Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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sábado, 24 de outubro de 2009

Companhia para Valentina




Este é Frederico Felino (irmão de ZéFelino), filho e neto de gatos maravilhosos e muito queridos pelos donos Luís e Rebeca. Aqui, ele era ainda um filhote. Não encontro fotos atualizadas - exceto pela festa felina, companhia especial, que é sempre atualissima!
Trouxe consigo a festa de movimento que só um gato traça, poema andante diante dos nossos olhos. Dizia um amigo dos gatos: uma casa pode até ser perfeita sem um gato.
Mas... como poderá prová-lo?

Felinos - Por Claude Bloc

Felina, Valentina

Por sobre nossos rastros
.
Sinto a natureza felina. Admiro a solidão que essa natureza provoca. A solidão discreta, silenciosa, cúmplice. Como uma sombra que acompanha o dono pelos cômodos da casa, carrega o seu silêncio por todos os recantos e aguarda sua chegada em contida ansiedade.
.
Felinos são assim como chinelos. Companheiros, andam por sobre nossos rastros. Sutis, alimentam-se do tempo, unem-se ao nosso inegável sentimento.

Portanto, herdamos a natureza felina e, como humanos, miamos. Eu pelo menos acho... Sinto! Mio! Olhamos o mundo com o olhar espichado dos felinos, um olhar que dobra a esquina querendo enxergar além da escuridão da noite, olhar de quem tem a alma extraviada para longe do telhado.

Faz sentido,não? Curiosamente, diante de uma paixão há quem se sinta acuado, preso numa armadilha. E tenta fugir pra se proteger a qualquer custo, como se fosse possível conter o que parte dos lábios; como se fosse possível esconder-se da própria sombra. Enquanto outros preferem precipitar-se nas garras do amor. Seja como for, somos seres afetivos, mesmo quando cessa a temporada de caça. Somos felinos e acabamos por ser fisgados.

Texto e fotos (Valentina) formatadas por Claude Bloc
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Torta Alemã


Ingredientes
200 g de manteiga, sem sal
1 xícara (chá) de açúcar
1 lata de creme de leite
1 pacote de bolacha, maisena
leite, o quanto baste, para molhar a bolacha
1 lata de leite condensado, sabor chocolate (ou cobertura de sorvete)

Modo de Preparo
Coloque a manteiga e o açúcar na batedeira e bata até obter um creme bem fofo e liso
Acrescente o creme de leite e bata rapidamente apenas para misturar
Desligue a batedeira e reserve
Separe um recipiente médio para montar o doce
Acrescente um pouco de leite num prato fundo e molhe rapidamente algumas bolachas maisena no leite
Forre o fundo do recipiente escolhido com uma camada de bolachas
Acrescente uma camada do creme reservado sobre as bolachas
Acrescente mais uma camada de bolachas molhadas no leite e repita o procedimento finalizando com a bolacha
Cubra a última camada de bolachas com o leite condensado sabor chocolate (comprado pronto ou a cobertura)
Leve à geladeira por no mínimo 3 horas ou até que o doce fique bem gelado
Retire o doce da geladeira e sirva a seguir
Você pode substituir o leite condensado de chocolate por cobertura de sorvete sabor chocolate, fica ótimo por ser meio amargo quebra um pouco o doce

A noite do meu bem - Por Norma Hauer



Não se pode pensar nela, sem pensar em uma das mais belas letras de nossa música popular. E quem é ela? Seu nome é Adiléia da Silva Rocha, um nome grande para uma pessoa que ficou conhecida apenas como DOLORES DURAN. Ela nasceu em 7 de junho de 1930 e faleceu em 24 de outubro de 1959.

Há 50 anos!!!

Viveu pouco, não compôs muito, mas agradou a todos com sua ternura, não antiga, mas eterna.
Foi no bairro da Saúde(não muito saudável) que ela nasceu e ali mesmo, ainda pequena passou a tomar parte nas festas populares cantando como gente grande.

