Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

terça-feira, 15 de junho de 2010

Sobre o nosso colaborador ROGÉRIO SILVA

TV Verdes Mares
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Cariri
Artesão transforma lixo em arte
Artista plástico mostra criatividade transformando lixo em arte


15/06/10

Em Crato, um artista plástico mostra criatividade transformando lixo em arte.
Reciclar é um apelo ambiental e mais: pode ser uma arte. É quando uma folha comum de revista pode se transformar num origami. E que tal usar carteiras de cigarros e outros papeis usados para fazer confeccionar um porta objetos? Assim o artista plástico Rogério Silva vai dando utilidade a tudo que poderia ir ao lixo.
O artista plástico Rogério Silva também é apaixonado por fotografia e foi isso que o inspirou a fazer um novo trabalho: os cartões objetos. As fotos do Horto, da Chapada do Araripe ganham molduras que são sustentadas por um cavalete.

Lembra de mim ?






Nome completo Ivan Guimarães Lins


Data de nascimento 16 de Junho de 1945 (64 anos)


Origem Rio de Janeiro, RJ


País Brasil

Ariano Suassuna

Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa, 16 de junho de 1927) é um dramaturgo, romancista e poeta brasileiro.

Ariano Suassuna é um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, autor dos célebres Auto da Compadecida e A Pedra do Reino, é um defensor militante da cultura do Nordeste.

Cariricaturas parabeniza Dona Almina , pelo merecido sucesso !

Ela sorri delicada, e nos diz :

"Eu não pensei que as minhas anotações fossem virar cartilha, e que elas tivessem toda essa repercussão. Fico feliz em poder contribuir com as pessoas que encontram as mesmas dificuldades que senti, quando decide navegar , no mundo virtual."

Sindicato distribui a cartilha de D.Almina - por Joaquim Pinheiro Bezerra de Menezes

Vejam as fotos:

Miguel Vargas/Gustavo Diefenthaeler.





Parte do Conselho manuseando a cartilha. O 1º da esquerda, Eduardo Teixeira, representa o Ceará.



Funcionária do Sindicato distribui a cartilha com os Conselheiros Nacionais.




A Revista “Porvir”, publicada pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central - SINAL, na sua edição de abril/2010, publicou matéria destacando o ingresso de D. Almina Arraes na era da informática aos 83 anos. A reportagem, divulgada nesse Cariricatura em 07.04.2010, fazia referências à cartilha de D. Almina Arraes destinada à população na faixa da 3ª idade.

Os editores da revista, que é direcionada aos aposentados do Banco Central do Brasil, receberam tantos pedidos de informações sobre a obra que a Direção Nacional do Sinal resolveu imprimir uma edição de 1.000 exemplares e mandar para cada aposentado.

Os primeiros exemplares foram entregues aos Conselheiros Nacionais, durante reunião realizada no início de junho em Brasília.

Presidente Sergio da Luz Belsinto apresentando a cartilha




Hora de dormir !

Assisti o jogo, no meu canto. Minhas mãos não ficaram frias, nem meu coração disparou. Um jogo que não emocionou, exceto na hora dos gols. Aí os olhos se enchem de lágrimas, parecem dissolver uma emoção antiga.Fiquei sem acreditar muito na vitória final do Brasil. Mas, jogo é jogo. Podemos contar com o azar ou a sorte, e a vontade reunida de uma grande  torcida. Pensei que todas as pessoas que conheço estavam ligadas , no mesmo espetáculo. Era como olhar o mesmo céu estrelado.
Noitinha, fiquei na calçada a procurar estrelas no céu, do jeito que fazia, quando eu era menina, sentada  numa cadeira de balanço com um caderninho de músicas na mão.Daí cantava todas que eu podia, até  o canto começar a ficar sonolento , e a cama gritar por mim: vem pra casa, menina ! Não precisa engolir leite morno com canela... Você já  tomou o líquido de todas as canções.

.
por socorro moreira

Suores

Você não esperou
que eu acordasse.

Saiu antes
que lhe falasse

sobre o sonho
que tive.

Meio tosco.
Meio sinistro.

Seria diferente
se houvesse esperado
meus olhos abrirem.

Eu teria mentido.
Teria dito coisas maravilhosas.

Quem sabe também eu acreditaria
e lhe puxaria pelos braços.

Meu sorriso seria verdadeiro.
O meu beijo nem se fala.

Talvez tudo mudasse.

