Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Uma tristeza infinda – por Pedro Esmeraldo

No domingo do último carnaval andávamos solitários pelas ruas desta cidade e não observávamos nenhum movimento carnavalesco. Ficamos aflitos diante desses dias sombrios e permanecíamos totalmente aterrados pela falta de animação de nossos habitantes. Anos atrás, os dias de carnaval do Crato eram festivos devido às animações que deixavam o povo inebriado, mergulhando numa esfera de alegria e de bons momentos,  elevados pela disposição jubilosa de seu povo.

Os habitantes mais velhos desta cidade lembram-se desses acontecimentos, que nos deixavam animados, pois esta urbe foi o berço da civilização carirense.

Por isso, nos dias atuais, o Crato sofre devido ao descaso de alguns de seus moradores, que se deixam acabrunhar diante das fraquezas, entregando os pontos, fugindo da terra, indo passar o carnaval nos grandes centros. E agora, recentemente,  no período carnavalesco, o povo cratense está prestigiando uma cidade muito menor, que é Várzea Alegre, que não tinha o respaldo carnavalesco do Crato. Isto é uma aberração, é um desdoiro para os cratenses, pois acarreta esmorecimento que se deixa levar diante das conversas destoantes e do pessimismo doentio.

Os cratenses vivem amargurados, pois não têm força para reagir e deixam a cidade abandonada desse período de festejos carnavalescos.

Em tempos passados, o povo cratense foi um divertido nato, utilizava brincadeiras jocosas e se divertia a valer, possuidor de uma mistura de seriedade, pois tinha o desejo ardente de brincar a fim de extravasar seu sentimento íntimo, livrando-se do pensamento negativo, já que, vez por outra, continha a ânsia de desabafar-se das canseiras e das preocupações diárias.

Certamente, todos enfrentavam barreiras que se pareciam intransponíveis, livrando-se dos percalços e das confusões negativas, desabafando-se as mágoas adquiridas, enfrentando as dificuldades do trabalho diário.

Com o tempo, o carnaval cratense foi se arrefecendo, caindo no esquecimento desse povo, devido à falta de estímulo de alguns políticos do passado que dominavam o Crato, deixando cair os nossos costumes no esquecimento.

Já está na hora de reagirmos, de lutarmos com denodo e o desejo de recuperar nossos festejos carnavalescos por que nós não devemos cair no esquecimento, mas devemos mostrar que somos fortes e podemos resgatar o nosso carnaval nos mesmos moldes do carnaval passado: reabrindo os blocos carnavalescos, as escolas de samba e o carnaval de rua, pois consideramos o carnaval uma festa do povo e todo o povo deve participar de sua alegria.

    

Um comentário:

Claude Bloc disse...

Ótima análise, Pedrinho... Foi o mesmo sentimento que tive nessa período momino...

Abraço,

Claude