Impulsionada por um amigo, apresentou-se, ainda muito jovem, no Programa "Calouros em Desfile", que Ari Barroso mantinha na Rádio Tupi e onde era o "bicho-papão" dos calouro. Cantou e venceu com um bolero:"Vereda tropical", interpretando-o em português e espanhol. Agradou e recebeu nota 5, que Ari não dava a qualquer um.
Dai para a frente,passou a se apresentar em boates de Copacabana e, melhor ainda: tornou-se compositora e apresentava suas próprias músicas. Foi um sucesso só.

Era "Castigo"; "Fim de Caso"; "Manias"; Noite de Paz"; "Idéias Erradas"...Mas o que mais marcou sua carreira foi a belíssima "A Noite de Meu Bem"....na qual ela tudo queria para "enfeitar a noite de seu bem".
Viveu pouco, abusou de noitadas, de barbitúricos e de bebida, vindo a falecer em 24 de outubro de 1959, com apenas 29 anos.

Morreu Dolores, ficou sua fama. Enfeitou a noite de seu bem do outro lado da vida.

Norma Hauer





Garimpando versos e prosas- Acatem o Desafio ! - Foto do acervo de Rosineide Esmeraldo- "Meninas no Parque"

Parque Municipal do Crato - ano 1958

Respostas ao Desafio - Foto de Heládio Teles Duarte



Maria Amélia Castro disse...


Cacto solitário, carnudo e espinhoso,
Com chuva ou sol
Sempre firme,servindo de alimento para alguns

e de enfeite para o nosso torrão sertanejo.

.
Corujinha Baiana disse...

.
Terra Estéril
Vazia
Deserta
“Vidas Secas”


Não existe mais “ Baleia ”
Aos montes “Soldados Amarelos”...
Mas ‘Fabiano” não desiste !
E hoje, “Sinhá Vitória”
É símbolo de luta.

ANTROPOFAGIA BANGUELA disse...

.
Arames farpados
Cactos de mim
Pelos encrespados
Furos de espim
Sonhos empapados
Por que é assim?
A rudeza quente
Olhos ensopados
Ser tão castigado
Instintintigado
Pelo será fim

Ulisses Germano
Parabéns aos nossos improvisadores : Amélia, Corujinha e Ulisses !

Rabiscos queimados - Por Socorro Moreira


Preciso encontrar meu olhar,
perdido na menina dos teus olhos.
Preciso do teu silêncio,
que tudo entrega,
no escuro da tenda.


Busco um sinal
Um arco-íris
Chuva molha, estraga
ou viça
o que há fora de mim.


O poema deve ressoar
como música suave ...
Não quero que a dor,
dite uma canção .


Conviver é "viver.com"
sem a solidão do nosso próprio eco.

Pablo Picasso

Pintor espanhol naturalizado francês. Considerado por muitos o maior artista do século 20, era também escultor, artista gráfico e ceramista.

Pablo Picasso, o artista mais famoso e também o mais versátil do século 20, nasceu em Málaga, no sul da Espanha, em 25 de outubro de 1881. O pai era professor de desenho, portanto o óbvio talento de Picasso foi reconhecido desde cedo e, aos quinze anos, tinha já o seu próprio ateliê.

Após um falso início como estudante de arte em Madri e um período de Boêmia em Barcelona, Picasso fez a sua primeira viagem a Paris em outubro de 1900. A cidade continuava a ser a capital artística da Europa e foi lar permanente do artista desde abril de 1904, quando ele se mudou para o prédio apelidado de Bateau-Lavoir (Barco-Lavanderia), em Montmartre, a partir daí o novo centro da arte e da literatura vanguardista.

Durante este período, o trabalho de Picasso foi relativamente convencional, passando de uma Fase Azul melancólica (1901-05) para a Fase Rosa, mais alegre e delicada (1905).

