As pessoas têm me dado conta , que só ando com a bolsa pendurada no ombro, mesmo da sala pra cozinha da minha casa.
Gaby, mais observadora , interrogou-me : por que tu não larga essa bolsa?
E eu respondi : pois é... por que não largo ?!
Aí lembrei de um fato.
Ano 1995 . Entrei num cinema do Shopping de João Pessoa. O filme já havia começado. Sentei, e deixei a bolsa na cadeira ao lado. Assisti a fita do fim para o começo, e sai do cinema, no escuro que encontrei, quando entrei. Atravessei algumas avenidas, e parei pra jantar, aquela carne- de- sol do Picuí com pirão de leite, que tem mais gosto, na Paraíba.
Enquanto esperava o sossego da fome , procurei a bolsa pra retocar o batom..
- O o canto mais limpo !
Corri de volta , mas o Shopping já estava fechado. Um vigia ensinou-me a casa do gerente do cinema. Para meu alívio , ele confirmou que havia encontrado a bolsa, mas só me restituiria , no dia seguinte.
Fui lá, e a tive de volta, intacta , com todos os cartões, e todos os trocados, inclusive meu batom ( artíficio feminino indispensável!).
Depois desse dia não largo a bolsa, exceto pra dormir e tomar banho. Ela continua transparente, na minha vida. Continuo esquecendo que ela existe, mas não a deixo mais , em qualquer canto.
Que falta faz um bolso pra carregar apenas um cartão... !
Bolsa de mulher, como diz Domingos, nem vale adivinhar os segredos que ela esconde !
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