MÃE E FILHA, novo filme de Petrus Cariri conta a história de um amor recheado de representações de luto, perda, silencio, gestos e muito carinho. "Uma senhora, sua filha e seu neto, morto em uma caixa de papelão. Bastou
um fio de narrativa, ambientado na cidade fantasma de Cococi, para que o
filme Mãe e Filha acontecesse.
A imagem como criadora de acontecimento talvez seja o que mais se
aproxima das intenções do segundo longa-metragem do cineasta cearense
Petrus Cariry. Esta experiência singular convoca ao espectador uma nova
forma de perceber e sentir o mundo inventado no cinema.
No filme
de Petrus, há poucas falas e, quando elas surgem, quase sempre são
murmuradas. Quando o luto já não pode mais ser dito em forma de
palavras, tudo o que sobra é estar no mundo. Respirar aquilo que
permanece ao nosso redor. Proporcionar relações por meio de gestos
mínimos. Mas esta conexão também passa pelo mistério e pelo medo, por um
clima sombrio que a princípio não conseguimos decifrar" (imagem em Movimento).
"MÃE E FILHA" conta a história de uma
mulher que viaja para o interior para entregar o filho morto. "MÃE
E FILHA" de Petrus Cariry concorre na seleção oficial do
evento
O cinema emergente de países latino-americanos como o
Brasil, o Chile e a Bolivia, e asiáticos como as Filipinas, será
exibido na seleção oficial do 13º Festival Internacional de Cinema
de Las Palmas de Gran Canaria, no arquipélago atlântico das
Canárias.
O evento será "austero mas com a melhor
programação" de sua história, disse nesta terça-feira em
entrevista coletiva o diretor Claudio Utrera, ao apresentar os 155
títulos que formam a programação desta edição. Dos 15
longas-metragens que concorrerão na seleção oficial do evento, que
acontece entre 16 e 24 de março, está o brasileiro "MÃE E
FILHA", do cineasta brasileiro Petrus Cariry.
Claudio
Utrera destacou a produção portuguesa "Tabu", de Miguel
Gomes - a quem o festival já premiou em 2009 - dada a "controvérsia"
que levantou na última edição da Festival de Berlim.
Outros
filmes que estão na seleção oficial são a coprodução
greco-francesa-albanesa "Amnesty", de Bouyar Alimani; o
espanhol "Ensayo final para Utopia", de Andréas Duque, que
participou da última edição do festival com seu filme "Color
perro que huye", assim como a mexicana "Azar", de
Michel Lipkes, e "Zoológico", uma produção chilena
dirigida por Rodrigo Marán.
Utrera afirmou que o cinema "mais
emergente" da atualidade se localiza em países
latino-americanos como a Bolívia, o Chile e o Brasil, e também em
outros europeus como a França, em asiáticos, como as Filipinas, e
também no Irã.
O diretor do evento não duvidou em afirmar
que a seleção informativa do festival deste ano será "a mais
forte de sua história", dada a categoria do trabalho de seus
diretores, entre os quais destacou a japonesa Naomi Kawase, que
apresentará seu último filme, "Hanezu no tsuki".
Entre
as novidades do festival está um concerto de trilhas sonoras um dia
antes do encerramento do evento com a Orquestra Filarmïônica de
Gran Canária, sob a batuta do compositor e diretor do Festival
Internacional de Música de Cinema de Tenerife, Diego Navarro. Nesse
concerto, a orquestra interpretará¡ temas da cinematografia
asiática originais de Shigeru Umebayashi, autor fetiche de cineastas
como Wong Kar Wai e Zhang Yimou, e a trilha sonora do filme "Perfume
- A História de um Assassino". (FONTE: GAZETA DO POVO-Caderno
GQuarta-feira, 07/03/2012)
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