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"Penetra surdamente no reino das palavras.
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Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

" POCHAMAMA" - Por Ernesto !



Ultimamente, tenho lido bastante sobre o assunto e fico cada vez mais assobrado com o que descubro. Segundo estudiosos do nosso meio ambiente, estima-se que diariamente quatro espécies (entre animais, vegetais, micro-organismos...) sejam extintas nas florestas tropicais úmidas brasileiras. Quatro por dia!

Os cientistas afirmam que o planeta terra tem entre 5 milhões e 30 milhões de espécies. Acho que precisamos começar a pensar nisto, antes que seja tarde. As grandes mudanças ambientais que estão acontecendo desde o início da Revolução Industrial (há 150 anos), em particular a desenfreada exploração do planeta nos últimos 50 anos, são fatos que não podem ser escondidos.

Alguns pesquisadores prevêem que 50% da flora e da fauna da Terra poderiam estar a caminho da extinção já em 2100.

A maioria dos biólogos acredita que uma extinção em massa está a caminho. Apesar de divididos a respeito dos números, muitos cientistas acreditam que a taxa de perda de espécies é maior agora do que em qualquer outra época da história da Terra.

Os estudos mostram que cerca de 12,5% das espécies de plantas conhecidas estão sob ameaça de extinção. Alguns dizem que cerca de 20% de todas as espécies viventes poderiam desaparecer em 30 anos. Quase todos dizem que as perdas são devido às atividades humanas, em particular a destruição dos habitats de plantas e animais.

No Brasil - país de maior diversidade biológica do mundo, segundo o Worldwatch Institute (EUA) -, onde vivem cerca de 15% a 20% do total de espécies do planeta, 300 animais e vegetais encontram-se em perigo de extinção.

Outros estudos mostram que a relação entre crescimento populacional e o uso de recursos do Planeta já ultrapassou em 20% a capacidade de reposição da biosfera e esse déficit aumenta cerca de 2,5% cada ano. Isso quer dizer que a diversidade biológica - de onde vêm novos medicamentos, novos alimentos e materiais para substituir os que se esgotam - está sendo destruída muito mais rápido do que está sendo reposta. Esse desequilíbrio está crescendo. Até 2030, 70% da biodiversidade poderá ter desaparecido..." (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, Almanaque Sócio-ambiental Brasil 2008, São Paulo, 2007, p. 33.).

O extermínio de espécies acontece naturalmente desde o surgimento da vida na Terra. Entre suas principais causas estão os processos de desertificação, as glaciações e alterações na atmosfera provocadas por atividades vulcânicas ou meteoros. Calcula-se que 95% das espécies que já existiram na Terra desapareceram. Esse processo acontecia a um ritmo de, aproximadamente, uma espécie extinta a cada 13 meses. Hoje, segundo a UICN, são cerca de 5 mil espécies por ano, ou 13,7 por dia. Só na Indonésia, país recordista em destruição da biodiversidade, some uma espécie por dia. Isso acontece, sobretudo, pelo aumento da degradação ambiental - como a poluição das águas, dos solos e do ar -, pelo desmatamento e pela contaminação do meio ambiente por radioatividade e agrotóxicos.

Vou citar um caso... apenas um, para vermos o tamanho do prejuízo ao planeta! Os estudos mais recentes revelam uma aceleração no processo de degelo no Ártico. Com base em estudos mais antigos, as estatísticas apontavam para um derretimento da calota polar do Ártico somente para o ano de 2100 com percentual de 80% de degelo. Esta estatística foi refeita e a previsão agora é para o ano de 2040 ou 2050. Estudos realizados pela universidade do estado de Washington e pela administração americana para a atmosfera e os oceanos (N.O.A.A.), "permite prever um Ártico praticamente sem gelo dentro de 32 anos."

Por tudo isto é tão importante olharmos mais para nossa Pachamama . É como dizia o grande Chico Mendes: “No começo, pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade”

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