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"Penetra surdamente no reino das palavras.
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Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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sábado, 19 de março de 2011

Dom Vicente Matos, o terceiro bispo de Crato – por Armando Lopes Rafael


Os que conviveram com Dom Vicente mais de perto são unânimes em reconhecer nele um espírito magnânimo, pleno de bonomia, simplicidade, firmeza de caráter e um otimismo que não se abalava com as decepções da vida...

Dom Vicente de Paulo Araújo Matos nasceu na cidade de Itapagé, Ceará, no dia 11 de junho de 1918. Sua ordenação sacerdotal ocorreu em 29 de novembro de 1942. A nomeação episcopal veio encontrá-lo – em 25 de abril de 1955 – como diretor do Colégio Arquidiocesano de Fortaleza, conhecido como Colégio Castelo. O Papa Pio XII concedeu a Dom Vicente Matos, naquela ocasião, o título de bispo titular de Antioquia de Meandro e auxiliar de Crato. Residindo na Diocese de Crato desde 15 de agosto de 1955, com a renúncia de Dom Francisco de Assis Pires, Dom Vicente foi escolhido terceiro Bispo Diocesano de Crato em 28 de janeiro de 1961, pelo Papa João XXIII. Tomou posse na função no dia 19 de março do mesmo ano.
Homem dinâmico e empreendedor foi um pastor prudente, zeloso e deixou vasta folha de serviço prestada à Diocese de Crato. Criou dezoito paróquias e ordenou trinta e sete sacerdotes. Deve-se a ele a fundação do Instituto de Ensino Superior do Cariri, mantenedor da Faculdade de Filosofia de Crato embrião da Universidade Regional do Cariri.
Foram iniciativas de Dom Vicente a construção do imponente Centro de Expansão Educacional (localizado no bairro Grangeiro) que hoje leva seu nome; a Rádio Educadora do Cariri; a Empresa Gráfica Ltda., que editava o jornal “A Ação”; a criação da Fundação Padre Ibiapina, instituição de amplo alcance social que desenvolve trabalho de Evangelização, Cursos de Treinamento e as Pastorais da Criança, da Educação e da Saúde, além da atual Faculdade Católica do Cariri. A Dom Vicente se deve ainda a criação dos primeiros Sindicatos dos Trabalhadores Rurais no sul do Ceará; a criação e construção do Ginásio Madre Ana Couto e Colégio Pequeno Príncipe; a Escola de Líderes Rurais; Organização Diocesana de Escolas Profissionais, dentre outras iniciativas.
Dom Vicente foi bispo-auxiliar durante cinco anos; administrador diocesano por um ano e cinco meses e bispo diocesano de Crato durante vinte e um anos, perfazendo quase trinta e sete anos de bons serviços prestados à diocese de Crato. Renunciou ao bispado, por motivo de saúde, em 01 de junho de 1992 e faleceu no dia 06 de dezembro de 1998. É considerado o maior benfeitor da cidade de Crato. Foi sepultado na Capela da Ressurreição da Catedral de Crato.
Texto e postagem de Armando Lopes Rafael

Um comentário:

Claude Bloc disse...

D. Vicente foi personagem de minha história de vida no Crato. Embora não compreendido em muitos dos seus empreendimentos, é inegável o seu valor, sua honradez, seu bom caráter e a sua suavidade no trato com as pessoas.

Bela homenagem, Armando.

Abraço,

Claude