A mudança de estado de espírito pode ter se originado em parte pela sua ligação com Fernande Olivier, seu primeiro grande amor. Na vida de Picasso, as mulheres e a arte estão inexplicavelmente misturadas, o surgimento de uma nova mulher freqüentemente sinalizava uma mudança de direção artística.

Embora os trabalhos de Picasso estivessem começando a ter sucesso comercialmente, ele decidiu abandonar seu estilo "Rosa". Em 1907, inspirado pelas esculturas ibérica e africana, pintou Les Demoiselles d'Avignon, um dos grandes trabalhos liberadores da arte moderna. Divertindo-se com uma nova liberdade pictórica, Picasso, junto com o pintor francês Georges Braque, criou o Cubismo, em que o mundo visível era desconstruído em seus componentes geométricos. Este foi comprovadamente o momento decisivo em que se estabeleceu um dogma fundamental da arte moderna - o de que o trabalho do artista não é cópia nem ilustração do mundo real, mas um acréscimo novo e autônomo. Graças ao Cubismo, a liberdade do artista estendeu-se também aos materiais, de foram que os meios tradicionais como a pintura e a escultura puderam ser suplementados ou substituídos por objetos colados nas telas, ou "montagens" de itens construídos ou "achados".

Ao contrário de alguns contemporâneos seus, Picasso nunca chegou a criar uma arte puramente abstrata. De fato, sua versatilidade o mantinha um salto adiante de seus admiradores, muitos dos quais se surpreenderam quando ele voltou a pintar figuras mais convencionais e depois, no início da década de 1920, desenvolveu um estilo neoclássico monumental. Coincidentemente ou não, em 1918 se casara com a bailarina Olga Koklova, e adotara um estilo de vida exageradamente próspero e respeitável - mas que ele achava cada vez mais aborrecido.

Em 1925, Picasso começou a pintar formas deformadas, violentamente expressivas, que eram em parte uma resposta às suas dificuldades pessoais. A partir desta época, seus trabalhos se tornaram cada vez mais multiformes, empregando - e inventando - uma variedade de estilos como nenhum outro artista havia tentado antes. Foi também um escultor criativo (algumas autoridades o consideram o maior expoente da arte no século 20), e mais tarde dedicou-se à cerâmica com grande entusiasmo. Em qualquer veículo que se expressasse, sempre foi imensamente prolífero, criando em toda a sua vida milhares de obras.

No final da década de 1930, quando o impulso criativo de Picasso parecia finalmente estar enfraquecendo, os acontecimentos o levaram a criar o seu quadro mais famoso: Guenica. Esta obra foi uma resposta aos horrores da Guerra Civil Espanhola. o conflito começou em julho de 1936 com um golpe militar liderado pelo General Francisco Franco, representando os elementos fascistas, tradicionalistas e clericais do país, contra a República Espanhola e seu governo eleito da Frente Popular (centro-esquerda).

Guernica 1937 Ao estourar a guerra, Picasso imediatamente declarou seu apoio à República, levantando enormes quantias em prol da causa e aceitando pintar um grande mural para o pavilhão espanhol na Exposição Internacional de 1937, em Paris. Ainda não havia começado quando soube que, em 26 de abril de 1937, aviões nazistas, enviados por Hitler para ajudar Franco, tinham bombardeado e arrasado a cidade de Guernica. Picasso pôs-se imediatamente a trabalhar nos esboços preliminares para Guernica e depois pintou a enorme tela em cerca de um mês (maio/junho de 1937). Ela foi a expressão máxima não só do sofrimento espanhol como do impacto devastador dos armamentos modernos de guerra sobre suas vítimas em todas as partes do mundo.

