Muito doce
enjoa até as formigas
do vaso sanitário.
Em plena vigília
preservo-me da triste loucura.
Da montanha sem cume.
Do oceano sem peixes.
Se quebro uma xícara
antes contemplo o líquido.
Não há verdade que empobreça a alma.
Somente a mentira é o mal.
E não importa quem profira.
Mestre ou discípulos.
Prefiro meus passarinhos
na janela
balançam a cabeça
estufam o peito
com suas patinhas firmes
sobre a ferrugem da grade.
Não espero que me vejam
para que o milagre
seja consumado.
Fujo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário