Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Simonal


Wilson Simonal de Castro (Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 1938 — 25 de junho de 2000) foi um cantor brasileiro de muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970.

Simonal teve uma filha, Patricia, e dois filhos, também músicos: Wilson Simoninha e Max de Castro.
Filho de uma empregada doméstica, Simonal era cabo do Exército quando começou a cantar, nos bailes do 8º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (8º GACOSM), então sediado no Leblon. Seu repertório se constituía basicamente de calipsos e canções em inglês,

Em 1961, foi crooner do conjunto de calipso Dry Boys, integrando também o conjunto Os Guaranis. Apresentou-se no programa Os brotos comandam, apresentado por Carlos Imperial, um dos grandes responsáveis por seu início de carreira. Cantou nas casas noturnas Drink e Top Club. Foi levado por Luiz Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli para o Beco das Garrafas, que era o reduto da bossa nova.

Em 1964, viajou pela América do Sul e América Central, junto com o conjunto Bossa Três, do pianista Luís Carlos Vinhas.

De 1966 a 1967, apresentou o programa de TV Show em Si ...monal, pela TV Record - canal 7 de São Paulo. Seu diretor era Carlos Imperial. Revelou-se um showman, fazendo grande sucesso com as músicas País tropical (Jorge Ben), Mamãe passou açúcar em mim, Meu limão, meu limoeiro e Sá Marina Carlos Imperial, num swing criado por César Camargo Mariano, que fazia parte do Som Três, junto com Sabá e Toninho, e que foi chamado de pilantragem (uma mistura de samba e soul), movimento também idealizado e capitaneado por Carlos Imperial.

Em 1970, acompanhou a seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, realizada no México, onde tornou-se amigo dos jogadores de futebol Carlos Alberto e Jairzinho e do maestro Erlon Chaves.

Nessa época, Simonal era um dos artistas mais populares e bem pagos do Brasil, bastante assediado pela imprensa e pelos fãs. Vivia o auge de sua carreira. Foi o primeiro negro a apresentar sozinho um programa de televisão no país - o “Show em Si...Monal”, dirigido por Carlos Imperial - no qual era acompanhado por César Camargo Mariano, Sabá e Toninho, que formavam o Som 3, 


Simonal caiu em absoluto esquecimento a partir da década de 1980.
Em 2002, a pedido da família, a Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) abriu um processo para apurar a veracidade das suspeitas de colaboração do cantor com os órgãos de informação do regime militar. A comissão analisou documentos da época, manteve contato com pessoas do meio artístico, como o comediante Chico Anysio e os cantores Ronnie Von e Jair Rodrigues, e analisou reportagens publicadas nos jornais. Em notícia veiculada em 1992 pelo Jornal da Tarde, por exemplo, Gilberto Gil e Caetano Veloso declararam não ter tido problemas de convivência com Simonal.

Além de depoimentos de artistas e de material enviado por familiares e amigos, constou do processo um documento de janeiro de 1999, assinado pelo então secretário nacional de Direitos Humanos, José Gregori, no qual atestava que, após pesquisa realizada nos arquivos de órgãos federais, como o SNI e o Centro de Informações do Exército (CIEx), não foram encontrados registros de que Simonal tivesse sido colaborador, servidor ou prestador de serviços daquelas organizações.

Em 2003, concluído o processo, Wilson Simonal foi moralmente reabilitado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em julgamento simbólico.

Desmascarados em público, e sem nunca terem provado as acusações que faziam, os detratores de Simonal ainda tentaram, dez anos após sua morte, condená-lo novamente, apresentando um documento que nunca aparecera antes, e que demonstraria as ligações íntimas de Simonal com o regime militar, mas depois provou-se que tal documento nada mais era do que uma tentativa de Simonal para escapar de um provável processo por agressão a seu contador, invocando, para isto, ajuda oficial da polícia para provar sua inocência.

Segundo Ricardo Alexandre, autor do livro "Nem vem que não tem - a vida e o veneno de Wilson Simonal", há motivos para os detratores de Simonal pensarem que ele era um boneco nas mãos da direita, pois cantou músicas como "Brasil, eu fico". Não há notícias, contudo, de uma pessoa concreta que tenha sido delatada por Simonal. Afirma o mesmo Ricardo Alexandre que está coberto de razão quem compreende que foi crucificado pela esquerda numa campanha de difamação, pois foi vítima de uma "mídia inclemente atrás das manchetes".
Wikipédia

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