Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Cadê o tema!?... - Aloísio

Cadê o tema!?...


Com nó ou laço
Dê um tema
Que eu faço
Um poema

Poema
É sentimento
Não importa
O tema

Um tema
Com sentimento
Transforma-se
Num poema

O problema
Como tema
Vira lema
do poema

Outro tema
Outro poema
Isto é a vida
Sem dilema

A hipótese
Do tema
Virou tese
Do poema

Solução
Como tema
Faz-se canção
Eis o poema!

Aloísio

A PRINCESA E O PRINCIPE ENCANTADO - Por Edilma Rocha

Nas mais simples famílias espalhadas por todo o mundo, quando nascia uma menina, era logo chamada de "Princesinha".
Todas nós fomos a nosso modo, as "princesinhas" de nossos pais. A imaginação de criança através das histórias de "Branca de Neve" e da "Bela Adormecida" formava um sonho moldado aos poucos com a imagem do principe que chegaria um dia no seu lindo cavalo branco. O sonho do amor que viria encantado na figura de um príncipe, casariam e seriam felizes para sempre... As adolescentes procuravam nos rapazes mais comuns a figura tão esperada.  Algumas até encontraram esse amor tão sonhado, mas outras, mesmo na meia idade, ainda suspiram por este maravilhoso e mágico encontro.
Os tempos mudaram e as princesas se tornaram mulheres executivas e independentes. Os principes não viraram sapos, mas, muitos se tranformaram em vilões, cafajestes ou até gays. Raros são os casais que podemos ver como principes e princesas que foram felizes para sempre.
Por todas as últimas semanas as notícias de um dos últimos contos de fadas tomou conta dos  jornais, revistas, tvs e internet. O casamento do herdeiro do trono Britânico que se repete a cada 30 anos. A princesa Elizabeth casou-se com o principe Philip em 1947. Em 1981, o principe Charles casou-se com Lady Diana. Agora passados 30 anos, é Willian, filho de Charles e neto de Elizabeth que vai receber a mão da pebléia Kate Middleton. E o mundo espera para assistir a nostalgia ou a reminiscência do conto de fadas.
Será que estes casamentos reias mexem com os  sentimentos das pessoas ?
Quem um dia não quiz ser uma  "Cinderela" ?
Qual menino não quiz ser um  "Artur" ?
Será a volta do conto de fadas ?
Só sei que esta celebração majestosa o mundo inteiro vai acompanhar, amanhã.
A filha de um programador de voo e de uma comissária de bordo será a próxima princesa. Se conheceram na faculdade e estudaram juntos tendo vários amigos em comum. Ela é formada em "História da Arte" e pode ao longo de sete anos e meio de namoro aprender os protocolos da realeza Britânica. Kate, a pebléia, com seus lindos cabelos castanhos, 29 anos, 1,78 cm  de altura, longas pernas e um corpo modelado pela ginástica e pelo tenis, fisgou o seu principe durante um desfile de moda beneficiente realizado na Universidade de St. Andrews, na Escócia, vitoriosa diante de tantas candidatas ao conto de fadas.
William, piloto de busca e resgate da Força Aérea é conhecido como uma figura sensata e de um exemplo positivo, qualidades importantes para um futuro rei. Sob o olhar do mundo, em sua redoma de vidro, luta para adaptar-se as mudanças que aconteceram fora dos muros do Palácio de Buckingham.
Na Abadia de Wesminster, nesta sexta-feira, será modificado o destino da família Real Windsor. O conto em dois atos. Do Palácio de Buckingham para a Abadia de Westminster, Kate Middleton realiza o sonho de todas nós e vira "Princesa.

Edilma Rocha

Horizontes...


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Lual - José do Vale Pinheiro Feitosa

Meu amor hoje sou palha de monturo,
Meu Luiz Gonzaga está esquecido,
As aves de arribação morreram num paredão de som,
Cada ligamento do meu mundo,
Hoje é um limbo na memória da juventude.

Pois era meu amor,
Ali o mundo se perpetuaria,
Mas agora é como uma fumaça,
Nem bem a manhã começa,
E os sonhos ficaram apenas comigo,
Elevou-se na presença do hoje.

Estes jovens de hoje,
Numa festa rave que chamam Lual,
É algo próprio, bem cearense,
Explodem o forró eletrônico,
Ouvem o funk carioca,
Não entendendo nada,
Mas disputam qual som é maior.

Meu amor estou perdido,
Não eles, se acham no turbilhão,
De suas tribos no território das caixas de som,
De todos os excitantes que excitam o nada,
Tanto esticam que ultrapassam a fronteira
Entre eles e eles mesmos numa eterna permanência,
No mesmo lugar.

