Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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domingo, 30 de janeiro de 2011

Uma Tarde maravilhosa ao lado do casal Almeidinha e Valdênia - Por: Dihelson Mendonça

Uma tarde inesquecível. Foi o que aconteceu ontem, dia 29 de Janeiro, quando o casal Almeidinha e Valdênia nos convidou para um excelente almoço e uma tarde juntos. Lá estavam também nosso querido amigo Antonio Morais, o casal Dr. Sávio Rolim e sua simpática esposa Fran, além de outros amigos não menos queridos, que passaram rapidamente pelo local.

Cobertura Fotográfica:

Num local abençoado por Deus, de uma beleza incrível, cercado por flores de todas as cores...

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Formando quadros coloridos à espera de olhos atentos que os possam observar

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Existe um mini-paraíso ao Sopé da Chapada do Araripe

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Ali mora o simpático Casal Almeidinha e Valdênia

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Olha que turma boa estava lá ( na foto cabe apenas uma parte )

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Eu quase apareci nessa foto... rs rs mas o Morais ficou bem...

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Para quem aspira a PAZ, melhor lugar, impossível...

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A Ninha aí fazendo pose ao lado do golfinho na piscina de hidromassagem...

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D. Claude Bloc e o Casal...felicidade total, né Claude ? Tenho ainda muitas fotos...

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Flores no jardim...

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E flores no Jardim...

Dr Savio

Olhaí a turma... eu estou por trás da câmera, Ah! um espelho...

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Como é bom rever amigos de verdade, reunir...conversar depois de tantos anos...

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Almeidinha me disse a melhor frase do ano. Depois que o pessoal todo saiu, às 17:00, eu e a Ninha ficamos ainda até 19:00 ou mais conversando. Ele me disse: "Dihelson, eu estou te segurando aqui para te tirar daquela loucura toda. Para você ter um momento de paz. Eu não sei como é que você aguenta tantos trabalhos e manter tudo funcionando"

Meu querido Almeida, meu Irmão, nossa conversa ontem foi maravilhosa. Temos tanto em comum, assuntos diversos, compartilhamos de tantos pensamentos, que uma vida é insuficiente para conversarmos. Você que já deve ter lido aí uns 400 livros, e sempre em busca do conhecimento. Quero beber muito nessa sua fonte aí. Muito obrigado a você e a Valdênia pelo convite e apareceremos mais vezes, finais de tarde para conversarmos e como você acertou em cheio, "sair um pouco dessa vida conturbada aqui do centro do Crato".

Um grande abraço a todos, Claude, Morais, e os demais amigos que lá estiveram.
Obrigado por tudo!

Dihelson Mendonça e Ninha

Um sábado com amigos...

O dia amanhceu ensolarado. Cedo recebi uma comunicação de Vicente Almeida. Era a confirmação do convite feito anteriormente. Às 11 horas segui para o "esconderijo" do casal: Vicente e Valdênia. Gente finíssima de uma simplicidade cativante.

O lugar foi acolhedor e agradou-me sobretudo pelo verde, pelas flores, pelo cheiro de serra. Logo estava eu explorando os arredores da casa na companhia de Raquel e Lilo (o coelho). Foi um momento de pureza e espontaneidade.
A casa exala paz e harmonia. Cada recanto guarda espaço para uma beleza ímpar.
Numa pequena latada a sombra acolhedora para uma boa prosa.  Dr. Savio e Fran foram motivos de descontraída conversa recheada de risadas.
Morais e seus causos nos levou a gargalhadas. Foi o maior consumidor de mungunzá com pequi. Também pudera, esse mungunzá estava um manjar dos deuses.
 Chegaram Dihelson e Ninha e a prosa foi sendo registrada pelas fotos. Fotógrafo não aparece a menos que seja flagrado, né?

Pois sim, podem crer, o sábado foi espetacular. E para completar Mundim do Vale nos ligou na hora do almoço enchendo-nos de alegria com seu bom humor e engrossando a lista de amigos reunidos ali para esse momento de integração e amizade.

O lugar é idílico. Creio que todos ali saíram em estado de graça.

Claude Bloc

ENCONTRO COM AMIGOS -Por Edilma Rocha


Carlos e Magali
Sem palavras...

