Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

COMPOSITORES DO BRASIL


NOEL ROSA X WILSON BATISTA
A Peleja Musical do Século XX

Por Zé Nilton

Prefiro chamar de peleja e não de polêmica a refrega musical ocorrida no começo dos anos 30 entre Noel Rosa e Wilson Batista. Peleja é melhor que polêmica. Peleja é assim como uma teima. Um teima daqui, o outro teima dali, e a coisa se desembesta ficando cada vez mais interessante. Peleja conota um sentido musical e está mais pras coisas se saírem de um jeito alegre e em paz. Já polêmica, bom, o certo é que a Música Popular Brasileira ficou mais robusta e marcou toda uma geração de grandes sambistas o encontro desses dois titãs na velha/nova Rio de Janeiro.

Wilson Batista é de Campos e Noel carioquíssimo. Este é três anos mais novo que aquele. Interessante é que no plano da musicalidade ambos falam a mesma linguagem do samba urbano. A questão não está posta em termos do contraste rural x urbano, e sim do espaço físico, musical e o enfoque da época em cima de temas como a malandragem, a vadiagem, o bamba do não trabalho etc.

Nesta perspectiva fica demarcada a questão de classe na escrita e na temática. As letras de Noel são mais rebuscadas e de fino acabamento. Noel filho da classe média, branco e estudante de medicina. Wilson Batista vem de uma família pobre, preto e seu aprendizado do mundo se dá nos lugares da boemia e da marginalidade. Sua escrita é rica em conteúdo, direta é por vezes agressiva, sem perder o encanto.

Mas tudo começou quando Wilson Batista sob o pseudônimo de Mário Santoro lançou a música “Lenço no Pescoço”. Na época estava havendo um movimento dentro da MPB no sentido de (re) valorizar temas mais poéticos em detrimento dos atuais insistentemente focados em orgias, gandaias e nas “delícias do não trabalhar”, no dizer de Almirante. Noel ouviu bem e retrucou Wilson Batista com a música “Rapaz Folgado”, aconselhando-o a trilhar por outro caminho na estética e na vida.

Então, é toda esta conversa em torno do assunto embalada pelas músicas de ambos que apresentaremos nesta quinta feira no Compositores do Brasil, programa radiofônico levado ao ar pela Rádio Educadora do Cariri, de Crato.

Na sequencia:

LENÇO NO PESCOÇO, de Wilson Batista com Sílvio Caldas e Diabos do Céu
RAPAZ FOLGADO, de Noel Rosa com Mart´nália e Martinho da Vila
MOCINHO DA VILA, de Wilson Batista com Jorge Veiga
FEITIÇO DA VILA, de Noel Rosa com Aracy de Almeida
CONVERSA FIADA, de Wilson Batista Moreira da Silva
PALPITE INFELIZ, de Noel Rosa com João Gilberto
FRANKENSTEIN DA VILA, de Wilson Batista com Jorge Veiga
JOÃO NINGUÉM, de Noel Rosa com Antônio Carlos Jobim
TERRA DE CEGO, de Wilson Batista com Jorge Veiga
DEIXA DE SER CONVENCIDA, de Noel Rosa e Wilson Batista com Roberto Paiva

Quem ouvir verá!

Compositores do Brasil
Rádio Educadora do Cariri(www.radioeducadoradocariri.com)
Acesse: www.blogdocrato.com
Quintas-feiras. De 14 às 15 h.
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Direção Geral: Dr. Geraldo Correia Braga


