Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 10 de maio de 2010

"I've Got You My Skim "- por Socorro Moreira"






Domingo com Frank Sinatra.
Caprichei no almoço. Fiz camarão ensopado, arroz à grega e salada de acelga. Salguei o molho. Não sei se a batata salvou o paladar. O sal precisa de mãos leves e olhos experientes. Costumo tê-los, mas hoje eu errei a mão, e consertei o prato com os meus olhos de fome... Nem por isso menos exigentes.
Lembro a minha mãe e os seus conselhos: “a gente conquista o homem pelo estômago”.
Engordei meus amores. Quando aprendi a cozinhar, já me faltava a magia da sedução. Alimentar um amor faz parte do kit de manutenção. Está fora dos preâmbulos... Nos primeiros tempos visitamos juntos os rangos de todos os restaurantes.Depois utilizamos a verba, no supermercado, lotando o carrinho de temperos exóticos, vinhos e latinhas especiais.Já comprei “ Chat neuf du pape “, figos Ramy, tâmaras, “ Drambuie”, nozes...Já flambei meus quitutes com o melhor dos destilados.Depois começa a simplificação: café com torradas, baião de dois com ovos caipira, carne de sol com macaxeira, guisado com batata doce... E esse trivial, representado por café com pão, arroz e feijão, bife e batata frita é o cardápio que segura a união.
Minhas experiências culinárias evitaram doenças primárias, como: anemia, gastrite ... Ficaram as mais complexas: diverticulite, diabetes, hipertensão...
Agora sou adepta do arroz integral, do mingau de aveia, das sopinhas de legumes, frutinhas, integrais e grelhados. Saudades da quase total irresponsabilidade alimentar. Dos biscoitos amanteigados, dos molhos a quatro queijos, da comida incrementada com tudo que não pode.
Tenho a limitação da paixão... Ou melhor, tenho a transcendência da paixão. Ela hoje é ocular. Observo-a nos personagens do cinema e das novelas. Sei que representam um papel. Um papel que vivi, sem representar.
Frank continua na agulha. Danço em pensamento, e desacompanhada. A fila é finita. Não tenho um par de olhos que me enlace. Tenho um par de óculos, que me fazem enxergar o que está próximo. Rodopio, na ponta dos pés... “I’ve got you under my skin”.
Matematicamente não voltarei a ouvir todos os meus CDs, nem tão pouco aqueles, que ainda comprarei, por mais de uma vez.
Assim conto o tempo que me resta. Assim conto o que farei da vida nos intervalos do dia.Conto os tempos das surpresas. O melhor da vida é o que está fora do script... E o pior é o que está fora também.
Que venham as chuvas
Que venham os silêncios
Os encontros ensolarados
Os sonhos por baixo das cobertas ...
Olho a Chapada nesse marasmo domingueiro. Parece estática.Mas tudo é móvel , e é passado.Como é passado a manhã desse dia, que já se fez tarde, e precisa da noite para amanhecer.
por Socorro Moreira

Recado ao senhor do 903 - Rubem Braga



Vizinho -

Quem fala aqui é o homem dos 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria ­visita pessoalmente - Devia ser meia noite - e sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou toda razão. O regulamento do prédio é explícito e, se não fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a lei e a polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso noturno, e é impossível dormir no 903 quando há vozes, passos e música no 1003. Ou melhor, é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita: pois como não sei o seu nome, e o senhor não sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números, empilhados entre dezenas de outros. Eu, 1003, me limito a leste pelo 1005, a oeste pelo 100], ao sul pelo Oceano Atlântico, ao norte pelo 1004, ao alto pelo 1013 e embaixo pelo 903 - que é o senhor, todos esses números são comportados e silenciosos, apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis: nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vir à minha casa (perdão, ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8: 15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará até o 527 da outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser tolerável quando um número não incomoda o outro número, mas o respeita ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas - e lhe prometo silêncio.

Mas que me seja permitido sonhar com outras vidas e outros mundos, em que um homem batesse à porta de outro e dissesse: “Vizinho, são três horas da manhã. e ouvi música em tua casa. Aqui estou’” E o outro respondesse “Entra vizinho, e come de meu pão e bebes de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bela”.

E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.

