Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dom Corleone: o verdadeiro Ethos dos EUA - José do Vale Pinheiro Feitosa

Quando vou ao Crato e não encontro ninguém à noite, suponho que estejam em casa na internet ou vendo televisão. Por isso mesmo suponho que um ou outro terá nova oportunidade de assistir ao Poderoso Chefão de I a III. Estão num destes Telecines da vida.

E aí cá deste canto estou a me perguntar o que acham da ética daquela máfia? O lógico é que a morte para tomar o negócio do outro e a cartelização do comércio seja algo abominável ao bom cidadão.

Então me pergunto: alguém efetivamente sabe diferenciar aqueles mecanismos do mundo normal dos negócios? Sempre a concentração, a exclusão do outro e o domínio absoluto das mercadorias e fregueses.

Tanto na máfia quanto na livre concorrência o inato de ambos é o mesmo: o domínio das riquezas do comércio. Por isso mesmo esta natureza transposta para a política de Estado se torna o Ethos de um povo.

Os norte-americanos, tanto por historicamente pretenderem herdar o império britânico, quanto por irem ao extremo da experiência acima citada, têm no seu Ethos o domínio e o controle do território nacional alheio. Agora mesmo isso ocorre no México.

Mas o princípio é completo: visam o lucro em amplo sentido. Ganham em tudo que fazem na chamada “Guerra contra as Drogas”. Enquanto ao México restam milhares de mortos, uma situação de militarização generalizada que pode desencadear golpes militares e o esvaziamento produtivo nacional. Aos EUA tudo ao nosso reino.

Aliás, o NAFTA rebentou o México. A tal zona de livre comércio que tentaram impor a toda América Latina, era uma arapuca que disparou. Criaram milhares de empresas maquiadoras de produtos perto da fronteira com os EUA. Não agüentaram a “livre concorrência” dos asiáticos.

Por exemplo, entre as vizinhas El Paso nos EUA e Ciudad Juarez no México, a face negra do domínio americano se mostra. Ciudad Juarez perdeu perto de 100 mil empregos, até o prefeito da cidade mora em El Paso devido à violência.

Os EUA são tão ferozes neste “destino manifesto” que agora vendem milhões de dólares em armas, pagam consultores, invadem o território mexicano e alguns milhares de agentes americanos estão no território vizinho em perseguição aos mexicanos, especialmente pobres das periferias urbanas.

Além disso, os americanos ganham bilhões de dólares para lavar o dinheiro da venda das drogas. Em outras palavras, os bancos norte-americanos estão levando de volta para si o lucro que os mexicanos tiravam com os viciados ricos do “american way of life”.

Segundo algumas estimativas a aliança entre os cartéis de droga (inclusive da América do Sul) e a banca norte-americana é superior a qualquer outra atividade do sistema da banca privada americana. Tal correlação escancara o Ethos americano.

Não tem guerra contra as drogas coisa alguma. É simplesmente o domínio desta “dinheirama” gerada pelo consumo de drogas. O governo americano funciona apenas como o Capo de proteção dos seus bancos. Não é diferente dos matadores de Dom Corleone.

Irmãos amigos para sempre


François Bloc
Meu irmão
Estamos iguais ao vinho
Quanto mais velho, melhor
Tu és tão meu, como eu sou teu
Você é um cara MARAVILHOSO
Companheiro amigo
Muito amigo
Amigo amigo
Tenho orgulho e carinho de ti
Tenho orgulho de te dizer, que te amo
Obrigado
Mas não só por ser meu irmão!
E sim
Por Você ser você
você mesmo
exatamente assim, como você é .

Jacques Bloc

A "graviola podre" do Zé do Vale - José Nilton Mariano Saraiva

Com a autoridade que lhe é conferida de ser um dos grandes pensadores da atualidade (reconhecida por todos que apreciam um bom e consistente texto), contundente e corajoso Zé do Vale nos sinaliza sobre os caminhos da intolerância e do sectarismo tão recorrentemente presentes em determinadas postagens de certos blogs da Região do Cariri, fielmente retratados na forma pejorativa como são estigmatizados aqueles que não rezam pelo mesmo catecismo, não se amoldam a determinado tipo de cartilha ou não fazem questão de se fazer parecer politicamente corretos (do tipo “papai-com-mamãe”), daí o rótulo de agressivos e desrespeitosos que se lhes atribuem.
Bem que poderiam refletir sobre o que nos diz o Zé do Vale (postagem “Manter a mensagem e o debate”, aqui veiculada dias atrás), antes de rebolar “graviolas podres” em quem tem a coragem e responsabilidades devidas de se abrir para o mundo. Sem receios ou temores. Preto no branco e assinando ao final.