O crime do aborto - Emerson Monteiro

O saber natural em sua ação persistente criou as condições de gerar filhos e os seres humanos em sua ignorância os expelem a sangue frio natimortos, quais eliminassem animais desnecessários, seus próprios semelhantes.
Houvesse leis pela preservação da vida em soberbas características de contenção dos desmandos praticados em redor do mundo e, decerto, a história mostraria inegáveis oportunidades de felicidade a esses tontos mortais esfomeados de prazer imediato.
Jamais, senão agora, demonstrações de ausência de lucidez parecerem crescer no horizonte esfumaçado da destruição na flor da idade, em meio aos escombros da barbárie que toma conta dos séculos. Símbolos de paz viraram motivos de ausência de critério, nas promoções desencontradas de minorias vencidas.
Mas falávamos da covardia do aborto... Que pouca honestidade para com os semelhantes a nascer essa atitude dos legisladores lusitanos... Nem de longe se deve imaginar uma coisa dessas para o Brasil, povo originário dos avôs do outro lado das marés, que desta vez desistem de querer renovar a espécie. Exemplos melhores já nos deram, com certeza... Lições práticas de vida, a língua, o sentimento latino, o fervor, a musicalidade. Agora, contudo, quebraram a cara e nós nos negamos a segui-los.
Tirar a vida, como querer? Não sabemos repor o viver de quem morre, por isso não se devem eliminar os seres humanos que aguardam as mesmas chances de brotar, crescer e conhecer.
A morte dos inocentes em gestação clama consciência, portanto. Falar na esperança dessas vidinhas em sumidouro, desejos de viver na lama dos ausentes, dói e requer disposição de ânimo aos que lutam pela paz. Aquilo que seria a festa das famílias, chegar de novos filhos, torna-se chama apagada no vento abusivo de vazias palavras soltas, derramadas.
E falar em amor exige coerência a uma civilização bandida, revirada nos laços das armadilhas, caminhos tortuosos, vilã matreira de poucas luzes. Gritos de promessas, entretanto, rasgam o espaço de sombra. A força de sobreviver, falando alto nas entranhas das gentes, indica o valor carinhoso de novos sonhos.
Quisessem reverter os quadros fantasmagóricos da indigência e praticassem hábitos justos e alegres de salvar os que, mais que antes, precisam nascer...

Colaboração de Lídia Batista


Todos os anjos passeiam pela noite
Soprando-te sonhos lindos
Vigiando teu sono...
E eles acariciam tua pele
Pra curarem todo teu cansaço,
Sussurram palavras de coragem
Pra te ajudarem a ter forças,
Conduzem teus pensamentos
Para planejar tuas tarefas...
Jorram muita paz em tua alma
Para enfrentar tua missão;
E quando o dia nasce
Eles adentram teu peito
E ficam bem quietinhos
Cuidando do teu coração.

Sirlei L. Passolongo

Edgar Allan Poe



Edgar Allan Poe (Boston, 19 de janeiro de 1809 – Baltimore, 7 de outubro de 1849) foi um escritor, poeta, romancista, crítico literário e editor estado-unidense.

Poe é considerado, juntamente com Jules Verne, um dos precursores da literatura de ficção científica e fantástica modernas. Algumas das suas novelas, como The Murders in the Rue Morgue (Os Crimes da Rua Morgue), The Purloined Letter (A Carta Roubada) e The Mystery of Marie Roget (O Mistério de Maria Roget), figuram entre as primeiras obras reconhecidas como policiais, e, de acordo com muitos, as suas obras marcam o início da verdadeira literatura norte-americana.

wikipédia

Os bisnetos de Moreirinha e Valda- Fotos de Zélia Moreira

Valda(22 anos) e Moreirinha( 26 anos)  ( 1950)


Camila, Maria  Clara, Valda( 82 anos), Ruan, Giorgio e Eduardo.(5.10.2010)
Da esquerda para a direita: Pedro ( 2 anos), Bianca ( 5 anos), Sofia(2 anos), Maria Clara(2 anos , Camila( 8 anos), Eduardo( 2 anos) e Ruan( 11 anos).
Contribuímos  com nossos netos : Eu, Zélia e Catarina.
Valeu a pena ter nascido deles , ter sido mãe, e hoje viver a alegria de ser avó de Bianca e Sofia.
Camila, Pedro , Ruan e Eduardo são netos de Zélia.
Maria Clara é neta de Catarina.

Sofia, Camila, Eduardo e Bianca

Pedro e maria Clara

A “dispersão” de votos na eleição do Crato – José Nilton Mariano Saraiva

A “dispersão” de votos (ou a falta de consciência política da população, na eleição proporcional) continua sendo um problema sério no Crato, evidentemente que em prejuízo da própria cidade. Lembram da falta do “componente político”, a que tanto nos referimos em postagens anteriores ??? Pois bem, para Deputado Federal, por exemplo, dos 121 candidatos que constam da relação do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, nada menos que 99 (noventa e nove) foram sufragados na cidade. Você conhece o Deco ??? Será aquele jogador do Fluminense ??? Pois é, o Deco teve 03 votos no Crato.
E o candidato Atilano, será que é da cidade ??? Recebeu 06 votos. E o que dizer da Beel, que conseguiu 04 votos na cidade ??? E a candidata Eletice, premiada também com 04 votos ??? Já o grande Nestor, você sabe quem é ??? Pois o cara deve ser dos bons, pois recebeu 135 votos.
E a turma de Juazeiro ??? O Raimundão teve 8.780 votos aí no Crato, enquanto o Salviano foi votado por 3.721 eleitores. O QUE ESSA DUPLA JÁ FEZ PELO CRATO ???
Depois ficam a reclamar que o “componente político” nada representa.

