Dias em que somos acometidos pela cidade.
A cidade é soberana e nós,
seres involuntários na paisagem.
O mar, o sempre
sentimento do que é talássico,
báratro, abismo.
O oceano absoluto a nos envolver,
envoltório simultâneo de ruas acanhadas e eternas.
Dias em que a cidade se sobrepõe muito naturalmente à rotina
e nada somos senão seus viventes.
Dias em que palavras são apenas
a superfície das coisas,
e como tal as dispo
e sigo nua,
desmielinizada.
por Ana Cecília
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