Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A poesia de Lupeu Lacerda



E nem vem dizer
Que o tempo é fechadura sem chave
Porque chove
E quando chove tudo fica triste, ou então
alegre.
E quando alegre, tudo o mais vira traste, porque chove, porque molha
E quando molha é sempre mais difícil
engolir
Um discurso fleuma, flácido, porque triste
E nem vem dizer
Que o imortal amor morre de parto
Porque parto
E quando parto, ou partem, fica tudo em pedacinhos
Como docinhos, azedinhos, porque amores, porque partidos
E quando partidos, tudo fica indivisível, porque chove
E a chave
Perdeu-se entre os trastes, das fechaduras tristes
Postado por lupeu lacerda às 9:23 PM 0 comentários
de vez em quando acerto numa foto
e fica umas paradas bacanas.
estando afim, dá uma olhada:

http://www.fotosdelupeu.blogspot.com/


O outro sou eu
Eu sou o outro
O outro é o outro
O outro é ela
O outro é dele
o outro é ele, dele
o outro sou ela
o outro é dela, ela
eu sou o outro, ela, eu
ela é outro, eu
o outro é ela
ela é eu
.


O barco é um rio feito
de madeira
De madeira também o homem que joga
a rede
Rede de água feita de nylon
É tudo água
O barco é uma ave pousada
numa arvore corrente
As correntes que prendem o
barqueiro a terra
São feitas de terra
É tudo terra

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