Cafona, brega, caipira, matuto, beiradeiro! Eita, isso eu sou!
E ainda mais ouvindo Carlos Gonzaga, num radinho de pilha, na calçada da frente, olhando o canavial e sonhando com aquela musa que tudo podia sobre mim:
O Iraci,
Ai como eu amo a ti,
Sem ti não sei viver,
Mas que coisa louca,
É amar alguém...
Mas que Iraci mais danada meu deus! Podia me encharcar de amor, me deixar assim meio sem...sem prumo, sem saber o que mais sabia que era viver. E tinha mais. Era uma coisa louca, coisa louca deve ser o melhor que o mundo germina, derrubando estas xícaras arrumadas para o café, começando a manhã como se fosse outra coisa, uma coisa que é amar alguém. Ainda com aquele arranjo de balada, bem balançante, como eram aquelas músicas dos americanos que impregnaram o sangue da juventude por meio do cinema.
Eu sou feliz,
Por ti querer assim
Sem ti não sei viver
Eu ficar sem ti
É bom morrer!
E tinha o Gala Campina, o Canarinho, o Bigodinho, o Bico de Prata, e os altos galhos do Pé de Timbaúba, tão como Iraci, que dava a felicidade. Tem coisa mais alta, mais acima, no topo do que ser feliz. Ti querer assim, mas tanto que nem o ar se leva em conta, nem a água ou a rapadura, menos ainda a farinha, querer assim sem mais saber como viver. E nunca me faltes, o Iraci, pois se eu ficar sem ti, o mundo todo já sabe eu vou ao mais supremo do amor, ao mais radical da doação que sem você é bom morrer.
Desde que eu ti vi,
Nunca mais te esqueci
Tive a sensação que ia ser feliz,
E o pouco amor que eu pedi a ti
Foi negado a mim
Por isso eu canto assim.
Um simples olhar, aquele que imanta, que puxa, agarra, prende. Um olhar que substitui todos os olhares já havidos e por haver. E quando se falar em esquecimento, ainda é pouco, nada tem com lembranças, nem memórias, é um tudo contínuo, que sempre existiu, sem paralelas. E o mais sublime de todos os desafios que o mundo deu em escarpas e vendavais, eu te pedi um pouco que fosse e tu me negaste. E negar não é igual a um sim. Não é dual a este. Negar, para este pouco que ti pedi, Iraci, é igual a morrer, quando se diz vida, é como ir se a placa é de pare. Negar, um pouco de amor que seja é, em troca, oferecer ao negado, o legado da mágica espada do amor que nunca cessa, sempre existirá como possibilidade e jamais como cotidiano, feito o sabão a lavar pratos, a água sanitária no vaso. Negar é força do sol que sempre surge no horizonte quando se ausentou só para eternizar-se nas manhãs.
E ainda mais ouvindo Carlos Gonzaga, num radinho de pilha, na calçada da frente, olhando o canavial e sonhando com aquela musa que tudo podia sobre mim:
O Iraci,
Ai como eu amo a ti,
Sem ti não sei viver,
Mas que coisa louca,
É amar alguém...
Mas que Iraci mais danada meu deus! Podia me encharcar de amor, me deixar assim meio sem...sem prumo, sem saber o que mais sabia que era viver. E tinha mais. Era uma coisa louca, coisa louca deve ser o melhor que o mundo germina, derrubando estas xícaras arrumadas para o café, começando a manhã como se fosse outra coisa, uma coisa que é amar alguém. Ainda com aquele arranjo de balada, bem balançante, como eram aquelas músicas dos americanos que impregnaram o sangue da juventude por meio do cinema.
Eu sou feliz,
Por ti querer assim
Sem ti não sei viver
Eu ficar sem ti
É bom morrer!
E tinha o Gala Campina, o Canarinho, o Bigodinho, o Bico de Prata, e os altos galhos do Pé de Timbaúba, tão como Iraci, que dava a felicidade. Tem coisa mais alta, mais acima, no topo do que ser feliz. Ti querer assim, mas tanto que nem o ar se leva em conta, nem a água ou a rapadura, menos ainda a farinha, querer assim sem mais saber como viver. E nunca me faltes, o Iraci, pois se eu ficar sem ti, o mundo todo já sabe eu vou ao mais supremo do amor, ao mais radical da doação que sem você é bom morrer.
Desde que eu ti vi,
Nunca mais te esqueci
Tive a sensação que ia ser feliz,
E o pouco amor que eu pedi a ti
Foi negado a mim
Por isso eu canto assim.
Um simples olhar, aquele que imanta, que puxa, agarra, prende. Um olhar que substitui todos os olhares já havidos e por haver. E quando se falar em esquecimento, ainda é pouco, nada tem com lembranças, nem memórias, é um tudo contínuo, que sempre existiu, sem paralelas. E o mais sublime de todos os desafios que o mundo deu em escarpas e vendavais, eu te pedi um pouco que fosse e tu me negaste. E negar não é igual a um sim. Não é dual a este. Negar, para este pouco que ti pedi, Iraci, é igual a morrer, quando se diz vida, é como ir se a placa é de pare. Negar, um pouco de amor que seja é, em troca, oferecer ao negado, o legado da mágica espada do amor que nunca cessa, sempre existirá como possibilidade e jamais como cotidiano, feito o sabão a lavar pratos, a água sanitária no vaso. Negar é força do sol que sempre surge no horizonte quando se ausentou só para eternizar-se nas manhãs.
Um comentário:
Eu descobri que não queria ser brega depois de ter curtido, cantado e decorado as músicas de Adilson Ramos, Orlando Dias, Carlos Alberto, Altemar, e os meninos da Jovem Guarda.Tarde demais. Cedo entretanto pra não gostar do canto em duplas caipiras, das bandas de forró, axé, pagode, etc .
Achava mágico um radinho de pilhas . Sabia a programação da Educadora e da Rádio Araripe. Podia tocar noite e dia, que nem porisso eu deixava de aprender as lições, pensar nas histórias de amor, que as letras contavam. Dançar, quando o rítmo convidava. Dançava sozinha, no corredor, no quintal, e ainda fechava os olhos pra imaginar o contexto desejado. Pensei que essa ligação com a música no pé do ouvido, que as vibrações do coração, fossem coisas do universo feminino. Ora, ora , homem também tem sentimentos, e se esperneia por um carinho.
Mas, voltemos às tuas lembranças, que são nossas : ..."ai como eu amo a ti..."
"...que bom seria se tu fosses minha... ô rosa, que coisa louca..."
"... eu juro Olga, que nesse mundo, outra não há ..."
E por aí vai !
Os grêmios escolares funcionavam bem, nos dias de sábado. Poetas, cantores, atores, e até a turma que fazia política estudantil. Tinha um filho do Professor José do Vale, que era famoso, e líder nato, no continente Estadual Wilson Gonçalves !
Esses sinais que piscaram cedo, hoje são faróis acesos... Somos aquilo que o radinho de pilhas nos formou : sentimentais, sonhadores, e ativadores da justiça feliz !
Queremos esse mundo colorido, que em nós se instalou, com janelas e portas abertas para todos que encontraram a tristeza e não conseguiram soltá-la. Lembrar é ótimo, mas com toda nossa alegria !
"Você é luz, é raio estrela e luar/ manhã de sol..." Ah, delete ! Esse brega é recente demais pra ser cantado agora !
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