A roda da memória
- Claude Bloc -
- Claude Bloc -
Aos poucos fui chegando perto até juntar-me ao grupo. Minha chegada deixou toda aquela meninada empolgada. Afinal, eu seria mais uma para alegrar a brincadeira. Todos fizemos um círculo e apontamos os dedos para o centro. Nas mãos só tinha zero ou um. Estávamos decidindo quem ia contar para que os outros pudessem se esconder. A brincadeira pegava fogo. Era gente escondida pra todo lado. Enjoados de brincar de esconde-esconde, optávamos por uma brincadeira mais animada. Pega-pega, lembra? Era uma gritaria só. Meninos correndo atrás de outros tentando tocá-los para fazer “o pega” ser o outro. E assim, continuavam as infinitas brincadeiras. A meninada parecia nunca cansar. Bastava enjoar de alguma coisa, com um tempinho a brincadeira mudava.
Engraçado relembrar essas coisinhas, depois de tanto tempo, sobretudo de como a nossa turminha se envolvia nessas brincadeiras que enchiam a rua e as nossas casas de euforia e alegria. As principais brincadeiras eram: peteca, macaca (amarelinha), mata (queima), pular corda, pique, passa-anel, arraia (pipa), triângulo, bila ou búria, elástico, pião, bilro, boneca, bola, carrinhos de rolimã... tantas! Ou simplesmente subir nas árvores frutíferas para “roubar” a fruta no pé.
Quem não se lembra, de uma forma ou de outra, quando a turma toda se encontrava depois da escola para brincar na rua ou numa praça perto de casa? Aos poucos, porém, essas brincadeiras deliciosas foram sendo esquecidas pela meninada. Com a modificação da sociedade, esses espaços em que nos deleitávamos desapareceram e as crianças passaram a ficar, mais com os brinquedos do que com os amigos. Atualmente muitos de nós vivemos em prédios e nossos filhos ou netos não têm a mesma infância que tivemos. Mesmo tentando amenizar um pouco, sabemos que brincar na calçada da nossa rua, nem pensar - infelizmente não dá.
Sei que os tempos são outros. O computador agora também faz parte dessa brincadeira, assim como a televisão, o mp3, 4, etc. É como se o tempo presente tivesse se esquecido da infância. Hoje menino não corre, não sobe em árvore, não respira ar puro. As escolas são quase mini-presídios, com exíguas salas de aula, recreios limitadíssimos, sem árvores nem espaço para brincar. Mas não podemos mudar o tempo nem as coisas. Eu, por exemplo, ainda sou capaz de me lembrar dos sons das vozes da minha turma na hora das nossas brincadeiras. E você? Do que se lembra?
Sei que os tempos são outros. O computador agora também faz parte dessa brincadeira, assim como a televisão, o mp3, 4, etc. É como se o tempo presente tivesse se esquecido da infância. Hoje menino não corre, não sobe em árvore, não respira ar puro. As escolas são quase mini-presídios, com exíguas salas de aula, recreios limitadíssimos, sem árvores nem espaço para brincar. Mas não podemos mudar o tempo nem as coisas. Eu, por exemplo, ainda sou capaz de me lembrar dos sons das vozes da minha turma na hora das nossas brincadeiras. E você? Do que se lembra?
Convido a todos a entrar na roda da memória: que brincadeiras animaram sua infância?
Claude Bloc
Um comentário:
Eu já escrevi também sobre esse assunto,não esta acabado,esta no pc do ateliê qualquer hora eu termino!Mas recordaremos então algumas brincadeiras,bixeira,bandeira,boca de forno,berlinda,cadê o grilo,cinturão queimado,o bafo com figurinhas,três três passarão, deradeiro ficarão,com pedras bila ou palmo valendo dinheiro de carteira de cigarro,xibiu com o caroço da macaúba,e uma das melhores de médico,KKKKKKKK beijos minha irmã te amo de montão.
Postar um comentário