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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vida itinerante de uma bancária (XV) - por Socorro Moreira


Agosto de 1994

Aluguei um apartamento, no Bairro do Catolé,(Campina Grande) , antes da chegada do caminhão de mudanças. Rede armada, filhos em casa (com exceção do Caio, já casado), e garrafinhas de água mineral por todos os cantos. Sinto-me em paz. Sensação de leveza e liberdade, como se eu pudesse até morrer, naquele instante.
Estou trabalhando na plataforma de atendimento às pessoas jurídicas. Vendendo seguros, e aprendendo, inclusive, como se faz uma vistoria num carro. Sou boa vendedora, acho! Estou sendo designada para fazer cursos, em João Pessoa, e multiplicar as informações, em nível de Agência. Tenho contribuído, no atingimento de metas. Minha avaliação funcional é indicativa de cargos, na alta administração, e tenho a autonomia de quem sabe mandar, e sabe ser mandado. Minha aprendizagem como bancária, fechou o circulo!
O terrorismo é evidente. A política funcional cogita claramente, a supressão do seu quadro, na ativa. E chega o programa de demissões voluntárias. Posso me aposentar dentro de dois anos, e posso esperar esse dia, fora do Banco. Provavelmente fui impulsiva, quando fiz a minha adesão. Mas, senti necessidade de sair do contexto, que me parecia torturante. Não por mim, mas por muitos dos meus colegas. Campina Grande foi um pouso... Apenas isso!
Victor concluiria seu curso de Medicina em Fortaleza, e eu o acompanharia. André cursava Administração de Empresas, e poderia também ser transferido. Encaramos os três, a nova estrada do destino. Deixamos para lá a cidade de clima feliz, dos doces abacaxis, do forró diário, das vaquejadas, e dos repentes e seus violeiros.
Flávio José cantava algo, quando nos despedíamos de lá, sem saudades! O coração estava habituado a partir, e a deixar partir!
Fiquei por 5 anos em Fortaleza, quando em 2000, resolvi fixar residência, no meu torrão natal: Crato !
Foi a volta definitiva.

4 comentários:

Edilma disse...

Querida amiga,

Eita vidinha dura essa de bancária...
Uffa !
Agora é hora de poesia e reencontrar os amigos da terrinha.
Parabéns pela coragem de abrir a todos nós o relato da sua vida profissional junto a vida cotidiana de esposa, mãe e amiga.
Valeu !

jair rolim disse...

Socorro considero sua carreira brilhante, entretanto poderia ter brilhado bem mais. Essa sua ansia por mudança talvez lhe tenha prejudicado um pouco. Contudo nota-se seu estado de felicidade em cada parada. Muitas vezes o Banco nos priva de uma liberdade. No meu caso fui prejudicado por nao aceitar mudanças, novos desafios. O ano era 1996, quando o Banco começava a história de rodizios, nao topei e em pouco tempo me destituira de uma gerex apos 17 anos no cargo. Deve ter conhecido seu filho pois fui gerex por cinco anos no Pab Porangabussu, dentro da faculdade de medicina. Dr. Victor deve ger sido comtemporaneo do meu filho.
Bonita a sua história no Banco.
Abraços Jair Rolim

socorro moreira disse...

Edilma e Jair,

Um abraço feliz, e amigo !

Liduina Belchior disse...

Socorro,

Missão cumprida na vida de bancária.Parabéns cigana /cidadã.
Você foi aprovada com notas acima da média.

Abração: Liduina.