Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

muriçocas invisíveis

O sonho é um mar revolto.
Não sonhar, deserto.

Ando sobre nuvens
a cada passo
pingo de chuva
ou uma gota de lágrima
(como queira a amada)

...

Poeta,
dorme:
por hoje
chega.

Tua fonte (vejo)
não seca

mas o barulho
da torneira aberta:

Enlouquece.

Madame de Staël


Anne-Louise-Germaine Necker, baronesa de Staël-Holstein, Madame de Staël (Intelectual da nobreza francesa ) 1766 - 1817

Intelectual da nobreza francesa nascida em Paris, que ficou famosa por promover um salão literário aberto a personalidades de todas as tendências e por iniciar, com Chateaubriand, o movimento romântico francês. Filha do banqueiro suíço Jacques Necker, participou desde criança do salão político e literário que sua mãe, Suzanne Curchod, estabeleceu em Paris. Aos vinte anos, casou-se com o barão Erik de Staël-Holstein, embaixador da Suécia em Paris, com quem teve três filhos. Antes de completar 21 anos, escreveu um drama romântico, Sophie, ou les sentiments secrets (1786), mas a fama como escritora veio com o livro Lettres sur les ouvrages et le caractère de Jean-Jacques Rousseau (1788). Depois de escrever a tragédia Jane Gray (1790), deu início ao período mais brilhante de sua carreira. Mudou-se para a residência da família em Coppet, perto de Genebra (1794). Estabeleceu aí um salão no qual reunia os intelectuais da Europa ocidental, e iniciou uma ligação amorosa com Benjamin Constant, escritor e político francês que despertou seu interesse pela cultura alemã. Obteve a separação legal (1797) e passou a publicar ensaios políticos e literários, entre eles De l'influence des passions sur le bonheur des individus et des nations (1796), que se tornou importante documento do romantismo europeu. Exilada pela revolução, a escritora passou vários anos no exterior, e viajou pela Itália, Alemanha e Rússia. Uma das suas obras mais importantes foi De la littérature considérée dans ses rapports avec les institutions sociales (1800), e os romances Delphine (1802) e Corinne (1807), um estudo sobre a cultura alemã, De l'Allemagne (1810), cuja primeira edição foi queimada por ordem de Napoleão, que considerou a obra antifrancesa. O estudo foi reeditado na Inglaterra (1813) e, após a queda de Napoleão, retornou a Paris, onde morreu.





Sérgio Mamberti (Santos, 22 de abril de 1939) é um ator brasileiro. Formado pela Escola de Artes Dramáticas de SP, Sérgio Mamberti é dramaturgo há mais de 40 anos. Era irmão do falecido ator Cláudio Mamberti.

O Livro - por Isabela Pinheiro



Tem livro de fantasia, história
E muita magia, tem até poesia
Tem um parque de diversões
Tem um coreto e dois anões

No livro vamos viajar, sonhar e cantar
O livro é colorido e muito divertido
Lá encontramos diversão
Cheia de emoção

O papai brincando de ler
E a garota doida para ver
E o vovô contado uma história
E a garota guardou na memória

Os Índios - por Isabela Pinheiro

Os índios foram os primeiros
Habitantes do nosso país
Viveram noite e dias
Cuidando da natureza
Aproveitando sua beleza
Caçam para sobreviver
E depois comer.

Pagé é o médico que
Pode estar diabético, gripado
Mas não pode ficar parado
Na aldeia vivem mais de um milhão
Cacique é o líder, tem um grande coração.

Que todos da aldeia estão
Em união, que vivem em sua mão.
Eu parei pra ver a chuva
- Claude Bloc -

As cidades cresceram. Hoje as pessoas vivem suas vidas corridas e, muitas vezes, se esquecem de parar. De se deterem para ver algo tão simples como a chuva. De, por exemplo, saber como olhá-la, senti-la e vivê-la. De sentir o cheiro de terra molhada entranhando-se na alma e encharcando-a de alegria. E então, nesse momento, fazer uma parada no tempo. Suspender a respiração e deixar o sorriso inundar a face e o espírito...

