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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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quinta-feira, 6 de maio de 2010

A Estrela Dalva - por Norma Hauer

Era o dia 5 de maio de 1917 quando uma estrela brilhou nos céus de Rio Claro-São Paulo: nascia a Estrela Dalva. Deram-lhe o nome de Vicentina porque não sabiam que ali nascia uma estrela: a Estrela Dalva do universo de nossa música popular: DALVA DE OLIVEIRA.

Antes mesmo de ser essa estrela ela fez parte de um trio, denominado de Ouro.

Lembro-me daquela época, quando Dalva de Oliveira e a Dupla Preto e Branco estrearam na Rádio Mayrink Veiga e César Ladeira deu-lhes o nome de "Trio de Ouro", ali, na hora.

Lembro-me de vários sucessos, do Trio, como “ Ceci e Peri”; "Pedro, Antônio e João"; Praça Onze";"Laurindo";"Ave Maria do Morro"...ricas composições de Herivelto Martins
Nas gravações do Trio, Dalva estava presente, fazia alguns solos, mas não gravava sozinha. Sua voz dominou o Trio quando eles gravaram “Ave Maria do Morro”.
Parece que esse foi o começo do fim do Trio com Dalva, Herivelto e Nilo Chagas. Aquele fim na Venezuela nunca foi bem explicado mas a situação entre eles também teve seu fim e...
E pouco depois, uma situação de desavenças chegou ao conhecimento do público e quando tudo parecia perdido, nasceu a verdadeira Estrela Dalva.
Cantando sozinha, ela dominou um repertório que a levou ao auge do estrelato, enquanto as novas formações do Trio de Ouro não “emplavavam”.

Sua voz, fina, cristalina, bem colocada dominou como poucas a música da época. Compositores, como Marino Pinto e Ataufo Alves acreditavam na Estrela Dalva e enriqueceram seu repertório com verdadeiras jóias, que não eram mais “de ouro”, mas continuavam brilhando.
E assim nasceram “Tudo Acabado”;”Calúnia”;”Segredos”;””Meu Rouxinol”;
“Neste Mesmo Lugar”;”Amor de Mãe”;””Zum-Zum”;”Poeira do Chão”;”Estrela do Mar” e dezenas de outros.
Seus últimos sucessos, que também marcaram o carnaval, foram “Rancho da Praça 11; “Máscara Negra” e, encerrando com chave de ouro
“Bandeira branca, amor,
Não posso mais
Pela saudade que me invade
Eu peço PAZ.”

Norma

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