Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

RESTAURADOS OS QUADROS DO MUSEU DE ARTE DO CRATO


Finalmente, 73 trabalhos do acêrvo do Museu de Arte Vicentre Leite foram restaurados, recebendo de volta os desenhos, os pigmentos, as texturas, gelatinas , as côres e valores originais. Ficam aqui os meus agradecimentos ao nosso prefeito Dr. Samuel Araripe pela confiança no meu trabalho e ao Dr. Georgre Macário de Brito pela parceria junto a Fundação J. e Figueiredo Filho. Esperamos todos nós Cratenses pela reinauguração do nosso museu de arte com o maior patrimônio cultural do Nordeste Brasileiro.
Edilma Rocha

De Sangue e Rosas

Há poucos dias, em pleno centro de São Paulo, aconteceu uma cena emblemática dos tempos em que vivemos. O filho de um dos maiores empresários do país parou o carro em um sinal de trânsito e um jovem dele se aproximou ,com um ramalhete de rosas vermelhas. Em poucos instantes estabeleceu-se uma praça de guerra: os seguranças do rico rapaz, sacaram das armas e incontinente dispararam contra o “romântico” jovem, enquanto este, fazendo aparecer um revólver, por entre as flores, como num passe de mágica, retribui as balas, violentamente. O Faroeste urbano termina com um trágico final: as rosas vermelhas e o sangue, tingindo a negra tela do asfalto, com um rubro tom de espanto e perplexidade.
Difícil imaginar o que passou pela cabeça dos personagens e espectadores daquela cena , nos fugazes instantes que esta durou. Certamente os seguranças ,vendo se aproximar do empresário o rapaz do bouquet ,devem ter entendido, imediatamente, que aquele quadro era surrrealista nos dias de hoje, ninguém oferece rosas a ninguém, numa selva de concreto e cimento, e dispararam sem que precisassem de maiores conclusões. O filho do empresário deve ter concluído ter chegado o dia do acerto de contas, aquele em que o preço da desigualdade social brasileira é cobrado a chumbo e lágrimas. O pretenso assaltante ao ser atingido pelos disparos, deve ter se surpreendido mais que a sua vítima, incapacitado de entender como um plano, aparentemente tão bem arquitetado ,pôde ser tão rapidamente destruído. E os transeuntes , num misto de surpresa-medo-assombro, caíram tocados e aflitos na dura violência quotidiana, em meio ao sangue e às rosas.
Impossível alguém oferecer flores nos nossos dias, sem que por entre as pétalas e os botões se escondam a pólvora e o chumbo. Os poucos poetas que ainda tentem se arriscar nesta perigosa tarefa, hão de receber os tiros e disparos dos guardiões da sociedade, aqueles que preestabeleceram, no mundo, o reinado do medo e da infelicidade. Aquela cena é um brasão dos tempos modernos: Rosas fenecendo, embebidas em sangue ,medo e espanto, no negro asfalto da nossa crua realidade...

J. Flávio Vieira

Sensatez Medonha

Meus dias
mais tristes
os mais sensatos.

Dentro da casa materna.
Trancado no quarto.

Um romance de Eça.
O ventilador com seu habitual ruído.

Colcha limpa,
bom-ar nos tênis.

Tão longe encontram-se
minhas formigas de outrora.

E o que terá sucedido
com aquela lagartixinha sapeca?

Programa Cariri Encantado em ritmo de carnaval


O carnaval está chegando e o programa Cariri Encantado entra no seu ritmo. Nesta sexta-feira, 12, o programa será um especial sobre o carnaval com duração de duas horas, das 14 às 16 horas. O jornalista Huberto Cabral (foto) será o responsável pelo roteiro musical e falará sobre os antigos carnavais do Crato. O cantor e compositor Abidoral Jamacaru cantará ao vivo marchinhas carnavalescas e frevos de sua autoria, a exemplo da música “são lembranças de um carnaval que passou”, que participou dos primeiros festivais da canção que ocorreram no Crato na década de 1970. Abidoral cantará ainda uma música que compôs em homenagem a Zé Maia, um dos mais tradicionais foliões cratenses.

O programa Cariri Encantado conta apoio do Centro Cultural Banco do Nordeste e é veiculado semanalmente, todas as sextas-feiras, pela Rádio Educadora do Cariri AM 1.020 e transmitido na Internet por cratinho.blogspot.com.

