1 – Recife e Olinda
I -- No último fim de semana troquei a visão da chapada do Araripe pelos cenários dos rios, pontes, mar e altos coqueiros de Recife. E fui presenteado com boas surpresas! Na área histórico-cultural, igrejas antigas – de Olinda e Recife - estão sendo restauradas sob orientação do Iphan. Cheguei a ver duas delas: a Igreja do Divino Espírito Santo, na Praça 1817, em Recife e a Igreja do Carmo, em Olinda. Aliás, nessa última cidade, na parte histórica, retiraram os postes e a fiação elétrica de algumas ruas. Beleza pura!
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2 – Várzea-Alegre
I – Uma coisa chama a atenção de quem passa por Várzea-Alegre. Trata-se de um monumento (foto ao lado) em homenagem ao Padre Antônio Vieira, culto e destacado sacerdote que denominou o jumento como "nosso irmão". No monumento, Padre Vieira está ao lado de um jumento. A obra foi feita pelo escultor Dalécio Mauriz Feitosa, da cidade de Mossoró.
II – O padre Antônio Batista Vieira tinha profunda ligação com Crato. Estudou no Seminário São José e ali foi ordenado sacerdote em 1942. Lá foi professor até o ano de 1953. Foi redator-chefe do jornal “A Ação” em Crato. Escreveu nos jornais “O Povo” e “O Nordeste” (Fortaleza). Em 1964, Padre Vieira cursou Administração de Empresas na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Dois anos mais tarde, candidatou-se a deputado federal, sem nenhuma experiência política. Apesar de ter sido eleito, exerceu apenas a metade do mandato, sendo cassado pelo governo ditatorial que tinha poderes para revogar direitos políticos e cassar mandatos de quem era visto como adversário do regime. Coisas desta república.
III – Mas Várzea-Alegre também construiu outro monumento. Destinado a preservar a memória de outro filho da terra: José Clementino. Este foi poeta e compositor. Luiz Gonzaga gravou várias músicas dele.
3 – Em Crato...o sumiço do busto!
No último dia 1º, fiz uma nota informando que o busto de bronze do comerciante Siqueira Campos (existente na praça do mesmo nome) fora retirado. Isto aconteceu durante a recente reforma daquele logradouro. Consta que para aquela praça o busto não voltará. Cheguei a sugerir que o pequeno monumento fosse relocalizado no calçadão, existente em frente. Depois fiquei sabendo que o busto estava num depósito, no Parque de Exposição de Crato. Falta, portanto, só providenciar um pedestal de granito para relocalizá-lo noutra parte. Cidade pobre em monumentos públicos, Crato não pode se dar ao luxo de deixar um busto de bronze desaparecer.
Repercussão sobre a denúncia e a sugestão?
O silêncio – até agora – foi a resposta.
Repercussão sobre a denúncia e a sugestão?
O silêncio – até agora – foi a resposta.
Viva Recife e Várzea Alegre...
Um comentário:
Armando,
Ótimas notícias sobre preservação e homenagens em Recife e Várzea Alegre.
Eu sempre me pergunto, para onde foram tantos monumentos das nossas praças. Acho que seria muito bom questionar mesmo...
FELIZ NATAL!
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