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Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Um grande livro sobre Iguatu -- por Armando Lopes Rafael


Dentre os presentes que recebi neste fim de ano, um alegrou-me sobremaneira. De minha ex-colega do BNB, Gecinelda Ribeiro, ganhei o livro-álbum O conciso inventário do patrimônio histórico e arquitetônico de Iguatu, de autoria da historiadora e fotógrafa Gardevânia Farias.

Trata-se de um resgate – através da imagem fotográfica – de igrejas, prédios públicos e privados, casarões e residências que foram edificadas ao longo da existência de Iguatu, muitas das quais desaparecidas pela insensibilidade da população, pela omissão das autoridades municipais e pela ganância da  especulação financeira.
“Eu queria que as pessoas conhecessem os casarões que existiram em nossa cidade”, disse a autora. “É preciso reconhecer a nossa história e, com urgência, preservar os imóveis ainda existentes”.

Impressão primorosa, pesquisa feita com primor e rigor, o livro O conciso inventário do patrimônio histórico e arquitetônico de Iguatu, motiva uma leitura agradável, além da inevitável comparação com o que ocorreu com o patrimônio histórico e arquitetônico da cidade de Crato. Aqui tínhamos (e felizmente, ainda temos) muito mais imóveis que deviam (e ainda devem) ser preservados, do que os existentes naquela simpática metrópole do centro-sul cearense.

Entretanto, a omissão com a conservação patrimônio histórico e arquitetônico de Crato é bem maior do que em Iguatu. Lá tem um imóvel tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional–IPHAN: a Igreja-Matriz de Senhora Santana. Aqui temos imóveis do porte do Seminário São José, Catedral de Nossa Senhora da Penha, Capela de Santa Teresa de Jesus, Estação Ferroviária, prédio da antiga Prefeitura/Cadeia Pública, Casa de Caridade, Casa onde foi julgado Pinto Madeira, Crato Tênis Clube, dentre outros, que nunca foram tombados. Pior: alguns continuam passando por “reformas internas” que os descaracterizam por dentro.

Aqui temos ainda casarões que deveriam ser tombados, como o que pertenceu à família de Pedro Gonçalves Norões, além de vários outros localizados na Praça da Sé e no bairro Pimenta, importantes heranças arquitetônicas, bens culturais e históricos do Crato e do Cariri.

O livro O conciso inventário do patrimônio histórico e arquitetônico de Iguatu, de autoria da historiadora Gardevânia Farias é um “grito de alerta” contra as destruições criminosas, como ocorreu em anos recentes com os imóveis de fachada com azulejos portugueses que existiam na Rua Miguel Limaverde, no centro de Crato.

Procissão tradicional de 26 de julho em Iguatu

Um comentário:

Edilma disse...

Armando,

Já estou curiosa para ver essa maravilha de livro.
Estava mesmo sentindo a sua falta.
Abraço !