COMADRE RICA E COMADRE POBRE
Era uma vez duas mulheres, comadre rica e comadre pobre. A comadre pobre ia todo dia à casa da comadre rica fazer pão. Ela amassava, amassava o pão e ficava com as mãos cheias de massa. Quando terminava o serviço a pobre não lavava as mãos, ia pra sua casa e raspava, com uma faquinha, aquela massa que tinha ficado agarrada nas mãos e fazia um pão pra ela e a filha comerem.
Era uma vez duas mulheres, comadre rica e comadre pobre. A comadre pobre ia todo dia à casa da comadre rica fazer pão. Ela amassava, amassava o pão e ficava com as mãos cheias de massa. Quando terminava o serviço a pobre não lavava as mãos, ia pra sua casa e raspava, com uma faquinha, aquela massa que tinha ficado agarrada nas mãos e fazia um pão pra ela e a filha comerem.
Um dia a comadre rica perguntou: “Por que a comadre não lava as mãos quando termina de fazer o pão?”. A comadre pobre respondeu que quando chegava em casa raspava o resto da massa e fazia um pãozinho pra filha. A rica, então, mandou que ela lavasse as mãos antes de ir embora e, naquele dia não teve pão na casa da comadre pobre. A filha estava com fome, ela precisava arranjar alguma coisa pra comer. Foi ao quintal catar feijão-andu e lá chegando deparou-se com uma grande cobra enrolada num canto. A Cobra pediu que a levasse pra dentro de casa. A mulher achou aquilo estranho, mas atendeu ao pedido da cobra, que passou a morar dentro de casa. Um dia a cobra falou:
- Eu sou um príncipe encantado e quero me casar com sua filha. Quando eu chegar na porta da igreja, dê três pancadinhas na minha cabeça, que eu desencanto.
A comadre pobre marcou o casamento da filha e no dia fez conforme o combinado: na porta da igreja deu as três pancadinhas na cabeça da cobra, que virou um lindo príncipe e casou-se com a moça.
Quando a comadre rica soube da história, chamou com toda urgência um dos seus empregados e mandou que fosse na mata procurar uma cobra pra casar com sua filha, pois se a pobre casou a filha com um príncipe, ela também faria da sua filha uma princesa. O homem foi e trouxe uma cascavel que ficou morando na casa da rica. O casamento foi marcado e no dia, o padre disse que ficasse na porta, que ele realizaria ali mesmo a cerimônia. E assim foi. Na noite de núpcias, haja a cobra a morder a moça rica, ela gritava pedindo socorro, até que enfim acudiram, mas a coitada já estava toda cheia de picadas de cascavel. Morreu.
Foi assim, me contaram e hoje estou contando a vocês. Entrou por uma perna de pinto e saiu por uma de pato, senhor rei mandou dizer que contasse mais quatro.
4 comentários:
Ai, como faz falta essa florzinha polibela , eternamente bela !
Boa mensagem Stela! Já estava com saudades das histórias da Bisaflor.
Abraços
Magali
Pois é Socorro, Bisaflor parece que tava viajando,mas já voltou.
Magali, você sabe que desde que ouvi essa história e a recontei, lembrava de você? Pensava assim: Magali vai gostar muito dessa história, porque ela tem um bonito ensinamento. Inclusive, quando você postou um texto sobre inveja pensei que a história se encaixava direitinho,não é mesmo?
Abraços
Sempre bom sentar no colo da bisoflor e ouvir essas histórias que nos trazem a de volta a criança que há em nós (que somos).
Abraço,
Claude
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