Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Jean- Paul Belmondo


Jean-Paul Belmondo (Neuilly-sur-Seine, 9 de Abril de 1933) é um ator francês.

É filho do famoso escultor parisiense Paul Belmondo (1898-1982) e da dançarina Madeleine Belmondo. É também conhecido como Bébel.

Na juventude, não foi muito bem nos estudos, mas desenvolveu uma grande paixão pelo box e pelo futebol.

Pensou em se tornar boxeador profissional, mas desistiu após duas lutas.

Começou a atuar aos 17 anos de idade. Em 1954, conseguiu o ingresso no Conservatório de Paris e iniciou sua carreira no cinema em 1955, com diversos papéis secundários.

Sua primeira grande performance foi em À bout de souffle (Breathless) de Jean-Luc Godard em (1960), que o tornou um dos grandes atores da Nouvelle Vague.

Em 1964 esteve no Brasil para filmar O Homem do Rio, em cenas coloridas no qual aparece a recém-fundada Brasília, uma relíquia histórica da nova capital.

Em 2001, foi internado por duas semanas, devido a um acidente vascular cerebral, mas se recuperou de forma excelente.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Paul_Belmondo"

*Belmondo não tinha beleza padrão. Era terrivelmente charmoso. E por conta de Belmondo, as meninas da minha época entenderam que beleza não pôe mesa. Charme , humor e inteligência faziam a diferença !

Apaixonei-me por Belmondo, no filme "Cartouche", que ele estrelou com Cláudia Cardinale. Nunca vi casal tão lindo ! Foi no Cine Cassino, nos anos 60, precisamente 1962.
Magali deve lembrar muito bem !

Sobre Haroldo de Campos


“Tinha uma generosidade tão infinita quanto a sua curiosidade. Dava a mesma atenção tanto para os estudantes como para os intelectuais. Foi um incentivador, um acolhedor. Um eterno estudioso. Estava sempre à procura de algo além dos limites, além das ‘colunas de Hércules’. Nas margens, nas entrelinhas, no ainda não descoberto. Ele trans-humanizou a literatura, utilizando um termo de Dante Alighieri por ele criativamente atualizado.”

Haroldo de Campos conseguiu conquistar uma segunda vida. Será lembrado por todos. Com essa definição, o professor Jacques Marcovitch, ex-reitor da USP, tenta traduzir a lembrança do olhar firme e sempre curioso do poeta, do tradutor e do pesquisador falecido no dia 16 de agosto. “Foi um homem das letras, no sentido infinito da palavra. Mergulhava nas culturas e conseguia passar a diversidade e as peculiaridades da sua descoberta.”

Entre estudantes e professores da Universidade, Haroldo de Campos deixa um universo. Um universo infinito de poemas, de idéias, de coisas a serem feitas. Há poucos dias, ele estava pela USP, questionando aqui e ali. Pesquisando e buscando sempre. Sempre pronto para a troca de idéias, de informações. Ou simplesmente para conversar, ouvir e incentivar os jovens poetas, escritores, artistas plásticos. Dividia, com prazer, o conhecimento de uma vida entre livros.

“Jamais ouvi o Haroldo dizer que estava sem tempo”, conta o professor Andréa Lombardi, do Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. “Tinha uma generosidade tão infinita quanto a sua curiosidade. Dava a mesma atenção tanto para os estudantes como para os intelectuais. Foi um incentivador, um acolhedor. Um eterno estudioso. Estava sempre à procura de algo além dos limites, além das ‘colunas de Hércules’. Nas margens, nas entrelinhas, no ainda não descoberto. Ele trans-humanizou a literatura, utilizando um termo de Dante Alighieri por ele criativamente atualizado.”

“Haroldo tinha uma generosidade tão infinita quanto a sua curiosidade. Foi um incentivador, um acolhedor, um eterno estudioso”

Foi desse mestre e grande civilizador – como lembra Lombardi – que os amigos da Universidade sentiram falta. Um amigo raro, que detestava elogios gratuitos. Mas que repartia com sinceridade e sem distinção o que tinha de mais caro: os sonhos e o olhar sensível das coisas do mundo.


