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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Villa Lobos - por Norma Hauer


Ele era um gênio..
Esse gênio nasceu aqui no Rio de Janeiro em 5 de março de 1887 e faleceu há exatos 50 anos, no dia 17 de novembro de 1959.

Iniciou seu interesse pela música ao se relacionar com os “chorões” das primeiras décadas do século passado.
Fez parte de um grupo seleto no qual se destacavam Ernesto Nazareth;Eduardo das Neves; Catulo da Paixão Cearense; Anacleto de Medeiros...
Em 1905 fez sua primeira viagem ao Nordeste, de onde trouxe algumas canções folclóricas, interessando-se pelo assunto folclore.
Por sugestão de Ernesto Nazareth compôs alguns batuques.

Seguindo sua carreira como compositor, compôs inúmeras “bachianas”, inspirado nas obras de J.S.Bach.
Sua obra foi muito vasta, compondo Sinfonias; Quartetos; Aves Maria; Suítes (destacando a Suíte Infantil e Suíte Brasileira) e vários outros gêneros musicais.

Sua importância foi capital no movimento da Semana de Arte Moderna, de 1922, em São Paulo.

Há muito o que se falar sobre Villa Lobos, mas quero registrar aqui o que Villa Lobos representou para a juventude de minha geração.

Exigente, as professoras chegavam a temê-lo ; se um aluno errava mesmo um simples compasso, ele perguntava quem ensinara aquilo errado. Era um gênio e não imaginava que existiam pessoas comuns, com erros comuns.

Certa vez em uma apresentação no Estádio do Vasco da Gama, onde eram realizados eventos no dia 7 de setembro, ele, perante a multidão que assistia à apresentação de seu "Canto do Pajé", de longe, percebeu um erro na distribuição dos sons e acusou as professoras, considerando-as incapazes. Elas eram professoras, não eram regentes.

Os espetáculos eram dignos do talento de Villa Lobos e as crianças, apesar de terem medo dele, gostavam de participar.

Nunca me esqueci desses espetáculos, dos quais poucas vezes fiz parte.

Hoje temos, além do Teatro Villa Lobos a Escola de Música Villa Lobos, na qual minha neta estudou violino, fazendo hoje parte de uma pequena orquestra livre.

Como todos os gênios, ele partiu, mas sua obra ficou.

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