Ficha técnica
Redação e seleção musical: Carlos Rafael Dias, José Flávio Vieira e Luiz Carlos Salatiel.
Apoio logístico Jackson “Bola” Bantim e Guilherme Norões.
Participação especial: Jorge Carvalho e Huberto Cabral;
Apresentação: Luiz Carlos Salatiel e Carlos Rafael Dias.
Operação de áudio: Iderval Silva.
Produzido pela OCA (Oficinas de Cultura e Artes & Produtos Derivados) e revista eletrônica Cariricult.

Se ligue!

a cauda do escorpião sorrateiro

Não te direi
que estou bem
que os meus olhos brilham
que mastigo com cuidado
que bebo água regularmente.
Direi apenas que escrevo feroz
com receio que a carne da presa acabe.
Tem tanta hiena por perto.
Abutres sobrevoam minha auréola.
Praticamente é Carnaval.
Vejo na baba que escorre
pelo canto da boca de Sátiro.
Como já mencionei,
nesse tempo de folia,
desço à masmorra
e planto flores
e adubo bem os jarros.
Não te direi que sofro.
Desconheço algo em meu peito
que não seja vazio.
E vazio, consultando meu Oráculo,
não é tristeza é uma espécie de dedo sem unha.
Ou coisa que o valha.
Se disesse que pressinto minha morte,
acreditarias?
Morte, conforme meu Oráculo,
não é vazio nem tristeza nem dedo sem unha.
Morte é um corpo baqueado,
sem vida e sem luz.
Mas com dentes rangendo
e urina saindo da bexiga
como pensar em morte,
não é, filha?
Não te direi
que estou bem
ou que estou mal.
Digo apenas que estou pastando enlouquecido
com medo que o verdejante pasto acabe.

Contemplação

Quem sabe da alma acanhada
são as palavras irmãs do silêncio.

Íntimo suspiro
ainda se formando no coração.

Meus punhais de prata
na verdade
de latão.

Ei-la, a alma acanhada
tão cabisbaixa quanto boquiaberta
evaporando-se pelos sapinhos da língua.

Calada, recatada, provocadora
conspira contra meu juízo perfeito.

Não confiem no seu espanto
nas suas palavras surdas
na sua voz rouca.

Ei-la, a alma acanhada
a ser questionada
cai fora do corpo

deixando o pobre mulambo
com arcada dentária aberta
dentes levados para trás
incisivos para frente.

É um balé esses nossos dentes
tarde da noite.

Dominguinhos




José Domingos de Morais (Garanhuns, 12 de fevereiro de 1941), conhecido como Dominguinhos, é um instrumentista, cantor e compositor brasileiro.

Exímio sanfoneiro, teve como mestres nomes como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Tem em sua formação musical influências de baião, bossa nova, choro, forró, xote, jazz etc.

Luiz Gonzaga deu o tom e Dominguinhos seguiu a melodia na sanfona. Mais do que aprender, o discípulo inovou a arte do mestre. Dominguinhos emprestou a sanfona sotaques novos e diferentes. Não abandonou o baião de seu padrinho, mas também não deixou de brincar em outras praias da música brasileira. O trabalho de Dominguinhos é mais uma prova de que pouco importa os sotaques ou origens quando trata de fazer música. No universo dos sons e dos ritmos o que conta mesmo é a sensibilidade, responsável pela emoção e o talento, capazes de transformar idéias e conceitos em obras de arte. Esses são os ingredientes mais constantes na trajetória do pernambucano de Garanhuns José Domingos de Morais, o Dominguinhos, tendo como pano de fundo um grande talento, eles compõem o quadro da vida de um dos importantes artistas brasileiros da atualidade.