Apesar de tudo, os republicanos perderam a guerra civil, e Picasso ficou exilado da sua terra natal para oresto da sua longa vida. Durante a segunda Guerra Mundial, ele ficou na Paris ocupada pelos alemães, proibido de expor mas sem que ninguém o molestasse seriamente.
Depois da libertação de Paris, Picasso ingressou no Partido Comunista, e durante alguns anos certas obras suas foram declaradamente políticas; mas ele era também uma celebridade internacional, residindo na região onde os ricos iam se divertir no sul da França. Em seguida a uma série de ligações amorosas, ele finalmente casou-se pela segunda vez, agora com Jacqueline Roque, em 1961 e levou uma vida cada vez mais retirada. Artisticamente prolífero até o fim da vida, morreu aos 91 anos em 8 de abril de 1973.

pintoresfamosos.com.br

Humberto de Caampos



Humberto de Campos Veras (Miritiba (MA), 25 de outubro de 1886 — Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 1934) foi um jornalista, político e escritor brasileiro.

Era filho de Joaquim Gomes de Farias Veras e Ana de Campos Veras. Nasceu no então município maranhense de Miritiba - hoje batizado com o seu nome. Com a morte do pai, aos sete anos, mudou-se para São Luís e, aos dezessete, foi para o Pará, onde trabalhava como jornalista.

Aos 24 anos publica seu primeiro livro de versos (1910), intitulado "Poeira", que lhe dão razoável reconhecimento além do Norte e Nordeste. Dois anos depois muda-se para o Rio de Janeiro, continuando a carreira jornalística e, como ativista, tornou-se famoso sob o pseudônimo de Conselheiro XX.

Em 1920 ingressa na política, elegendo-se deputado federal pelo estado natal, e renova-o, sucessivamente, até perder o mandato com a Revolução de 1930. Getúlio Vargas, admirador do escritor, nomeia-o diretor da Casa Ruy Barbosa.

Sem estudos, Campos entretanto foi um dos grandes autores brasileiros, mesmo que seus escritos não tenham o merecido destaque. Inovou nas crônicas, adicionando ao estilo novos elementos. Quando adoeceu, mudou completamente seu estilo: de mordaz e cômico, transformou-se num arauto em defesa dos menos favorecidos, encontrando agora consolo por parte dos mais pobres.

Abandonado pelos parentes e antigos amigos poderosos, persiste contudo em sua nova e definitiva fase. Recebe dezenas de cartas de pessoas carentes. Submete-se a várias operações, fica cego, e assim falece, justamente quando nascera um "novo" Humberto de Campos.

Eleito para a cadeira 20, cujo patrono é Joaquim Manuel de Macedo, da qual foi o terceiro ocupante, foi recebido a 8 de maio de 1920, por Luís Murat.

Além do Conselheiro XX, Campos usou os pseudônimos de Almirante Justino Ribas, Luís Phoca, João Caetano, Giovani Morelli, Batu-Allah, Micromegas e Hélios. Deixou Humberto de Campos um diário secreto, publicado postumamente, causou enorme polêmica, destilando o autor críticas e comentários mordazes aos seus contemporâneos.

É polêmica antiga no meio jurídico o valor probatório da psicografia. O caso mais famoso indubitavelmente foi o de Humberto de Campos. A partir de 1937, três anos após a morte de Campos, várias crônicas e romances atribuídos ao escritor começaram a ser psicografados pelo médium brasileiro Chico Xavier. Entre as obras, todas editadas pela Federação Espírita Brasileira, a de maior notoriedade entre os espíritas brasileiros foi Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. No ano de 1944, a viúva de Humberto de Campos ingressou em juízo, movendo um processo contra a Federação Espírita Brasileira e Francisco Cândido Xavier, no sentido de obter uma declaração, por sentença, de que essa obra mediúnica "era ou não do 'Espírito' de Humberto de Campos", e que em caso afirmativo que ela tivesse os direitos autorais da obra. O assunto causou muita polêmica e, durante um bom tempo, ocupou espaço nos principais periódicos do País. A Autora, D. Catarina Vergolino de Campos, foi julgada carecedora da ação proposta, por sentença de 23 de agosto de 1944, do Dr. João Frederico Mourão Russell, juiz de Direito em exercício na 8º Vara Cível do antigo Distrito Federal. Tendo ela recorrido dessa sentença, o Tribunal de Apelação do antigo DF manteve-a por seus jurídicos fundamentos, tendo sido relator o Ministro Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa.

