Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

sexta-feira, 8 de abril de 2011

ENCONTRO COM AMIGOS


Edilma, Claude, Carlos e Magali
Sem palavras...

FALANDO DE FLORES - Por Edilma Rocha


CAPUCHINHA - Tropaeolum majus - Uma planta com alma de artista. A Capuchinha também é popularmente conhecida como "chagas", de "agrião-do-México" e "flor-do-sangue", nome provavelmente devido à fama que a planta adquiriu como anti-anémica. Intimamente ligada à sensibilidade e à emoção. Na Europa de séculos passados a Capuchinha tinha tanto destaque nos jardins quanto a poesia, a música e a pintura na vida social.


Planta herbácea, que pode ser usada como forração ou conduzida como trepadeira de até 5 metros de comprimento. Originada do Peru, México e outras regiões da América Central. Pouco exigente quanto ao solo, pode ser cultivada num canteiro ou vaso onde receba bastante luz solar. Decorativa, pode formar os contornos dos jardins ou plantada em jardineiras numa varanda ou peitoril ensolarado. O excesso de humidade facilita a proliferação de fungos e deixa o ambiente propício para lesmas e caramujos.


Se o cultivo for destinado à alimentação, prepare um local especial onde possa contar com a luminosidade necessária para o seu desenvolvimento e se mantenha livre de formigas e outras pragas. Na culinária, a Capuchinha é um saboroso e colorido ingrediente para as saladas. Tanto as folhas como as flores apresentam seiva de sabor picante, muito parecido com o do "agrião". Na medicina natural é usada no tratamento do "escorbuto" (carência de vitamina C). Tem efeito expectorante e estimula o sangue.

Edilma Rocha
Fonte - Jardim Interior - Denise Cordeiro

Pensamento para o Dia 07/04/2011


“Meras palavras não são suficientes quando você reza. Você deve oferecer seu coração a Deus em oração. Grandes almas oferecem seus corações a Deus em oração. No Mahabharata, Draupadi, a esposa dos Pandavas, sempre rezava assim: 'Querido Senhor, eu Lhe adoro dia e noite. Por favor, seja misericordioso e me proteja. Se for compassivo comigo, não serei incomodada por todos os desafios e provações que possa ter de enfrentar'. Fiel a sua oração, ela sempre recebeu a proteção de Deus e superou inúmeros problemas que teve de enfrentar em sua vida. Sua devoção ao Senhor Krishna permaneceu inalterada, apesar de enfrentar muitos desafios e provações em sua vida. Alguns podem orar ao Senhor Rama, outros podem orar ao Senhor Krishna. Nomes e formas são muitos, mas a Divindade é uma só. O Atma é a Divindade sem nome sem forma.”
Sathya Sai Baba

Homenagem a Dona Epunina – Por Chico Norões

Versos à “Mãe”*

“Mãe”, como tu estás feliz
Pois Deus assim o quis
Te levar sem sofrimento.
Não sofreste nenhum mal
Nem ficastes em hospital
Tudo é contentamento.

Me disse o Padre Manuel
Que a senhora vai pro céu
E vai gostar, com certeza.
Ao se encontrar com Valdir
Não se lembrará daqui
Tudo será só beleza.

Pra “Mãe” iremos rezar
Dos teus terços nos lembrar
Quando “Mãe” os distribuía.
Com aquela satisfação
Já os trazia na mão
Pois “Mãe” mesmo os fazia.

Ministra da Eucaristia
Com muita sabedoria
Visitava os doentes.
Levando palavras de amor
Rezando pra nosso Senhor
E todos ficavam contentes

Foi assim a tua vida
Por todos era querida
Uma pessoa de Deus.
Por isso que eras “Mãe”
Com coração sem “tamãe”
Todos somos filhos teus.