Você estivesse crendo
nas minhas palavras
e no meu corpo.

Mas se o meu corpo
já lhe causava fardo

impossível de fato
a companhia.

Se você não tivesse sumido.
Fechado a porta com tanta força.

Estaria eu ainda dormindo.
Silencioso.

Ninguém saberia do meu sonho.
Da minha mentira.

Você saiu com tanta pressa.
Esqueceu o frasco de perfume.

Sabe, moça, quando quero
queimar as últimas fotos
e os últimos versos

não encharco as lembranças
com álcool, querosene
ou uísque.

Uso seu perfume.
E o fogo cresce.
Toca o teto.

Tudo muito cheiroso.
Até choro.

Se você ainda estivesse
ao meu lado (acredite)

eu teria mudado
de sonho mau.

Mas você feito bala ansiosa
não esperou eu apertar o gatilho.

Saiu pelo cano do revólver.
Deu uma volta.

Acabou atingindo meu coração por trás.
Atravessou costelas.

Por isso respiro com dificuldade.
Não é o cigarro.

Não são os lances de escada
que subo toda noite
até sua alma.

Não é o vinho
a garrafa de vinho
que bebo sob eternas madrugadas.

O ar já estava pesado.
Respirávamos pelas narinas
de um rinoceronte acuado.

E naquele dia em que você acordou
repentina, com o dedo em riste
gritando que iria mudar de vida

sequer me deu tempo
para lhe falar do sonho
que tive.

Você fez a minha mala.
Pôs camisas no cabide.
Mudei de casa.

É verdade.
Agora é outra vida.
Não acordemos os mortos.

O sonho deles
é um sonho puro.

Coisas do futebol – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

A terceira partida do Brasil na Copa do Mundo de 1958 era contra a poderosa seleção da antiga União Soviética. O Brasil não poderia sequer empatar. Segundo os jornais da época, o esquema de jogo da URSS era armado por poderosos cérebros eletrônicos. Antes do jogo, o técnico Feola orientava os jogadores assim: “Nilton Santos e Zito desarmam as investidas dos russos e lançam para Didi no meio do campo. Didi dá um passe de cinqüenta metros para Garrincha na ponta direita. Garrincha dribla dois defensores do time adversário e cruza para Vavá na entrada da área. Entenderam?” Perguntava o técnico. Ai Garrincha falou: “Só uma dúvida, seu Feola. O senhor combinou isso com os russos?”
***
A propósito, o gorducho Vicente Feola, além de entender de futebol, sabia lidar com o psiquismo humano, como poucos psicólogos fariam. Na véspera do jogo contra a URSS ele precisava barrar Joel, o ponta direita titular e escalar Garrincha em seu lugar. Então, ele reuniu os jogadores e comunicou solenemente: “Pessoal a partir de hoje o Joel será o chefe de disciplina dos atletas. Quem precisar se ausentar da concentração deverá pedir permissão a Joel. Qualquer problema que tiverem, conversem com o Joel.” Claro que Joel ficou morto de satisfeito quando seus companheiros pediam permissão para irem até a calçada do hotel. No dia seguinte, antes do jogo, Feola começou a distribuir as camisas. Então sem dizer nada ao Joel entregou a camisa a Garrincha. Joel não pôde protestar. Afinal ele era o chefe da disciplina da equipe.
***
Em 1958, o Ceará possuía um dos maiores goleadores da história do futebol cearense, o centro avante Gildo. O jogo contra o obscuro Nacional era importante, pois se o Ceará perdesse ou empatasse se distanciaria mais ainda do Fortaleza que liderava o campeonato. Aconteceu que o goleiro do Nacional, um certo Jairo, estava fechando o gol. Fazia defesas sensacionais. Aos quarenta minutos do segundo tempo, Gildo recebeu uma bola cara a cara com o goleiro. Colocou bem no canto e o Jairo segurou a bola, sem nenhum rebote. Gildo então se dirigiu ao goleiro do time adversário e assim falou: “Jairo, essa sua defesa foi a mais bonita que eu já vi um goleiro fazer. Desejo lhe cumprimentar. Toque aqui.” Ao ouvir isso, o ingênuo Jairo, cheio de contentamento, soltou a bola, esquecendo-se de que a havia recolocada em jogo. Então foi apertar a mão do Gildo. Este, ao ver a bola no chão, imediatamente a chutou para o fundo das redes. Gol do Ceará. É claro que o juiz validou o gol, a bola estava em jogo.
***
Em 1959 o time do Botafogo do Rio de Janeiro excursionava pela América do Sul. Todos queriam ver seus campeões mundiais Nilton Santos, Didi, Garrincha e Zagalo. Num jogo no interior da Colômbia Garrincha driblou toda a defesa do time adversário e ficou na frente do goleiro fingindo que ia chutar. O técnico gritava desesperado, mas mesmo assim Garrincha demorou a fazer o gol. No vestiário, o técnico perguntou por que ele havia demorado tanto para chutar aquela bola. E Garrincha respondeu: “Seu João, o goleiro deles demorou a abrir as pernas...”
***
Na quinta-feira da Semana Santa de 1961, o Vasco da Gama do Rio de Janeiro, time do meu coração, jogava contra o Santos de Pelé, em pleno Pacaembu e, aos quarenta e quatro minutos do segundo tempo ganhava o jogo por dois a zero. Naquela época, o Vasco possuía uma temível dupla de zagueiros praticamente intransponível: Brito e Fontana. Durante o jogo inteiro, Pelé não passara pela muralha que eram esses dois jogadores. Foi aí que Fontana abriu a boca para irritar o rei Pelé. “Brito, cadê o rei? Me disseram que nós íamos jogar contra o time do rei e eu ainda não vi esse rei em campo.” Pelé ouviu tudo calado. Recebeu uma bola no meio do campo, lançou Dorval, este chutou e o goleiro do Vasco jogou para o escanteio. Na cobrança do corner Pelé pulou mais alto do que Fontana e cabeceou para o fundo da rede. Batido o centro, o próprio Pelé desarmou o ataque do Vasco em formação, correu pela direita, passou a bola por baixo das pernas de Fontana, lançou-a ao gol com um chute fortíssimo e empatou a partida. Em seguida, o próprio Pelé foi buscar a bola no fundo das redes e entregou-a ao Fontana dizendo: “Leve pra casa e entregue a sua mãe. Diga a ela que foi o Rei que mandou de presente.”

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Por isso eu canto assim - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Cafona, brega, caipira, matuto, beiradeiro! Eita, isso eu sou!

E ainda mais ouvindo Carlos Gonzaga, num radinho de pilha, na calçada da frente, olhando o canavial e sonhando com aquela musa que tudo podia sobre mim:

O Iraci,
Ai como eu amo a ti,
Sem ti não sei viver,
Mas que coisa louca,
É amar alguém...

Mas que Iraci mais danada meu deus! Podia me encharcar de amor, me deixar assim meio sem...sem prumo, sem saber o que mais sabia que era viver. E tinha mais. Era uma coisa louca, coisa louca deve ser o melhor que o mundo germina, derrubando estas xícaras arrumadas para o café, começando a manhã como se fosse outra coisa, uma coisa que é amar alguém. Ainda com aquele arranjo de balada, bem balançante, como eram aquelas músicas dos americanos que impregnaram o sangue da juventude por meio do cinema.

Eu sou feliz,
Por ti querer assim
Sem ti não sei viver
Eu ficar sem ti
É bom morrer!

E tinha o Gala Campina, o Canarinho, o Bigodinho, o Bico de Prata, e os altos galhos do Pé de Timbaúba, tão como Iraci, que dava a felicidade. Tem coisa mais alta, mais acima, no topo do que ser feliz. Ti querer assim, mas tanto que nem o ar se leva em conta, nem a água ou a rapadura, menos ainda a farinha, querer assim sem mais saber como viver. E nunca me faltes, o Iraci, pois se eu ficar sem ti, o mundo todo já sabe eu vou ao mais supremo do amor, ao mais radical da doação que sem você é bom morrer.

Desde que eu ti vi,
Nunca mais te esqueci
Tive a sensação que ia ser feliz,
E o pouco amor que eu pedi a ti
Foi negado a mim
Por isso eu canto assim.

Um simples olhar, aquele que imanta, que puxa, agarra, prende. Um olhar que substitui todos os olhares já havidos e por haver. E quando se falar em esquecimento, ainda é pouco, nada tem com lembranças, nem memórias, é um tudo contínuo, que sempre existiu, sem paralelas. E o mais sublime de todos os desafios que o mundo deu em escarpas e vendavais, eu te pedi um pouco que fosse e tu me negaste. E negar não é igual a um sim. Não é dual a este. Negar, para este pouco que ti pedi, Iraci, é igual a morrer, quando se diz vida, é como ir se a placa é de pare. Negar, um pouco de amor que seja é, em troca, oferecer ao negado, o legado da mágica espada do amor que nunca cessa, sempre existirá como possibilidade e jamais como cotidiano, feito o sabão a lavar pratos, a água sanitária no vaso. Negar é força do sol que sempre surge no horizonte quando se ausentou só para eternizar-se nas manhãs.

Templo

Não há instante mais elevado
do que o ato de lavar cuecas.

Durante o movimento mecânico
observa-se a mente

ora tagarela,
ora emudece.

Justamente nesse espaço de tempo
o ser descobre aquela voz antiga
que tem origem no silêncio.

O desejo e o futuro:
um só demônio
desmascarado.

No ato contemplativo
de lavar as cuecas
percebe-se
que o corpo
e a alma

têm cheiro forte
de sabão de coco

e junto tudo mergulha
na espuma gerada
do atrito entre
os dedos e o pano.

Pérola nos bastidores... Íris Pereira

Iris Pereira disse...


Stela, dizer o que senti a toda essa magia, não tenho como fazê-lo, só direi que senti-me um próprio grão da areia que desceu com a terra junto com a chuva até o rio Carás, vindo depois de muito correr, vencendo obstáculos e corredeiras até o mar do sudeste onde ora faço morada, mas que nunca esqueci de minha doce paixão que é Ponta da Serra. Você me fez retornar aos meus inocentes tempos passados neste cantinho que guardo bem aqui no coração.
Minhas energias mais puras pra você, menina.

Maria Írismar Pereira ( Íris Reflete)

Pensamento para o Dia 15/06/2010


“Em tempos idos, em qualquer região, quando as pessoas eram afligidas por medo ou ansiedade, ou quando as fontes de alegria e contentamento secavam, elas determinavam a causa da calamidade como alguma falta ou falha no culto oferecido a Deus nos templos dessa área. Elas procuravam identificar tais erros e corrigi-los, de modo que pudessem ter paz interior. Elas acreditavam que a crise poderia ser controlada através desses meios. Tais atos são agora agrupados e chamados de "superstições" e são ignorados. De modo algum, isso não é superstição. Os antigos compreendiam a verdade suprema somente depois de experimentar pessoalmente sua validade.”
Sathya Sai Baba
Viver
- Claude Bloc -


Viver é maio, é música, é Maria... Viver o dia, as noites insones, alguns dissabores mastigados, passando com o tempo.

Agora atravessamos junho, sol límpido penetrando as frestas de nossas lembranças. Portanto, viver é junho, é ter platéia. Alegria saindo da efêmera penumbra e se alastrando pelos vales. Beijo no rosto, apertos de mão, abraços e um sorriso sempre pronto no canto dos lábios.

Viver é maio, é junho, é fazer nó com os braços ao alcançar o pescoço de alguém, abandonando os tempos num esquecimento negligente e impreciso...

Viver junho é acelerar a combustão dos sentimentos e das predileções. Peito envaidecido, sem remorsos. Assim se cresce a partir da franqueza e da doçura. Assim se cresce sem medo de enfrentar os reveses nem mesmo a decantada felicidade.

Viver é junho, essa fatia do ano, essa fatia de voz que diz: viver em junho não te dá escolha: choro miúdo camuflado por um sorriso aberto.


Claude Bloc

CIRCO BRASIL - Homem preso em 2005 com 100 mil dólares na Cueca, quer o dinheiro de volta !



NE - Alguém quer fazer uma vaquinha pra ajudar aí ?

JANGADEIRO - Segundo o noticiário da Folha.com e do blogueiro Josias de Souza, no último final de semana, José Adalberto Vieira da Silva (foto), conhecido nacionalmente depois de ser preso no aeroporto de Congonhas, quando levava quase meio milhão de reais em julho 2005 (uma parte na cueca US$ 100,5 mil), quer o dinheiro de volta. José Adalberto é ex-assessor do deputado federal cearense, José Guimarães (PT). Em dezembro de 2005, o Ministério Público Federal no Ceará concluiu que o dinheiro transportado na cueca e em uma mala pelo ex-assessor era propina proveniente de um contrato de financiamento em investigação, de R$ 300 milhões, fechado entre o Banco do Nordeste (BNB) e o consórcio Alusa/Sistema de Transmissão do Nordeste (STN). Com base nessa conclusão, oito pessoas foram indiciadas, entre elas estão o ex-assessor e o deputado.

Veja a reportagem que trata da intenção de José Adalberto de pedir o dinheiro da “cueca” de volta:

“Pois bem, decorridos cinco anos, José Adalberto reivindica na Justiça a devolução da grana, ainda retida. A repórter Andreza Matais encontrou o homem da cueca. Em notícia veiculada na Folha, ela relatou o que viu e ouviu. Achou-o no interior do Ceará, na cidade de Aracati. Mora em casa modesta, assentada numa rua de terra batida. Depois de 17 anos de serviços prestados, José Adalberto perdeu o emprego de assessor parlamentar do PT. Para prover o sustento, abriu um negócio: uma pequena mercearia. Vende de farinha a chinelos. O flagrante de Congonhas rendeu-lhe um processo, ainda inconcluso. Frequenta os autos companhia de outros nove suspeitos. Como ninguém se anima a assumir-se como dono do dinheiro de má origem, José Fernando cuidou de reivindicá-lo para si.

Levou o ervanário ao seu Imposto de Renda. “Declarei porque entendi que tinha que declarar, afinal de contas o dinheiro estava comigo, não pertence a ninguém”. E quanto à origem? “Declarei como sendo uma doação e pronto. Ninguém vai ouvir da minha boca quem é o doador. Sobre isso não falo”. A Receita Federal multou-o em R$ 200 mil. “Não paguei. Meus advogados recorreram, mas até agora a Receita não se manifestou sobre o recurso”. Em depoimento à polícia, José Adalberto saíra-se, na época, com uma alegação rota. Dissera que o dinheiro viera da venda de hortaliças. Depois, refez o depoimento. Em nova versão, afirmara que recolhera os maços de notas com um amigo chamado João Moura. O Ministério Público sustenta outra coisa. Era propina, provida por empresários bafejados com facilidades na obtenção de empréstimos no Banco do Nordeste.

Ouvidos, todos os suspeitos negam o malfeito. Na expectativa de reaver os recursos, José Adalberto capricha no mistério: “Sobre o dinheiro, é uma questão que eu ainda tenho dificuldades de falar, até para um psicólogo. É uma coisa minha, de foro íntimo”. Tenta reescrever a crônica: “Não estava na cueca, mas no cós da calça”. Reconhece que prega no vazio: “Também, que diferença faria se eu tivesse guardado o dinheiro de qualquer outra forma?…” “…Estando comigo naquela circunstância, sendo quem eu era, o estardalhaço teria sido o mesmo”.

Enquanto espera pela devolução da “doação” que “não pertence a ninguém”, José Adalberto faz um pedido: “Gostaria que todo mundo me esquecesse”. Difícil, muito difícil, dificílimo. Tornou-se um desses personagens inesquecíveis da era Lula.”

Fonte: Jangadeiro OnLine

NE - É preciso registrar o absurdo de certas coisas que acontecem no Brasil, como se o povo brasileiro fosse palhaço, pois pagamos altos impostos e ficamos indignados quando vemos coisas desse tipo.

Origem do Dinheiro:
“Declarei como sendo uma doação e pronto. Ninguém vai ouvir da minha boca quem é o doador. Sobre isso não falo”.

Adalberto capricha no mistério: “Sobre o dinheiro, é uma questão que eu ainda tenho dificuldades de falar, até para um psicólogo. É uma coisa minha, de foro íntimo”.

É muita Cara-de-Pau ! - Esse é o Circo Brasil, onde o palhaço, somos todos nós!

BOM DIA CARIRICATURAS

Cantiga azul

A solidão da praia deserta
o silêncio
do mar
da areia
do vento
luz tremulando na água
de ondas leves
curtas amenas breves
(como foram tantos amores)
murmurando cantiga
de ninar
de apaziguar
o mar azul da
terra azul
navegando no
céu também azul
meu coração tornou azul.
(StelaSiebraBrito)

Wes Montgomery

Wes Montgomery (Indianapolis, Indiana, 6 de Março de 1925 - 15 de Junho de 1968), nascido John Leslie Wes Montgomery, foi um guitarrista de jazz norte-americano.

Filho do meio de três irmãos, todos músicos, mudou-se ainda criança para Ohio. Autodidata, Wes começou a tocar só aos 19 anos, e por influência de Charlie Christian, de quem ouvia os discos e memorizava os solos. Seis meses mais tarde, já tocava profissionalmente.