(Rubem Braga)

Nostalgia no entardecer - por Socorro Moreira


No entardecer , meu coração se aperta... É que meu pai já não volta pra casa ; minha mãe não me chama pra tomar café; meus filhos não voltam da escola ; nenhum dos amores antigos , telefona, vem me ver... !
É que o presente , embora às vezes cor-de-rosa, sabe escurecer. E eu olho pro céu, esperando a fila das estrelas...Que caiam, uma por uma, ocupando um lugar na noite ,que está pra chegar . Trocamos confidências duvidosas, mascaro a nostalgia falando sozinha, que tudo vai bem... E vai ! Vai sem o mistério deslumbrado de esperança !
Não consulto relógios, nem ligo o rádio procurando a música que mais gosto... Elas estão decoradas , e cantam , no mental, e na lembrança. Algumas me adormecem, outras me entristecem ... Cadê aquele povo, aquela casa, aquele lugar, aquela festa ?
Hoje vou tecer uma noite diferente... Depois eu conto !

LEMBRANÇAS DE FESTAS JUNINAS .....por Rosa Guerrera


Tenho por hábito adormecer com o rádio ligado .É uma velha mania , impossível de mudar.
Hoje acordei escutando velhas marchinhas juninas e fiquei por muito tempo relembrando os tempos idos quando eu saia vestida de matuta numa quadrilha qualquer do subúrbio onde nasci..

Naquela época rajadas de pistolas coloridas, traques de massa, diabinhos, estrelinhas , bombinhas e bichas de rodeio enchiam as nossas praças e avenidas .E no ar se espalhava aquele cheirinho gostoso de pólvora queimada. .

Eitha tempo bom ! Não porque eu fosse bem mais jovem , mas porque havia folguedos mais leves e sadios mesmo quando brincávamos de roda ou assavamos milhos nas brasas de uma fogueira .E as musicas, essas eram lindas demais. Havia romantismo nas letras e a gente as cantava com o coração. Quem não lembra daquela marchinha que dizia :” Com a filha de João / Antonio ia se casar / mas Pedro fugiu com a noiva/ na hora de ir para o altar “... ou ainda aquela outra : “ Ai São João/são João do carneirinho /você é tão bonzinho / fale lá com São José /peça pra ele me ajudar/peça pra meu milho dar vinte espigas em cada pé./ E o danado é que senti saudades hoje dessas velhas festas juninas . Afinal a tal da saudade quando bate dentro do peito da gente , ninguém consegue evitá-la .E essas musicas tocadas de manhã cedinho me fizeram dar um giro no meu ontem. Não que eu me considere “ velha “, porque tenho consciência que sou muito mais vivida do que velha , e depois segundo dizem :
“ velha é a lua ... e todo mês aparece nova no céu”.

Digamos que sou uma irreverente romântica de coração rebelde e de uma autenticidade muitas vezes cruel até para comigo mesmo. Se hoje não saio vestida de matuta numa quadrilha de um pé de serra é porque não possuo mais a agilidade dos verdes anos , mas que o meu coração continua forrozando dentro do meu peito , isso eu tenho certeza que ele ainda faz .
Quantas musiquinhas juninas escutei hoje pela manhã , nem lembro mais!.

Só sei que em todas eu revi o quintal da minha casa onde minha avó acendia sempre uma fogueira em homenagem aos Santos do mês de junho , lembrei todos os vestidinhos de matuta que minha mãe fazia para mim ,as adivinhações da faca na bananeira ,a pamonha , a canjica , o milho cozinhando num grande caldeirão e o espocar dos fogos iluminando o céu.
Lembranças ! Lembranças !
Hoje só resta mesmo cantar : “ Ai que saudades eu tenho / das noites de São João / das noites tão brasileiras / das fogueiras / sob o luar do sertão “.......

Carlos Lyra




Carlos Eduardo Lyra Barbosa (Rio de Janeiro, 11 de maio de 1939) é um cantor, compositor e violonista brasileiro.

É um importante músico da bossa nova. Autor das canções Maria Ninguém, Minha Namorada, Ciúme, Lobo bobo, Menina, Maria moita, Se é tarde me perdoa, entre outras.

Lançou em 2005, com Roberto Menescal, um documentário sobre a bossa nova chamado Coisa mais linda.