Hoje a chuva calou minha boca e me encharcou com seus beijos. Fez-me provar a doçura e a frieza de sua natureza. Jogou-se em mim com tanto ímpeto que se fartou. Jurou voltar quando se despediu e me deixou em sol, em lá, em si.

As cidades cresceram. Hoje as pessoas vivem suas vidas corridas e, muitas vezes, se esquecem de parar. Eu parei pra ver a chuva.

Claude Bloc

ILHA DE ITAMARACA´ por Rosa Guerrera


Para mim , nordestina da gema , não existe melhor lazer do que aproveitar um final de semana e desfrutar das belezas da Ilha de Itamaracá.Digamos que seja aquele repouso que todos nós precisamos , aquela espécie de pausa para o sufoco e o estresse que Recife, como toda grande metrópole nos oferece no dia a dia.
Dirigindo sem pressa , em menos de duas horas chegamos a esse paraíso tropical, e logo sentimos aquela tranqüilidade que a ilha nos dá.

Para quem não sabe , ITAMARACÁ é uma palavra de origem indígena , e tem como significado PEDRA QUE CANTA ,mas até hoje é considerada por nós pernambucanos , como a Ilha dos Amores.Localizada no litoral norte de Pernambuco, a ilha tem no turismo sua atividade mais forte , principalmente nos meses de verão, possuindo uma das orlas mais freqüentadas do Estado.Também considerada como " capital da ciranda",. Itamaracá mantém viva a cultura popular , tendo como atrações principais : o Pilar , o Forte Orange ,a Vila Velha e a maravilhosa Coroa do avião, ( longo banco de areia localizado entre a ilha e o Canal de Santa Cruz ), onde barzinhos e restaurantes acolhem os turistas sobre um mar tranqüilo e de cor sempre azul. O Forte Orange ( de cor alaranjada )foi construído pelos Holandeses em 1631 e até hoje conserva suas muralhas e velhos canhões do período da invasão ao estado de Pernambuco. Tudo em Itamaracá é um misto de história e placidez , sonho e realidade , imagens que fotografamos em nossas mentes e guardamos para sempre no coração.

meu pai

Meu pai vive a me dar presentes.
Não faz nada na vida
senão me oferecer dádivas.

Meu pai me deu o mar.
Deu-me o céu.

O vento que traz o cisco.
Meu olho vermelho.
Meu olho ardendo.

Meu pai me deu a micose
em forma de braços
do rio Amazonas.

Já gastei um tubo de creme.
Só agora some a tatuagem
do meu tornozelo.

Meu pai é generoso.
Não tolera mendicância.

Sempre a me jogar na cara:
"eis a agulha e a linha
costura, pois, tuas meias..."

Assim (debaixo das suas asas)
prossigo.

Infinita envergadura.
Fogo.

Um olhar no tempo por Rosa Guerrera

Sempre fui uma garota rebelde .Não que fosse uma menina má , mas talvez por ser filha única aprendi muito cedo a me defender sozinha ,ainda que com esse temperamento esquentado , tenha recebido além de constantes “ castigos “, umas boas lapadas por parte de meus pais ,( isso sem falar em algumas outras surras que levei de coleguinhas quando os ânimos esquentavam e partíamos para bofetadas, arranca cabelos e tremendos beliscões).Nas escolas que freqüentei sempre me destaquei com as melhores notas em aproveitamento e as piores notas em comportamento. Quase que mensalmente minha mãe era chamada por professoras que se queixavam da minha maneira de aprontar sempre problemas nas salas de aula. No meu curriculum escolar nem lembro mais as vezes que fui suspensa das aulas por três, sete e até quinze dias .
Quando cheguei ao ginasial , aí foi que o bicho pegou mesmo. Naquela época o regime escolar era duro , e eu tive o azar de ser colocada num colégio dirigido por freiras , aliás nem sei se o azar foi meu ou daquelas freiras que tiveram como aluna , mais uma vez uma garota portadora das melhores notas em todas as matérias , e a maior colecionadora de zeros em comportamento. E o pior de tudo ,era que o meu espírito de liderança arrastava grande parte da turma para praticar toda espécie de molecagem, tais como : queimar aulas , namorar nos portões , até fumar as escondidas nos banheiros... E assim , para o bem de todos e felicidade geral do Colégio eu fui expulsa. E não foi essa minha primeira expulsão , porque até terminar o curso de contabilidade fui expulsa de mais dois colégios aqui em Recife.
Acho que só fui melhorar um pouquinho depois que entrei na faculdade , mas bem que aprontei algumas também marcantes ....
Hoje , relembro com saudades aqueles “ velhos tempos , belos dias “ como diz o Rei Roberto Carlos. Fui rebelde , namoradeira , moleca, mas fui de um tempo quando as coisas eram mais puras , mais verdadeiras , sem o cheiro do álcool nem o domínio das drogas. Época em que a gente namorava e ficar passeando de mãos dadas pelas ruas ou mesmo trocar um beijo no escurinho do cinema era a aventura mais fantástica do mundo , que nos presenteava depois aquela insônia gostosa com sabor de chiclete tutti frutti que veio daquele beijo considerado então inesquecível .
Hoje – repito – tenho saudades não apenas do que vivi , mas saudades de um tempo que os jovens de hoje não chegaram a conhecer , porque a própria vida não lhes oferece essa oportunidade , tamanho a pressa , tamanho o egoísmo ,tamanho a ausência dos mais lindos sentimentos , e sobremaneira tamanha a total destruição do diálogo que não lhes permite a busca da verdadeira essência do amor.