Muito além do concretismo – A busca incessante de Haroldo de Campos permeou todas as culturas. E se deparou com muitas críticas. Era apontado como figura polêmica e muitos ainda insistiam em limitá-lo apenas a um poeta concreto.

Haroldo de Campos substitui o argumento douto pela varinha mágica da sensibilidade: tenho uma espécie de faro ecumênico. Em matéria de passado da cultura estou sempre atento (falando de poesia) àquelas obras que respondam, de maneira viva, a uma pergunta extraída de uma circunstância presente. Assim também elege os textos que traduz. A tradução é um diálogo criador, sincrônico. Insiste: o caminho do poeta é pontilhado pela descoberta de outros poetas e da transcrição.




Fontes: www.uol.com.br/haroldodecampos e www.itaucultural.

Da trilha sonora "Jeca Tatu"

Mazzaropi - O Jeca Tatu


Meu pai não gostava de filme brasileiro. Eu adorava Mazarropi ( o meu jeca Tatu). Assisti repetidas vezes, até sair de cartaz. Hoje eu sei, exatamente porque ! Era linda a trilha sonora , e eu cheguei a decorar as letras das músicas do filme "Jeca Tatu", como : Estrada do Sol, Ave Maria dos Andores( com Dalva de Oliveira) e uma outra com Cely e Tony Campelo. Chorei copiosamente , quando incendiaram a casa do Jeca , e ele pegou a estrada , num carro de boi com a família, cantarolando :"Botei o meu boi, no carro, e não tive nada pra carregar... "
Acho que, naquela época eu até gostava de música sertaneja , e Mazarropi era muito parecido, fisicamente, com o meu pai. ... Lindo ! ( risos).

Amâncio Mazzaropi




Filho de Bernardo Mazzaroppi, imigrante italiano e Clara Ferreira, portuguesa, com apenas dois anos de idade sua família muda-se para Taubaté, no interior de São Paulo. O pequeno Amácio passa longas temporadas no município vizinho de Tremembé, na casa do avô materno, o português João José Ferreira, exímio tocador de viola e dançarino de cana verde. Seu avô também era animador das festas do bairro onde morava, às quais levava seus netos que, já desde cedo, entram em contato com a vida cultural do caipira, que tanto inspirou Mazzaropi.

Em 1919, sua família volta à capital e Mazzaropi ingressa no curso primário do Colégio Amadeu Amaral, no bairro do Belém. Bom aluno, era reconhecido por sua facilidade em decorar poesias e declamá-las, tornando-se o centro das atenções nas festas escolares. Em 1922 morre o avô paterno e a família muda-se novamente para Taubaté, onde abrem um pequeno bar. Mazzaropi continua a interpretar tipos nas atividades escolares e começa a frequentar o mundo circense. Preocupados com o envolvimento do filho com o circo, os pais mandam Amácio aos cuidados do tio Domenico Mazzaroppi em Curitiba, onde trabalha na loja de tecidos da família[1].

Já com quatorze anos, regressa à capital paulista ainda com o sonho de participar em espetáculos de circo e, finalmente, entra na caravana do Circo La Paz. Nos intervalos do número do faquir, Mazzaropi conta anedotas e causos, ganhando uma pequena gratificação. Sem poder se manter sozinho, em 1929 Mazzaropi volta a Taubaté com os pais, onde começa a trabalhar como tecelão, mas não consegue se manter longe dos palcos e atua numa escola do bairro.

Com a Revolução Constitucionalista de 1932 segue-se uma grande agitação cultural e Mazzaropi estréia em sua primeira peça de teatro, chamada A herança do Padre João. Já em 1935, consegue convencer seus pais a seguir turnê com sua companhia e a atuarem como atores. Até 1945, a Troupe Mazzoropi percorre muitos municípios do interior de São Paulo, mas não há dinheiro para melhorar a estrutura da companhia.