Os vários idiomas do acordeom Um músico é a síntese de diferentes elementos, como talento, inspiração, força de vontade, perseverança e oportunidade. Uma mistura que resulta em arranjos e harmonias. No caso de Dominguinhos, essa composição surgiu a partir da origem nordestina, da luta por uma vida digna, do temperamento calmo e da disposição em assimilar novas informações. A isso se juntaram os temperos brasileiros tradicionais, as pitadas de sonhos modestos que habitam o mundo do povo. Dominguinhos em geral parte da música para depois chegar à letra. Muitas vezes, são os parceiros que se encarregam dos versos. O sanfoneiro percorre os temas, de modo instintivo, achando saídas e descobrindo caminhos. Ele nunca estudou música formalmente, mas desenvolveu habilidade singular no manejo do acordeom. Quando as músicas ficam prontas, são, sem dúvida, o resultado audível do artista que é Dominguinhos, mesclado a informações recolhidas nos caminhos percorridos. Ao lado da identificação com as imagens, Dominguinhos exerce seu ofício tocando também outros ritmos. O talento e a habilidade lhe garantiram autonomia para trilhar diversas veredas musicais, sem que, no entanto, isso tenha significado, em momento algum, abandono de suas raízes essencialmente nordestinas. “Tocar, eu toco de tudo mesmo. Depois que você tem experiência, não é difícil tocar com o Gil, com Gal, com quem quer que seja, porque eles começam uma música e você já sabe pra onde vai, já sabe tudo. Agora, é só quando eu toco toada, baião e forró é que eu sinto aquela coisa flamejante aqui no peito.” Dominguinhos teve os primeiros anos embalados pelos sons tirados da sanfona de seu pai. Nos anos seguintes, a música acabou determinando os rumos de sua vida e construindo as imagens de toda a família. Dominguinhos conseguiu uma façanha: criou uma obra que é, ao mesmo tempo regional e universal. Ao absorver a qualidade de sua sanfona, a MPB ficou mais rica e criativa.

Música feita de coragem e versatilidade

Dominguinhos é indicado ao 8º Grammy Latino como melhor álbum regional

Ele já foi vencedor do Grammy Latino em 2002 com o CD Chegando de Mansinho. Em 2007, o mestre do acordeom, Dominguinhos, concorreu novamente ao 8º Grammy Latino, com o CD Conterrâneos (Eldorado), na categoria melhor disco regional.

Depois de 5 anos sem lançar um trabalho solo, Dominguinhos volta pela Gravadora Eldorado com “Conterrâneos” 2006 e foi agraciado no Prêmio TIM (2007) na categoria "Melhor Cantor Regional".

Em 2008 Dominguinhos foi o grande homenageado na última edição do Prêmio Tim de Musica Brasileira.


Wikipédia

Franco Zeffirelli



Franco Zeffirelli (Florença, 12 de fevereiro de 1923), nome artístico de Gianfranco Corsi, é um cineasta italiano. Também foi cenógrafo e diretor de teatro, tendo alcançado o sucesso nos anos cinqüenta, montando óperas líricas.

É também um político, tendo sido eleito senador (1996 a 2001) por Catânia, filiado ao partido Força Itália.

Constantin Costa-Gravas


Conhecido como Costa-Gavras, em grego Κώστας Γαβράς, (Lutrá Iréas, Arcádia, 12 de fevereiro de 1933) é um cineasta grego, naturalizado francês, que se notabilizou por seus filmes de denúncia política e, mais recentemente, de ficção social.

Costa-Gavras nasceu no vilarejo de Lutra Iréas (em grego λουτρά Ηραίας), na península do Peloponeso, tendo completado os estudos secundários em Atenas. Após a guerra civil grega (1945-1949), deixou a Grécia para estudar Literatura na Sorbonne, em Paris.

Interrompeu seus estudos em 1956, para se inscrever no Instituto de Altos Estudos Cinematográficos (IDHEC), iniciando sua carreira no cinema. Em seguida atuou como assistente de diretores como René Clair, Yves Allegret, René Clement, Marcel Ophuls, Jacques Demy. Henri Verneuil, e Jean Becker.

Ganhou destaque no cenário internacional com o filme Z, de 1969, que denuncia abusos da ditadura militar na Grécia, nos anos 1960. O filme venceu o Oscar e o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro.

Foi nomeado presidente da Cinemateca Francesa em 1981 e novamente em 2007.

Costa-Gavras é adepto de um cinema político, tendo feito muitos filmes sobre as ditaduras, também na América Latina, dentre os quais um dos seus mais famosos, Desaparecidos, Um Grande Mistério (Missing), de 1982, que aborda a ditadura de Pinochet no Chile.

No final dos anos 80 o cineasta mudou-se para os Estados Unidos, onde voltou a fazer bons filmes, após o criticado Um Homem, Uma Mulher, Uma Noite, de 1979. Seu penúltimo filme, "Amém", de 2002, criou polêmica ao retratar a relação da Igreja Católica com o Nazismo. Seu último filme, de 2005, foi "O Corte", cuja temática é o desemprego e a concorrência no mercado de trabalho.

Sua filha, Julie Gavras, é também cineasta.
wikipédia

Breve nota sobre a Conservação de Acervos- por Maria Amélia Castro




Quando vamos a um Arquivo, ficamos admirados com o estado dos documentos antigos colocados em exposição. Geralmente, serviram de instrumentos de decisão em tempos antigos, seja de faraós, seja de generais ou de gestores diversos, em geral. A conservação de documentos de acervo baseia-se na administração diligente dos recursos e das técnicas adequadas, empregadas para prolongar a vida útil dos suportes da informação.