Pensamento para o Dia 21/04/2010



“Aquele que está envolvido em meditação, práticas espirituais e está imbuído de autocontrole e disciplina é querido ao Senhor. Tais devotos personificam fé, paciência, camaradagem, bondade, alegria e têm amor genuíno por Deus. Eles possuem discernimento, humildade, sabedoria e renúncia, e estão sempre conscientes de seu Eu interior. Eles estão constantemente imersos na contemplação da peça divina do Senhor (Leelas). Quem quer que se apóie sobre o nome do Senhor a todo tempo e em todas as condições, e derrama lágrimas de Amor quando o Nome do Senhor é ouvido de qualquer lábio, saiba que eles são devotos genuínos.”
Sathya Sai Baba

Tributo a Jacinto Silva terá lançamento no Recife

Arte: Marcelo Barreto

Amigos do Cariricaturas,

Participo como diretor de produção e intérprete do CD Jacinto Silva. No coração da gente. Trata-se de um tributo ao rei do coco sincopado, com a participação de 16 artistas, entre eles Elba Ramalho, Tom Zé, Silvério Pessoa, Margareth Menezes, Spok, Caju e Castanha e outros.

Quem puder estar presente, será bem-vindo.

Abraço

Tiago Araripe

A Tomada do Crato, de Livino Carvalho




Caros amigos,

Gostaríamos de informações sobre o livro

"A Tomada do Crato"

do escritor Livino Carvalho.



Grande abraço,

Manoel Severo


Vários anos após Tiradentes - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Entre as mais belas, históricas, simbólicas e bucólicas cidades brasileiras se encontra a cidade de Tiradentes em Minas Gerais. Ao lado da Serra de São José, a cidade tem ruas inclinadas, ladeiras consideráveis, um patrimônio barroco importante e numa das ruas principais se encontra o atelier de Oscar Araripe. Este nascido no Rio de Janeiro e descendente do território do Cariri.

Desta junção da cidade, que leva o apelido de Joaquim José da Silva Xavier, e o artista descendente do movimento Republicano de 1817, relevante na cidade de Crato, é que nasce esta história. A história de Tiradentes, nesta terra de doutores que até hoje se imaginam os herdeiros naturais da liderança nacional, basta ver que o argumento entra como fel da oposição ao Presidente Lula. Afinal o nome Tiradentes fazia parte da depreciação com que os “aristocratas” a serviço do colonialismo português e do sistema imperial, como humilhação, deram a uma das tarefas com que o jovem e pobre revolucionário ganhava a vida.

Uma coisa não se pode esquecer com o movimento republicano brasileiro, seus heróis começaram a vir do povo e não da “nata do lixo”. Tiradentes, com a República, passou a ser um dos primeiros heróis de origem fora da aristocracia escravocrata, de modo figadal ligada à Europa e não ao jovem país. Por isso, a 21 de abril, se lembra o enforcamento e posterior esquartejamento deste homem, 46 anos após seu nascimento não por acaso no distrito chamado de Pombal.

