Everardo Norões é economista, poeta e crítico literário.
1. Dos grandes clássicos destaco apenas o livro As Mil e uma noites, que foi traduzido no Brasil por Mustafá Jerouche. Li na tradução francesa de Mardrus. Encontramos as marcas desse livro em quase toda a literatura ocidental, do cordel nordestino ao D. Quixote... É o clássico dos clássicos.
2. Poema pedagógico, de Anton Makarenko, narrativa da experiência do grande pedagogo russo que dirigiu a Colônia Gorki, instituição que acolhia jovens órfãos e abandonados retirados da marginalidade. Atualíssimo para o Brasil de hoje, onde a violência é tratada como simples caso de polícia.
3. Poeta em Nova Iorque, de Federico Garcia Lorca. Dentro do livro há um poema, Danza da la muerte, visão do inigualável poeta espanhol sobre o devastador crash da bolsa de Nova Iorque em 1929, quando, pela primeira vez, o capitalismo entrou em pânico. Nesses tempos de crise, vale lembrar que os poetas são às vezes mais clarividentes do que os economistas.
4. A criação do mundo, de Miguel Torga. Relato de vida, na qual se destaca a infância e juventude do autor passadas no Brasil, onde trabalhou duro em fazendas de café e teve seu ‘encontro’ decisivo com Machado de Assis. A quem se interessar pela grande literatura em língua portuguesa e pela dignidade do homem.
5.O manuscrito de Saragoça, de Jan Potocki, nobre polonês do século XVIII, historiador, arqueólogo, fundador da etnologia eslava e agente secreto, entre outras atividades. O romance, no estilo de As Mil e uma noites, se desenrola a partir do achado de um manuscrito por um soldado durante a invasão da Espanha pelas tropas de Napoleão. Há um filme, do mesmo título, do diretor Wojciech Has, com o incomparável ator Zbigniew Cybulski.
1. Dos grandes clássicos destaco apenas o livro As Mil e uma noites, que foi traduzido no Brasil por Mustafá Jerouche. Li na tradução francesa de Mardrus. Encontramos as marcas desse livro em quase toda a literatura ocidental, do cordel nordestino ao D. Quixote... É o clássico dos clássicos.
2. Poema pedagógico, de Anton Makarenko, narrativa da experiência do grande pedagogo russo que dirigiu a Colônia Gorki, instituição que acolhia jovens órfãos e abandonados retirados da marginalidade. Atualíssimo para o Brasil de hoje, onde a violência é tratada como simples caso de polícia.
3. Poeta em Nova Iorque, de Federico Garcia Lorca. Dentro do livro há um poema, Danza da la muerte, visão do inigualável poeta espanhol sobre o devastador crash da bolsa de Nova Iorque em 1929, quando, pela primeira vez, o capitalismo entrou em pânico. Nesses tempos de crise, vale lembrar que os poetas são às vezes mais clarividentes do que os economistas.
4. A criação do mundo, de Miguel Torga. Relato de vida, na qual se destaca a infância e juventude do autor passadas no Brasil, onde trabalhou duro em fazendas de café e teve seu ‘encontro’ decisivo com Machado de Assis. A quem se interessar pela grande literatura em língua portuguesa e pela dignidade do homem.
5.O manuscrito de Saragoça, de Jan Potocki, nobre polonês do século XVIII, historiador, arqueólogo, fundador da etnologia eslava e agente secreto, entre outras atividades. O romance, no estilo de As Mil e uma noites, se desenrola a partir do achado de um manuscrito por um soldado durante a invasão da Espanha pelas tropas de Napoleão. Há um filme, do mesmo título, do diretor Wojciech Has, com o incomparável ator Zbigniew Cybulski.
6. Vidas minúsculas, de Pierre Michon, um dos escritores mais interessantes da literatura francesa contemporânea, que trata de personagens humildes com a linguagem dos grandes mestres da língua.
7. Poemas, de Joaquim Cardozo, a quem chamei de homem-universo. Grande calculista, arquiteto, uma das ‘universidades’ de João Cabral de Melo Neto, segundo depoimento do autor de Morte e vida severina.
8. O meio do mundo e outros contos, de Antonio Carlos Viana, que tem impacto de uma bala calibre 45. Contos para o entendimento da alma brasileira.
9. Jakob Von Gunten, de Robert Walser. Escrito em 1909 é, a meu ver, tão importante para o romance moderno quanto Kafka. Sobre ele há um ensaio do filósofo Walter Benjamin. Sob a forma de ‘diário’ de um aluno vivendo num educandário, microcosmo onde pequenos acontecimentos sugerem as grandes tragédias que brotariam na Alemanha do século XX.
10. Os contos de Moreira Campos, autor cearense quase desconhecido, que trata das ‘vidas minúsculas’ brasileiras com talento e o rigor da escrita de um Machado de Assis.
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