O contingente de eleitores “aptos” a votar no Crato foi de 82.103 (100,0%).
Compareceram 66.068 (ou 80,47%).
Abstiveram-se 16.035 (ou 19,53%).

Entre os “presidenciáveis” o quadro (completo) foi o seguinte:
Dilma, 40.574 votos – Serra, 11.679 – Marina, 6.512 – Plínio, 348 - Eymael, 72 - Ivan Pinheiro, 19 – Levy Fidélis, 52 – Rui Pimenta, 02 – Zé Maria, 69.

Senado Federal:
Eunício, 38.899 votos – Pimentel, 35.762 – Tasso, 20.969 – Alexandre Pereira, 6.302 –Benedito Oliveira, 27 – Marilene Torres, 580 – Pólo, 1.180 – Raquel Dias, 175 – Reginaldo, 65 – Tarcísio Leitão, 52 votos.

Para governador, tivemos:
Cid Gomes, 42.302 votos - Marcos Cals, 8.090 - Lúcio Alcântara, 3.936 – Soraya 523 – Marcelo Silva, 948 – Gonzaga, 96 e Nati, 40 votos.

Amália Rodrigues




Amália da Piedade Rodrigues OSE OIH (Lisboa, 1 de Julho de 1920[1] — Lisboa, 6 de Outubro de 1999) foi uma fadista, cantora e actriz portuguesa, considerada o exemplo máximo do fado, comummente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres.


Que queres tu de mim ?


"Altemar Dutra de Oliveira (Aimorés, 6 de outubro de 1940 — Nova Iorque, 9 de novembro de 1983) foi um cantor brasileiro. Sucesso em toda a América Latina, interpretando obras como "Sentimental Demais", "O Trovador", "Brigas" e "Que Queres Tu de Mim", boa parte das canções de autoria da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim, foi progressivamente destacando-se no gênero musical bolero. De fato, veio a ser aclamado como o "rei do bolero" no Brasil."

Como negar ?
Nos anos 60, a música do Altemar adormecia e acordava as donzelas do Crato.
Tempo das serenatas , na voz de Peixoto e Zé Flávio.
Com direito a bilhetes , nas frestas das janelas... 
Com votos pro namoro voltar , continuar ou começar !
E essa linguagem amorosa deixou de vingar !
(socorro moreira)

"De que é feito afinal,
esse teu coração ?

Sentimental eu sou
Eu sou demais !

Para que maltratar o amor,
o amor não se maltrata não!

Que pensas tu que eu sou
se julgas que ainda vou
pedir que não me deixes mais...

Sofrendo tolamente por ninguem
Amando sem saber
a quem..."



POESIA NUNCA É DEMAIS

UM POEMA DE JOSÉ AUGUSTO DE LIMA SIEBRA

Hino ao Cariri

No Cariri tudo é belo
Tudo é galas e primores
É belo no sítio ameno
Ver-se flores multicores.

É belo o cantar das águas
Que vem de encontro à pedreira
A brisa a gemer nas folhas
Da majestosa mangueira.

Soluça a patativa
Na folha da bananeira
A juriti tão saudosa
Chamando a companheira.

Vê-se a beleza que tem
Os grandes canaviais
O canto dos passarinhos
Na fronde dos laranjais.

Ouve-se o rumor nas folhas
Do coqueiro pelo vento
Fitar os círios eternos
Que habitam no firmamento.


Que primavera meu Deus
Desponta no mês de abril
Maio, um altar a Maria
Coberto de flores mil.

Eu como sou filho desta
Terra cheia de delícias,
Quero viver no seu seio
Gozando suas carícias.

Pérola da MPB

Tenha Pena de Mim
(Babaú e Cyro de Souza)


Ai.. ai.. meu Deus! Tenha pena de mim
Todos vivem muito bem só eu que vivo assim.
Trabalho e não tenho nada, não saio do "miserê"
Ai.. ai.. meu Deus! Isso é pra lá de sofrer.
Sem nunca ter, nem conhecer felicidade,
Sem um afeto, um carinho ou amizade
Eu vivo tão tristonho fingindo-me contente
Tenho feito força pra viver honestamente
(estribilho)
O dia inteiro eu trabalho com afinco
E à noite volto pro meu barracão de zinco
E pra matar o tempo e não falar sozinho
Amarro essa tristeza com as cordas do meu pinho.


Passado x Trabalho ( Aloísio x Socorro)



Passa o tempo
Como o vento
como o olhar na janela
que acompanha o passante
Que vai
E não volta mais.

