Zivaldo foi a múscia , no pé do ouvido, quando morei , em todas as vezes, na cidade de Fortaleza ( 1977 a 198o e 1995 a 2000).
Considerada por ele, uma parenta por afinidade ,gozava o privilégio de assisti-lo em suas apresentações, fossem nos bares, teatros, casa de amigos, e na minha casa.
De uma destreza incomparável , consegue acompanhar qualquer canção, qualquer voz, tornando-as belas. Aplaude com o olhar , e ri quando a coisa fica feia. Zivaldo se acompanha , divinamente bem ! E ainda : acompanha com maestria todos os grandes nomes da música popular brasileira , que a oportunidade disponibiliza ( e não são poucos). Possue hoje um respeitável e belo trabalho autoral , alguns já gravados. Esse ano , fez um show no Crato, Juazeiro e Barbalha. Numa dessas noites, terminamos nos reunindo na casa do Dr. Zé Flávio , e mais amigos. Foi bonito e prazeroso ouvir , na ocasião, Abidoral Jamacaru tocando pra Zivaldo , e vice-versa.
Qualquer dia vou a Fortaleza só pra ouvir Zivaldo tocar. Não basta pra mim ter os seus CDs. Ao vivo, a emoção aflora inteira, como um poema de Domingos.
Trechos de uma entrevista concedida por Zivaldo à jornalista Ethel de Paula e publicada no jornal "O Povo":
"No Sítio São José, em Jaguaruana, lugarejo-natal, as noites eram de violadas. Zivaldo Maia cresceu embalado pelo violão de dois irmãos e dos primos, porque o pai já havia aposentado os oito baixos. Antes de dormir, ouvia, ao longe, as serenatas, consolo de quem sequer possuía rádio de pilha. O dom acordou cedo, quando nem bem completara cinco anos de idade, o que surpreendeu os de casa. ''Sentia quando meus familiares erravam na harmonia e no dia seguinte, toco de gente, criticava'', recorda o hoje virtuose. Compositor, arranjador e intérprete, o mestre aperfeiçoou-se ouvindo. ''Vim para Fortaleza com mais de 30 anos e passei a observar violonistas referenciais como Nonato Luís e Pedro Ventura, criando novos acordes baseado no que escutava. Nunca pude viver apenas de música. Em compensação, tive encontros memoráveis e posso me considerar realizado por ter ouvido elogios do maior violonista de todos os tempos: Raphael Rabello''... "Na memória, Zivaldo guarda com particular afeto o feliz encontro com Lua, durante uma de suas passagens por Fortaleza, à beira-mar. ''Quem me apresentou a ele foi Padre Gotardo, autor do hino composto para o Papa João Paulo II. À mesa, toquei ''Violando'', de minha autoria, que inclusive já foi gravada por Nonato Luís e Sebastião Tapajós. Ele gostou tanto que no mesmo instante pediu para ir em minha casa. Queria compor junto. Nessa tarde, fizemos a primeira parte de uma música, ele solfejando e eu ao violão. Não chegamos a terminá-la, mas o fato é que tenho esse material inédito entre minhas gravações caseiras'', revela."
Violonista com técnica apurada que mistura o erudito e o popular, Zivaldo gravou seu primeiro CD em 1996 "Zivaldo Puro e Simples" , onde registrou suas canções ao violão. Sua composição mais gravada é "Violando", a mesma que ele mostrou ao Rei do Baião. Ela foi registrada por Sebastião Tapajós e João Cortez no CD "Brasilidade" e por Nonato Luiz em dois CDs, "O Choro da Madeira" de 99 e "Ceará" de 2001.
Em 1999, Zivaldo decidiu gravar um novo disco, desta vez cantando também. E o resultado é o registro de canções que falam de um tempo que deixou saudade em quem viveu e em quem não viveu também, mas gostaria de ter estado lá. O CD nos remete a uma Fortaleza tranquila, com os seresteiros embaixo das janelas e moças românticas espiando pelas frestas. Para conseguir esse clima, Zivaldo recorreu a parceiros como Jair Amorim, Oímpio Rocha, Alano Freitas, Fausto Nilo, Ana Cléria, Hildeberto Torres e Totonho Laprovítera que colocou letra na famosa "Violando". Há também um pout-pourri de sambas que vão de Ataulfo Alves e Noel Rosa à Luiz Assumpção. O CD traz duas participações especiais: Fausto Nilo cantando a parceria dele com Zivaldo e Ayla Maria , interpretando "Violando".
Músicos que participam do disco: Adelson Viana (piano/acordeon), Tarcísio Sardinha (violão/cavaquinho), Aroldo Araújo (baixo), Carlinhos Ferreira (clarinete), Luizinho Duarte (bateria/percussão), Aluísio (pandeiro), Aguiar (trombone), Zé Carlos (trompete) e Carlinhos Patriolino (bandolim).
