Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sábado, 1 de setembro de 2012

Romancista cratense Ronaldo Correia de Brito lança novo romance nesta 2ª feira, 3


(Excertos de reporgem publicada n'“O Estado de S.Paulo)

Ronaldo Correia de Brito relata o processo de criação de "Estive Lá Fora"


Em Estive Lá Fora, como em Galileia, trato de famílias. Embora quase toda ação transcorra no Recife, a trama também remete ao Sertão dos Inhamuns, um dos cenários que mais visito. Dessa maneira, mantenho os vínculos com a paisagem de meus livros anteriores. O sertão alimenta o imaginário do personagem Cirilo, irmão de Geraldo; os antigos crimes da família o atormentam e o fascinam para a morte.

Ali estavam as 296 páginas do romance que eu pensava escrever desde que cheguei ao Recife para candidatar-me à universidade, e deparei-me com a ditadura militar, mais evidente e chocante do que no interior cearense, de onde eu viera. O terror adquiriu feições diferentes nas cidades brasileiras, recrudescendo em tempos desiguais, conforme a resistência política de cada Estado. No Recife, marcado pelas revoluções de 1817 e 1824, com um saldo de mortos e banidos que a história oficial não costuma referir, as pessoas pareciam habituadas à luta. Já no primeiro dia após o 31 de março, estudantes de Engenharia marcharam até o Palácio das Princesas e foram recebidos a bala, morrendo dois jovens no embate. Em 1969, ano em que cheguei à cidade, as forças de repressão haviam assassinado o padre Henrique, de apenas 28 anos, um sociólogo que trabalhava com o arcebispo dom Helder Câmara. O enterro tornou-se um dos mais emocionantes atos públicos contra a ditadura, acompanhado por 20 mil pessoas no percurso de dez quilômetros do bairro do Espinheiro ao cemitério da Várzea, com várias paradas por conta de ações da polícia e prisões de manifestantes.

Tentei recriar a atmosfera de horror do fim da década de 1960, quando as medidas provisórias e os atos institucionais haviam limitado direitos civis e liberdade de expressão. Fora das polaridades direita e esquerda, comunismo e capitalismo, o Recife também pulsava, como o restante do mundo, nos ecos da contracultura e do movimento hippie.

ESTIVE LÁ FORA
Autor: Ronaldo Correia de Brito
Editora: Alfaguara
(295 págs., R$ 44,90
)

Tudofel: Nossa Senhora da Penha

Tudofel: Nossa Senhora da Penha: Hoje é o Dia da Padroeira do Crato, Nossa Senhora da Penha. Como todo “bom” cratense, tenho uma devoção especial para com Ela. ...