A conservação racional de documentos tem como objetivo o prolongamento da vida útil dos papéis, mas dificuldades de diversas origens costuma interpor-se, como:entraves burocráticos, falta de verbas e carência de pessoal especializado, fazendo com que a tarefa de conservar torne-se uma saga de bons profissionais.

Uma medida, no entanto, pode minimizar os problemas, contribuindo de forma efetiva para facilitar o trabalho de conservação de documentos: a elaboração de normas especificas, que regulem os procedimentos e ações dos profissionais encarregados da preservação das peças históricas, que possam auxiliar o profissional a balizar os limites de sua atuação, além de proporcionar guia adequado de procedimentos e atos necessários para, também, cuidar da saúde dos funcionários e freqüentadores da instituição.

Além de normas que suportem o profissional em conservação e restauro, vê-se como fundamental uma postura institucional a favor de referidos preceitos. Tal postura não deve ser coercitiva, mas educativa, e deve envolver funcionários previamente treinados além dos usuários do acervo.

É importante mencionar que todo material recebido pelo arquivo ou instituição responsável deve ser cuidadosamente examinado para se detectar eventual infestação biológica, caso em que serão avaliados os tratamentos adequados .

Diversos são os agentes físicos e físico-mecânico responsáveis pela degradação do papel que devem ser levados em conta quando se trata da elaboração de política de conservação e restauro: Iluminação, temperatura e umidade, armazenamento e acondicionamento, manuseio, ação do homem, desastre, inundações, incêndios e outros.

Data de poucos anos o despertar dos profissionais brasileiros para a necessidade da preservação dos nossos acervos. Uma conscientização plena e avançada da necessidade de se preservar a História contida nos documentos poderia começar com o estudo sobre a conscientização da importância da Conservação nas escolas, orientando pessoas, fazendo palestra, exibindo-se filmes. Assim, quando visitarmos um Acervo, ou formos a um museu, contemplaremos e estudaremos peças tratadas e bem conservadas para o estudo por civilizações futuras.

Maria Amélia Castro

Reunião com os escritores do Livro Cariricaturas em Prosas e Versos

05.03.201 - com a presença de José do Vale Feitosa
Local e horário a ser escolhido. Opinem !

Um livro escrito por muitas mãos: uma coletânea com nossos escritores e artistas.

Detalhes :

. Release com fotografia de cada escritor ( 01 página)
• 4 textos por escritor (máximo de 7 páginas - fonte : garamond - altura : 12) - Temática livre ( crônicas, contos e poemas).
• Os textos serão escolhidos pelos próprios escritores;
• um contingente de 200,00 por escritor
• O pagamento poderá ser feito em 4 x 50,00 ( fev-mar-abr-maio)
. O livro será dedicado aos mestres de todos os tempos, representados por Dr. José Newton Alves de Sousa.
- A capa será a foto de Pachelly- essa que já caracteriza o Cariricaturas.
- O título é: "Cariricaturas em prosas e versos"
- Edição: Emerson Monteiro ( Editora de Sonhos - Crato-Ce)
- Dedicatória ( Assis Lima )
- Prefácio/ Apresentação ( José do Vale e Zé Flávio)

-Já estão confirmadas as seguintes adesões:

01. Claude Bloc *
02. Magali Figueirêdo *
03. Carlos Esmeraldo *
04. Maria Amélia de Castro *
05. Ana Cecília Bastos *
06. Assis Lima *
07. Corujinha Baiana *
08. Stela Siebra de Brito *
09. Wilton Dedê *
10. João Marni *
11. Rejane Gonçalves *
12. Rosa Guerrera *
13. Heladio Teles Duarte /Socorro Moreira
14. Edilma Rocha *
15. Emerson Monteiro *
16. José Flávio Vieira *
17. João Nicodemos *
18. José do Vale Feitosa *
19. Liduina Vilar *
20. Carlos Rafael *
21. Armando Rafael *
22. Bernardo Melgaço *
2 3. Domingos Barroso *
24.. Roberto Jamacaru *
25.Dimas de Castro *
26.Joaquim Pinheiro *
27.Edmar Lima Cordeiro*
28.Olival Honor *
29.José Nilton Mariano*
30.Marcos Barreto *
31.Isabela Pinheiro *
32.José Newton Alves de Sousa *
33 -Jorge de carvalho Alves de Sousa *
34.Vera Barbosa . *
35. Rogério Silva *

Email : sauska_8@hotmail.com ou cbbloc@uol.com.br
Outras informações :
Tiragem : 1.000 exemplares
Distribuição entre autores : 20 para cada = 700 unidades
Saldo : será transformados em ingressos para cobrir as despesas da festa de lançamento : coquetel, convites, divulgação, banda,decoração, etc
300 x 20,00 = 6.000,00
Preço do livro por unidade : 20,00
A edição foi orçada em 6.400,00 ( já considerados todos os descontos possíveis).
Número de páginas : 260 ( aproximadamente).
O valor da contribuição por escritor ( 200,00) será depositado numa cta do Editor (Emerson Monteiro) a ser informada por e-mail. Em contrapartida será enviado respectivo recibo.
Atentar para as datas limite de pagamento : 05.05.2010


Claude e Socorro Moreira

P.S.
Não recebemos material para edição dos seguintes colaboradores :
Hermógenes Teixeira
Elmano Rodrigues e Lupeu Lacerda .

as certezas acabam cedo

Irônico esse meu deus de cada dia:
sabe em que farsa estou metido
mesmo assim com ar sério
simula uma eternidade
tudo que penso.

As minhocas adoram terra úmida
mas também sonham com a boca do peixe.

E o que pensar daquele pássaro
que antes de cruzar a casa
bateu asas e limpou o bico
dentro da poncheira de cristal.

Milagre, sim, um evento mediúnico
que não trouxe frutos.

Cansou-se o pássaro,
o corredor atravessou barulhento
nunca mais voltou nem ganhei na loteria.

Quanto aos peixes,
tenho uma cisma:
será que apreciam mesmo minhocas
lânguidas, frias e de olhos remelentos?

Cauby Peixoto por Norma Hauer



Ele nasceu no dia 10 de fevereiro de 1934 em Niterói, filho de uma família de artistas. Seu pai tocava violão, sua mãe tamborim, seus irmãos também são músicos e sua irmã é cantora. Seu nome CAUBY PEIXOTO
Seu tio Romualdo Peixoto, pianista e compositor, foi um dos grandes músicos da Rádio Mayrink Veiga.
Assim, é óbvio que se dedicasse à música. Foi como cantor que ele se apresentou em um programa de calouros na Rádio Tupi, que ali existiu como Hora dos Comerciários, aprovetando o fato de estar trabalhando no comércio. Foi quando a Revista do Rádio o descobriu, em 1949, passando a apoiá-lo,
Em 1952 foi para São Paulo para se apresentar em boates e na Rádio Excelsior cantando melodias estrangeiras.
Em 1954 um empresário o "descobriu" e o trouxe para o "cast" da Rádio Nacional .

Nesse mesmo ano gravou "Blue Gardenia" seu primeiro sucesso. Decobertro pelas "meninas de auditório" transformou-se em um ídolo que as fazia "cantar" no auditório da Rádio Nacional e da Rádio Mauá.
Lembro-me que por volta de meio-dia, ele deixava a Rádio Mauá, que funcionava no prédio de Ministério do Trabalho , e suas fãs o acompanhavam gritando pelas ruas do Castelo.

Mas foi em 1956 que ele gravou aquele samba que marcaria sua carreira: "Conceição", de Jair Amorim e Dunga.
Há músicas que marcam de tal maneira uma carreira, que se o cantor não a intepretar em "shows" ao vivo , não agradará.
Assim é "Conceição" para Cauby Peixoto, como era "Chão de Estrelas", para Sílvio Caldas; "Rosa" para Orlando Silva, ou "Fascinação" para Carlos Galhardo.

Outro grande sucesso de Cauby Peixoto é "Nono Mandamento", de Renê Bittencourt e Raul Sampaio.
Esteve nos Estados Unidos no início de sua carreira e lá vcoltou em 1959 onde fez sucesso com "Maracangalha", de Dorival Caymmi, com o nome em inglês de "I Go".

Em 1957, com seus irmãos, gravou um LP com o nome de "Quando os Peixotos se Encontram".
Em1996, a Colúmbia lançou um LP com seus maiores sucessos.

Cauby Peixoto vive em São Paulo,cantando em boates.
norma hauer
Provas de amor
- Claude Bloc -



Sempre que te escrevo, invento uma paisagem para te ver. Um céu azul celeste, flores na margem de um rio. Um horizonte longínquo e etéreo. Felicidade servida em taças de cristal... Mas já não acreditas, eu sei, em quase nada do que escrevo.

