Dança dramática de origem Africana, presente no Carnaval cearense com a representação dos negros e escravos em marcha lenta sob batuque compassado formando um cortejo. Composto por uma baliza, porta-estandarte, índios brasileiros, nativos africanos negras baianas, negra calunga, negra do incenso, balaeiro, casal de pretos velhos, pajens, tiradores de loa e batuqueiros, fazendo reverências a uma rainha negra e sua corte real. Para a representação, o uso de uma mistura com fuligem, talco, óleo infantil, vaselina em pasta, cobre todo o rosto de preto, por ser um desfile só para negros.
O Maracatu é representado por um grupo formado com percussão com, caixa sem esteiras para a batuca grave, surdos, bumbos, ganzás, chocalhos e triângulos. O macumbeiro canta as entoadas com temas ligados à cultura, à religião e a historia da África no Brasil.
Originado das coroações dos Reis do Congo a partir do século XVIII nas Igreja de Nossa Senhora do Rosário, só com homens pretos, nas cidades de Fortaleza, Sobral, Icó, Aracatí e Crato. O Maracatu chegou ao Carnaval em 1937 com o bloco "Az de Ouro". Surgiram outros em 1950 de nomes: "Estrela Brilhante", "Az de Espada" e "Leão Coroado". Com o passar dos anos o Maracatu se tornou uma importante expressão artística e cultural no Ceará.
Edilma Rocha
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