Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

QUEREMOS PAZ, UNIÃO, FORÇA E TRABALHO

Pedro Esmeraldo

Notamos que somos diluídos por uma massa ignorante que provém de outra localidade em um município pequeno e sem valor. Constantemente somos obrigados a vaticinar com grandes melhoramentos, trazendo idéias fabulosas a fim de estimular e animar o povo cratense.
Às vezes, somos obrigados a gritar com muito amor em defesa desse município, pois vimos um povo atoleimado entregando facilmente, sem reagir os nossos bens adquiridos há anos.
Fomos advertidos por certas pessoas fracas, dizendo que estamos lutando sozinhos, mas o que ocorre é que não desejamos alterar o nosso pensamento com equilíbrio de força e perseverança.
Muitos desses homens que falam à toa não teem a idéia de luta e desejam permanecer na imobilidade duradoura, facilitando a entrega do prestígio do Crato a outros municípios sem luta e sem trabalho.
Por isso, com palavras ululantes a fim de reconquistar com força o nosso patrimônio perdido pelo interesse de pessoas desavergonhadas que querem tudo para si, e deixando os outros municípios no abandono, dizendo que são os maiorais e Crato fica submisso à sua força maligna e sem coragem de reagir aos insultos desses piegas, totalmente esmorecidos e sem capacidade para a luta.
Por essa razão, apelamos para o nosso povo que não esmoreça e enfrente com galhardia, lutando em defesa de nossa terra. Para isto é preciso de força e união, fugindo da discórdia política, visto que com forças iguais poderemos arrebatar o nosso patrimônio perdido.
Daí por diante, deveremos permanecer com garra e perseverança, procurando chutar os políticos desse município, e incorporá-los como sendo personas não gratas, certamente são pessoas de má índole e aventureiras. Devemos empurrar o barco para o lado da decência, caindo para o seu covil de piegas que não sabem utilizar outra palavra se não a pieguice.
Não aceitaremos jamais essa discórdia que eles (os piegas) querem nos trazer dando-nos abraços de tamanduá, que vem enfraquecer o povo, dizendo que é bom pra lá é bom para o Cariri.
Não seremos trouxas para acreditar nessas conversas destoantes, não queremos desmerecer a ninguém, mas advertimos a esses piegas, avisando que também temos direito de admitir o progresso com dignidade e por isso vamos advertir dando o troco de homens corajosos, não nos desmereçam e não venham nos abraçar com fingimento.
Estamos aqui revoltados e provocados por uma série de desigualdades desses piegas, que querem ter o direito de agir sozinhos, puxando para si a Universidade Federal.
Queremos protestar contra a atitude da Câmara Municipal que soube homenagear esses piegas, inimigos nossos, dizendo essa massa desrespeitadora do Crato, que venham com menos arrogância e não nos provoquem com palavras mansinhas, dizendo asnices, que querem bem ao Crato.
Agora expressamos o código de Hamurabi, que estimula a vingança simultânea, isto é, dizendo para esses algozes que somos capazes de praticar esse mesmo código – dente por dente, olho por olho.
Queremos dizer aos nobres vereadores: a festa era nossa, quem deveria ser homenageado era o nosso povo.
Crato-CE, 13/09/2011

Números especulativos - Emerson Monteiro


Vimos outro dia, em comentário circunstancial, que os atuais países gastaram só durante o ano de 2010 a bagatela de trilhão e meio de dólares nos gastos de armamentos. E que dita quantia corresponde a 16 vezes todo o meio circulante da moeda do Brasil, esbanjamento de não ter tamanho daquilo que a natureza forneceu para alimentar o ecossistema do planeta Terra, jogado fora assim à toa, prática por demais escandalosa, imbecil, para custear a fome da cólera dos que comandam a farra do poder ao preço da brutal violência.

Pois bem, cresce nos mercados mundiais, desde o ano de 2008, das piores crises econômicas que há notícia, ameaçando, inclusive, as nações ricas da Europa, motivo de apreensão dos que querem enxergar na história solução de curto prazo.

Contudo, ato contínuo, os líderes ocidentais notaram detalhe que lhes chamou a atenção... A China conseguiu, nesses tempos depois da Revolução de Mao-tsé-tung, amealhar reservas monetárias em torno de três trilhões de dólares, o suficiente para cobrir a fome ocidental pelo período de dois longos anos das suas guerras de conquista.

Chineses, no entanto, parecem avaliar se querem mesmo investir capitais longe de seu território, pois sabem o risco que correrão nos braços incertos dos estrangeiros prepotentes. Estudam calados o sacrifício, hora crítica de muitos interessados naquilo que obtiveram ao correr do trabalho de tantos.

O prejuízo acumulado de italianos, por exemplo, chega além de um trilhão de dólares, a imaginar os outros envolvidos na situação coletiva; Espanha, Portugal, Grécia, economias antes seguras, também cruzam tempos difíceis. Quanta fortuna e sucesso desapareceram através dos números vazios das ilusões perdidas...

Os chineses que se cuidem, pois, diante da pressa de quem subira na riqueza destruindo a paz com políticas armadas e destruidoras. Ao bom senso caberá, o quanto jamais aconteceu, lugar das atitudes coerentes, no nome da continuação da existência e da fraternidade entre as pessoas... Que alimentem, senhores chefões, a boa vontade à luz da razão, em benefício de todos nós seres humanos.
Verso desgarrado

- Claude Bloc - 
Por do sol em Sobral - UVA
O silêncio não impede a poesia,
não espanta as cores
nem se embrenha nas matas
sem dar aviso.
O silêncio
essa pausa, essa ausência
esse vão, esse vácuo
essa essência que perfuma os sonhos,
essa mistura que  chora as mágoas...
é o silêncio
que a poesia não mostra
que se esconde inteiro
em algum verso desgarrado .

O silêncio carrega a rima,
 rua abaixo, rua acima
Amanhece e dorme
e, à noite, tarda
anoitece com a lua.
entre a luz e as estrelas
e se torna gigante
e se torna encanto
nesse mesmo momento
 em que todos os versos
passeiam num poema.

Claude Bloc

Lua cheia de setembro - Por Heládio Teles Duarte

Foto: Heládio Teles Duarte