Em 1946, convidado por Dermival Costa Lima da Rádio Tupi, estréia o programa dominical Rancho Alegre, encenado ao vivo no auditório da rádio no bairro do Sumaré e dirigido por Cassiano Gabus Mendes. Em 1950, este mesmo programa estreou na TV Tupi, mas agora contava com a coadjuvação dos atores João Restiffe e Geny Prado.

Em 1961, Mazzaropi adquire uma fazenda onde inicia a construção de seu primeiro estúdio de gravação, que produzirá seu primeiro filme em cores, Tristeza do Jeca, que também será o primeiro filme veiculado na televisão pela Excelsior e a ganhar prêmios para melhor ator coadjuvante, Genésio Arruda, e melhor canção.


Em 1994 é inaugurado o Museu Mazzaropi, localizado na mesma propriedade dos antigos estúdios, recolhendo a história da carreira de um dos maiores nomes do cinema, do teatro e da televisão brasileiros. Foi somente na década de 90 que a cultura brasileira começou a ver de uma outra óptica a obra de Mazzaropi, que durante sua vida sempre foi duramente atacado (ou ignorado) pela crítica e pela intelectualidade.
wikipédia

Meditação

Como se não tivesse ido
retorno ao quarto
mas não duvido:

passei por calçadas
cruzei sinais
senti outros perfumes.

De volta ao banheiro
percebo que a mente
acompanhou meus passos:
ruas, tráfego, turba.

Como se não houvera
a muda de pele
a fogueira santa.

Só mesmo o peso dos dedos
do corpo todo curvo
sobre o teclado.

Preciso comprar sem demora
uma cadeira giratória.

Escrever versos corcunda
é empurrar moinhos cansados.

EU PRECISO ....por Rosa Guerrera

Recebí hoje essa mensagem , não poderia deixar de publica-la . Acredito que todos nós temos essa mesma necessidade.
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Preciso de Alguém
Que olhe nos meus olhes quando falo.
Que ouça as minha tristezas e neuroses com paiciência e, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos.
Preciso de alguém que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado.
Alguém amigo suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso ficar irritado por isso.
Nesse mundo de céticos, preciso de alguém que creia nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível: a amizade.
Que teime em ser leal, simples e justo.
Que não vá embora se algum dia eu perder meu ouro e não for mais a sensação da festa.
Preciso de um amigo que receba com gratidão o meu auxilio, a minha mão estendida, mesmo que isto seja muito pouco para suas necessidades.
Preciso de um amigo que também seja companheiro nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias, e que no meio da tempestade, grite comigo:
“Nós ainda vamos rir muito disso tudo…”
E ria muito.
Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher meus amigos.
E nesse busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela …



SHOW: MUSI(CA)MINHOS de Pachelly Jamacaru, primeira chamada!

Será no Centro Cultural BNB em Juazeiro do Norte, dia 30 Abril, Sexta-feira as 19.30 pontualmente. Marquem presença!

Meu nome é Ricardo Oliveira da Silva - transcrito de um vídeo que circula na internet

Meu nome e Ricardo Oliveira da Silva, tenho 21 anos e... ganhei pela quarta vez, medalha de ouro na OBMEP. Vou contar um pouco da minha história para vocês: eu venho de um sítio, isolado, na zona rural de Várgea Alegre e só tive oportunidade de estudar aos 17 anos. Entrei direto na quinta série. E lá eu pude participar pela primeira vez da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – OBMEP. Nesse primeiro ano eu conquistei a minha primeira medalha. Pensava que isso seria impossível para mim. Mas hoje estou aqui como prova disso. Estou aqui com a minha quarta medalha na mão. Quando era preciso fazer a prova, da Olimpíada de Matemática, eu era levado, por meu pai, em um carrinho de mão, carrinho de obra como muita gente conhece também. Meu pai está aqui atrás e ele pode falar um pouco sobre isso.