Lembro-me do bilhete que me deixaste um dia na caixa do correio: “é verdade o que tu me disseste?”. E eu que já não esperava mais nada, me preparei para te enviar mais uma acetinada declaração de amor. Mesmo sabendo que tu acharias ridículas, todas as minhas tentativas de ressuscitar antigas vigílias, noites e noites em claro me entregando à intensa tarefa de te dedicar meus escritos.

Dei-me conta, com o passar dos anos, que as palavras de amor são um fator de risco. E sei que um dia me dirás sorrindo, abrindo as comportas de algum sonho: no sangue "não há amor, só provas de amor".

Claude Bloc

Sonho - por Ana Cecília S.Bastos


Atrás de seus olhos
minha mãe guarda
os meus cabelos cortados.

Eu estava morta
ou de há muito partida.

Atrás de seus olhos
as coisas estão muito bem postas:
gavetas, papel de seda,
laços de fita.

Eu olhava por seus olhos e via
assim translúcidos,
os ossos de sua face,
móveis, diáfanos,
dissolvendo-se em névoa.


E lá estavam, estendidos sobre panos dobrados,
meus longos cabelos de criança
(que meu pai amava)
cortados para que eu não ficasse raquítica
e porque não cuidava bem deles:
não queria lavar,
não prendia que prestasse,
não queria desembaraçar.

(A não ser que ela o fizesse,
dia de sábado, usando óleo “Suave”,
para não doer.)



Publicado em A Impossível Transcrição (de tudo fica a poesia).

Nuances. Foto de MVítor.

"E por falar em saudades ..." - por Socorro Moreira


Sou das manhãs.

Durmo cedo, madrugo,

durmo de novo.

Acordo querendo ter 13 anos ,

escutar Altemar,

enrolar o cabelo nos bobbies,

passear na praça,

namorar.

Mas o tempo levou meus todos anos

Estou cada vez mais parecida

com a minha mãe...

Minha avó ?

- Donana !

Que saudades

dos seus bolinhos de goma,

da sua pele macia, seu riso,

seu rosário,sua mantilha.

Saudade ...

É como diz o Sávio ...

É verbo , substantivo conjugável !

Saudade fica perto de mim

me entranha, alaga-me !

Saudades anestesiadas ,

já fazem parte de um cotidiano,

que arranja mais saudades !

Saudade...

É o produto da felicidade !


foto em 11.02.2010- janela do quarto

Bolo gelado de liquidiicador


Ingredientes


Massa:

5 ovos inteiros

1 copo de leite

2 copos de farinha de trigo

2 copos de açúcar

2 colheres de sopa cheias de margarina

1 colher de sopa bem cheia de fermento em pó


Cobertura:


1 lata de leite condensado

1 vidro pequeno de leite de coco


Modo de Preparo Massa:
Bata bem os ingredientes da massa no liquidificador, colocando sempre os ingredientes líquidos primeiro
Despeje a massa em uma forma retangular untada e enfarinhada
Leve ao forno médio por volta de 40 minutos


Cobertura:


Bata os ingredientes da cobertura no liquidificador
Faça furos no bolo com um palito e despeje a cobertura no bolo quente
Salpique com coco ralado

Dina Mangabeira


Bernarda Carvalho de Rezende, a Dina Mangabeira (Bocaiúva, 20 de agosto de 1923 — Belo Horizonte, 11 de fevereiro de 2000) foi uma poetisa brasileira, participante de diversas academias de letras de Minas Gerais.

Dina Mangabeira nasceu numa fazenda chamada "Morro Agudo", até então de propriedade do seu pai, também conhecido como Neco Mangabeira.

O nome "Mangabeira", denominado à família, surgiu porque seu avô paterno, tradicionalista em Montes Claros, Raimundo José de Carvalho, industrializava leite de mangabas de todos os mangabais que arrendava das fazendas do norte de Minas e da Bahia, para vender às fábricas de borracha.

Mudando-se aos dois anos de idade com seus pais e irmãos para Montes Claros, Dina fez ali o curso primário, de adaptação e o normal.

Lecionou de 1945 a 1948 quando, por ocasião do casamento, deixou o magistério a fim de cuidar dos filhos e se dedicar à literatura.

Dina morou em Montes Claros até os cinqüenta anos de idade, mudando-se para Belo Horizonte quando seu marido pediu transferência do banco aonde trabalhava.

