Fortaleza, a bela Capital do Estado do Ceará, com seus belos prédios, condomínios de luxo e enormes mansões particulares sofre a insegurança nos dias atuais.
A procura dos moradores por proteção acontece de forma diferenciada. Muros altos, imensos portões, cercas elétricas, monitoramentos, câmara de vigilância e a procura por firmas particulares com carros e motos 24 horas, que tentam proteger aqueles que possam pagar. Os assaltos são constantes.
A cidade apresenta uma orla marítima bem cuidada para receber os turistas que chegam de outros Estados Brasileiros e Países estrangeiros. A Fortaleza Bela investe na preparação da cidade para o Natal que vem aí. A Catedral recebeu iluminação especial, as crianças do coral infantil ensaiam a todo vapor para a apresentação natalina no antigo prédio do hotel "Exelsor" na Praça do Ferreira e este ano a decoração das imensas árvores recebem os "fuxicos" coloridos fazendo uma sequência do artesanato popular, depois das velas das jangadas, redes e rendas do Ceará.
O transito virou uma loucura nos horários de pique entre as obras intermináveis do Metro que se arrastam à anos. Vem aí a Copa das Confederações e o Castelão está a todo vapor, sem falar nos túneis e viadutos que preparam a modernidade no caminho entre o Centro de Convenções e o esperado futebol para os cearenses.
Entre a tudo isso estão instaladas as inúmeras favelas onde se abrigam os assaltantes, marginais e viciados junto aos moradores pobres com seus problemas sociais.
Nos bairros elegantes as recomendações da segurança são variadas. Circular em carros fechados, de preferência com vidros escuros; nunca receber panfletos ou ajuda dos flanelinhas; se chegar em casa e ver algum carro ou moto por perto, dar a volta no quarteirão e jamais acionar o controle eletrônico sem total segurança.
No meio ao transito os arrastões são frequentes nos fechamento dos sinais. Reagir, jamais! Tudo em volta é suspeito. O flanelinha é viciado e está sempre doido e as balas são trocadas entre os traficantes num possível ajuste de contas, que de vez em quando atingem pessoas inocentes. Os acidentes e mortes causadas pela imprudência de motoristas embriagados está cada vez maior. Quando se escuta um estrondo, com certeza é mais um caixa rápido explodido. A quantidade de crianças pedintes assusta, principalmente neste período do ano.
São muitas viaturas do "Ronda", da Polícia Civil e Rodoviária e Ambulâncias que pedem passagem, apressados. Mas os criminosos são maioria. Se assistimos os jornais policiais ficamos impressionados com a quantidade de pessoas assassinadas durante a noite e o dia. A droga corre com rapidez e os policiais não conseguem dominar as áreas do tráfico que mudam constantemente. Mata-se por qualquer motivo banal, as vidas nada valem. Notícias como a morte a pauladas e pedradas de um menino de 11 anos por dever 30 reais pela compra de um celular usado, causou revolta e dó dos policiais e população. Outro que devia 10 reais a um traficante, pagou a vida em 10 facadas. E o malandro dizia na maior gíria que cada facada era 1 real devido. A que ponto chegou a insegurança. Vidas sem preço...
O que mais revolta é que na maioria dos crimes, o praticante é menor de idade que a polícia prende e o juizado solta. De volta as ruas, matam e assaltam outras vezes. Sem punidade. Não podem ficar presos porque são menores viciados e não respondem por seus atos. São assassinos soltos por aí...
Mas no nosso País, menores com 16 anos podem escolher os nossos governantes através do voto popular.
Quem já sentiu na pele pelos seus filhos que sofreram a assaltos a atentado à vida, como eu, não pode deixar de sentir indignidade pela insegurança nos dias atuais.
Edilma Rocha
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