Preciso indulgentemente escrever
pensar, calar
encontrar palavras
de dentro de um parêntese
de dentro de uma história
escrever, enfim,
neste pedaço de liberdade
que toma conta de mim.
Quero escrever sofregamente
esconder minha alma em versos livres
adormecer algum sonho
e acordar amanhã.
Quero escrever
os restos dos meus pensamentos
lampejos do que almejo
clarões dentro da memória
que a inspiração alinhava
num poema incolor.
Quero escrever
palavras que não alcanço
palavras que não esqueço
poemas desordenados
para não me entristecer.
Por isso escrevo
versos livres, versos tortos
na rua, olhando a lua
nas tardes de agonia.
Assim poetizo a ausência
ou simplesmente me calo
a verdade pode ser dita
por não caber mais dentro de mim
2 comentários:
Gostei de rever isto...
Abraço dobrado...
Claude
Foto linda, poema belo...
E eu não sei aonde foi ? rs rs
Abraços,
DM
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