A morte de Tiradentes ocorreu 25 anos antes da revolução de 1817 e há apenas 3 anos após a Revolução Francesa. O requinte do processo fazia parte do “terror” com que a elite portuguesa e seus acólitos nacionais sentiam aquele tsunami a revolucionar a economia e a política européia. Deram-lhe a alcunha pejorativa, foi o único efetivamente executado e criaram “maldades” que até hoje infestam certas instituições e o pensamento político de certo tipo de gente.

Não se pode pensar em democracia que não se pense em igualdade. A humilhação do nome Tiradentes é a prova histórica da pretensão ao privilégio e à ética do meu pirão primeiro com que certo tipo de “condutor” e “formador de opinião” pretende perpetuar um mundo privado apenas para si e os seus. Corre no sangue, está na medula desta gente que teima em deixar cadáveres estendidos no chão.

Cadáveres não apenas enforcados. Mas esquartejados como Tiradentes. Com seu sangue escrever um documento declarando sinistra a sua memória. Deixar pedaços do seu corpo à margem do leito onde os brasileiros transitam para que se aterrorizem com o que lhes pode acontecer. Finalmente, no panteão do gólgota, apresentar sua cabeça decepada.

Assim agindo, se imaginam protegidos atrás das cercas elétricas e dos carros blindados. Pensam ter cortado toda a esperança da revolta e do ódio – pois o ódio é uma das esperanças mais intensas que existe – tanto em pensamento como em obra. Imaginam-se, como então, rasgar os escritos dos Iluministas e as cartas da revolução que tendem a fugir ao controle dos capitalistas.


Faltam 09 dias, Show MUSI(CA)MINHOS de Pachelly Jamacaru


Contagem regressiva, será dia: 30 Abril no Centro Cultural BNB em Juazeiro do Norte,às 19.15h. Participaçãoes Especiais: Abidoral Jamacaru, Luis Carlos Salatiel, João do Crato, Dihelson Mendonça, Nivando Ulisses, acompanhados por: Aminadaber, Danilo, Isaias do(Trio Cariri) e o Mestre Jairo Starqey Convidamos a todos, marquem presenças!

O SOFRIMENTO DA ALMA E A FELICIDADE DO ESPÍRITO


figura retirada do livro MÃOS DE LUZ

Bernardo Melgaço da Silva

É difícil imaginar alguém que não sofre ou que nunca sofreu. Até mesmo Jesus sofreu na alma e na carne: “Pai, porque me abandonastes!”. Todos os seres humanos em todos os tempos sofreram de alguma forma. Somente o cadáver - o corpo! – não sofre. Eu não estou aqui falando apenas do sofrimento físico. As sensações de dor física e/ou psicológica são as mais vivenciadas e conhecidas. Em sã consciência ninguém deseja sofrer sem motivo algum. O sofrimento é um estado da alma: ”Pai, afasta de mim esse cálice (da tortura)” – Jesus Cristo na véspera de sua crucificação. Enquanto estado do ser de corpo, alma e Espírito vivendo numa mesma interdependência ontológica, o sofrimento humano faz parte da conexão sutil entre eles. E segundo Francisco Otaviano:

“Quem nasceu em brancas nuvens
E em plácido repouso adormeceu
Quem não sentiu o frio da desgraça
E não sofreu
Foi espectro de homem
Passou pela vida
E não viveu”

