Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 2 de abril de 2010

SONETO PARA A SEXTA FEIRA SANTA

Morte de Jesus
José Augusto Siebra

Está parado o ramo de oliveira
E muito triste o céu da Palestina
Três horas. Lá no céu o sol declina
Queda silente a natureza inteira.

Jesus, o bom Jesus a fronte inclina
Deita da face a lágrima primeira
Do peito exala a ânsia derradeira
Morre na cruz suspensa na colina.

Escuta calmo o glauco mar profundo
Há um silêncio tal em todo mundo
Que a própria hierarquia desconhece.

A mãe do Verbo a fronte ao céu erguia
E ao supremo soluço de Maria
A terra treme, o sol empalidece.


(Este soneto foi escrito há quase cem anos atrás por meu avô. Com profunda beleza poética, ele traduz a sacralidade da natureza reverenciando o Salvador, Jesus.
Stela Siebra Brito)

Um comentário:

socorro moreira disse...

Eita família linda de poetas : Siebra de Brito !
Stela, espero mais poesias ,... Aquelas todas guardadas... Você sabe o tamanho da minha gula , e a intensidade da minha emoção.


Abraços, querida amiga.