Apesar de não trabalhar fora de casa, Dina Mangabeira não deixava seu tempo disponível cair na ociosidade, sempre procurando algo para fazer. Entrou para a Arquiconfraria das Mães Cristãs do Brasil onde, chefiando uma equipe de mães, trabalhava ajudando na paróquia e nos serviços sociais dos bairros.

Dina faleceu em Belo Horizonte de um câncer.


Como amante da literatura, Dina tinha sempre às mãos um bom livro para ler, ou uma caneta e um papel para escrever.

Em 1981 começou a enviar seus artigos para os jornais de Montes Claros e Belo Horizonte e não parou mais. À medida seus artigos ficavam conhecidos, foi convidada para ingressar na Academia Feminina Mineira de Letras. Além da AFEMIL, Dina participou da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, representando Montes Claros.

wikipédia

René Descartes ( 1596 - 1650)


Filósofo francês. Um dos fundadores da filosofia moderna. Nasceu em La Haya-Descartes (Turena), no seio de uma família nobre. Estudou entre 1604 e 1612 no colégio jesuíta La Flèche. Alistou- se nos exércitos do príncipe Maurício de Massau e no de Maximiliano da Baviera.Viveu em Paris.

De 1628 a 1649 fixou residência na Holanda. A pedido da rainha Cristina, em 1649, partiu para a Suécia onde viria a falecer.

A filosofia de Descartes assenta numa concepção unitária do saber, fundada na razão.

A sabedoria é única, porque a razão é única, e só ela nos permite distinguir o verdadeiro do falso, o conveniente do inconveniente. Com o objectivo de criar um fundamento seguro para a filosofia, desenvolve um método de dúvida radical, que constitui a base da sua Filosofia.

Este método surge como resposta ao ambiente de incerteza do seu próprio tempo. Com ele empreende um enorme trabalho de reconstrução de todo o saber que é deduzido a partir de certezas indubitáveis. Após ter posto em causa todo o saber adquirido pela experiência, chega à primeira certeza indubitável: a da sua existência como ser pensante ("Penso, logo existo"). É com base nesta evidência que irá desenvolver uma ciência universal.
Foram notáveis as suas contribuições para a matemática, sendo considerado um dos criadores da geometria analítica.

Mário Prata




Mario Alberto Campos de Morais Prata é natural de Uberaba (MG), onde nasceu no dia 11 de fevereiro de 1946. Foi criado em Lins, interior de São Paulo. Com 10 anos de idade já escrevia "numa velha Remington no laboratório de meu pai (...) crônicas horríveis, geralmente pregando a liberdade e duvidando da existência de Deus". Nesse período de sua vida era o redator do jornalzinho de sua classe na escola. Sendo vizinho de frente do jornal A Gazeta de Lins, com 14 anos começou a escrever a coluna social com o pseudônimo de Franco Abbiazzi. Passou, com o tempo, a fazer de tudo no jornal, desde editoriais a reportagens esportivas e artigos de peso. O escritor Sérgio Antunes, seu amigo nessa época, disse que Mário era um molecote de "voz de taquara rachada e aparelho nos dentes ". Além de escrever Mário se dedicava ao tênis e, defendendo o Clube Atlético Linense, acabou sendo o campeão noroestino infantil na década de 60. Lia tudo o que lhe caia nas mãos, em especial as famosas revistas da época "O Cruzeiro" e "Manchete", que traziam em suas páginas os melhores cronistas da época como Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Henrique Pongetti, Rubem Braga, Millôr Fernandes e Stanislaw Ponte Preta, uma vez que em Lins, naquela época, "não chegavam os grandes clássicos", como disse o autor. Daí a forte influência que os citados cronistas tiveram em seu estilo.

Aos 16 anos recebe um convite de Roberto Filipelli, que foi depois diretor da Globo em Londres, para fazer com ele o "Jornal do Lar ". Samuel Wainer, vislumbrando seu grande talento, levou-o, nessa época, para escrever no jornal "Última Hora". Mário comenta: "Meus pais chamavam aquilo que eu escrevia de bobageiras e me previam um péssimo futuro. Medicina, Engenharia, Direito ou Banco do Brasil (eles queriam). E nada de estudar filosofia ou letras: coisa de veado". O autor acabou trabalhando 8 anos no Banco do Brasil, a exemplo de Jaguar e Stanislaw Ponte Preta — dentre outros, como auxiliar de escrita.