Crato, 4 de abril de 2011

Chico Norões

* Epunina Ferreira Silva

NÃO TEMOS PARA QUEM APELAR - Pedro Esmeraldo

No momento, estamos caminhando sozinhos, ou melhor, quase sozinhos, gritando à toa, sem ressonância no meio do semi-árido, mas gritamos sem medo. Observamos que as autoridades da capital desprezam o Crato e que atualmente é comandada por políticos apáticos e assessores aparvalhados. Eis aí a causa do desgaste político do Crato. Atualmente, encontramos um Crato parado, intumescido, dirigido por alguns políticos pertencentes à nação tupiniquins. Por isso, ninguém se esforça para trabalhar porque o índio não é adaptado para o trabalho, não tem interesse algum de solucionar seus problemas com afeição profunda. Já reclamamos por várias vezes, já estamos cansados de gritar e não somos ouvidos. Pedimos que os cratenses deem um basta nesse descaso e criem coragem e venham reclamar, pedindo com humildade aos homens de bem da cidade que trabalhem e resolvam os problemas angustiantes porque não podemos mais esperar. Gritar? Para que gritar se os homens “políticos” fazem vista grossa e não atendem os nossos apelos? Afirmamos: esses homens líderes do Crato não se movimentam e nada querem resolver, principalmente os problemas mais agravantes da cidade. Convém notar, esses homens só praticam (efetuam) política em benefício de si mesmo. Olhamos para todos os lados, não encontramos nenhum contrato de serviço que favoreça melhorar o semblante da cidade, esta cidade sem homem sério e interesseiro pelo seu desenvolvimento. Há deles (homens políticos) que só aparecem por aqui em período eleitoral, com o interesse de apenas obter votos. Após o pleito somem-se daqui, retornando quando no início da campanha do outro pleito eleitoral. Ficam distantes da cidade, pois quem quiser que lute sozinho. Daí, como não possuímos representação alguma, os penetras se aproveitam e levam o que de bom “possuímos”. Temos como exemplo: o fechamento do SENAI, SESI e agora o SEBRAE, que se transforma apenas num escritório obscurecido. Tudo aqui está entregue à Deus-dará. Nada vem para ficar, porque seu objetivo é esvaziar o Crato. Não acreditamos mais nesses políticos locais que não sabem dizer outra coisa senão amém. Muitos deles só desejam desarticular o Crato a fim de desorientar o povo que permanece sem energia positiva para enfrentar as agruras dos caminhos ínvios das florestas hostis. Não possuímos prestígio, não conseguimos reagir aos insultos provocados por essa massa ignóbil que nos cobre de injúrias com o objetivo de forçar a barra para afastar o cratense da luta e do trabalho, tentando mudar a face do Crato porque tudo nos negam e nada vem para esta cidade. Perguntamos com insistência: por que lutamos em vão e vivemos sem poder conquistar os nossos direitos? Por que observamos que eles nos afastam da mídia política e não nos deixam seguir tranquilamente o caminho igualitário e digno de bom comportamento de uma pessoa humana? Por que lutamos sem esperança e não podemos reconquistar o patrimônio perdido injustamente, afastando-nos de seguir o caminho sóbrio a fim de adquirir dos poderosos o trabalho equilibrado que enobrece o homem que possui bom comportamento humano? Respondemos com sinceridade: nós os cratenses, lutamos com coragem, portanto, protestamos junto às autoridades de Fortaleza, dizendo: Crato também merece um lugar ao sol. Queremos lutar, queremos justiça, queremos trabalho, queremos paz de espírito, com união de forças, clamando a todos para que juntos brademos com entusiasmo, com berros ensurdecedores, repetindo sempre, até chegar aos ouvidos dos nossos inimigos: deem ao Crato o que é do Crato, mas não deixem a cidade cair no esquecimento. Recordamos que em tempos passados, Crato possuía um prefeito de coragem, pois teve a bravura de preferir em altas vozes junto ao governador daquela época, discordando do péssimo tratamento que o Crato recebia. Infelizmente, não encontramos nos anais da política do Crato, um cidadão da estirpe do Dr. Humberto Macário, mas esperamos que em tempos futuros surjam outros líderes valentes, vibradores, cheios de energia, que tenham coragem de lutar em defesa do Crato, assim como lutou esse grande cidadão do passado. Vamos em frente, pois com fé em Deus haveremos de reconquistar o nosso patrimônio perdido.

PRANTO





PRANTO

Eu não quero ouvir o barranco.
Eu não quero ouvir o rio e os peixes.
Eu preciso aprender a chorar em silêncio.
A minha dor vai arrebentar as paredes.

A cabeça de boi no portal da casa
é branca como a minha dor.
O meu cavalo encostou as narinas no chão
agonizando,
agonizando com gosto de terra na boca.

As rodas da carroça gemem nas pedras.
As nuvens pesadas roncam no céu escuro.
As crianças estão geladas, duras de frio.
Os bois no pasto mugem a dor do mundo.

Os lampiões projetam sombras na cozinha,
as sombras dançam nas telhas negras da cozinha.
A fogueira no quintal lança labaredas
como estrelas desesperadas.

Eu não quero ouvir o barranco.
Eu não quero ouvir os mortos.
Eu quero chorar em silêncio
como quem morre.

O deserto cada vez mais pesado,
a noite cada vez mais pesada.
Nem se respira de tanta dor.
Como quem morre.