O Plástico - Roberto Jamacaru

Desculpe, amigo, se te alcançamos tão pouco.
Bem que queríamos, mas voar na tua imaginação era privilégio dos Deuses da criação.
Tu que vivias um mundo à parte, num plano irreal, com certeza tinhas razão para rir da maneira que rias; para criar do jeito que criavas e imaginar com a riqueza que imaginavas.
Dizem que nos píncaros montanhosos é onde corre a melhor das brisas, mas alcançá-los e senti-las fica para os libertos de espírito que têm na essência artística a verdadeira visão da vida. Tu, no entanto, diferentemente de nós, vagavas costumeiramente no mais alto desses montes.
Quantas e quantas vezes olhamos para ti e vimos o teu corpo em movimento a sorrir marcando presença entre nós, mas, nessa mesma hora, quantas e quantas vezes foi impossível alcançar o vôo da tua imaginação. Estavas, como sempre, em outra dimensão, no além mar, no além céu, no além cosmo, no além espírito, mas sempre perto de Deus.
Era dessas esferas imaginárias que tuas atitudes carinhosas nos surpreendiam. Sempre fomos todos rasteiros em relação a ti, quando o assunto era criatividade e imaginação, enfim, quando o assunto era a arte.
Meu caro poeta das cores e formas, como nos impressionava ver teus pincéis bailarem na brancura de uma tela, definindo e redefinindo o concreto e o abstrato; o belo e o feio; o triste e o alegre com tanta harmonia.
Para “nosotros”, meros grafiteiros de mentes plebes, isso era mágica.
Nas tuas galerias havia olhos que falavam;
Vestes que desnudavam;
Silêncios que protestavam;
Mudez que gritava;
Passos que voavam
E choros que riam.
A tua arte falava mais que mil palavras;
Protestava mais que mil revoluções;
Coloria mais que mil arco-íris;
Embelezava mais que mil arranjos.
De tanto mexer na dramatologia do real com o imaginário, levando-nos ao delírio da contemplação, um dia resolveste fazer parte do sonho.
Assim, moldurado nos teus próprios quadros, nas paredes de nossas vidas, ficastes exposto para sempre, reluzente e colorido, a nos adornar na alegria de tuas fantasias.
Na tua última homenagem, o teu corpo, em cinzas, foi lançado sobre o solo dos antigos índios guerreiros, habitantes do misterioso vale do Quixará.
Eras um artista plástico.
Em telas plásticas pintavas a vida.
Um dia viraste tinta, na imagem te confundiste, e aí, na imortalidade da própria arte, renasceste para sempre.

Tributo ao Artista Plástico, natural de Farias Brito no CE.
- Normando Rodrigues –

DESCULPAS PARA BOI DORMIR...

OU, NÃO NOS QUEIRAM FAZER DE IDIOTAS!


Recebi ontem um comentário sobre um artigo que publiquei sobre o DESASTRE no Crato, ainda não acessei o meu artigo para verificar se tem mais. Compreendo que as autoridades tenham seus prepostos e porta vozes para em momentos de dificuldades falar po explr ele ou prestar contas a seus ELEITORES e façam essa praticas para não se expor. É esse o papel dos Public Relations. Até aqui é compreensível. Mas os dias de hoje, não são dias comuns. Sobre o Crato um desastre natural de grandes proporções ocorreu e que NÓS sabemos, e os técnicos e especialistas do mundo inteiro sabem que podia ter sido evitado ou no mínimo prevenido com bastante antecedência. Todo Cratense de minha época para trás lembra das famosas enchentes do Rio Granjeiro. Todo mundo viu, todos são testemunhas oculares do fenômeno. O que tem a ver isso com esta administração? TUDO! Faltou Prevenção, Fiscalização, Autorização do uso do solo, implementação de obras de contenção a jusante do rio, barreiras que não foram feitas, requalificação do canal que corta a cidade. O que isto quer dizer? Retificação da sinuosidade (hoje é uma linha reta que só contribui para aumentar a velocidade e o furor das águas para retomar seu leito natural. Alargamento da área de margem a margem, mesmo deixando apenas uma pista de rolamento, paredes de contenção laterais no "futuro" canal, com um metro ou um metro e meio de altura. Sublocação de famílias que construíram suas casas ou barracos a menos de 30 metros do Rio (isso é lei!), nas encostas, nos morros com inclinação de mais de 45 graus, canaletas laterais de cimento nas ladeiras conduzindo a água para reservatórios subterrâneos ou desague longe do perímetro urbano. Treinamento, aparelhamento e constante reciclagem da DEFESA CIVIL DO MUNICÍPIO. Articulação efetiva entre todos os Órgãos responsáveis por este tipo de catástrofe com UM COMANDO ÚNICO. Cobrar do Governo do Estado e do Governo Federal a liberação imediata das mesmas linhas de crédito oferecidas aos Estados do sul/sudeste, ou não pertencemos a Federação? Ou ainda somos Confederados do Equador? Repito, os senhores DEPUTADOS ESTADUAIS eleitos com votos dos Cratenses apareçam agora com medidas efetivas para ajudar emergencialemente, mas que dediquem EMENDAS orçamentárias para resolver definitivamente este e mais 10 problemas não resolvidos da cidade. Desses falarei depois. Me causa espanto ver a digníssima Sra. Primeira dama lembrar a SOLIDARIEDADE para com as vítimas. Senhora, com todo respeito, nós Cratenses assim como a senhora, somos solidários por intrínseca natureza. Mas com sua bondade e preocupação dirija seus apelos ao inepto Governo desse Estado que só tem vistas para o Juazeiro do Norte, e sabe porque senhora? Por que os políticos atuais não têm o mínimo interesse na coletividade. Deixo de fora nessa crítica, por enquanto, meu dileto amigo José Arnon, cratense, que já realizou alguma coisa pela cidade e de quem eu espero medidas eficazes e imediatas. Não temos FORÇA POLÍTICA! REPRESENTATIVIDADE! o povo do Crato não quer PÃO E CIRCO senhora, nós queremos de volta a PRINCESA DO CARIRI. Reitero aqui o meu respeito pessoal e familiar, não entenda como nenhuma ofensa pessoal de qualquer natureza a vossa pessoa ou a do vosso esposo, o Prefeito da MINHA cidade. Mas, administrativamente, na minha opinião, foi uma DECEPÇÃO irreparável. Vibrei com a eleição, pensei: aí vem o herdeiro do inesquecível,profícuo, respeitado e querido Dr. Ossian Araripe. Com o qual minha família manteve laços. Hoje considero que minhas emoções e esperanças foram traídas....e lamento isso. Mas nós, prezado Porta Voz, somos "descendentes" de Bárbara de Alencar e dos índios Kariris. Orgulhamo-nos de ser "piquizeiros" e haveremos de encontrar , em breve, um Cratense para ser o futuro Prefeito e cujo coração esteja "enterrado" na chapada, um coração valente, que ame essa terra até a última fibra de seu SER, que tenha uma visão administrativa contemporânea, competência, preparo, disciplina, projetos modernos e, sobretudo: AMOR INCONDICIONAL a esta TERRA abençoada pela Senhora da Penha.