Olá, sou Joaquim Oliveira da Silva, sou o pai de Ricardo é, e sobre o carrinho de mão para mim não era nenhum esforço, eu estava só dando uma contribuição de pai. Ele tinha vontade de estudar e aconteceu de levar no carrinho de mão, hoje não precisa mais. Que graças ao IMEP hoje ele é um aluno bem reconhecido no Brasil e tem muitos amigos, antigamente não tinha conhecimento nenhum. E hoje está sendo isso. Bem legal. E tem o reconhecimento do Presidente. Para é orgulho. Muito bom isso. Está sendo muito bom.

Cícero Nunes - por Norma Hauer

MENSAGEM
Em 6 de abril de 1912 nasceu, aqui no Rio de Janeiro, o compositor e violonista CÍCERO NUNES.

A partir dos 14 anos exerceu algumas profissões modestas, até que de 1931 a 1935, ocupou o posto de motorista de hospital, onde, através de um companheiro de trabalho que dedilhava o violão, teve despertado seu interesse pela música, passando a executar o instrumento, e a compor canções.
Em 1935, já com alguma produção musical, mostrou músicas ao compositor Buci Moreira, que gostando de sua obra o incentivou a continuar produzindo. Em parceria com Buci, fez o samba "Boa impressão", que foi interpretado pela cantora Dalila de Almeida, no programa da Rádio Philips "Samba e outras coisas", de Henrique e Marília Batista..

Por essa época, passou a viver da música, acompanhando cantores ao violão, o que faria por cerca de 12 anos.

Em 1936, escreveu de parceria com Portelo Juno "Oh seu José", gravada por Castro Barbosa. No ano seguinte, também em parceria com Juno, lançou "Me dá, me dá", gravado por Carmen Miranda, com a qual obteve grande êxito.
Passou, então, a compor principalmente choros humorísticos. Em 1938, Dircinha Batista e Barbosa Júnior gravaram seu choro "Ele não dorme sem apanhar" e Patrício Teixeira, o samba "Ao voltar da batucada", parceria com Max Bulhões.
A partir de 1944, começou a compor samba-canção, gênero que lhe trouxe grandes êxitos, dois quais destacam-se "Apogeu" com Herivelto Martins, gravada por Francisco Alves.

Em 1945, fez sucesso com o samba "Aquela mulher", gravado por Nélson Gonçalves e em 1946, com o samba "Mensagem", em parceria com Aldo Cabral, gravado por Isaurinha Garcia, fez a cantora paulista ficar conhecida em todo o Brasil.

“Quando o carteiro chegou
E meu nome chamou
Com uma carta na mão...”

Em 1947, ingressou na União Brasileira de Compositores, ocupando o cargo de Vice-Secretário, sendo o responsável pela administração da revista "Música e letra", e pela cobrança de direitos autorais de revistas especializadas em publicação de letras.

Mas não abandonou a composição fazendo-o em diferentes gêneros, como os baiões "Um cabra não chora" e "Manjericão", ambos em parceria com Humberto Teixeira.
Continuou compondo até 1961, gravando com Isaurinha Garcia, Jamelão e Moreira da Silva.

Como tantos outros compositores de sua época, abandonou a carreira com a entrada da Bossa Nova, em nosso meio musical.

Cícero Nunes faleceu em 3 de dezembro de 1993, aos 81 anos.

Norma

Sobre a Alegria e ser Alegre. Liduina Vilar.

A Psicóloga suiçaVerena Kast, especializada em psicologia profunda, escreveu um livro sobre a alegria. Antes dela, dificilmente algum psicólogo ousou trabalhar esse tema.Em livros de consulta sobre psicologia dificilmente se encontra o verbete"alegria".
.
Parece que a psicologia se dedicou unilateralmente ás feridas e á cura delas.Mas hoje conhecemos o grande efeito curador que a alegria tem sobre as pessoas, sua grande força terapêutica. Verena Kast descreve o efeito da alegria como a experiência de ser uno e de ser íntegro, como experiência de liberdade e vitalidade: "A sensação, tanto de ser um consigo como de ser íntegro, que nós seres humanos estamos tanto procurando existe no momento da alegria.
.
Isso nos dá também uma sensação de vitalidade, talvez de liberdade.Todos os movimentos ligados à alegria, até a alegria silenciosa, são movimento para o alto, movimentos de leveza". Não adianta convocar-nos mutuamente para a alegria.Não posso me alegrar "cumprindo uma ordem". Mas está em minhas mãos entrar em contato com a alegria que sempre está esperando no fundo do meu coração.
.
Cada pessoa lembra experiências de alegria espontânea de sua infância.Verena Kast nos anima a escrever uma biografia da alegria, a registrar todas aquelas experiências alegres que lembramos e a olhar imagens e fotos da infância, verificando em que medida refletem alegria. Perceber a alegria que vivi quando era criança pode me levar ao contato com a alegria que se perdeu sob as peocupações atuais. Mas, no fundo da minha alma, ela está presente, está apenas esperando para ser de novo chamada para fora.
.
Liduína

