Às vezes nos deparamos com tantas perguntas,
e que de alguma maneira
terão um dia, de ser respondidas.
Ou pelo menos, ter tentado...
No decorrer do tempo percebemos
quanta luta tivemos que percorrer no tempo
e depois refletir
se valeu a pena...
Quantos sonhos, quantos sacrifícios,
quantas alegrias e quantos sofrimentos...
Em alguns momentos
seguimos caminhos errados,
mas com a certeza de que foi
tentando acertar...
Se cheguei até este momento
deixei as marcas da dor e da saudade no meu peito.
Marcas que se transportaram até o meu rosto
cansado e maquiado de luz
para continuar sorrindo, apesar de tudo...
Uma base, um lápis, um batom
e um grande sorriso
escondem as amarguras da vida
como se quisessem unir a solidão e a tristeza
com os risos e os aplausos da vitória
perdida na inocência e na juventude...
Os meus olhos refletem a luz que eu não soube ver.
Talvez se voltasse atrás
pudesse novamente sentir o perfume das flores cerradas
Pudesse ouvir através da música da pequena cachoeira
a mensagem verdadeira.
Pudesse ver a lua brilhar no céu escuro
e contar as estrelas.
E durante o dia, proteger meu filho do sol e da chuva.
Lhe oferecer uma cama macia
e aquecer seu coração com amor de mãe...
Iria escolher a árvore mais bonita
para deixá-lo dormir
embaixo da sua sombra.
E ali repousar meu corpo frágil,
sofrido.
E certamente o vento levaria para longe
o som das cantigas de ninar
conduzindo-o para o mundo da imaginação.
E agora fico passando a limpo
uma vida que poderia ter sido diferente e não foi...
Pensar, sentir,
e calar.
Um comentário:
Belo poema.
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