Assim pensávamos, quando nos apaixonávamos.
Não valia a declaração de amor, sem a promessa de que ele seria pra toda vida.
E para dar maior ênfase, dizíamos , olhos nos olhos, voz emocionada e cheia de medo:
-Não posso viver sem você !
Mas podíamos, porque a paixão terminava, as diferenças ficavam acentuadas, e tudo que um dos dois queria
era uma despedida sem traumas.
Impossível !
Um dos dois tinha que sofrer e chorar, até que o encontro de um novo amor lhes trazia o sorriso de volta.
Hoje eu sei o quanto era ilusória a paixão desenfreada, o amor imenso, e as promessas, sob impulso das emoções.
Hoje eu suavizaria o absurdo , e diria :
Não posso te esquecer ! Vou gostar de você eternamente.
E esse gostar, esse querer o bem, estar presente quando é lícito e é possível, é uma forma de amor, talvez a mais verdadeira !
O amor que encontra o caminho da harmonia , crescimento na compreensão , é deveras sábio, e abençoado !
Acho difícil a felicidade amorosa. Se existe amor ,ela é fato !
Quem sabe alimentar um relacionamento, (pode até sofrer pequenas dores), sem perder a fé, experimenta a felicidade que todos procuramos , pelo menos por algum tempo : um amor para sempre !
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