Na década de 60, em plena revolução, inicia o curso de Economia na U.S.P. Desse tempo relembra: "a gente se orgulhava: a gente era comunista! (...) um dia o DOPS chegou lá e levou a gente. Todo mundo preso, orgulhoso ". Apesar da opinião contrária dos familiares e dos amigos, e movido pela vontade cada vez maior de ser escritor, resolveu pedir demissão do Banco do Brasil e abandonar a faculdade de Economia.

A partir de então vem obtendo sucesso com inúmeros livros, novelas, peças, roteiros, etc., tendo sido agraciado com diversos prêmios nacionais e internacionais.

Sua estadia em Portugal, onde morou por 2 anos, deu origem a um de seus grandes sucessos no Brasil, o livro Schifaizfavoire — um tipo de dicionário do português falado pelos portugueses. Lá, nesse período, realizou diversos trabalhos para a RTP (Rádio e Televisão Portuguesa). Atualmente mora em São Paulo e diz que gosta de escrever de manhã e "careta", uma herança adquirida nos tempos em que trabalhou no Banco do Brasil.

Escreveu, semanalmente, na revista "Época" e no jornal "O Estado de São Paulo" por vários anos.

Joselito




José Jiménez Fernández, mais conhecido por Joselito, (Beas de Segura, Jaén, 11 de Fevereiro de 1947) é um ator e cantor espanhol que teve seu apogeu enquanto criança, sendo uma das mais famosas vozes infantis do século XX.

Protagonizou alguns filmes musicais bastante populares na década de 1950.

Sua voz infantil era privilegiada para emissão de sons agudos prolongados.

Gravou diversos discos solo , e um com Libertad Lamarque.

É contemporâneo de Marisol, fenómeno idêntico do Cinema espanhol, com quem atuou em canções e filmes infanto-juvenis. Quando adulto, devido as mudanças na sua voz, e sulcessivos fracasos terminou como empresario do ramo ... sendo preso alguns anos depois por trafico de Armas e drogas, sempre alegando inocência, pois se tratava de un caçador e colecionador de armas ... Livre, vez algumas aparicões furtivas, sendo a mais importante, a aparição em 2008 no programa "El Sobreviviente".

Após adulto passou a cantar baladas românticas.

Teve uma vida atribulada, servindo como mercenário em África. Foi detido pela polícia angolana por tráfico de armas e drogas (1990), preso cinco anos em Espanha por envolvimento no negócio de cocaína[.

Após voltar, retomou a carreira de cantor.

Apareceu no programa da TVE Cine de Barrio no dia 16 de dezembro de 2006.

Em 2008 participou no reality show Supervivientes, do Telecinco, permanecendo duas semanas, até 31 de janeiro de 2008.
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Sérgio Mendes



Sérgio Santos Mendes (Niterói, estado do Rio de Janeiro, Brasil, 11 de fevereiro de 1941) é um músico e compositor brasileiro de bossa nova.

Sérgio Mendes começou com o Sexteto Bossa Rio, gravando o disco "Dance Moderno" em 1961. Viajando pela Europa e Estados Unidos, gravou vários álbuns com Cannonball Adderley e Herbie Mann, chegando a tocar no Carnegie Hall. Mudou para os EUA em 1964 e produziu dois álbuns sob o nome de "Brasil '64", com a Capitol Records e a Atlantic Records.

Foi nos EUA que começou o grupo Sérgio Mendes & Brasil 66, alcançando sucesso ao lançar a canção Mas que nada, de Jorge Ben Jor, em versão bossa nova.

Passou longo tempo no ostracismo, lançando discos que tiveram pouco sucesso comercial. Seu reencontro com o grande público se deu em 1984, com o lançamento do disco e sucesso Never gonna let you go, chegando a quarto lugar nas paradas. Pouco depois lançou o álbum Confetti, contendo entre outras músicas Olympia, feita para as Olimpíadas de 1984 em Los Angeles.

Nos anos 90, criou a banda Brasil 99, com a qual gravou o disco Brasileiro, que, além de levá-lo de volta às paradas de sucesso, lhe rendeu o Grammy de 1993 na categoria World Music. Tem mais de trinta discos lançados, e o mais recente deles conta com participações especiais de, entre outros, Stevie Wonder e Black Eyed Peas.

Pouca gente sabe, mas durante a época de pobreza de Harrison Ford, o ator que participou de filmes de mais de 100 milhões de dólares de bilheteria foi carpinteiro de Sergio Mendes.

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A Perfeição é filha do Tempo