ZIVALDO MAIA - ZIVALDO CANTA
1-Bobô (Zivaldo Maia/Olimpio Rocha)
2-Pout-pourri: Pois é (Ataulfo Alves)/Aperto de mão (Jaime Florence/Horondino Silva/Augusto Mesquita)/Arrependimento (Silvio Caldas/Cristóvão de Alencar)/Boneca de pano (Assis Valente)/Feitiço da Vila (Noel Rosa/Vadico)/Fita Amarela (Noel Rosa)/Adeus, Praia de Iracema (Luiz Assumpção)/Não me diga adeus (Luis Soberano/João Correia da Silva/Paquito)/Lata d'água(Luis Antonio/J.Jr)/Só pra chatear (Píncipe Pretinho)
3-Último apelo (Zivaldo Maia/Alano Freitas)
4-Lua Branca (Chiquinha Gonzaga)
5-Foi assim (Zivaldo Maia/Olímpio Rocha)
6-Naquele tempo (Pixinguinha/Benedito Lacerda/Jair Amorim)
7-Princesa (Zivaldo Maia/Jair Amorim)
8-Grito nordestino (Zivaldo Maia/Hildeberto Torres)
9-Promessa (Zivaldo Maia/Olímpio Rocha)
10-Linhas melódicas (Zivaldo Maia/Ana Cléria)
11-Violando (Zivaldo Maia/Totonho Laprovítera) - voz: Ayla Maria
12-Ianê (Fio de Esperança) (Zivaldo Maia/Fausto Nilo) - voz: Fausto Nilo
"No Sítio São José, em Jaguaruana, lugarejo-natal, as noites eram de violadas. Zivaldo Maia cresceu embalado pelo violão de dois irmãos e dos primos, porque o pai já havia aposentado os oito baixos. Antes de dormir, ouvia, ao longe, as serenatas, consolo de quem sequer possuía rádio de pilha. O dom acordou cedo, quando nem bem completara cinco anos de idade, o que surpreendeu os de casa. ''Sentia quando meus familiares erravam na harmonia e no dia seguinte, toco de gente, criticava'', recorda o hoje virtuose. Compositor, arranjador e intérprete, o mestre aperfeiçoou-se ouvindo. ''Vim para Fortaleza com mais de 30 anos e passei a observar violonistas referenciais como Nonato Luís e Pedro Ventura, criando novos acordes baseado no que escutava. Nunca pude viver apenas de música. Em compensação, tive encontros memoráveis e posso me considerar realizado por ter ouvido elogios do maior violonista de todos os tempos: Raphael Rabello''... "Na memória, Zivaldo guarda com particular afeto o feliz encontro com Lua, durante uma de suas passagens por Fortaleza, à beira-mar. ''Quem me apresentou a ele foi Padre Gotardo, autor do hino composto para o Papa João Paulo II. À mesa, toquei ''Violando'', de minha autoria, que inclusive já foi gravada por Nonato Luís e Sebastião Tapajós. Ele gostou tanto que no mesmo instante pediu para ir em minha casa. Queria compor junto. Nessa tarde, fizemos a primeira parte de uma música, ele solfejando e eu ao violão. Não chegamos a terminá-la, mas o fato é que tenho esse material inédito entre minhas gravações caseiras'', revela."
Violonista com técnica apurada que mistura o erudito e o popular, Zivaldo gravou seu primeiro CD em 1996 "Zivaldo Puro e Simples" , onde registrou suas canções ao violão. Sua composição mais gravada é "Violando", a mesma que ele mostrou ao Rei do Baião. Ela foi registrada por Sebastião Tapajós e João Cortez no CD "Brasilidade" e por Nonato Luiz em dois CDs, "O Choro da Madeira" de 99 e "Ceará" de 2001.
Em 1999, Zivaldo decidiu gravar um novo disco, desta vez cantando também. E o resultado é o registro de canções que falam de um tempo que deixou saudade em quem viveu e em quem não viveu também, mas gostaria de ter estado lá. O CD nos remete a uma Fortaleza tranquila, com os seresteiros embaixo das janelas e moças românticas espiando pelas frestas. Para conseguir esse clima, Zivaldo recorreu a parceiros como Jair Amorim, Oímpio Rocha, Alano Freitas, Fausto Nilo, Ana Cléria, Hildeberto Torres e Totonho Laprovítera que colocou letra na famosa "Violando". Há também um pout-pourri de sambas que vão de Ataulfo Alves e Noel Rosa à Luiz Assumpção. O CD traz duas participações especiais: Fausto Nilo cantando a parceria dele com Zivaldo e Ayla Maria , interpretando "Violando".
Músicos que participam do disco: Adelson Viana (piano/acordeon), Tarcísio Sardinha (violão/cavaquinho), Aroldo Araújo (baixo), Carlinhos Ferreira (clarinete), Luizinho Duarte (bateria/percussão), Aluísio (pandeiro), Aguiar (trombone), Zé Carlos (trompete) e Carlinhos Patriolino (bandolim).
ZIVALDO MAIA - ZIVALDO CANTA
1-Bobô (Zivaldo Maia/Olimpio Rocha)
2-Pout-pourri: Pois é (Ataulfo Alves)/Aperto de mão (Jaime Florence/Horondino Silva/Augusto Mesquita)/Arrependimento (Silvio Caldas/Cristóvão de Alencar)/Boneca de pano (Assis Valente)/Feitiço da Vila (Noel Rosa/Vadico)/Fita Amarela (Noel Rosa)/Adeus, Praia de Iracema (Luiz Assumpção)/Não me diga adeus (Luis Soberano/João Correia da Silva/Paquito)/Lata d'água(Luis Antonio/J.Jr)/Só pra chatear (Píncipe Pretinho)
3-Último apelo (Zivaldo Maia/Alano Freitas)
4-Lua Branca (Chiquinha Gonzaga)
5-Foi assim (Zivaldo Maia/Olímpio Rocha)
6-Naquele tempo (Pixinguinha/Benedito Lacerda/Jair Amorim)
7-Princesa (Zivaldo Maia/Jair Amorim)
8-Grito nordestino (Zivaldo Maia/Hildeberto Torres)
9-Promessa (Zivaldo Maia/Olímpio Rocha)
10-Linhas melódicas (Zivaldo Maia/Ana Cléria)
11-Violando (Zivaldo Maia/Totonho Laprovítera) - voz: Ayla Maria
12-Ianê (Fio de Esperança) (Zivaldo Maia/Fausto Nilo) - voz: Fausto Nilo
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