O passatempo
Brincadeira
Na beira de casa
na calçada do templo
Vendo o tempo passar.
Vendo o crente rezar

Vem a idade
Sem vaidades
Uma ruga aqui
Outras acolá
Me ponho a pensar
Onde quero chegar.
No fim da estrada
Vou ter que parar

Recordo outros tempos
Dou uma volta na vida
O passado confirma
E volto pra lida.
Com o fator previdência
O aposento, nem pensar !

É no trabalho
Que pego no malho
Pois com ferro frio
Não tem desafio.
E o voto decide
O nosso destino
Resta acreditar
No poder divino


Aloísio



Bom dia, Crato !

Edilma,

Que a vida lhe seja bela como estas flores.


Vibrante como estas cores


e os sobretons


Abraço, mana

Claude

Deu Tiririca na Cabeça de Alguns - José do Vale Pinheiro Feitosa

O Tiririca deu um nó no juízo do pessoal letrado. Logo ele? O “iletrado”.

Se não é o Cacareco e nem o Macaco Tião, menos ainda o é um Clodovil? É que a música até que é semelhante, mas cada canção é diferente. A revolta, o protesto, o momento histórico, a fama, o conhecimento, a incerteza sobre o verdadeiro papel da representação política entre tantas outras coisas.

Por isso mesmo a votação estrondosa do Tiririca ainda deixa tanta gente perplexa. Teve gente que viu o Brasil como um navio adernando. Outros que aproveitaram para colocar o Lula no “credo”, como exemplo perfeito da jactância analfabeta. E quantos mais ficam perplexos - os letrados - mais confusão se planta naquilo que a educação não lhe deu: liberdade de pensar, criatividade frente às normas, profunda acuidade sobre o panorama a sua frente.

O debate sobre o papel de Lula no Brasil e da eleição do Tiririca, por via transversa, tem o pavoroso dom de expor o pior analfabetismo de todos que circulam sobre certos segmentos da sociedade. O analfabetismo político. A política, aquilo que representa o coletivo humano, desta humanidade que até pode ter um projeto deturpado, como a questão do “destroçamento” ambiental, mas é como se apresenta.

O sentimento “pedante” de certas declarações, como se estivesse à sombra refrigerada de algum Shopping Center, com um charuto na mão e uma taça borbulhante de champagne na outra, compõe aquele momento fugaz que nasce e morre ali mesmo. Política é algo como um temporal: dura, molha e cria.

Para mim é claro que as pessoas podem dizer o que bem pensam. Isso é a regra mais ampla até para os limites das próprias besteiras que dizemos. Mas uma coisa é certa, se achamos que os outros nos são importantes, comecemos a nos colocar como outro sujeito da crítica.

Não votaria no Tiririca, mas isso é um modo de me comportar politicamente. Mas quero bem entender a mensagem viva e vibrante de quem votou nele. Aliás, para me colocar melhor, embora possa até piorar: o tal “voto evangélico” não é meramente um voto sem sujeito social.

É voto da nova classe média, aquela que não existia que passa a existir e ter no “movimento evangélico” um espaço em que caibam. Acontece que o catolicismo, quer se queira ou não, se tornou a religião das elites e das classes médias tradicionais, mais letradas e de maior tradição intergeracional de melhor renda.

O “voto evangélico” tem raiz social e representa este novo político no Brasil. Ande em qualquer periferia pobre que percebera milhares de pequenas salas, com algumas cadeiras de plástico, um som e um pastor a falar numa “ordem” de coisas que prometem um espaço para emergência desta nova sociedade.

Eleições no Crato – José Nilton Mariano Saraiva

No Crato, cujo prefeito foi coordenador da campanha do PSDB na Região do Cariri, a votação dos candidatos do partido foi um tanto quanto decepcionante. Vejam, abaixo, os dados oficiais do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE):

Presidente:
Dilma – 40.574 votos
Serra – 11.679 votos
Marina – 6.512 votos

Senado:
Eunício – 38.899 votos
Pimentel – 35.762 votos
Tasso Jereissati – 20.969 votos

Governador:
Cid Gomes – 42.302 votos
Marcos Cals – 8.090 votos
Lúcio Alcântara – 3.936 votos

Limpando a vista ...



Canavial - Barbalha (Julho - 2010)

Cariri
- Claude Bloc -


O Cariri é nosso
e...
essa luz que você vê
 essa cor que você percebe
são novas,
novas em folha.
Nasceram
de frente pro sol
num dia azul,
(recém-nascido).

A luz aí está
por sobre mim
por sobre nós
jorrando
o fluxo do destino
sem parar.


- Claude Bloc -