Vejam que autenticas pérolas do nosso Zé:

“A verdade é que ninguém precisa saber do meu quintal, mas é importante que alguém compreenda a minha busca de compreensão do mundo. Não concorde com ela, mas saiba que assim imagino. Não tem problema que aponte meus erros, mas sem jogar graviola podre em cima de mim” _________________________________

“No dia em que um assunto não puder ser tratado por um cidadão, este assunto não existe. Isso é coisa de sociedade secreta, de iluminados, de mensagens cifradas.(...) Se estamos todos aqui discutindo política, cultura, economia, filosofia e o cotidiano o mais certo é que as visões se multipliquem”.
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“E quando abordo qualquer assunto, mesmo que não seja do agrado de outras pessoas, não imagino a concordância, mas, no mínimo, o brilho do contraditório”.
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“Quando não gostamos da abordagem de alguém, tratemos de analisar, refletir e se estiver com o conteúdo que julgue importante contrapor-se tem por sentido a obrigação de fazê-lo. E também se não tiver interesse em participar de eventuais querelas não o faça. O que não é legal é ficar com raiva, querendo jogar frutas em quem discorda”.

Aquarelando a Chapada
- Claude Bloc -


Final de junho. A natureza se enfeita para festejar os acordes juninos. Festas, folguedos, fogueiras acesas nas lembranças, ipês roxos florindo na mata. Águas plácidas refletindo um céu imenso.


E seguimos. O sol brincando na lente e o verde se espalhando pelas vistas da gente brincando de amaciar o dia.


Aqui e ali, um reflexo que se mistura ao tempo. Ipês encantando as emoções da gente. Pintando a vida numa aquarela de tons sobre tons.


E seguimos a estrada. O caminho é um convite ao novo. À nova empreitada. Ao dia que se alonga e nos frutifica.


E nosso olhar se deita nos campos aveludados, onde sonhamos ficar mais um pouco. Onde nosso sonho escorre a cada passagem. Onde sentimos a vida em sua plenitude.

Claude Bloc

Feridas abertas - Emerson Monteiro


Algo que revira entranhas feito brasa acesa nesses tempos convulsos caracteriza o despreparo da Humanidade para solucionar graves desafios em séculos seguidos. Apenas uma banda de mundo aparenta tranquilidade do ponto de vista social. A outra, amargura marcas profundas em termos de desencanto e desesperança. Espécie de sistema injusto transfere, de geração a geração, fortes heranças deixadas pelas guerras, em desatenção ao mínimo padrão da boa convivência, quando tudo serviu de pretexto à ganância dos menos escrupulosos. O cinismo diplomático ainda representa a regra básica dos povos e países, na conquista dos mercados e escravos.

Trilhões financeiros da riqueza da Terra alimentam a máquina infernal de quantias imensas que movimentam a indústria das armas, o comércio das drogas, os jogos, a prostituição. Praticar respeito entre as criaturas humanas deixou de significar progresso e demonstra fraqueza. Há que se andar tantos caminhos até contar história diferente, de alegria e positividade.

O canteiro de obras desses sonhos bons, no entanto, espera trabalhadores melhor qualificados, pois agora os exemplos torpes de autoridades infiéis aos compromissos coletivos querem fixar modelos perdidos. E o que se vê são caravanas de complicações no resultado parcial da farra política.

A cena dos palcos mostra limitações de não ter tamanho. Atores fantasiados encenam quais marionetes abobalhadas em meio aos gritos desesperados da miséria moral que predomina.

Nisso existem aqueles vendilhões da miséria alheia que usam a bilheteria em favor particular, os ditos ratos de monturo. Sugam as energias das populações de armas em punho, descaradamente qual sendo só seu o que a todos pertence.

Querer narrar a condição humana noutros cadernos mais organizados, ou pintar o barco nas cores amenas, eis o desejo de qualquer sobrevivente do mundo atual. Porém as telas que a realidade oferece quase que em nada mudaram, nos panoramas tristes elaborados desde a antiguidade dos pintores medievais.

Fanatismos, corrupção, distorções legais, administrativas, pornografia, epidemias, poluição, palavras do poema histérico escrito nos ares cinzentos e transcrito nas páginas rudes da civilização.

Esperar por mudanças favoráveis, mesmo que isto represente conscientização e trabalho, nunca é tarde, e recomeçar sempre a jornada. Cada personagem da crise desse chão detém o poder de transformar sonhos em acontecimentos, desde que reconheça disso a enorme necessidade presente.

VÍDEO - Cineasta e Cinegrafista Catulo Teles fala sobre a sua relação com o Cinema e a I Mostra Crato de Cinema e Vídeo


Um artista Global


Filho do grande e inesquecível radialista, e estudioso do folclore, Elói Teles de Morais, Catulo Teles é um dos maiores profissionais ligados à TV e ao cinema. Trabalhou na TV GLOBO de Brasília por 5 anos e na TV veres mares por 12 anos, Catulo está entre os melhores cinegrafistas e editores de vídeo do Nordeste, aclamado inclusive pelos "papas" dessa área extremamente importante da arte de fazer cinema. Na I Mostra Crato de Cinema e Vídeo, 6 dos 30 filmes apresentados tem a marca desse profissional, e nessa mostra ele teve a oportunidade de apresentar-se também como cineasta, com um dos seus próprios filmes. Com vocês, um pouco da história de vida de Catulo Teles:

O.B.S - Para evitar ouvir 2 sons ao mesmo tempo, pare antes o player da Rádio Chapada do Araripe, no canto superior direito, no topo do Blog.



Produção: Dihelson Mendonça
TV CHAPADA DO ARARIPE - WEBTV
www.tvchapadadoararipe.com