E meu Luiz Gonzaga?
É matéria do meu desesquecimento,
Dos meus paredões de memória e emoção,
Das minhas vagas também pelo nada,
Nada muito diferente da moçada,
Que mesmo assim os amos.

Que jamais repitam o passado,
Sempre desconfie das minhas douradas conservanças,
Nelas nada fica que não,
As minhas poupanças de memórias,
Que não rendem correção e nem juros,
Apenas encargos que não os libertam.

Que eu morra,
Para que os paredões possam estourar os tímpanos de agora.

Afinal para serve a audição,
Se ninguém mais nos escuta?

ROTARY CLUB - CRATO CENTRO - RECEBE CLAUDE BLOC COMO NOVA ASSOCIADA


Meu pai, Hubert Bloc, pouco depois que chegou ao Brasil e começou a se comunicar em Português, ingressou no Rotary do Crato. Era um meio, dentre outras coisas, de digerir e dominar outra língua sem os percalços de um Português rudimentar que corria pela Fazenda Serra Verde. Desta maneira, ele conseguiu além de saber se expressar de forma compreensível, adquirir, paralelamente, um domínio  sobre a forma escrita da nossa Língua, que ele lapidava para fazer seus bem humorados discursos nas reuniões do Ratary.

Lembro-me que, em várias ocasiões, eu vinha com ele até o Crato para um breve mergulho na vida urbana e ficava hospedada na casa de Padrinho Anibal Viana de Figueiredo ou na casa de Dr. Jefferson de Albuquerque, que se tornaram, nesta cidade, os seus primeiros amigos e companheiros rotários.

A vida citadina em Crato era ainda bem provinciana, mas esse encontro semanal às sextas-feiras, no hotel de Seu Paulo Frota, era, além de uma confraternização, um meio de dispersar a monotonia da vida rural.

Nessa época, eu fui inúmeras vezes, assistir a essas reuniões. Ficava contando os minutos até terminarem as falas dos diversos membros dessa instituição, para  finalmente  me deleitar com o momento para mim tão esperado: o almoço, tendo um sorvete como sobremesa.

Eu não entendia de nada ou quase nada, certamente, na hora assimilar aqueles dizeres carregados de tons de oratória e de temas complicados para uma menina de 6/7/8 anos. Mas com certeza, ficou em mim o interesse pelas propostas  e propósitos do Rotary.

Há pouco tempo, reencontrando-me com Jurandy Timóteo pelas ruas e eventos do Crato, ele me fez um convite irrecusável: tornar-me rotariana. Eis porque agora, dia 26 de abril de 2011, me efetivei como membro dessa Instituição apadrinhada por Jurandy e estimulada pela Presidente Zinelle Vieira Damascendo Barreto. É um orgulho e uma satisfação para mim fazer parte desse grupo que se constituiu, além de companheiros de luta, em amigos de fato.

Vista parcial dos membros do RC - Crato Centro
Maria de Fátima Batista Lima - e sua mensagem de otimismo.
A Presidente Zilnelle me fazendo conhecer os objetivos do Rotary
Jurandy aplaudindo minha posse do emblema (símbolo) do Rotary

Amigas de muito tempo - Maria Stuart e eu - agora companheiras rotárias.


É esse o nosso lema
Emblema original

"  Dar de si antes de pensar em si" 
Claude Bloc

Padre Cícero do Crato:O Milagre Que as Cartas Santificam os Bilhetes-Wilson Bernardo.

A concepção materialista de um milagre se faz pela sabedoria da crença e na força da fé no que se acredita. São muitos os caminhos que se trilha pelo misticismo dos pedidos e crenças desejadas pelas agruras do sertão nordestino. Na colina do horto, são muitas materializações de um povo esperançoso pela graça e a satisfação dos seus pedidos ofertados pelo divino espírito santo, nos bilhetes e cartas enviados ao santo padre do nordeste, o Cícero Romão. As castas sociais se diversificam, e os preconceitos inexistentes, quando se quer alcançar a graça do milagre, e ai os pedidos vão desde os pessoais e de estéticas como cirurgias plásticas, como também ao que mais se deseja, que são as chuvas de um inverno de farturas. O milagre das águas, de bom inverno de mandiocas, que se faz a farinha e a hóstia, consumada em sangue, que se fez a Meca de peregrinações um sertão estiado em que as farturas estarão sempre no misticismo das imagens santificadas pela crença popular do santo romeiro Padre Cícero Romão Batista.

Imagem viva do Santo Padre Cícero na colina do Horto
A urna em que os romeiros devotos,guardam os pedidos em bilhetes,para a consagração do milagre

Orações ao Pé da estátua do meu Padim Cíço

Detalhes de uma estátua sobrecarregada com o tempo dos cajados messiânicos
O milagre da hóstia são todas as comungações na feitura do místico,sagrado e profano


Wilson Bernardo (Fotografia & Texto)