Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sábado, 30 de janeiro de 2010

"Saudade" - Jayme Redondo ( 1929 )


Saudade mal-estar, e bem se diz
que fere, mas não deixa cicatriz.
*
Saudade, doce bem que nos tortura
e ao coração maltrata com doçura.
*
Saudade,
que me trouxe aqui
Saudade,
de beijar a ti.
*
Saudade de uma era passada
do tempo em que eu fui amada.
*
Saudade,
de rever os meus
Saudade,
dos sorrisos teus.
*
Saudade,
quem é que não tem ?
Só mesmo alguém
Que nunca quis bem.
*
Se habita lá distante o nosso amor,
nossa alma vai murchando como a flor.
*
Vivendo
quer no campo ou na cidade,
se sofre a angústia imensa da saudade.
*
Mas quando desse amor nos apossamos,
os dias correm,voam, jubilamos.
*
Se o lar for infeliz, então teremos
saudade das saudades que tivemos.
*
Saudade,
de rever os meus
Saudade,
dos sorrisos teus
*
Saudade,
Quem é que não tem ?
Só mesmo alguém
que nunca quis bem.
***
Composição e gravação original, em 1929 - Jayme Redondo ( 29 /10/1890- 05/12/1952 - São Paulo ) com o Trio Ghiraldini.

Video da gravação de 1950 com Paulo Tapajós.
A flauta é de João de Deus, o clarinete em dueto com o canto é de Abel Ferreira e os violões são de Carlos Lentini e Rubem Bergman.O cavaquinho é de Waldemar de Mello.

PS. Essa letra está de acordo com a gravação de Dalva de Oliveira, de 1961, que é linda, mas que infelizmente, não consegui o vídeo . Na gravação de Paulo Tapajós há uma estrofe que a Dalva não canta, como também a ordem das estrofes está diferente.

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