, no rito romano, uma celebração litúrgica própria deste dia. Tal celebração tem alguma semelhança com a celebração da Eucaristia, na sua estrutura, mas difere essencialmente desta pelo facto de não ter Oração eucarística, a mais importante parte da missa católica.

A celebração da morte do Senhor consiste, resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes. Presidida por um presbítero ou bispo, paramentado como para a missa, de cor cor vermelha, a celebração segue esta estrutura:
Senhor Morto, escultura barroca do século XVIII, Matriz de Pirenópolis

* entrada em silêncio do presidente e dos ministros, que se prostram em adoração diante do altar.
* oração colecta.
* Liturgia da Palavra: leitura do livro de Isaías (quarto cântico do servo de Javé, Is 52,13-53,12), salmo 31 (30), leitura da Epístola aos Hebreus (Hebr 4, 14-16; 5, 7-9), aclamação ao Evangelho e leitura do Evangelho da Paixão segundo João (Jo 18,1-19,42, geralmente em forma dialogada).
* Homilia e silêncio de reflexão.
* Oração Universal, mais longa e solene do que a da missa, seguindo o esquema intenção – silêncio – oração do presidente.
* Adoração da Cruz: a cruz é apresentada aos fiéis e adorada ao som de cânticos.
* Pai Nosso
* Comunhão dos fiéis presentes. Toma-se pão consagrado no dia anterior, Quinta-Feira Santa.
* Oração depois da comunhão.
* Oração sobre o povo.

Obs: Em muitas cidades históricas como: Paraty, Ouro Preto, Pirenópolis e Jaraguá - GO a Celebração da Paixão e Morte do Senhor é procedida da Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto, em que são cantados motetos em latim.

Toda a liturgia católica deste dia está em função de Cristo crucificado. Assim, a liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis no mistério do sofrimento e da morte de Jesus, que assim aparece como uma acção livre de Cristo em ordem à salvação de toda a humanidade.

A veneração da cruz, símbolo da salvação, pretende dar expressão concreta à adoração de Cristo crucificado.

A comunhão eucarística é, para a Igreja, a forma mais perfeita de união com o Mistério pascal de Cristo, e por isso é um ponto culminante na união dos fiéis com Cristo crucificado. O facto de se comungar do pão consagrado no dia anterior vem exprimir e reforçar a unidade de todo o Tríduo Pascal.

Além da celebração da Paixão do Senhor, rezam-se as diversas horas litúrgicas da Liturgia das Horas.

A Igreja exorta os fiéis a que neste dia observem alguns sinais de penitência, em respeito e veneração pela morte de Cristo. Assim, convida-os à prática do jejum e da abstinência da carne.

Exercícios piedosos, como a Via Sacra e o Rosário, são também recomendados como forma de assinalar este dia especialmente importante para a fé cristã.

* Wikipédia

Émile Zola- por Felix Nadar



Émile-Édouard-Charles-Antoine Zola foi o fundador e o principal representante do movimento literário naturalista. Educado em Aix-en-Provence, Zola começou a trabalhar em 1862 no departamento de vendas da uma editora. Quatro anos depois decidiu dedicar-se exclusivamente à literatura. Suas duas primeiras obras, "Contes à Ninon" (1864) e o romance "La Confession de Claude" (1865) marcaram a transição para o naturalismo, já definitivamente manifesto em "Thérèse Raquin" (1867).

Inspirado na filosofia positivista e na medicina da época, Zola partia da convicção de que a conduta humana é determinada pela herança genética, pela fisiologia das paixões e pelo ambiente. Conforme afirmou no ensaio "O romance experimental" (1880), o desenvolvimento dos personagens e das situações deve ser determinado de acordo com critérios científicos similares aos empregados nas experiências de laboratório. A realidade deve ser descrita de maneira objetiva, por mais sórdidos que possam parecer alguns aspectos.

Consciente da dificuldade de conferir caráter científico a uma obra de ficção, Zola procurou pôr em prática suas concepções. A partir de 1871, trabalhou num ciclo de vinte romances, "Os Rougon-Macquart", que tinha como subtítulo "História Natural e Social de uma Família no Segundo Império". Essa obra constitui um painel vigoroso e franco sobre a decadência da sociedade do Segundo Império - o que lhe valeu várias acusações de pornografia. A primeira parte do ciclo - "A Taberna" (1876) e "Nana" (1880) - é dominada por uma atmosfera de degeneração e fatalismo, mas a partir de "Germinal" (1885) a descrição das más condições de vida numa comunidade de mineradores destaca a opressão social como responsável pela paralisação moral da humanidade.

Posteriormente Zola escreveu outros dois conjuntos de romances, "As Três Cidades" (1894-1898) e "Os Quatro Evangelhos" (1899-1902), onde manteve a violência quase visionária dos trabalhos anteriores.

Nos últimos anos de vida, o escritor foi mais uma vez alvo de polêmica por sua intervenção no caso de Alfred Dreyfus, oficial judeu do Exército francês condenado por traição, cuja inocência Zola defendeu de público, acusando os comandos militares de terem admitido provas falsas. Julgado por injúria e condenado a um ano de prisão, Zola exilou-se em Londres em 1898 e só regressou à França 11 meses depois. Émile Zola e sua mulher morreram em Paris, asfixiados pelo monóxido de carbono de um acidente com uma chaminé.

Dercy Gonçalves no céu ...



- Porra tá frio aqui em cima.
- O céu não tem temperatura, minha senhora - pondera um porteiro celestial de plantão..
- Não tem o cacête. Tá frio sim senhor - insiste Dercy.
- Prefere o inferno? Lá é mais quentinho!
- Manda tua mãe pra lá. Cadê o Pedro?
- Pedro só atende aos purificados.
- E eu tô suja por acaso? Tô cagada, esporreada?
- Você primeiro tem que passar pelo purgatório, ajustar umas continhas...
- Não devo nada a viado nenhum.
- Você foi muito sapeca lá por baixo.
- Como é que você sabe? Andava escondido debaixo das minhas saias?
- Dercy, daqui de cima a gente vê tudo.
- Vê porra nenhuma. Vê a pobreza, a violência, meninas de 4 anos sendo estupradas pelos pais, político metendo a mão no dinheiro dos pobres, carinha cheirando até bosta pra ficar doidão? O que vocês vêem? Só me viam?
- Você fala muito palavrão.
- Eu sempre disse que o palavrão estava na cabeça de quem escutava.
Palavrão é a fome, a falta de moral destes caras que pensam que o mundo é deles. Esses goelas grandes e seus assessores laranjas, tangerinas e o cacête!
- Está vendo? Outro palavrão.
- Cacête é palavrão, seu porteiro do caralho? Palavrão é a Puta Que o Pariu!

(silêncio por alguns segundos)

- Seja bem vinda Dercy. Sou Pedro. Pode entrar.

- CARAAAAAALHO!!! Não é que eu morri mesmo?!!! E o purgatório?

- Você já passeou 101 anos por ele, lá no Brasil...

Venha descansar!!!