Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sábado, 24 de outubro de 2009

Respostas ao Desafio - Foto de Heládio Teles Duarte



Maria Amélia Castro disse...


Cacto solitário, carnudo e espinhoso,
Com chuva ou sol
Sempre firme,servindo de alimento para alguns

e de enfeite para o nosso torrão sertanejo.

.
Corujinha Baiana disse...

.
Terra Estéril
Vazia
Deserta
“Vidas Secas”


Não existe mais “ Baleia ”
Aos montes “Soldados Amarelos”...
Mas ‘Fabiano” não desiste !
E hoje, “Sinhá Vitória”
É símbolo de luta.

ANTROPOFAGIA BANGUELA disse...

.
Arames farpados
Cactos de mim
Pelos encrespados
Furos de espim
Sonhos empapados
Por que é assim?
A rudeza quente
Olhos ensopados
Ser tão castigado
Instintintigado
Pelo será fim

Ulisses Germano
Parabéns aos nossos improvisadores : Amélia, Corujinha e Ulisses !

Um comentário:

Teresa disse...

Socorro gostaria de colocar um poema que diz muito dessa paisagem.
Olegário Mariano, pernambucano de nascimento, versos que nos emocionam demais:

“O MILAGRE DO NORDESTE

Ante a desolação da terra comburida,
O homem, depondo a enxada, acurvado de mágoa,
Pôs o joelho no chão e mal pôde dizer:
– Deus! Com o sol que me dás, tu me tiras a vida...
Manda-me por piedade um pouco d´água
Para o meu pobre gado não morrer!

E apontava com o braço escarnado a campina
Onde os trapos daquela imensa ruína
Mugiam com vergonha de viver


– Deus ! Meu cavalo ontem morreu de fome e sede,
Enterrei-o envolvido em minha rede:
Era o que tinha de melhor para lhe dar.

E, sem poder dizer tudo o mais que sentia,
Os braços alongando à tarde que morria,
O homem, junto à enxada, atirou-se a chorar...

E sobre ele, choveu a noite toda, sem parar.”