Nilo Sérgio Duarte Monteiro
Cratense da Gema.

SOLIDARIEDADE COM OS CRATENSES

Dois dias depois - Emerson Monteiro


No jornalismo, notícias são acontecimentos de interesse público divulgados pelos meios de comunicação de massa, e existem formas de avaliar a importância das notícias conforme a sua relevância. Uma dessas formas é a proximidade. Entre duas notícias, uma sempre melhor atende a esse requisito de tocar mais de perto a comunidade.
Enquanto avistávamos, no Cariri, as catástrofes climáticas ocorridas em cidades do Rio de Janeiro, as notícias guardavam proporção considerável, porém representavam marcas noutras populações afastadas geograficamente falando. Agora, contudo, diante da cheia desproporcional do Rio Grangeiro, a força das águas nos mostrou outras dimensões, em face da ligação imediata do acontecimento.
Esta madrugada, dois dias depois, circulando nalgumas avenidas que margeiam o Canal e ruas circunvizinhas ainda em fase de arrumação, avaliei de perto a dimensão do fenômeno meteorológico que confrangeu toda a cidade de Crato na madrugada do dia 28 de janeiro de 2011.
A imagem principal da cena deixa às claras o risco constante que representa, a curtos e longos prazos, viver exposto à imprevisibilidade natural de possibilidades antes anunciadas. Longe dos brados alarmistas ou lendários, domar rio de tamanha impetuosidade torna-se, de hoje adiante, o fator determinante das administrações, independente do que passou, perante as transformações causadas pela ação do homem nas encostas da serra nestes dois séculos de aproximação.
Olhar o assunto de frente, encontrar a solução de engenharia que ultrapasse apenas os sintomas e siga direto à base do problema, sem contemporizar, porquanto a tensão persistirá em graus adiantados durante as fases invernosas do futuro. Interessa, pois, a todos, superar os limites desta herança histórica da localização do núcleo urbano que tanto admiramos e queremos.
Somar a potencialidade dos cidadãos e reconstruir as esperanças da tranquilidade sob outros prismas, na vontade política de uma gente trabalhadora e pacífica, civilizada, respeitada na história e dotada de cultura, cheia de boa vontade e amor pela terra em que vivemos nossas vidas. Despertar as novas energias da autoestima para preservar a natureza em volta com equilíbrio e inteligência.
Existirá, com certeza, solução adequada e coerente, desde que se saiba encaminhar estudos e as providências certas.