Wes tocava guitarra de uma maneira pouco ortodoxa, já que usava o polegar em vez da palheta, bem como um modo único de tocar em oitavas ou em block chords,o que tornava a sua guitarra mais expressiva e melodiosa. Muitos guitarristas do jazz atual nomeiam Wes como uma das suas principais influências, entre os quais: Pat Metheny e George Benson.

Sua extrema liberdade e fluidez no instrumento chamaram, desde o início, a atenção de músicos como Cannonball Adderley, e em 1960 lhe valeriam o prêmio New Star da revista DownBeat.

Wes definiu aquela que viria a ser a sonoridade clássica da guitarra de jazz nos anos 60 e tornou famosa a formação Guitarra, Órgão Hammond e bateria (The Wes Montgomery Trio 1959), Wes também interpretou " A day in life" dos Beatles em uma versão jazzística , em seu álbum também nomeado " A day in life".

wikipédia

A Dama de olhos azuis- por Socorro Moreira

Para Dona Anilda Arraes


Desde criança  conheço aquela moça. Intimidava-me a  sua elegância, o porte de nobresa. Fugia  da minha  tanta admiração.Corria da conversa, da aproximação. O casarão de esquina, bem perto das minhas moradas. O Jardim da casa, palco dos meus contos de fada.
Tenho quebrado a distância. Ontem entrei no seu quarto.Tudo lindo, tudo em ordem, tudo em paz.
Na semi inconsciência , seus olhos  acordavam para um breve reconhecimento.Perguntou meu nome... Respondi, e ganhei o mais valioso dos sorrisos.
Depois, a contínua pergunta :
Tá chovendo muito grosso?
Preciso voltar pra casa...
Caíra outra vez, num instante da eternidade.
Ela Educadora , deixou-me um traço forte de precisar fazer, sendo a simplicidade .


A poesia de Ana Cecília S.Bastos

Que escolha é essa?
O peso de uma certa sabedoria versus o peso da
expectativade que devo, já, morrer.
A radical recusa desses moldes, todos eles.
Tudo está aqui: essa dimensão de tempos nos in-
corpora definitivamente.

Misty

Ella Fitzgerald




 www.EllaFitzgerald.com
Ella Jane Fitzgerald (Newport News, 25 de abril de 1917 — Beverly Hills, 15 de junho de 1996) também conhecida como a "Primeira Dama da Canção" (em inglês: First Lady of Song) e "Lady Ella", foi uma popular cantora de jazz estadunidense.[1] Com uma extensão vocal que abrangia três oitavas, era notória pela pureza de sua tonalidade, sua dicção, fraseado e entonação impecáveis, bem como uma habilidade de improviso "semelhante a um instrumento de sopro", particularmente no scat.

Considerada uma das intérpretes supremas do chamado Great American Songbook,[2] teve uma carreira que durou 59 anos, venceu 14 prêmios Grammy e recebeu a Medalha Nacional das Artes do presidente americano Ronald Reagan, bem como a Medalha Presidencial da Liberdade, do sucessor de Reagan, George H. W. Bush.

Alegoria Dos Bins

Devagar ela se aproximou. Contra a densa neblina a sombra avançou até um ponto em que parou, hesitante, e olhou para mim. Eu estava confuso e assustado e minha imensidão branca agora não me dava conforto, mas sim trazia-me dúvidas. Estava intrigado e ao mesmo tempo confortável.
Por horas nos olhamos enquanto ela se afastava em meio ao branco, agora sem neblina alguma. Quatro, Cinco horas.
Assustou-se quando vários fragmentos de mim, pedaços de pureza e impureza se dirigiram a ela, e pularam ao seu redor, como cachorros aos braços do dono. Deveria ter uns cem ao redor dela enquanto restava-me dois ou três de meus mascotes.
Rapidamente levantou-se e tentou espanta-los com o balanço dos braços, o que foi inútil.
Depois de algumas tentativas vans, acalmou-se e veio até mais perto de mim, que já estava quase deitado no vasto assoalho.
- São seus?
- Sim. Respondi em tom demasiado calmo.
- Assusta-me como tais animais pulam tão enumerosos ao meu redor, poderia chama-los de volta?
- Já não posso fazer isso.
Após alguns minutos de silêncio, ela perguntou, intrigada:
- O que são?
E como que num último alívio para fechar meus olhos, respondi:
- Meus pensamentos.



Gostaria de agradecer pelos elogios e comentários aos meus textos ^^