Aniversário hoje do nosso amigo, músico e compositor : Calazans Callou !

Sucesso e uma vida feliz , em todos os sentidos !

Grande abraço do cariricaturas !

BISAFLOR CHEGOU PRA CONTAR UMA HISTÓRIA DE TRANCOSO

COMADRE RICA E COMADRE POBRE

Era uma vez duas mulheres, comadre rica e comadre pobre. A comadre pobre ia todo dia à casa da comadre rica fazer pão. Ela amassava, amassava o pão e ficava com as mãos cheias de massa. Quando terminava o serviço a pobre não lavava as mãos, ia pra sua casa e raspava, com uma faquinha, aquela massa que tinha ficado agarrada nas mãos e fazia um pão pra ela e a filha comerem.

Um dia a comadre rica perguntou: “Por que a comadre não lava as mãos quando termina de fazer o pão?”. A comadre pobre respondeu que quando chegava em casa raspava o resto da massa e fazia um pãozinho pra filha. A rica, então, mandou que ela lavasse as mãos antes de ir embora e, naquele dia não teve pão na casa da comadre pobre. A filha estava com fome, ela precisava arranjar alguma coisa pra comer. Foi ao quintal catar feijão-andu e lá chegando deparou-se com uma grande cobra enrolada num canto. A Cobra pediu que a levasse pra dentro de casa. A mulher achou aquilo estranho, mas atendeu ao pedido da cobra, que passou a morar dentro de casa. Um dia a cobra falou:

- Eu sou um príncipe encantado e quero me casar com sua filha. Quando eu chegar na porta da igreja, dê três pancadinhas na minha cabeça, que eu desencanto.

A comadre pobre marcou o casamento da filha e no dia fez conforme o combinado: na porta da igreja deu as três pancadinhas na cabeça da cobra, que virou um lindo príncipe e casou-se com a moça.

Quando a comadre rica soube da história, chamou com toda urgência um dos seus empregados e mandou que fosse na mata procurar uma cobra pra casar com sua filha, pois se a pobre casou a filha com um príncipe, ela também faria da sua filha uma princesa. O homem foi e trouxe uma cascavel que ficou morando na casa da rica. O casamento foi marcado e no dia, o padre disse que ficasse na porta, que ele realizaria ali mesmo a cerimônia. E assim foi. Na noite de núpcias, haja a cobra a morder a moça rica, ela gritava pedindo socorro, até que enfim acudiram, mas a coitada já estava toda cheia de picadas de cascavel. Morreu.

Foi assim, me contaram e hoje estou contando a vocês. Entrou por uma perna de pinto e saiu por uma de pato, senhor rei mandou dizer que contasse mais quatro.

Trovinhas - por Olival Honor

Pensei em ter na velhice
Só paz e felicidade.
Quanto engano, que sandice !
Ai de nós, terceira idade !

A primeira idade luta
Buscando a felicidade
A segunda come a fruta
A terceira ... que saudade !

Saudade ... - Olival Honor

Enche os olhos, depois vasa,
molhando o rosto da gente ...

Pedaços de saudade...

Rua da Penha
Praça Siqueira Campos

Rua da Vala

Praça da Sé

Altar - Igreja da Sé (Crato)
.
Fotos e formatação por Claude Bloc