A sensação de sofrimento e sua intensidade depende de cada um em seu estágio de experiência. Por exemplo, eu tenho uma amiga de 70 anos de idade (moradora do CRATO-CE) que sofre por ver sofrer um amigo seu qualquer. A alteridade é um fenômeno humano abstrato, mas vivenciado por todos. E o sofrimento da dor do outro em si, nesse contexto, é a alteridade no ato de compaixão sincera. Então, o que todos desejam em suas vidas? A resposta, segundo FREUD, não pode deixar dúvidas: é a felicidade. Todos querem ser felizes! Por inferência, pode-se dizer que todos não querem sofrer conscientemente. Então, por que sofrem? E por que não são felizes plenamente? As respostas são variadas, segundo seus autores. Assim, para FREUD (no livro Mal-Estar da Civilização) é devido ao caminho seguido na escolha do prazer. Ou seja, a maioria dos seres humanos confunde o prazer com a felicidade. Essa decisão equivocada faz com que se persiga um objetivo aparentemente verdadeiro, mas que se torna falso durante o processo de experiências e descobertas: “Existe um caminho que nos parece correto, mas que nos leva à morte!” (Bíblia Sagrada?????). E segundo o mestre Jesus Cristo, a causa é essa: ausência de Amor nos “corações” humanos! Os seres humanos não sabem o que e como fazer (“Pai, eles não sabem o que fazem”) com a energia sutil da felicidade, pois canalizam seu poder unilateralmente para o mundo concreto e conflituoso da alma. Por isso, nunca se realizam plenamente!

BUDA, há milhares de anos já afirmava que o mundo concreto é MAYA (ilusão). A decisão equivocada de seguir o impulso da libido e dos prazeres imediatos do corpo se torna falsa ou ilusória.

A história humana está repleta de sofrimento (p. ex.: o esquartejamento de Tiradentes) de si e do outro. Uma parte considerável da humanidade acredita que a causa de seu sofrimento é decorrente apenas de um fenômeno externo e independente da (sua) vontade humana. Tanto o budismo quanto o hinduísmo pregam o desprendimento ( segundo EINSTEIN: “faz-se necessário restrição e renuncia”) das coisas materiais. Entendo, que a maioria dos grandes mestres que descobriram o caminho da renuncia ou desprendimento, na verdade estavam falando do fenômeno do equilíbrio sutil das energias humanas em níveis mais elevados e transcendentais dos CHAKRAS (centros de energia e poder latentes em todo ser humano!). Nesse contexto, a felicidade (não confundir com o prazer de consumo sem limites) não depende diretamente de posição social, ideologia, posse ou propriedade de coisas materiais. Ela depende essencialmente do despertar da consciência para a existência desses centros de energia e poder (por isso esses centros foram citados diversas vezes pelo índio D. Juan nas histórias (livro) de Carlos Castaneda). E por inferência, pode-se dizer que o sofrimento humano é um caminho oposto de alienação de si mesmo. As doenças graves que provocam o estado de sofrimento tem em suas raízes no desequilíbrio energético como princípio desorganizador e perturbador dos impulsos circulantes nos diversos campos da multidimensionalidade (para além do gen!) humana.

A palavra-chave para a correção do caminho da felicidade incondicional é essa: disciplina interior com desenvolvimento da sensibilidade fina (o processo de racionalização se torna incapaz de nos fazer saltar para estados da consciência de dimensões sutis).

Em resumo: não se deve pensar obstinadamente – concentre-se e sinta o Amor que É você mesmo! Eu descobri, por caminho próprio, que a paz incondicional e todos os outros valores nobres são apenas conseqüências naturais dessa ciência ou caminho interior de vida-escolha própria.

“Conhece-te a ti mesmo” - Sócrates.
“A maioria prefere olhar mais para fora do que para dentro de si mesmo” – Einstein.
“O Reino de Deus está em vós” – Jesus Cristo.

Bernardo Melgaço da Silva
Prof. Do Departamento de Ciências Sociais da URCA
Pesquisador do Núcleo de Estudos sobre Ciência, Espiritualidade e Filosofia – NECEF/URCA

ligado

Mesmo morto
puxarei teu calcanhar
beliscarei teu braço

à força te acordarei
e te levarei à escrivaninha.

Lançarei (de um sopro)
papéis aos teus olhos.

Ditarei aos teus ouvidos
os versos do além.

Não haverá morte.

Mesmo dormindo
entrarei por tua alma
beberei do teu sangue

e te enviarei anjos
(laboriosos)

com tinta
e febre de poesia.

Não fujas do teu destino,
sombra minha

mesmo encantado
também estarás vivo

e seremos dois
a morder a língua
a ranger os dentes

afugentar o sono
dos últimos fantasmas.