Página da Academia sobre o escritor
Precedido por
Emílio de Meneses ABL - cadeira 20
1920 - 1934 Sucedido por
Múcio Leão

Roberto Menescal !

"Roberto Batalha Menescal (Vitória, 25 de outubro de 1937) é um músico brasileiro. Foi um dos fundadores do movimento bossa nova.

Participava das reuniões no apartamento da cantora Nara Leão, na Avenida Atlântica, em Copacabana, onde o movimento começou. Menescal é um dos mais importantes compositores, ao lado de Tom Jobim, Carlos Lyra, Vinícius de Moraes. Criou canções que hoje são consideradas hinos do movimento e da própria música popular, como O barquinho, Você, Nós e o mar, Ah se eu pudesse, Rio, entre outras. Ronaldo Bôscoli é um de seus parceiros mais constantes.

Suas canções quase sempre apresentam o mar como temática. Atualmente, além de tocar violão e guitarra, dirige um selo musical e gerencia novos grupos e projetos musicais, como o Bossacucanova. Seu último trabalho foi produzir um documentário sobre bossa nova, chamado Coisa mais linda, em 2005, com seu velho amigo Carlos Lyra. "

* Assumo, que sou fã de carteirinha desse músico !
Assisti Menescal ao vivo, por diversas vezes, em locais intimistas , quando morei Rio x Friburgo.
Seu violao não tem exxplicação...Só emoção !
Gosto de Menescal com Wanda Sá, com Leila Pinheiro , com Cris Delano ...Demais !



Roberto Menescal e Wanda Sá - " Telefone "

Johann Strauss II - "Danúbio Azul"


Johann Strauss, dito II (nascido Johann Baptist Strauss ou Johann Sebastian Strauß) (Viena, 25 de Outubro de 1825 — Viena, 3 de Junho de 1899) foi um grande compositor austríaco da Era Romântica famoso por ter escrito mais de 500 Valsas, polkas, marchas, e quadrilhas. Filho de Johann Strauss I, e irmão dos compositores Josef Strauss e Eduard Strauss.Conhecido como "O Rei da Valsa", foi responsável pela popularidade da valsa em Viena durante o século XIX. Algumas das mais famosas obras incluem The Blue Danube(O Danúbio Azul), Wein Weib und Gesang, Tales from the Vienna Woods, Tritsch-Tratsch-Polka, o Kaiser-Walzer, e da opereta Die Fledermaus (o Morcego).
Estudou música com Joseph Dreschler. Em 1844, aos dezenove anos, fundou uma orquestra de danças. O repertório era formado por valsas e outras danças de vários autores, de seu pai e outras de sua autoria. Fez grande sucesso. Uma de suas composições teve que ser repetida dezenove vezes.

Em 1872, Strauss se apresentou nos Estados Unidos. Seus concertos atraíam tanto o público como compositores consagrados como Liszt, Brahms e Wagner . Este gostava tanto da obra de Strauss que considerava o Danúbio Azul a maior composição clássica de todos os tempos.

Johann Strauss II compôs mais de duzentas valsas, 32 mazurcas, 140 polcas e oitenta quadrilhas, num total de 479 obras publicadas, mais dezenas de peças manuscritas e outras realizadas em parceria com seus irmãos.

Casou-se três vezes, mantinha inúmeras aventuras sexuais e ficava constantemente doente tanto por "excessos amorosos" como por seu ritmo intenso de composição.

Na década de 1870 começou a escrever operetas. As duas primeiras foram Indigo, de 1871, e O carnaval de Roma, em 1873. A obra mais consagrada foi em 1874, com O Morcego, com libreto de Carl Haffner e Richard Genée, a partir de Le Réveillon, de Henri Meilhac e Ludovic Halévy, ambos libretistas de Jacques Offenbach.

