Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

domingo, 8 de maio de 2011

Já no final da noite uma nota pela maternidade - José do Vale Pinheiro Feitosa

Lá pelas 9 da noite foi que se resolveu. Isso para o público, na intimidade a solução já estava posta de antes. Todo mundo festejando o dia das mães e ele calado. A ausência no almoço até se pode compreender, mas nem um raminho de bogari ele compareceu para ofertar à mãe.

Era literalmente um FDP nos termos do desprezo pelo dia da mãe. Mas neste dia surgem muitas manifestações. São tantas notas de saudade, algumas de amargura, outras de alegria pelo encontro, e sempre tem alguém falando de perdas. A mãe se desdobrada em muitos sentimentos.
Mas nada por se estranhar. As referências dos filhos para as mães, além do comezinho de falar chavões, até por obrigação, são múltiplas e variadas. Como a vida de cada um é diferente do outro, vai daí que os sentimentos com o amor de mãe variem.

Ele sempre fora assim. Nada de comemorar o dia das mães na luz do próprio dia. Como costumava acordar às 9 da manhã, contava mais doze horas e a partir daí se manifestava. Com todo o vigor que o silêncio anterior não fazia suspeitar-se de tamanho respeito e amor pela mãe.

Por volta das 21h30min, a mensagem dele estava nos blogs: não é a mãe em quem penso, é nela, aquela mulher que me gerou, cuidou e me via muito mais importante do que me imagino. Ela por vezes vinha com a raiva da disciplina para educar. Mas, pacientemente, retira o carrapicho do medo que se entranha na nossa alma como se fosse parte dela. A mãe que morria de medo da vida, mas tinha vida suficiente para domar o medo que morria.

Por volta de 21h40min, um amigo, por telefone, o elogia pela mensagem, mas estranha sempre este comportamento atrasado. Ele responde: se hoje é o dia da mãe, eu vou esperar pelo menos umas doze horas para existir no mundo. ????? – tanta interrogação parecia se imprimir no silêncio do amigo do outro lado da linha ao que ele esclareceu: tenho que esperar que a mãe primeiro nasce para que eu viva.

Nenhum comentário: