Nos primeiros anos da década
1980, eu estava saindo da puberdade. Próximo dos meus 20 anos, meus pais ralhavam
comigo, cobrando responsabilidade maior, o que quer dizer trabalho remunerado.
No início de 1983 recebi proposta de uma livraria de títulos religiosos e
materiais escolares, uma típica livraria e papelaria. Aceitei-a. Pena (ou não),
o emprego só durou um mês. Demiti-me, pois o patrão proibiu-me de ler em
serviço, mesmo na ausência de clientes. Pelo menos recebi um salário.
Logo depois, um amigo abriu um sebo
de livros e discos. Ele mesmo montou boa parte da infra-estrutura da loja: estantes
feitos de cano de PVC, pintadas de verde escuro. Ajudei-o nesta tarefa e por
isso, acho, convidou-me para trabalhar com ele, como atendente. Aceitei e bati “o
meu próprio recorde”, pois lá fiquei mais de um mês.
Esse amigo é Marcos Leonel,
conhecido na cena “udigrudi” local como Marcos Lobisomem. O sebo era o Et
Cetera.
Fotos da inauguração do sebo (acervo de Marcos Leonel)
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