Wikipédia



A chegada de George Gardner a Crato - por Armando Rafael

Crato, 1859 - Aquarela de José Reis - acervo do Museu de Artes de Crato
Dois anos fazia que George Gardner viajava pelo Império do Brasil, pois aqui aportou em 22 de julho de 1836.
Ele chegou ao Ceará, ao meio dia de 22 de julho – na data que completava dois anos do seu desembarque no Rio de Janeiro. Certamente, foi com alívio e alegria que o Botânico inglês contemplou a foz do Rio Jaguaribe, emoldurada pelas areias brancas do litoral cearense, ponto final da travessia. Mas só no dia seguinte, 23 de julho, utilizando um bote, ele desceu pelo rio, até atingir, a pouca distância, a vila de Aracati.

Gardner não demonstrou interesse em conhecer a vila de Fortaleza que, desde 1810 era a capital do Ceará. Optou por percorrer outras povoações do interior. No Ceará, o roteiro traçado pelo pesquisador incluiu, além de Aracati – porto por onde se exportava o couro e o charque produzidos na Província – a vila de Icó, importante entreposto comercial, em pleno sertão. Seu destino final, na Província do Ceará, era a vila de Crato, menor e mais atrasada que as duas acima citadas e localizada ao sopé da Chapada do Araripe.

As redondezas de Crato eram dotadas de exuberante vegetação – com boa variedade de fauna e flora nativas – possuindo dezenas de fontes naturais, além de depósitos de fósseis do período Cretáceo Inferior. Era isso que atraía o interesse do intelectual inglês. Gardner demorou cerca de 12 dias em Aracati. No dia 3 de agosto, sob forte chuva, rumou, com seus ajudantes e algumas malas, em busca de Icó, onde faria uma parada antes de atingir Crato.
Ao final da tarde do dia 9 de setembro de 1838, após ter cavalgado sobre terra plana e arenosa, de ter contemplado grandes plantações de cana, onde sentiu o cheiro do mel vindo dos engenhos de rapadura, a invadir a atmosfera com seu aroma adocicado, avistou Crato. Extasiado com a beleza da localidade, ele escreveu as linhas abaixo:

"Impossível descrever o deleite que senti, ao entrar neste distrito, comparativamente rico e risonho, depois de marchar mais de trezentas milhas através de uma região que, naquela estação, era pouco melhor que um deserto.

A tarde era das mais belas que me lembra ter visto, com o sol a sumir-se em grande esplendor por trás da Serra do Araripe, longa cadeia de montanhas, a cerca de uma légua para Oeste da Vila, e o frescor da região parece tirar aos seus raios o ardor que pouco antes do poente é tão opressivo ao viajante, nas terras baixas.

A beleza da noite, a doçura revigorante da atmosfera, a riqueza da paisagem, tão diferente de quanto, havia pouco, houvera visto, tudo tendia a gerar uma exultação de espírito, que só experimenta o amante da natureza e que, em vão eu desejava fosse duradoura, porque me sentia não só em harmonia comigo mesmo, mas “em paz com tudo em torno".

Texto e postagem de Armando Lopes Rafael
Instituto Cultural do Cariri–ICC
Fundado em 4 de outubro de 1953
Convite


A Diretoria do Instituto Cultural do Cariri–ICC convida V.Sa. e família para a Sessão Solene de posse de Lúcio Gonçalo de Alcântara na Cadeira nº. 29, Secção de Ciências, que tem como Patrono José Waldemar Alcântara e Silva.
Atenciosamente
Manoel Patrício de Aquino - Presidente
Raimundo de Oliveira Borges - Presidente do Conselho Superior


Data: 24 de outubro de 2009
Hora: 19h30minh
Local: Sede do Instituto Cultural do Cariri
Praça Filemon Teles nº. 1 – Centro – Crato
(em frente ao Parque de Exposição)