Foi casado com a ex-atriz Kate Lyra, que fazia o papel "Brasileiro é tão bonzinho".
Igual-Desigual

Carlos Drummond de Andrade

Eu desconfiava:
Todas as histórias em quadrinhos são iguais.
Todos os filmes norte-americanos são iguais.
Todos os filmes de todos os países são iguais.
Todos os best-sellers são iguais.
Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são iguais.
Todos os partidos políticos
são iguais

Todas as mulheres que andam na moda
são iguais.
Todos os sonetos, gazéis, virelais, sextinas e rondós são iguais.
E todos, todos os poemas em versos livres são enfadonhamente iguais.

Todas as guerras do mundo são iguais.
Todas as fomes são iguais.
Todos os amores iguais, iguais, iguais.
Iguais todos os rompimentos.
A morte é igualíssima.
Todas as criações da natureza são iguais.
Todas as ações, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.
Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa.
Ninguém é igual a ninguém.
Todo o ser humano é um estranho
Impar.

Por Socorro Moreira

A beleza não é estática ...
Empresta-me teus olhos de arte ?
Eu só tenho os meus sonhos de Alice.
Minha casa tem cheiro de mirra ,
e eu continuo na janela
esperando estrelas cadentes.
Esperando sinais dos amigos ausentes ,
e ao mesmo tempo tão próximos.

Incrivel o poder das letras,
de humanas intenções.
Fico com o artista em equilíbrio.
Ele faz do caos um ponto de luz.
E eu sou mariposa ... Vadio no seu brilho.


por Socorro Moreira

Por Socorro Moreira

Eu sempre penso

que deixei de achar

desapaixonei-me,

que já sei amar.


Eu sempre acho

que o amor deu zebra

que a letra "z"

já fechou a página

de um livro bíblico

de 60o linhas.


Eu sempre sonho

que o possível

é impossível ainda ...


eu sempre beijo

na imaginação ,

uma boca aberta

que me sopra versos

depois desconverso

mudo o mote

pulo a prosa

me escondo nas entrelinhas

e durmo no meu proprio ninho.


Eu sempre penso

que nunca me iludo

Sou abortiva

Não deixo nascer...

Mas sei semear!



(Um poema brega).

Por Socorro Moreira

No plano superior
tudo azul.
No pé do azul
tudo vago
tudo cinza claro.

florzinha

mergulhada na folha
No branco da página

Pedra que azula
o pano da minha manga
verde-rosa
energia amorosa

nada como um verso
aveludado ...

solfejos , suspiros
no vento da madrugada.

Le Lac de Come - José do Vale Feitosa
Alinhar ao centro


Caindo suavemente, hesitante, pelas pregas do tempo,

Que no rosto fincou leitos do passado concluso,

Quando não me dava conta da finitude presente,

A cada momento que colhi em galhos da vida,

Guardando-o no cestos cá dentro de mim,

Como se não fossem amadurecer jamais,

Rachando a casca, minando sumo,

Soltando sementes pelo canal,

Rolando pelo ângulo,

Descendo a face,

Pelo abismo,

Caindo,

Sobre,

Mim.


Vertigem - por Ana Cecília S.Bastos

E Deus que me chama, de Sua misericórdia, e me mostra caminhos, e cava abismos diante de mim para que eu possa ter a exata medida do meu ser.
Para que eu não me fixe nem me instale a não ser na vertigem de Sua morada. Este Reino que não é deste mundo mas nele se constrói, neste caminho de maravilha, assombro, pavor e miséria.
Esta, a única conexão possível, tudo o mais circunstância, caminhada, contingência.
Deus cava abismos diante de mim para que eu seja salva.


por Ana Cecília

Ettore Scola



Ettore Scola (Trevico, 10 de maio de 1931) é um dos mais importantes diretores italianos de cinema.

Estudou Direito em Roma, passando depois ao jornalismo e ao rádio. Ali travou conhecimento com gente do cinema para os quais começou a trabalhar como argumentista, o que fez entre 1954 a 1963. Neste período, em parceria com Ruggero Maccari, escreveu argumentos para Antonio Pietrangeli e Dino Risi.

Sua estreia comorealizador deu-se em 1964, com a comédia Fala-se de mulheres. Seguiram-se outros filmes, como Nós que nos amávamos tanto, de 1974, que ganhou o Prêmio César de melhor filme estrangeiro.

