Se aqui dissesse da grande saudade que tenho da paisagem do sítio em que nasci. Sua vida arcaica, suas histórias que pareciam uma ampulheta: o tempo corre, mas vejo simultaneamente o gargalo por onde ele escorre, o monte de seu passado se formando e o futuro acima ao curso do presente.
Ampulheta é o instrumento por excelências desta filosofia que perdura, mantém-se como uma saudade imensa daquele Crato que tão vivo me sufoca o respirar. A ampulheta que nega todas as categorias desta banalidade moderna, fugaz, que parece esquecer numa dormência de velhice a ameaçar-lhes a juventude. A ampulheta é algo impressionante. Basta que se inverta sua base para que imediatamente o passado acumulado se torne o futuro escorrendo para o presente a formar o passado.
Se aqui dissesse da grande saudade que tenho do Sítio Batateira e da cidade do Crato o quê pensariam do natal? Desta festa do alvorecer? Dos dias até que se conte o ano novo? Desta renovação que liga o presente ao futuro? Saudade não rima com natal, mas a minha é mesmo desta cidade, não apenas da idade, mas de toda a festividade que é milenar e se traduz na mesma (como é da natureza da saudade) eternidade de um menino que se diz Deus.
Ampulheta é o instrumento por excelências desta filosofia que perdura, mantém-se como uma saudade imensa daquele Crato que tão vivo me sufoca o respirar. A ampulheta que nega todas as categorias desta banalidade moderna, fugaz, que parece esquecer numa dormência de velhice a ameaçar-lhes a juventude. A ampulheta é algo impressionante. Basta que se inverta sua base para que imediatamente o passado acumulado se torne o futuro escorrendo para o presente a formar o passado.
Se aqui dissesse da grande saudade que tenho do Sítio Batateira e da cidade do Crato o quê pensariam do natal? Desta festa do alvorecer? Dos dias até que se conte o ano novo? Desta renovação que liga o presente ao futuro? Saudade não rima com natal, mas a minha é mesmo desta cidade, não apenas da idade, mas de toda a festividade que é milenar e se traduz na mesma (como é da natureza da saudade) eternidade de um menino que se diz Deus.
Um comentário:
Tua saudade tem resposta , e é irmã da nossa !
Um feliz Natal para ti, filho do Crato, menino da Batateira !
E essa sala que nos acolhe, acolhe as tuas saudades e as nossas.
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