Fred Astaire




Fred Astaire, nome artístico de Frederick Austerlitz (Omaha, 10 de Maio de 1899 — Los Angeles, 22 de Junho de 1987) foi um ator e dançarino estado-unidense.

Antes de Fred Astaire estrear no cinema, os dançarinos apareciam nos filmes apenas "em partes": os pés, as cabeças e os torsos eram compostos na sala de edição. Astaire, por sua vez, exigia ser filmado de corpo inteiro. Para isso eram necessários longos ensaios - certa vez chegou a três meses com dez horas diárias de trabalho, com repetições feitas passo a passo e movimentos de câmara acompanhando a coreografia. Em seus filmes, Astaire conseguiu dar nova emoção a dança, fosse ela banal ou repleta de tragicidade.Sua interpretação enriquecia-se pelo que James Cagney chamava de "o toque do vagabundo". Sempre trajado a rigor, seu charme tornou-se lendário.

Fez sua primeira apresentação no palco aos cinco anos com a irmã Adele, que o acompanhava em revistas musicais nos anos 1920, em Londres. Estreou no cinema em 1915, fazendo uma pequena ponta e em 1933 apareceu ao lado de Joan Crawford em Dancing lady. Nesse mesmo ano atuou no primeiro de uma série de dez filmes ao lado de Ginger Rogers. Os dois formavam uma parceria impecável (Ele dava classe a ela, ela dava sex-appeal a ele, explicou certa vez um diretor de estúdio). Hollywood tinha razão ao lhe conferir um Oscar especial em 1949, por sua contribuição à técnica dos musicais no cinema. Ginger Rogers, claro, foi quem lhe entregou o prêmio.
Fred e Adele Astaire em 1921.

Em 1933 casou-se com Phyllis Potter, que morreu em 1954 com quem teve dois filhos, Fred e Ava. Ele deixou de ser dançarino em 1968 para passar a interpretar papéis dramáticos. Fora dos estúdios não gostava de dançar e dizia que as danças de salão o entediavam. Grande fã de corrida de cavalos, voltou a se casar em 1980 com a jóquei Robbin Smith, 35 anos mais nova que ele.

O arquiteto americano Frank O. Gehry projetou um edifício em Praga, República Tcheca, em homenagem ao casal Fred & Ginger. O edifício toma a forma do casal e parece mostrá-los em plena dança.

wikipédia

Catulo da Paixão Cearense (São Luís do Maranhão, 8 de outubro de 1863Rio de Janeiro, 10 de maio de 1946) foi um poeta, músico e compositor brasileiro.

Filho de Amâncio José Paixão Cearense (natural do Ceará) e Maria Celestina Braga (natural do Maranhão)

Mudou-se para o Rio em 1880, aos 17 anos, com a família. Trabalhou como relojoeiro. Conheceu vários chorões da época, como Anacleto de Medeiros e Viriato Figueira da Silva, quando se iniciou na música. Integrado nos meios boêmicos da cidade, associou-se ao livreiro Pedro da Silva Quaresma, proprietário da Livraria do Povo, que passou a editar em folhetos de cordel o repertório de modinhas da época.

Catulo da Paixão Cearense passou a organizar coletâneas, entre elas O cantor fluminense e O cancioneiro popular, além de obras próprias. Vivia despreocupado, pois era boêmio, e morreu na pobreza.

Em algumas composições teve a colaboração de alguns parceiros: Anacleto de Medeiros, Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Francisco Braga e outros. Como interprete, o maior tenor do Brasil, Vicente Celestino .

Suas mais famosas composições são Luar do Sertão, de 1908, que na opinião de Pedro Lessa é o hino nacional do sertanejo brasileiro, e Flor amorosa (sem data). Também é o responsável pela reabilitação do violão nos salões da alta sociedade carioca e pela reforma da ´modinha´.


Pérola dos bastidores

Raimundinho deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Às mães":

Não há quem possa repor
O carinho e o amor
Que a boa mãe oferece.
Quando um filho tá ausente
Sua mãe é quem mais sente
Porque dele não esquece.

Uma mãe é obra prima
E o filho que a estima
É por Deus abençoado.
Aquelas que estão no céu,
Tão envolvidas com um véu
E o santo manto sagrado.

Eu não tenho mais a minha
Mas me lembro quando tinha
Aquela santa também.
Quem esse verso acessar
Ponha sua mãe num altar
Lhe proteja e queira bem.

Parabéns as genitoras
Que são fiéis protetoras
Cheias de encantos mil.
Peguei com prazer na pena
E dedico esse poema
Para as mamães do Brasil.



Postado por raimundinho no blog Cariricaturas em 9 de maio de 2010 18:46

Por Eurípedes Reis

Para Sauska

Hoje é o Dia das mães. Como diz a Martha Medeiros: já vai longe o tempo que mãe era mãe. Agora mãe é um monte de coisas. É atleta, atriz, é superstar. Mãe agora é pediatra, psicóloga, motorista. Também, às vezes é cozinheira e lavadeira. Pode ser política, até ditadora, e é muito bom que seja assim. Mãe, às vezes, também é pai. Sustenta a casa, toma conta de tudo. Mãe pode até ser avó. Moderníssima, antenadíssima, não fica mais em cadeira de balanço.
Tem coisas muito piores do que acordar de madrugada no inverno pra amamentar o bebê, trocar a fralda e fazer arrotar? Claro que tem. Por exemplo ficar de madrugada esperando o filho ou filha adolescente voltar da festa na casa de um amigo que você nunca ouviu falar, ou então num sítio que você não tem a mínima ideia de onde fica ???
Você Sauska minha querida, é mãe. Ao longo desse tempo todo que mantemos contato, tenho admirado muito suas qualidades. E uma delas ressalta para mim é, que, mesmo com toda dificuldade, criou seus filhos.


Cobras venenosas na política cratense – Por Pedro Esmeraldo

O cidadão cratense assusta quando observa o desinteresse de alguns políticos, já que permanecem quietos e alheados diante dos problemas que são muitos e que tenham de enfrentar com dificuldade por mais ténue que sejam; não reagem, ficam quietos, pedem ajuda sem nem sequer ser privilegiados. Não enfrentam com dignidade os obstáculos, não praticam um bom desempenho com a administração séria e honesta. Deixam tudo "correr frouxo" como que, "quem vier atrás, resolva esses problemas".

Ultimamente há uma serie de contrapeso; devem ser solucionados: Mas isso tem que adquirir com lutas intensas procurando solucioná-los com muita disposição a fim de colocar o Crato num caminho reto, de crescimento económico e demográfico . Mas o que? Isto não acontece por que preferem esperar com muita calma, pensando que as coisas podem melhorar e sem retribuir com forças suficientes com o intuito de readquirir o património perdido desta cidade.

Deixam de lado todos os acontecimentos ocorridos em favor do Crato, mas nada fazem por que ficam mudos, sem saber reagir e têem medo de enfrentar o batente e por isso, abocanham todas as coisas boas do Crato. Ficam simplesmente meneando a cabeça, dizendo amém. Depois com o ocorrer do tempo, apoiam esses algozes, através do voto, chegando a eleger ao mais alto grau da esfera política. E nós, simplesmente nós, temos que aceitar as migalhas que sobram de outro município que por justiça não deveremos nada de favor para receber grandes melhoramentos, alegam que são os maiorais, e o município mais populoso da região. Pura Balela!

Essa medida errónea estarrecedora, devem ser compreendida que nos não pertencemos ao bugre podre da região, portanto, não devemos ocultar as mazelas desses políticos inconsequentes que só nos vêem causar mal.

Sim meus amigos, aproximam-se as eleições, devemos marchar com serenidade e não nos rebaixemos mansamente diante desses urubus que só nos vêem buscar votos e depois ficam dando mordidas de cobras venenosas, abocanhando o naco desta cidade. Fujam desses crocodilos perniciosos, cutucando-os com varas compridas, botando toda essa massa negra para correr e deixem-nos em paz.

Por esse motivo, até quando devemos tomar cuidado desses malditos perseguidores que por trás das montanhas tenebrosas querem enganar o povo através de cratenses inconsequentes que os apoiam integralmente, talvez recebendo alguns dotes, mas sem pensar nas consequências sombrias que há no futuro.

Não devemos encobrir esses erros que metem medo. Tomemos cuidado e sejamos vigilantes e não vamos ouvir conversas fiadas desses cratenses, que por sua vez, são os verdadeiros entreguistas que devemos repudiá-los.

Cratenses: temos possibilidades de crescer sem a presença desses cruéis inimigos, inoperantes e desequilibrados do Crato que consideramos vendilhões da pátria.

JUAZEIRO, MEU ABRAÇO – Por Jorge Carvalho

Tenho pela cidade caririense o meu mais íntimo afeto. A mais profunda admiração. O meu maior respeito. A minha grande consideração. Sua gente trabalhadora. Seu comércio pujante. Seu carisma religioso que ultrapassa o Nordeste, o país e “invade” o exterior. Essa última referência pela figura religiosa, política e carismática do seu primeiro prefeito: O Padre Cícero. Templos religiosos que são locais de visitas e romarias durante todo o ano: Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, Igreja dos Franciscanos, do Socorro, Coluna do Horto. Praça Padre Cícero, talvez o “coração” da cidade. Movimentadíssima, dia a noite. Finais de semana noturnos de encontro entre amigos, casais em agradáveis namoros, idosos em salutar bate-papo, crianças em desinibidas brincadeiras infantis. Bares e lanchonetes “cheias” em descontraídos ambientes. Um comércio que a coloca entre as cidades do Nordeste como uma referência econômica atraente e propulsor do desenvolvimento maior da Meca do Cariri. No campo educacional, marcha a passos rápidos e precisos no alcance de possibilitar ao Cariri, aos caririenses e nordestinos oportunidades vocacionais das mais variadas qualificações. Meu abraço Juazeiro, um abraço fraterno a cada juazeirense, a cada morador desta progressista cidade. A cada um, cada uma que “pisa”, que caminha por suas ruas históricas, suas calçadas, becos e avenidas peculiares, suas praças propícias ao necessário e diário lazer, onde crianças, jovens, adultos e idosos se confraternizam em momentos incomparáveis. Juazeiro onde em cada casa, em cada residência, o trabalho, a oração, o bom, o bem habita. Aproveito para lembrar que em nosso programa (Rapadura Culturarte) já tivemos a alegre oportunidade e destacar em simples homenagens, os senhores e instituições a seguir: Alcely Sobreira, Cícero Roberto, Dr. Geraldo Meneses. Dr. Carlos Macedo, Dr. Raimundo Macedo, Dr. Mauro Sampaio, Edvan Pires, Franco Barbosa, Fábio Carneirinho, Folha de Juazeiro, Folha da Manhã, Icasa, Jota Farias, João Barbosa, João Eudes, João Hilário, Jorge Pinheiro, Jornal do Cariri, Juazeiro do Norte (homenagem ao município em um dos seus aniversários em 22 de julho), Jornal Nação Romeira, Luis Carlos de Lima, Matutino Progresso, Maria do Rosário, Maciel Silva, Moraca, O Regional, Pedro Duarte, Pedro Bandeira, Poeta Ermano Moraes, Rádios Iracema, Progresso, Verde Vale AM, Tempo FM, Vale FM, Raimundo Araújo, Socorro Alencar, TV Verde Vale, Wellington Costa, Zé de Benona. Juazeiro, sempre a visito, principalmente em orações na Igreja do Socorro ou em agradáveis conversas na Praça Padre Cícero em noites bem proveitosas. Vou tá “ligado” no verdão do Cariri na série B do futebol brasileiro, mesmo sendo torcedor do Guarani Esporte Clube – o leão do mercado. Um abraço Luciêr Meneses. “Tou” lhe ouvindo no “arquivo musical”. Juazeiro, juazeirenses: um forte abraço.

Jorge Carvalho

Pensamento para o Dia 10/05/2010


“Ingerir alimentos é um ritual sagrado, um Yajna. Não deve ser realizado durante os momentos de ansiedade ou de transtornos emocionais. O alimento deve ser considerado remédio para a doença da fome e sustento para a vida. Trate cada dificuldade que encontrar como uma feliz oportunidade de desenvolver sua mente e de fortalecer-se espiritualmente.”
Sathya Sai Baba

Conheça o blog de poesia Orelha de Van Gogh

http://orelhadevangogh.wordpress.com/